Mostrar mensagens com a etiqueta Impromptu. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Impromptu. Mostrar todas as mensagens

18 de outubro de 2023

Stephanorhinus Hemitoechus

 

Recentemente, uma ossada da mandibula de um rinoceronte com cerca de 40.000 foi encontrada perto de Torres Novas provando que nesta região viveram esses animais. No próximo sábado, na Praça do Peixe entre as 15 e as 19, três artistas encontram-se para um dialogo entre música e pintura ao vivo numa experiência única de puro improviso.

Existirá uma ligação tangível entre uma criatura do Pleistoceno e a realidade do Antropoceno? – Essa é a questão que iremos moldar com este concerto visual no 100x100Lab.

A entrada é livre.

Hugo Marques – Cordas

Miguel Antunes – Pintura

João Brunho – Percussão


Ilustração base de Stephanorhinus Hemitoechus por Maija Karata (2020).

 

 





 

 ***


28 de setembro de 2017

340



23 de agosto de 2017

Leão Vermelho



O que está a acontecer é um milagre. Quantas pessoas, cores, matizes, confluências e encontros.
O Leão Vermelho (colado com esperma de dragão das águas). Mentira? Este Leão vermelho viu Alfama. Talvez por ela através tenha sonhado um dia. Não sabemos o saber da sua percepção mas solto foi. Salvo. Soltei-o no momento em que o vi. Vermelho. Fechado mas protegido ficou, com ursos dançou, trezentas mil ondas surfou. Solto faz parte, solto contempla livre onde o tempo não chegou. Compreende só. Pleno real no ponto infinito do esquecimento liberta a juba. Afinal é rei.
Descaia tubular irresistível como mel. Foi tão forte o seu olhar que o papel com o vento voou da esquina para um olival bem basto. Ai respirou mais fundo, voltando amansou e encontrou-se atento no movimento sem distância de um novo amigo imaginário. Um vento quente sobre alma planície de fino feno que soberano viu plantar, regar, nascer, crescer num todo de mol massa, dançar tão fino quanto o seu incondicional olhar. Lama chuva cinza luz tão pura quanto o sol a dádida do dar. O ânimo.
Integrado, um dia foi colado num largo amigo de escadas e becos, vizinhos salamalecus, atrevida voada numa soma sincopada com o bater de um coração.
O tudo bem basta viu o leão, correu com a incompreensão, brincou com as crias da saudade, caçou a distância, a preguiça, o desejo, a confiança e a salvação. Longo lânguido feno que do vento pão traria da corrida no encalço da impala. Por vítimas foi vitimamente caçado e cobriu Incompreensão. Favos de abelha de novo comeu e Beleza nasceu quando Busca apareceu vinda de outro lugar.
Ouviu reis de copas, com rainhas desenhou, bailarinos pintou e com águias dançou, de pedras se enamorou, cadeiras virou e muitos pregos adorou.
Com as chuvas veio o vento e com ele a colheita para um negro fecho de necessária transmutação. No escuro repousou imóvel a inquietude do reencontro. Corpo luz e elasticidade. Velocidade. Compreendeu algo do humano na fugaz ternura do abraço, na inconsequência de cada passo. Agora voltou e de novo vê pois solto está. Ficou e olha demorado os rodopios do seu vento quente sobre feno reforçado unido no balanço.

///

Impromptu



im·promp·tu

 (ĭm-prŏmpto͞o, -tyo͞o)

Based on Latin in promptu, "in readiness," from promptus, "prepared, ready."
adj.
1. Prompted by the occasion rather than being planned in advance: an impromptu party.
2. Spoken, performed, done, or composed with little or no preparation; extemporaneous:
a few impromptu remarks.
adv.
With little or no preparation; extemporaneously.
n.
1. Something, such as a speech, that is made or done extemporaneously.
2. Music A short composition, especially for the piano, performed in an offhand or extemporized style.
3. An improvised composition or a piece suggesting spontaneity.

///

25.Ago.2017