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domingo, abril 20, 2025

O pouco peso da religiosidade nas nossas vidas...


Ano após ano, sente-se que o peso da religiosidade vai diminuindo nas nossas vidas.

O mais importante dos dias memoráveis já não é o seu simbolismo religioso e a história, mas a sua transformação em datas meramente festivas. Pouco interessa que o Natal festeje o nascimento de Jesus da Nazaré, e agora aa Páscoa, a sua ressureição, o importante é estas datas se terem transformado nas grandes referências do consumismo. Usa-se e abusa-se do poder económico e também da gastronomia.

Não deixa de ser curioso, que tanto o Pai Natal como os Coelhos e os Ovos, sejam hoje mais populares e festejados que Jesus...

Claro que é apenas mais um registo do nosso retrocesso civilizacional, da deturpação que se faz da própria história.

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)


sábado, abril 08, 2023

Mesmo que Deus não Exista, nota-se mais "a sua presença na Páscoa e no Natal"


Mesmo que Deus não exista, nota-se mais a sua presença nas quadras festivas religiosas, como são o caso da Páscoa e do Natal.

Além de ele ser mais evocado um pouco por todo o lado, com a televisão a escolher uma ou outra fita que recorde a figura de Jesus Cristo e a abrir portas à publicidade, que nunca perde uma oportunidade de usar "alguém" para vender mais, mesmo que sejam apenas ovos e coelhinhos da Páscoa...

As pessoas também mudam o seu comportamento, sorriem mais e até param os carros nas passadeiras. É uma hipocrisia que não faz mal a ninguém. Até nos faz pensar que nem era má ideia existirem mais "páscoas" e "natais" durante o ano...

(Fotografia de Luís Eme - Beira Baixa)


sexta-feira, abril 07, 2023

Semana Santa com Sol e Sombra


Tenho a sensação de que a chamada "Semana Santa" é cada vez mais aproveitada pelo turismo e menos pela religião.

Mesmo o chamado "turismo religioso" não tem qualquer hipótese de competir com o "turismo de praia", com estas temperaturas próximas dos trinta graus.

E não há mais gente a aproveitar esta "escapadinha", porque há muitas famílias que não podem mesmo ir para fora e aproveitar o Sol e a beleza das praias e dos campos.

A sombra não paira apenas na Igreja, paira também nas famílias portuguesas, cada vez com mais dificuldades em sobreviver a esta inflacção, que é um "doce" para o capital... 

(Fotografia de Luís Eme - Algarve)


domingo, abril 12, 2020

Um Olhar Pascal


A Páscoa é diferente do Natal, não é tanto da família, mas é muito de reencontros e de viagens...

Se os espanhóis adoram vir até ao nosso lado (de Norte a Sul, era costume encontrarem-se em todo o lado, o que lhes dava direito a algumas "piadas" nossas...), nós também gostamos de ir aqui e ali.

Claro que falo muito por mim, por esta quadra ser sempre aproveitada para fazer "mini-férias" no interior, para fazer coisas diferentes...

Estou convencido que no próximo ano as coisas já terão voltado à normalidade. Ouviremos a "língua apressada" (e ruidosa) dos "nuestros hermanos", por tudo o que é sitio, e poderemos voltar a alguns lugares que nos fazem felizes...

(Fotografia de Luís Eme - Idanha-a-Velha)

sexta-feira, abril 10, 2020

Passagem Obrigatória...


A passagem por Idanha-a-Velha, faz sempre parte do nosso roteiro pascal...

(Fotografia de Luís Eme - Idanha-a-Velha)

quinta-feira, abril 09, 2020

Uma Páscoa sem Andorinhas, Oliveiras e Procissão...


Há praticamente duas décadas que íamos passar a Páscoa à Beira Baixa. Tornou-se mais que uma tradição...

Se a razão "maior" era abrir a casa de família, que por lá está fechada o ano inteiro, as "menores" não lhe ficavam atrás. Sim, acordar com o chilrear das imensas aves de pequeno porte, que animavam os campos, com destaque para as andorinhas que todos os anos faziam ninho na varanda do primeiro andar; espreitar à janela e ficar encantado, porque a única coisa que se vêem são campos floridos cheios de oliveiras, que se perdem no horizonte; ou entrar dentro da noite com um céu completamente estrelado, são coisas inesquecíveis para quem vive na cidade...

E depois, na sexta-feira santa, ainda tínhamos a "procissão cantada", que costumávamos apanhar a meio caminho, onde era possível ver a "Verónica", a subir um banco e a estender o pano com o rosto de Cristo, num grito quase cantado. Procissão que dava a volta pela Aldeia e era digna de se ver...

Este ano a nossa Páscoa, será diferente, assim como a de milhões de pessoas, por esse mundo fora...

(Fotografia de Luís Eme - Alcafozes)

segunda-feira, abril 22, 2019

Uma Páscoa Curta...


Desta vez os dias passados na Beira souberam mesmo a pouco...

Como de costume andamos por aqui e ali.

Coisa quase rara foi encontrar o ponto mais alto de Portugal Continental com Sol (e ainda com gelo...).

(Fotografia de Luís Eme - Serra da Estrela)

sábado, abril 20, 2019

"Que bem que se está no campo"...


Ainda não foi desta, que o "clube dos terceiros" (esse grupo enorme, que receberam a companhia dos "petrolinos modernos"...) conseguiram desviar-me da Beira-Baixa, lugar de descanso (mesmo por apenas três dias...) e de evasão...

E a Cidade cada vez é mais cansativa. O lugar comum "que bem que se está no campo", faz cada vez mais sentido...

(Fotografia de Luís Eme - Idanha-a-Velha)

domingo, abril 05, 2015

O Mundo que Não Muda...


Há "cruzes" da qual nunca nos conseguimos libertar...

A "guerra" pelo poder não continua muito diferente de há dois mil anos.

Uma boa parte dos políticos continua a servir-se da "cegueira" das multidões, que continua a ser um dos maiores perigos dos nossos dias.

Gente que se serve do descontentamento dos outros, para atingir fins, quase sempre diferentes dos prometidos...

Ou seja, Jesus, se aparecer por aqui, certamente não se conseguirá livrar da "cruz". Haverá sempre gente ávida, na primeira fila para o apedrejar e cuspir...

O óleo é de Pompero Batoni.

quarta-feira, março 28, 2007

A Páscoa na Aldeia


Volto de novo à terra, Doiro acima de comboio, a carreira à minha espera no largo da estação, para me levar até ao planalto, a fiel carreira da Meda que, às dezasseis e trinta, me deixará nos Pereiros.
À chegada será Primavera clara ou quase e eu seria capaz de reconhece-la em qualquer parte do Mundo, pelo perfume das amendoeiras em flor, pelo chilrear dos pássaros, pelo zumbido das abelhas, pela cheiro a terra lavrada, pela simbiose perfeita entre estes cheiros, sons e cores.
Do forno comunitário já sobe o cheiro do pão e, na mesa, a minha mãe tem prontos todos os seus mimos, bola de carne, folar, biscoitos, com que vou matar saudades e fome, logo ao subir da escada.
- Um beijo à avó, minha filha. Olhe como a sua neta está linda, minha mãe !
Amanhã cedo vou à missa como todos os meus conterrâneos, vestirei uma opa vermelha para pegar no pálio na procissão e, com voz afinada, cantarei
aleluia, aleluia,
respondendo às invocações do Abade Celestino, no salmo em que anuncia à Mãe a ressurreição do Filho, afinal o mais sublime desejo de qualquer mãe que há três dias tenha perdido o seu.
À tarde sairá o compasso que vou receber em nossa casa, na companhia de quem quiser entrar para partilhar alegrias, trocar mimos, comungar afectos!
Os sinos repicarão toda a tarde e eu, pelo jeito de tocar, vou identificar quem toca e prestarei homenagem a quem consegue transformar em sinfonia duas notas repetidas,
dlim dlão, dlim, dlão.
Vem daí, João, homem de Deus. Como pediste, as mimosas que conhecemos por acácias, estarão em flor, terás na mesa uma bola de azeite e uma regueifa fresquinha, e, se prometeres que vais, vou rogar a música de Custóias para dar brilho à nossa Páscoa!
Mais um texto de Joaquim Nascimento sobre as nossas tradições ancestrais.