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quarta-feira, outubro 05, 2022

A Falsa República Salazarista (e Marcelista)...


Não sei se foi por hoje ser 5 de Outubro, que dei por mim a pensar, que a partir de 1933, com a aprovação da nova constituição salazarista, passámos a viver novamente numa "monarquia", disfarçada de república.

Digo isto porque só a partir de 1976 é que os Presidentes da República passaram a ser escolhidos pelo povo, em eleições livres e com o voto secreto.

Durante a ditadura, Óscar Carmona, Craveiro Lopes ou Américo Tomás, foram escolhidos a dedo. E não passavam de figuras decorativas do regime, só lhes faltava mesmo a "coroa" e o "sangue azul"...

O mesmo se passava com as "famílias do regime" (que continuam a ser poder, aqui e ali..), que embora não ostentassem os títulos de duque, conde ou barão, mantinham os respectivos privilégios...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, junho 12, 2019

A Vontade de Fugir a Sete Pés do Contraditório


Olho à minha volta e sinto que cada vez há mais instituições e gentes a quererem viver sem os "constrangimentos democráticos", tentando escapar sempre que podem ao contraditório. Eu sei que discutir as coisas com os outros, especialmente com quem pensa de uma forma diferente de nós, é realmente uma chatice... Mas também sei que continua a ser o melhor caminho para se encontrarem as melhores decisões (no meu entender, claro...). 

A nível empresarial, o que aconteceu na TAP, é um bom exemplo de quem acha que pode tomar decisões, sem ouvir os outros accionistas (neste caso ainda é mais grave porque o Estado é o accionista maioritário...), apenas por que é mais agradável fazer o que nos diz o nosso umbigo.

A nível associativo também conheço vários exemplos, em que se tenta escapar a decisões tomadas em assembleias gerais (decididas pela maioria dos sócios), apenas porque contrariam a linha do pensamento de quem dirige...

A história diz-nos que quando a democracia começa a perder, o "terceiro estado" (nós, o povo, essa imensidão de gente...) é sempre o principal derrotado...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

quarta-feira, outubro 05, 2016

A República e a Complexidade da História

106 anos depois da implantação da República, reparo que ainda existem várias contradições e opiniões divergentes sobre as movimentações revolucionárias desse começo de Outubro de 1910.

Há alguns acontecimentos que acabam por marcar toda a evolução deste movimento, uns negativamente outros positivamente. Refiro-me ao assassinato do médico Miguel Bombarda (3 de Outubro) ao suicídio do Almirante Cândido dos Reis (4 Outubro), e à antecipação da revolução em vários Concelhos das áreas limítrofes da Capital (4 de Outubro), como foi o caso de Almada, Loures, Moita e Montijo - então Aldeia Galega.

Eu continuo a pensar que existe um facto decisivo: a teimosia e a coragem de Machado Santos e de todos os heróis da Rotunda, que acreditaram sempre na Vitória Republicana e não desistiram de lutar (contrariando outros republicanos, que se sentiram derrotados ainda antes do desfecho final e viraram as costas à República...).

quarta-feira, outubro 05, 2011

O República


Durante a ditadura salazarista e marcelista, o "República" era o jornal que mais oposição fazia aos governos de então, mesmo com a atenção redobrada do "lápis azul" da censura.


O que ninguém esperaria é que fosse fechado em plena democracia, no começo de 1976, devido a agitações internas, provocadas pela "partidarização" do jornal, ele que vinha de 1911 (fundado por António José de Almeida) e resistiu aos 48 anos de ditadura...

Foi também com a democracia que acabaram os diários da tarde ("Diário de Lisboa", "Diário Popular", "A Capital" e o "República", o primeiro a sucumbir)...

sábado, janeiro 22, 2011

Vota Bem Domingo

Nunca me fiei em sondagens e normalmente sei sempre em quem hei-de votar.
Mas se por acaso tivesse dúvidas, nunca votaria em alguém que diz que para serem tão honestos como ele têm de nascer duas vezes, mas que se escusa a esclarecer as dúvidas que persistem sobre os "ovos de ouro" que as "galinhas" do BPN e SLN, puseram, só para alguns amigalhaços, como ele e a filha, por exemplo.
O boneco feliz é do Gui.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Almada Antecipou a República

Almada faz jus à sua situação geográfica, na Margem Esquerda do Tejo e sempre que pode antecipa-se às revoluções, foi assim a 23 de Junho de 1833 e também a 4 de Outubro de 1910. E se recuarmos mais algum tempo, em 1580 também vendeu cara a derrota aos espanhóis...
Voltando ao 4 de Outubro, de há exactamente cem anos, a presença de dois dirigentes republicanos e a acção dos agentes políticos locais, com realce para Bartolomeu Constantino, sapateiro de profissão e ainda mais revolucionário que os próprios republicanos, graças ao seu ideário, próximo do socialismo e do anarquismo, fizeram com que Almada se tornasse republicana, antes do tempo.
Bartolomeu Constantino tinha qualidade oratórias invulgares e foram as suas palavras, junto das fábricas, que conseguiram trazer para a rua cerca de oito mil operários, que percorreram as principais artérias de Almada, com vivas à República, e claro, com outros "mimos" muito menos agradáveis, em relação ao Rei, à Monarquia e à própria Igreja.
O cortejo revolucionário só parou em frente aos Paços do Concelho, ocupados pacificamente e onde se ergueu a Bandeira do Centro Republicano Capitão Leitão e se fizeram discursos inflamados pelas principais figuras da revolta.
O Castelo de Almada também foi ocupado, com a cumplicidade da guarnição, que viu ser içada a Bandeira do Centro Republicano Elias Garcia.
E mais uma vez se fez história em Almada, antes do tempo...

Nota:
A República também foi proclamada a 4 de Outubro no Barreiro, Loures, e Aldeia Galega (Montijo).