sábado, abril 15, 2017
A INTEGRAÇÃO DE PRECÁRIOS
sábado, agosto 30, 2014
A VERDADE E O EMBUSTE
quinta-feira, setembro 12, 2013
PURA ALDRABICE
VÍDEO PARA OS ESQUECIDOS
sexta-feira, julho 26, 2013
A VERDADE E A LEGITIMIDADE
quarta-feira, abril 01, 2009
SOB O SIGNO DA MENTIRA
Respeitando a tradição nacional, no 1º de Abril todos podemos pregar umas petas aos amigos sem o perigo de sermos processados. O Zé andou por aqui a magicar, e para ser sincero teve uma enorme dificuldade em encontrar mentiras com a real possibilidade de enganar, ainda que por momentos, os leitores.
Surgiu-me o título “Governo cai vítima do caso Freeport”, mas apesar do “barulho” em torno do caso, e da reprodução das gravações verdadeiras que circulam por aí, ninguém ía acreditar em mim.
O caso do senhor Isaltino também me fez meditar no título “Isaltino acusa toda a classe política de mentir”, mas logo veio alguém avisar-me de que “ele” podia dizer isso, mas eu, se o dissesse teria que o provar sob pena de ter de vir a indemnizar todos os políticos nacionais que decidissem processar-me.
Cheguei entretanto à conclusão de que é muito difícil a um simples cidadão ser mentiroso em público, porque isso só está mesmo ao alcance de alguns, poucos, espertos que se vão evidenciando em colunas onde eu, um Zé Povinho, não quero ver o meu nome misturado.
sábado, novembro 15, 2008
AVALIAÇÃO
Nunca tive particular preocupação em ser politicamente correcto, e expresso sempre a minha opinião neste espaço, mesmo quando sei que não é consensual. Hoje o tema é a avaliação do desempenho, muito em particular na função pública.
Tenho visto e lido muitas opiniões favoráveis à avaliação, que normalmente se refugiam em parâmetros de produtividade, de qualidade e de competência no desempenho das funções. Quase nunca ouço falar de condições de trabalho, e meios colocados à disposição, mas à partida penso que todos concordam que eles devem existir. Partindo destes princípios é difícil ser-se crítico em relação à avaliação.
Na função pública as coisas não são tão lineares assim. Começando pelos objectivos dos serviços que estão condicionados pelos dirigentes máximos, que no fundo são os ministros, e que portanto têm objectivos políticos e não funcionais. Segue-se toda uma hierarquia de pessoal nomeado por confiança política, que naturalmente respondem nessa mesma qualidade.
Depois dos objectivos temos a legislação e os procedimentos, a que muitos chamam, noutro contexto, burocracia, que condicionam cada acto dos funcionários. Há ainda o problema das condições de trabalho e os meios colocados à disposição, que naturalmente dependem dos orçamentos disponíveis, mas sobretudo da vontade e da “celeridade” do processo burocrático que depende de toda a cadeia hierárquica inerente a cada serviço ou organismo.
Por último, e porque estou naturalmente a simplificar as coisas, temos os avaliadores, os mesmos que foram nomeados por confiança política, e que portanto não são nem podem ser isentos, porque estão dependentes da (boa) vontade de quem os nomeou.
Isto traduz-se em anacronismos como o de ver um engenheiro civil a avaliar mecânicos, um engenheiro de máquinas a avaliar arquitectos e engenheiros civis, ou um doutorado em germânicas a avaliar técnicos informáticos. O que resulta numa grande trapalhada, especialmente quando há três ou quatro dezenas de funcionários a avaliar e quota de “relevantes” ou muito bons só permite atribuir uma ou duas notas dessas. O resultado é invariavelmente o mesmo: os que estão mais próximos da chefia são os bafejados, e todos os outros são preteridos, qualquer que seja o seu empenho e competência.
Em abstracto pode ser-se favorável às avaliações, mas na prática elas são um embuste, cujo único objectivo (economicista) é retardar ao máximo subidas nas carreiras e não reconhecer qualquer tipo de mérito.
segunda-feira, janeiro 07, 2008
RAPIDINHAS
A Crise dos Avençados – O vergonhoso incumprimento da lei no Ministério da Cultura e que é do conhecimento público, parece nunca mais chegar ao fim. Titulam os jornais que o “governo põe fim à crise dos avençados”, depois da autorização da renovação dos contratos dada pelo Ministério das Finanças, embora “de acordo com as vagas disponíveis no instituto”. Não há “vagas disponíveis” pois até nem há quadros que decorram da reestruturação dos institutos dependentes do M.C.. è também público que a grande maioria destes avençados já está há perto de uma dezena de anos nesta situação, desempenhando tarefas indispensáveis, a tempo inteiro, e na dependência de chefias, o que configura uma clara violação da lei, mas neste ministério isso não tem importância nenhuma, como se está a ver.
Depois dos Fumadores, as Crianças – Em Portugal vamos assistindo à perseguição e à denúncia dos fumadores, existindo já uma “polícia dos costumes” que actua nestes casos, a ASAE. A saúde e o alívio dos que não fumam não justifica os rigores da nossa lei tão restritiva e não regulamentada, como qualquer cidadão pode comprovar atravessando apenas a fronteira, onde podem constatar a existência de cafés e mesmo restaurantes, uns onde se pode fumar e outros onde isso não é permitido, respeitando-se assim a liberdade dos cidadãos. Os excessos e a repressão resultantes da letra desta lei, leva-me a questionar se daqui a uns tempos teremos uma lei que restrinja a entrada de crianças com menos de dez anos em restaurantes, como vai acontecer em breve num restaurante do Walt Disney World , que segundo os responsáveis «passa a ser um espaço disponível para uma experiência adulta». Quando se exagera numas matérias, deixa-se a porta aberta para atitudes aberrantes como esta.
O Lisboa - Dakar -