quinta-feira, junho 30, 2016
A EUROPA NOSSA “AMIGA”
terça-feira, junho 28, 2016
EUROPA - A GRANDE CONSUSÃO
terça-feira, fevereiro 23, 2016
EUROXIT - A PORTA DE SAÍDA
quinta-feira, maio 29, 2014
UMA EUROPA POUCO CONFIÁVEL
segunda-feira, fevereiro 17, 2014
A EUROPA POUCO SOLIDÁRIA
quarta-feira, dezembro 14, 2011
A HORA DA DECISÃO
Houve quem recebesse a notícia de que a “Irlanda admite referendo à permanência na zona euro” com algum espanto e até indignação.
Não há nesta notícia nada que me espante, pelo contrário há coisas na actuação e no discurso do nosso governo que me espantam e até causam indignação, e prendem-se com um optimismo injustificado e despropositado.
A nossa economia afunda-se a cada dia que passa, o desemprego aumenta para níveis incomportáveis, a miséria começa a ser visível até para os que andam distraídos, e a criminalidade começa a tornar-se insustentável.
A falta de protecção social é uma verdadeira ameaça, e o desvio de verbas para a capitalização da banca privada, que é uma opção do governo, não vem aliviar a falta de financiamento da economia, antes satisfaz os accionista da banca, que souberam recolher dividendos até há pouco tempo, mas não estão dispostos a investir.
A saída do euro devia ser uma hipótese que devia estar sobre a mesa do governo, enquanto ainda a podemos negociar, porque por este andar vamos ficar ainda em pior situação, e nessa altura seremos atirados fora, como está prestes a acontecer à Grécia.
É útil recordar que os portugueses nunca foram chamados a pronunciar-se sobre a moeda única ou sobre esta “integração” europeia, pelo que a legitimidade dos governos nestas matérias é mais do que questionável. Dar a oportunidade aos cidadãos de se pronunciarem sobre esta Europa que agora temos, é um dever, porque não foi isto que os políticos nos “venderam”.
quinta-feira, março 10, 2011
O JOGO DA MENTIRA
Começa a ser patético assistir a tentativas desesperadas e inúteis, no sentido de enganar os parceiros europeus, levando a Bruxelas um documento que não passa de uma declaração de intenções de continuar a discutir um acordo que nunca será aceite pela maioria dos portugueses.
O governo, o patronato e a UGT assinam uma declaração em que se comprometem a continuar a discutir um acordo para a competitividade e emprego, cujas linhas gerais apenas apontam para uma maior facilidade no despedimento, menores indemnizações para os despedidos ilegalmente, e maior precariedade.
A verdade pode ser muito dura, mas o desemprego já é insustentável para a segurança social, e não é facilitando os despedimentos que se inverte essa situação. As políticas económicas seguidas pelos últimos governos foi desastrosa e a factura começa a ser paga.
Bruxelas não vai engolir este “acordo”, como os mercados não engolem que este executivo consiga inverter a situação em que nos encontramos. Os discursos optimistas e os números “fabricados à pressa”, como os esgrimidos recentemente relativos a Fevereiro, não encontraram eco nos mercados, que nos penalizaram com juros cada vez maiores.
A Islândia deu-nos pistas sobre como reagir, agora temos a Irlanda a dizer que não pretende seguir as directivas do FMI e que pretende renegociar a dívida. Nós podemos aprender e temos um trunfo que é o de dizer claramente em Bruxelas que após a nossa queda, será a Espanha que estará na linha da frente perante os especuladores, e isso será o golpe final na utopia do euro.
segunda-feira, dezembro 03, 2007
EUROPA
Sobre essa passagem, o mitologista Thomas Bulfinch (1796-1867) escreve em “O Livro de Ouro da Mitologia”, que a mortal Aracne – “uma donzela que atingira tal perfeição na arte de tecer e bordar, que as próprias ninfas costumavam deixar suas grutas e suas fontes para admirar seu trabalho, que era belo não somente depois de feito, mas belo também ao ser feito” –, entendeu que poderia desafiar sua mestra, a deusa Minerva, para uma competição de bordados, pretendendo demonstrar dessa forma que sua habilidade como bordadeira era inigualável. Em um dos trabalhos feitos nessa oportunidade, ela mostrava que Europa, iludida por Zeus (Júpiter) sob a forma de um touro, sentiu-se encorajada pela mansidão do animal, e por isso aventurou-se a cavalgá-lo. Júpiter, então, entrou no mar e levou-a a nado para Creta. Dessa união entre a jovem e o deus supremo, nasceram três filhos, Minos, Radamanto e Sarpedonte.
Na descrição desse sequestro de autoria divina (na ilustração, tela de António Carracci -1583/1618- representando o momento em que ele se realizou), costuma-se dizer que Europa, passeava um dia com algumas amigas em certa praia de Tiro, cidade mediterrânea ao sul do actual Líbano, a uma distância relativamente curta da pastagem onde se encontrava o rebanho de seu pai. As moças colhiam flores, e caminhavam assim, alegres e satisfeitas, quando Europa notou que um touro de porte majestoso e com pelagem branca e brilhante, era o que mais se destacava entre todos os bovinos ali reunidos. Ela nunca o tinha visto e por isso, curiosa, aproximou-se dele, e ao acariciá-lo sentiu que pairava no ar o odor de açafrão. O touro então dobrou os joelhos e deitou-se a seus pés, de forma a permitir que ela subisse em seu dorso, e a esse convite explícito a jovem não resistiu: montou, ornou os cornos do animal com as flores que carregava, e este em seguida pôs-se de pé, caminhou directamente para o mar, entrou na água e nadou até Gortina, ao sul da ilha de Creta, acompanhado por nereidas navegando sobre tritões e delfins. Lá chegando, o touro transmudou-se em Zeus, (Júpiter), deu-se a conhecer a Europa, e o casal então se amou junto a uma fonte e debaixo de plátanos que, segundo a lenda, conservaram para sempre a sua folhagem.
Europa recebeu três presentes de Júpiter; Talos, um gigante de bronze dotado de movimentos, capaz não só de atirar pedras como o de se aquecer a ponto de queimar os intrusos, cuja missão era guardar a ilha de Creta contra possíveis invasores; um cão que seguia sempre a pista de sua presa, e uma lança que nunca errava o alvo. Por ordem de Júpiter ela casou-se posteriormente com Astério, rei de Creta, que adoptou seus três filhos. Um deles, Minos, assumiu o trono da ilha quando da morte do padrasto. Porém, segundo uma outra tradição, Europa foi primeiramente transportada para a Beócia, onde teve um filho, Carnao, antepassado das égides, que eram os filhos de Egeu, ou atenienses.
Seu pai, durante toda a vida, a procurou em vão, e ela, uma vez morta, foi elevada por Zeus à categoria de divindade e transformada em constelação. Em homenagem a Europa, várias festas eram realizadas em Creta e na Grécia. Seu rapto foi ilustrado por artistas de todos os tempos, desde aqueles que representaram a cena em templos arcaicos, ou então sobre vasos, moedas, a frescos e mosaicos, até aos pintores de épocas mais recentes, como Veronese, Ticiano, Tintoreto e outros mais.
Texto de FERNANDO KITZINGER DANNEMANN
domingo, outubro 07, 2007
UM TRATADO POUCO DEMOCRÁTICO
Não tive ainda oportunidade para ler o texto, mas conhecendo razoavelmente este tipo de textos, também não creio que valha de muito. Tenho contudo alguma curiosidade em saber se o Reino Unido e a Polónia sempre vão utilizar a regra de opting-out em relação ao capítulo da Carta de Direitos Fundamentais.
O que parece ser agora o próximo passo, e que realmente importa aos cidadãos europeus, é a forma de ractificação deste tratado, se vão haver referendos ou não, e concretamente a posição potuguesa. Não é indiferente saber-se se vamos ou não ter um referendo em Portugal.
É conhecido o medo que alguns dirigentes europeus têm do referendo, como é o caso de França e da Holanda, mas isso é um problema dos cidadãos desses países, que certamente tomarão posição se o desejarem, já em Portugal temos uma situação muito particular, em que temos no governo da nação um 1º ministro que se fez eleger com a promessa de efectuar um referendo sobre esta matéria.
Conhecemos o argumento já atirado por alguns “especialistas” de que é tão democrático haver uma ratificação por via parlamentar como pela via do referendo, já que o parlamento é uma emanação do voto popular. Lamento dizer, mas neste caso particular isso não corresponde à verdade, porque o partido maioritário obteve os seus votos apresentando no seu programa eleitoral o desejo de fazer o referendo ao tratado europeu.
Tenho para mim, que é totalmente indiferente o facto de Sócrates e Menezes poderem vir a concordar no processo de ratificação sem referendo, pois será sempre anti-democrático tomar essa atitude quando a maioria dos mandatos parlamentares foram conferidos por votos de eleitores que confiaram precisamente na promessa do referendo.
Vamos ver o que se vai passar em Portugal, no que concerne ao Tratado Reformador.