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sábado, novembro 11, 2017

EVENTOS E PATRIMÓNIO



O jantar (ou banquete) realizado no Panteão Nacional em que participaram participantes da Web Summit, mereceu o repúdio de António Costa, de Marcelo Rebelo de Sousa e uma tomada de posição do ministro da Cultura, que diz pretender alterar o Regulamento de Utilização de Espaços dependentes da DGPC.

Este tema das cedências de espaços em edifícios sob a alçada do ministério da Cultura, e não só, não é novo e já foi tema de polémicas, de suspeitas e de denúncias de irregularidades, sem contudo se conhecerem consequências.

Umas filmagens em Tomar deram brado, cedências de espaços nos Jerónimos foram alvo de denúncias e de suspeitas, a exposição de carros eléctricos no Museu dos Coches foi alvo de muitas críticas, e até no Museu da Presidência houve suspeitas de irrecularidades.

Dentro do meio dos museus e monumentos existem muitas conversas sobre algumas cedências de espaços e das pessoas que para elas são destacadas, pois só estão regulamentados os valores dos pagamentos ao pessoal de vigilância, sendo que nem sempre são esses os destacados para esse trabalho, desconhecendo-se como serão compensados os não normalmente afectos à vigilância.



segunda-feira, fevereiro 20, 2017

VISÕES SOBRE PORTUGAL

A poucos dias da inauguração da exposição “ A Cidade Global” no Museu Nacional de Arte Antiga, importa saber como é vista pelos estrangeiros a sociedade portuguesa em determinadas épocas da nossa História.

Esta exposição que pretende mostrar a Lisboa do Renascimento, suportada por dois quadros que são considerados polémicos por alguns especialistas nacionais, está de acordo com diversos autores estrangeiros como Roger Crowley ou Martin Page, e afasta-se bastante duma visão presa a complexos que nos vinha a ser transmitida por historiadores nacionais.

O modo como vimos e o modo como fomos vistos por estrangeiros é diverso, e se os últimos pensam que Portugal mudou o mundo e criou o primeiro Império Global no século XVI, nós somos mais modestos e apenas nos concentramos nas descobertas e na expansão da fé cristã, e não nas suas consequências, excepto na riqueza do rei D. Manuel e nas suas maiores manifestações, os monumentos e a embaixada ao Papa.

Vem a propósito recordar que quando falamos do nosso século XVIII vamos directamente para o D. João V, para o ouro do Brasil, e para o Convento de Mafra e não conseguimos relatar como era a nossa sociedade por esses dias com a crueza que o fazem autores como Johann Heinrich Friedrich Link que nos descrevem como um povo em clausura monástica, em que as procissões eram um acontecimento social, quase que como um carnaval, em que serviam de manifestação exterior de religiosidade, mas que socialmente é uma festa e uma ocasião para se conviver, mostrar e até conveniente a nível político, em que o monarca não se inibia de participar colhendo assim popularidade.


O contraste entre a visão dos nossos historiadores e a dos viajantes e investigadores estrangeiros é enorme, e faz-nos meditar sobre o que realmente fomos…