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sábado, abril 15, 2017

A INTEGRAÇÃO DE PRECÁRIOS

 O Estado é o maior empregador de trabalhadores precários, dando por isso um péssimo exemplo às empresas privadas, que aproveitam a boleia para aumentar ainda mais o universo de precários deste país.

Numa altura em que se fala na integração dos precários ao serviço do Estado, muitos convenceram-se que isto era um dado adquirido, e que todos seriam integrados nos postos de trabalho em que desempenham funções, o que não está garantido, de modo nenhum.

A integração dos precários do Estado vai passar por alguns crivos que abalam a confiança de quem está atento ao processo em fase de discussão.

Em primeiro lugar temos que os interessados que julgam reunir as condições necessárias terão 60 dias para se propor para ser oponentes ao concurso que acontecerá mais tarde.

A segunda etapa depende das chefias máximas que proporão ou não a integração destes postos de trabalho, processo que parece não ser passível de recurso no projecto inicial.

Depois destes processos existe o concurso público, porque terá que ser assim segundo o governo, e como tal aberto a todos, que segundo os critérios de isenção requeridos neste tipo de provas, coloca todos os candidatos em igualdade de condições.


Se as coisas não mudarem entretanto, nada garante que os precários agora em funções, tenham garantidas as entradas nos serviços e funções que desempenham.


sábado, agosto 30, 2014

A VERDADE E O EMBUSTE



O discurso oficial dos últimos anos tem sido o de que apenas a iniciativa privada é que poderia gerar empregos de qualidade, que fariam a nossa economia crescer, sendo o papel do Estado o de facilitador de condições para o tal emprego e crescimento.

A verdade quase nunca confirma o discurso oficial, e a realidade é apenas uma: o emprego criado nos últimos meses tem sido na sua maior parte pagos pelo Estado, e não pela iniciativa privada, que na realidade não garante que após os estágios subsidiados, haja uma verdadeira empregabilidade dos actuais estagiários.

Se as políticas activas de emprego não são de condenar, pelo contrário, há que procurar garantir a continuidade do emprego, e não apenas o benefício de empresas e empresários que se aproveitam dos fundos públicos. Outra coisa que era perfeitamente escusada, era manipulação dos números do desemprego à custa dos estágios remunerados, que não são verdadeiros empregos, como se sabe.


FOTOGRAFIA
Branca by Palaciano

quinta-feira, setembro 12, 2013

PURA ALDRABICE



É preciso muita lata para ouvir agora da boca de membros do governo que se está a fazer justiça com a chamada convergência das pensões, ou que se está a tentar implementar um sistema de requalificação na Função Pública.

O povo português foi aliciado a votar nos partidos que compõem o actual executivo com promessas de não se irem fazer cortes nos subsídios e nos salários, e muito menos nas pensões. As promessas foram feitas tanto por Passos Coelho como por Paulo Portas, o defensor dos idosos.

A dita convergência das pensões são efectivamente cortes, porque o nivelamento será feito por baixo, pelo valor mais baixo. A requalificação é de facto um processo de diminuição de salário sem qualquer valorização do funcionário para o preparar para novas funções.

O discurso oficial é claramente uma mistificação da realidade, e esta é o inverso do que foi prometido aos portugueses antes do último acto eleitoral, e isto é enganar os cidadãos, que deviam merecer o respeito dos eleitos a quem pagam religiosamente os salários.


CARTOON 


VÍDEO PARA OS ESQUECIDOS

sexta-feira, julho 26, 2013

A VERDADE E A LEGITIMIDADE



Este governo é legítimo na medida que resultou de eleições livres, contudo esta legitimidade é formal, porque há muito que perdeu a confiança da maioria dos cidadãos devido à sua propensão para faltar à verdade.

Tudo começou logo depois da tomada de posse, quando começou a fazer o contrário do que tinha prometido. As promessas foram quebradas, os objectivos foram falhando sucessivamente, as previsões estavam todas erradas, o governo falhou redondamente, e mesmo na hora da demissão os ministros recusam aceitar os seus falhanços.

A mentira na política passou a ser comum, a palavra de alguns políticos não vale mesmo nada. Hoje toma-se uma decisão irrevogável, que logo a seguir é revogável. Hoje diz-se que não se conhecia um problema, amanhã diz-se que não se conhecia era a extensão e gravidade desse problema.

O país está de rastos e isso deve-se a uma classe política que tem passado pelo poder, mostrando incompetência, falta de palavra e sem saber assumir os seus erros. Se alguma coisa deve mudar na nossa Constituição deve ser a responsabilização dos governantes pelos seus actos de gestão danosa, bem como a possibilidade da sua destituição sempre que a sua governação seja contrária ao que constava no seu programa eleitoral.

Precisamos de gente séria no governo dos nossos destinos e não de carreiristas políticos que se servem de todas as artimanhas para ascender na vida e alcançar assim o poder, sem nunca se preocuparem com as necessidades dos cidadãos a quem deviam servir. Governar é servir e não servir-se…


CARTOONS

quarta-feira, abril 01, 2009

SOB O SIGNO DA MENTIRA

Respeitando a tradição nacional, no 1º de Abril todos podemos pregar umas petas aos amigos sem o perigo de sermos processados. O Zé andou por aqui a magicar, e para ser sincero teve uma enorme dificuldade em encontrar mentiras com a real possibilidade de enganar, ainda que por momentos, os leitores.

Surgiu-me o título “Governo cai vítima do caso Freeport”, mas apesar do “barulho” em torno do caso, e da reprodução das gravações verdadeiras que circulam por aí, ninguém ía acreditar em mim.

O caso do senhor Isaltino também me fez meditar no título “Isaltino acusa toda a classe política de mentir”, mas logo veio alguém avisar-me de que “ele” podia dizer isso, mas eu, se o dissesse teria que o provar sob pena de ter de vir a indemnizar todos os políticos nacionais que decidissem processar-me.

Cheguei entretanto à conclusão de que é muito difícil a um simples cidadão ser mentiroso em público, porque isso só está mesmo ao alcance de alguns, poucos, espertos que se vão evidenciando em colunas onde eu, um Zé Povinho, não quero ver o meu nome misturado.




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FOTOGRAFIA
Sea Tavi by Taviartificial

one two three four by tekhiun

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CARTOON

CONSTANTIN CIOSU
CRISTIAN TOPAN
770

sábado, novembro 15, 2008

AVALIAÇÃO

Nunca tive particular preocupação em ser politicamente correcto, e expresso sempre a minha opinião neste espaço, mesmo quando sei que não é consensual. Hoje o tema é a avaliação do desempenho, muito em particular na função pública.

Tenho visto e lido muitas opiniões favoráveis à avaliação, que normalmente se refugiam em parâmetros de produtividade, de qualidade e de competência no desempenho das funções. Quase nunca ouço falar de condições de trabalho, e meios colocados à disposição, mas à partida penso que todos concordam que eles devem existir. Partindo destes princípios é difícil ser-se crítico em relação à avaliação.

Na função pública as coisas não são tão lineares assim. Começando pelos objectivos dos serviços que estão condicionados pelos dirigentes máximos, que no fundo são os ministros, e que portanto têm objectivos políticos e não funcionais. Segue-se toda uma hierarquia de pessoal nomeado por confiança política, que naturalmente respondem nessa mesma qualidade.

Depois dos objectivos temos a legislação e os procedimentos, a que muitos chamam, noutro contexto, burocracia, que condicionam cada acto dos funcionários. Há ainda o problema das condições de trabalho e os meios colocados à disposição, que naturalmente dependem dos orçamentos disponíveis, mas sobretudo da vontade e da “celeridade” do processo burocrático que depende de toda a cadeia hierárquica inerente a cada serviço ou organismo.

Por último, e porque estou naturalmente a simplificar as coisas, temos os avaliadores, os mesmos que foram nomeados por confiança política, e que portanto não são nem podem ser isentos, porque estão dependentes da (boa) vontade de quem os nomeou.

Isto traduz-se em anacronismos como o de ver um engenheiro civil a avaliar mecânicos, um engenheiro de máquinas a avaliar arquitectos e engenheiros civis, ou um doutorado em germânicas a avaliar técnicos informáticos. O que resulta numa grande trapalhada, especialmente quando há três ou quatro dezenas de funcionários a avaliar e quota de “relevantes” ou muito bons só permite atribuir uma ou duas notas dessas. O resultado é invariavelmente o mesmo: os que estão mais próximos da chefia são os bafejados, e todos os outros são preteridos, qualquer que seja o seu empenho e competência.

Em abstracto pode ser-se favorável às avaliações, mas na prática elas são um embuste, cujo único objectivo (economicista) é retardar ao máximo subidas nas carreiras e não reconhecer qualquer tipo de mérito.



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FOTOGRAFIA
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ojousama

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CARICATURA
"Viemos, vimos e vencemos" por Baptistão
"Por Diego, con Diego, en Diego, toda honra y toda gloria..." por Gustavo Duarte

segunda-feira, janeiro 07, 2008

RAPIDINHAS

Lascaux – Está em curso um plano de emergência para salvar as pinturas rupestres de Lascaux, devido a um ataque de fungos que ameaça as Pinturas. Saliente-se que a caverna está encerrada ao público desde 1963, para protecção dos desenhos pré-históricos que decoram as suas paredes. O número de visitantes e os efeitos nefastos para o ambiente interno da caverna estavam a acelerar a degradação das pinturas. Já tinha sido montado um sistema de ar condicionado para manter estável o ambiente, mas as infestações por fungos têm-se sucedido pintando as paredes de cinzento e preto.

A Crise dos Avençados – O vergonhoso incumprimento da lei no Ministério da Cultura e que é do conhecimento público, parece nunca mais chegar ao fim. Titulam os jornais que o “governo põe fim à crise dos avençados”, depois da autorização da renovação dos contratos dada pelo Ministério das Finanças, embora “de acordo com as vagas disponíveis no instituto”. Não há “vagas disponíveis” pois até nem há quadros que decorram da reestruturação dos institutos dependentes do M.C.. è também público que a grande maioria destes avençados já está há perto de uma dezena de anos nesta situação, desempenhando tarefas indispensáveis, a tempo inteiro, e na dependência de chefias, o que configura uma clara violação da lei, mas neste ministério isso não tem importância nenhuma, como se está a ver.

Depois dos Fumadores, as Crianças – Em Portugal vamos assistindo à perseguição e à denúncia dos fumadores, existindo já uma “polícia dos costumes” que actua nestes casos, a ASAE. A saúde e o alívio dos que não fumam não justifica os rigores da nossa lei tão restritiva e não regulamentada, como qualquer cidadão pode comprovar atravessando apenas a fronteira, onde podem constatar a existência de cafés e mesmo restaurantes, uns onde se pode fumar e outros onde isso não é permitido, respeitando-se assim a liberdade dos cidadãos. Os excessos e a repressão resultantes da letra desta lei, leva-me a questionar se daqui a uns tempos teremos uma lei que restrinja a entrada de crianças com menos de dez anos em restaurantes, como vai acontecer em breve num restaurante do Walt Disney World , que segundo os responsáveis «passa a ser um espaço disponível para uma experiência adulta». Quando se exagera numas matérias, deixa-se a porta aberta para atitudes aberrantes como esta.


O Lisboa - Dakar -


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Delize

Bauer

Delestre