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domingo, dezembro 02, 2018

O MUSEU DOS COCHES

Duas imagens do antigo Museu dos Coches, sendo que a mais antiga data de 1953 e a mais actual da década de 90 do século passado. Na actualidade este edifício tem apenas uma pequena parte da colecção, embora mantenha a beleza que sempre o caracterizou.





 
O Museu dos Coches foi criado em 1905, e esteve instalado no antigo Picadeiro Real até 2015, altura em que parte ca colecção foi transferida para o novo edifício, situado do outro lado da rua.


quarta-feira, maio 31, 2017

NOVAS DO MUSEU DOS COCHES

Ainda não tive oportunidade para o visitar depois da implementação da “nova” museologia, e pelos vistos existe mais uma razão para eu visitar aquele que eu chamei, ainda há pouco mais de um ano, a garagem refrigerada dos coches.

A partir de 1 de Junho vai ser disponibilizada no site do museu, uma App desenvolvida para Smartphones Androide e IOS, que permitirá a obtenção de informação exclusiva, em português e inglês, sobre as peças expostas, a sua história e imagens em 360º do interior das viaturas.


Não tenho ainda uma opinião formada sobre estas novidades, mas parece-me que se está a caminhar na direcção certa, mesmo que as novidades ainda possam vir (eventualmente) a merecer reparos.


domingo, março 26, 2017

O (NOVO) MUSEU DOS COCHES

Depois de ter sido inaugurado a 23 de Maio de 2015, com intermináveis filas, ou não fosse gratuita a entrada, eis que o Ministério da Cultura vem agora anunciar a inauguração do projecto expositivo para o próximo dia 19 de Maio.

Esta inauguração poderá vir a responder à falta de informação de que muita gente se queixa actualmente, num museus em que a frieza do espaço impera, e onde a beleza dos coches não brilha.


Não sei qual vai ser o resultado, mas tal como eu, existem milhares de portugueses ansiosos por poder orgulhar-se dum museu moderno e funcional, apesar de todas as reservas que ainda subsistem.

Museu dos Coches 1955

Docker-Phaeton (início do século XX)

domingo, janeiro 31, 2016

MUSEUS E RECORDES

O interesse por parte do Expresso relativamente ao novo Museu Nacional dos Coches é interessante, e devia ser complementado pela visão de quem conhece bem o funcionamento de museus, bem como os fluxos de visitantes e o modo de os atrair, mantendo e renovando o interesse das potenciais visitas.

Um edifício concebido por um arquitecto famoso, pode suscitar o interesse e a curiosidade, mas tudo isso não passa de um fenómeno efémero, talvez mais prolongado pela divergência de opiniões sobre a obra e o seu custo.

Uma colecção única em todo o mundo pela sua riqueza e dimensão, é um trunfo forte, mas se não estiver enquadrado com o edifício, perde boa parte do seu brilho e imponência. É aqui que a museologia, ou a falta dela, teria um papel importante, se existisse.

A segurança e o atendimento têm um papel importante para os operadores turísticos, e existem falhas flagrantes, começando logo pelo acesso ao andar onde se encontra a exposição, que é feito por dois elevadores colossais, ou por escadas de emergência, o que em caso de falha grave pode colocar problemas na evacuação de pessoas com mobilidade reduzida. A falta de pessoal com a formação devida, não só em conhecimentos sobre a colecção, mas também com conhecimentos de procedimentos em casos de emergência, é outra falha importante, e não pode ser colmatada como até aqui com pessoal contratado a prazo, factor comum à maioria dos equipamentos culturais.

A sinalização a partir das artérias mais próximas e em torno da zona mais procurada de Belém, que indiquem o Museu dos Coches é inexistente, e considerando que muitos roteiros turísticos usados pelos estrangeiros estão desactualizados, encontrar este equipamento depende muito do factor sorte. Mesmo dentro da praça do museu as indicações são pobres, e nem a entrada e saída dos visitantes está sinalizada, para não falar do placard informativo que é de um amadorismo atroz.

Para suscitar o interesse não é preciso anunciar entradas grátis para cada vez mais gente, como parece pensar o ministro, até porque obras e colecções destas necessitam de valores avultados para a manutenção e funcionamento, mas é preciso haver ideias para atrair públicos com interesses diversos. Numa altura em que os grandes construtores automóveis escolhem Portugal para fazer as suas apresentações de modelos de topo, ainda ninguém pensou em procurar captar o interesse desses construtores para exibirem os seus carros em exposições temporárias, lado-a-lado com os veículos do passado?

Já agora digam-me: porque é que existem agora dois museus com coches encostados um ao outro? Aproveitar o antigo picadeiro é importante, mas para mostrar 7 coches a 4 euros, é ridículo e certamente dispendioso.


Tão importante como bater recordes de visitas, é cumprir a função de museu e procurar fazer isso com níveis de excelência pelo menos equiparada à qualidade da colecção. 

Jaguar E Type Oldtimer By elmero

segunda-feira, janeiro 04, 2016

JOÃO SOARES, COCHES E PROPAGANDA



O novo ministro da Cultura, João Soares, visitou no sábado dia 2 de Janeiro os dois museus dos coches (o velho e o novo), e segundo o Correio da Manhã, terá deixado palavras de apreço aos trabalhadores, a quem terá “pedido” para trabalhar durante a tolerância de ponto da época festiva (ano Novo).


Estou mesmo a ver o João Soares, sempre tão afável para com o pessoal de categorias mais humildes, a pedir aos trabalhadores dos museus (alguns) para irem trabalhar no dia 31 de Dezembro de 2015, prestando-se alegremente a ficar nos museus até às 18horas, e depois regressarem aos lares a correr para preparar a passagem de ano com os seus entes queridos. Também consigo imaginar o ministro a cumprimentar cada funcionário e a agradecer pessoalmente tanta disponibilidade, pois além da tolerância de ponto trabalhada também asseguraram o sábado e o domingo, sem auferirem nem um tostão mais, porque têm um horário específico, mesmo estando numa carreira normal (?).


Claro que também elogiou a directora do museu pelo bom trabalho, mantendo aberto um museu onde os elevadores estão avariados muitas vezes, onde os extintores estão fora do prazo, onde a sinalética é miserável e onde se houver uma falta grave de energia será impossível evacuar pessoas com deficiências motoras. Tudo isto coisinhas de menor importância que Soares vai resolver já esta semana, certamente.


Enfim, a notícia é do prestigiado Correio da Manhã, e por isso deve ser fidedigna, e o comportamento do senhor ministro deve ter sido o que eu descrevi, mais coisa menos coisa…


Museu dos Coches

sexta-feira, setembro 18, 2015

O PANHARD & LEVASSOR

O primeiro carro que circulou em Portugal foi um Panhard, encomendado à Panhard & Levassor de Paris, propriedade do conde de Avilez.

Consta que foi protagonista do 1º acidente automóvel em Portugal (1895), tendo atropelado um burro.

Outra curiosidade foi a dificuldade sentida pela Alfândega em atribuir uma designação ao veículo, que acabou por ser registado como “locomobile” (máquina movida a vapor).


Por estes dias este Panhard, propriedade do Automóvel Clube de Portugal está em exposição no Novo Museu dos Coches.


sábado, maio 23, 2015

CURIOSIDADE E BORLAS

Todos conhecemos o poder da comunicação social, muito em especial da televisão, para influenciar as pessoas ao dar destaque a certas coisas ou eventos.

Hoje falo sobre o Museu dos Coches, que abriu ao público em novas instalações, proporcionando dois dias de entradas grátis para o público em geral, o que é mais do que compreensível, pois está, pelo menos por enquanto, na esfera pública, sendo por isso mesmo um pouco de todos nós.

No primeiro dia de abertura ao público do novo Museu dos Coches, foi constante a multidão que aguardava a sua vez para entrar nas instalações, contribuindo para isso alguns factores como: a divulgação, a novidade e a gratuitidade.

As reacções do público foram diversas, como pude constatar enquanto circulava no seu interior, e iam desde a simples curiosidade, passando pelo real interesse pela colecção, até ao exibicionismo muito actual das selfies para postar nas redes sociais.

Também ouvi algumas críticas sobre a exorbitância dos gastos na construção do edifício, e da sua manutenção, que entram na esfera da política, e também ouvi pelo menos dois comentários sobre a falta de informação, que já tinha sido notícia antes da inauguração, e que só deverá estar pronta lá para o final do ano.


Confesso não ser um admirador do edifício, com características para resistir a sismos, como se percebe ainda no seu exterior, mas achei excessivo que as entradas fossem pensadas para ser feitas sobretudo por dois enormes elevadores, também achei excessiva a superfície envidraçada, e pelo que percebi a climatização deve ter um custo exorbitante. Quanto à falta de informação, que é real e resulta da abertura extemporânea, duvido que pudesse ser adequada ou sequer suficiente para enchentes desta natureza. 


terça-feira, março 24, 2009

CULTURA VERSUS PROPAGANDA

Conhecendo bem os meios culturais nacionais e a propensão do Governo para utilizar a propaganda com bastante habilidade, não me surpreendeu nada o aparecimento de um abaixo-assinado “a favor” da mudança do Museu dos Coches.

Antes mesmo de ser entregue o documento a quem de direito, o “movimento” pela construção do edifício já anunciou a sua intenção e divulgou alguns nomes sonantes para “animar” as hostes.

Como disse conheço (demasiado) bem o meio, para acreditar que este movimento “não se apresenta contra ninguém”. De certeza que poucos podem pensar que estes senhores e senhoras estavam contra alguém, e quase todas as pessoas que conheço afirmam a pés juntos que o abaixo-assinado que aí vem é claramente a favor, não do Museu dos Coches, mas sim do Governo que pretende construir “agora” o novo museu.

Os autores deste “novo” documento, esqueceram-se do pequeno pormenor de não haver ninguém que seja contrário à construção de novos museus, com melhores condições e melhor equipados. O que há é muita gente conhecedora dos problemas e das carências com que se debate o nosso Património, que não acha que os mais de 38 milhões que se pretendem gastar num único equipamento cultural, numa altura de crise económica, eram muito mais bem empregues na manutenção e valorização dos museus, palácios e monumentos a cargo do Estado, que estão em situação de quase abandono como é fácil de verificar, um pouco por todo o país.

Sobre isto não deve ser fácil ouvir uma palavrinha dos “mentores” e personalidades que encabeçam este novo abaixo-assinado, porque os factos estão à vista de qualquer pessoa e são impossíveis de refutar.



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FOTOGRAFIA
Marius Bentzen

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CARTOON