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quinta-feira, junho 30, 2016

A EUROPA NOSSA “AMIGA”

Apesar de tudo o que nos foi impingido pelos nossos políticos do bloco central, a Europa onde nos enfiaram, com os tratados que nunca foram por nós ratificados, nunca se mostrou verdadeiramente solidária com Portugal, que partia dum estágio de desenvolvimento bastante inferior aos restantes parceiros.

As “ajudas” dos tempos iniciais e as posteriores, tiveram sempre custos, que foram desde as restrições de certos aparelhos produtivos, como na agricultura e pescas, a juros bem generosos para quem nos emprestou dinheiro.

Quando atravessamos um crise económica, a que as más governações não são alheias, e quando precisamos de investimento como de pão para a boca, eis que os nosso “amigos” , como o senhor Schäble, decidem sugerir que Portugal precisaria de novo resgate. Os “amigos” do FMI também são muito simpáticos, e dizem que temos Estado a mais, e funcionários a mais, porque as 35 horas semanais foram repostas. O senhor Subir Lall parece que faz mais horas, mas falha reuniões e vai patrocinando o lançamento de livros de amigos durante as horas de trabalho.


Como se costuma dizer por aí, «com amigos destes, quem precisa de inimigos».

Chita by Palaciano

terça-feira, junho 28, 2016

EUROPA - A GRANDE CONSUSÃO

Este Verão promete ser muito quente no velho continente, e as incertezas são neste momento mais do que as certezas, se é que alguém tem certezas sobre o futuro próximo.

O Brexit conseguiu dividir os britânicos, fez renascer os sentimentos nacionalista não só nas ilhas, mas também noutros países parceiros na União Europeia.

A Espanha debate-se com uma crise política que pode, ou não, ter alguma solução governativa para a governança nos próximos anos. Com a vitória do Brexit e com a possibilidade de sansões por parte de Bruxelas (tal como Portugal), verá certamente recrudescer o problema dos nacionalismos, da Catalunha e das outras regiões, que continuam latentes.

Na Itália, que quer fazer parte do núcleo forte da União, existe o problema do financiamento dos bancos, que afinal não estavam tão sólidos como se dizia ainda há pouco tempo.


Podia falar-se também de Portugal e da Grécia, mas são os grandes países que fazem soar as sirenes de alarme, porque um grande abanão pode ser o fim do euro e de uma união imperfeita, em que os grandes cresciam e os pequenos viam os seus problemas cada vez maiores. 


terça-feira, fevereiro 23, 2016

EUROXIT - A PORTA DE SAÍDA

A União Europeia tornou-se numa arena onde coexistem parceiros de primeira, de segunda e de terceira, para simplificar a compreensão dos mais mal informados.

A Alemanha ocupa sozinha a primeira posição, e existem alguns outros países que pensam estar no mesmo patamar, como por exemplo a França, que ainda não percebeu o seu papel secundário nas decisões importantes.

Na segunda posição, devido sobretudo à sua importância enquanto parceiro privilegiado dos EUA, especialmente em questões de defesa, está o Reino Unido que tem vindo a usar todos os truques possíveis para ter o melhor de dois mundos, estar na União, e ter autonomia económica, moeda própria, e noutras matérias estar isento de obediência às regras de Bruxelas.

Na terceira divisão do clube europeu estão os países que vivem dificuldades económicas, estão na moeda única e não têm capacidade política e independência económica para contrariar as directivas de Bruxelas, ditadas pela Alemanha.


Neste momento em que a Europa está em processo de desagregação, existem duas portas de saída da união falhada, porque não solidária, e são o simples pontapé dos excluídos por serem os elos mais fracos, ou os que escolhem por referendo excluir-se por discordar do rumo deste clube dos ricos e egoístas. 


quinta-feira, maio 29, 2014

UMA EUROPA POUCO CONFIÁVEL

A União Europeia tem vindo a centrar a sua acção quase que em exclusivo nas questões económicas, desprezando completamente os cidadãos e as preocupações sociais, que eram a imagem de marca da Europa.

As preocupações com os mercados de capital e com a inflação, que os países com economias mais fortes têm imposto, fizeram com que a austeridade fosse quase uma norma para os países com economias mais fracas e com maiores dependências de financiamento estrangeiro.

O resultado tem sido catastrófico, não apenas pelo clima recessivo que tem causado, mas sobretudo pelos efeitos ainda mais negativos sobre os cidadãos, traduzidos em desemprego insustentável, e consequentes perdas de direitos nas diferentes áreas sociais.

Perante o avanço dos eurocépticos, começam a aparecer agora discursos anunciando planos para fomentar o mercado laboral europeu, tentado assim reconquistar a confiança dos cidadãos europeus.


Será que os cidadãos ainda confiam em quem os andou a tramar durante os últimos anos, e que não foi capaz de reconhecer o falhanço das suas políticas? É que este discurso recente pode ser interpretado apenas como uma tentativa para manter o poder, e nada mais.

PINTURA
Malangatana

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

A EUROPA POUCO SOLIDÁRIA

Em diversos momentos da actual crise económica que atravessamos, os parceiros europeus e muitos “especialistas” nacionais acenaram-nos com dois cenários possíveis, ou uma obediência cega aos nossos credores, sobretudo europeus, ou a saída do euro.

A Europa solidária que nos forçaram a aceitar sem qualquer consulta popular, não se tem demonstrado assim tão solidárias, nem aplica as suas regras da mesma maneira aos países mais fortes e aos países mais fracos, como se percebeu no caso dos défices excessivos.

Os programas de ajuda também não foram tão favoráveis como os pintavam, antes foram imposições de choque que acarretaram consequências sociais que levarão décadas a remediar. A recuperação dos países intervencionados, a acontecer, deixará o seu rasto de desemprego, emigração e pobreza, que debilitarão todo o tecido social comprometendo a recuperação dos países em dificuldades.

A solidariedade tão apregoada pelos governantes europeus sofreu um grande rombo nesta crise económica, mas está em vias de sofrer o golpe final com a possibilidade, já visível, de se criarem limites à livre circulação de populações como a que se prepara para acontecer na Suíça.  

CARTOONS
1

quarta-feira, dezembro 14, 2011

A HORA DA DECISÃO

Houve quem recebesse a notícia de que a “Irlanda admite referendo à permanência na zona euro” com algum espanto e até indignação.

Não há nesta notícia nada que me espante, pelo contrário há coisas na actuação e no discurso do nosso governo que me espantam e até causam indignação, e prendem-se com um optimismo injustificado e despropositado.

A nossa economia afunda-se a cada dia que passa, o desemprego aumenta para níveis incomportáveis, a miséria começa a ser visível até para os que andam distraídos, e a criminalidade começa a tornar-se insustentável.

A falta de protecção social é uma verdadeira ameaça, e o desvio de verbas para a capitalização da banca privada, que é uma opção do governo, não vem aliviar a falta de financiamento da economia, antes satisfaz os accionista da banca, que souberam recolher dividendos até há pouco tempo, mas não estão dispostos a investir.

A saída do euro devia ser uma hipótese que devia estar sobre a mesa do governo, enquanto ainda a podemos negociar, porque por este andar vamos ficar ainda em pior situação, e nessa altura seremos atirados fora, como está prestes a acontecer à Grécia.

É útil recordar que os portugueses nunca foram chamados a pronunciar-se sobre a moeda única ou sobre esta “integração” europeia, pelo que a legitimidade dos governos nestas matérias é mais do que questionável. Dar a oportunidade aos cidadãos de se pronunciarem sobre esta Europa que agora temos, é um dever, porque não foi isto que os políticos nos “venderam”.

CARTOON


FILME
Tinha deixado na aba direita este filme completo para que os meus leitores o possam ver ou que o possam partilhar com a criançada, nesta quadra festiva. Pensei melhor e decidi passar o mesmo para aqui, ficando assim disponível mesmo quando colocar outro na aba direita, o que acontecerá em breve.


Pinóquio (no original em inglês: Pinocchio) é um filme norte-americano do género fantasia, sendo o segundo longa-metragem de animação produzido pelos estúdios Disney no ano de 1940. O filme é baseado em As aventuras de Pinóquio de Carlo Collodi.

quinta-feira, março 10, 2011

O JOGO DA MENTIRA

Começa a ser patético assistir a tentativas desesperadas e inúteis, no sentido de enganar os parceiros europeus, levando a Bruxelas um documento que não passa de uma declaração de intenções de continuar a discutir um acordo que nunca será aceite pela maioria dos portugueses.

O governo, o patronato e a UGT assinam uma declaração em que se comprometem a continuar a discutir um acordo para a competitividade e emprego, cujas linhas gerais apenas apontam para uma maior facilidade no despedimento, menores indemnizações para os despedidos ilegalmente, e maior precariedade.

A verdade pode ser muito dura, mas o desemprego já é insustentável para a segurança social, e não é facilitando os despedimentos que se inverte essa situação. As políticas económicas seguidas pelos últimos governos foi desastrosa e a factura começa a ser paga.

Bruxelas não vai engolir este “acordo”, como os mercados não engolem que este executivo consiga inverter a situação em que nos encontramos. Os discursos optimistas e os números “fabricados à pressa”, como os esgrimidos recentemente relativos a Fevereiro, não encontraram eco nos mercados, que nos penalizaram com juros cada vez maiores.

A Islândia deu-nos pistas sobre como reagir, agora temos a Irlanda a dizer que não pretende seguir as directivas do FMI e que pretende renegociar a dívida. Nós podemos aprender e temos um trunfo que é o de dizer claramente em Bruxelas que após a nossa queda, será a Espanha que estará na linha da frente perante os especuladores, e isso será o golpe final na utopia do euro.



FOTOGRAFIA
Sisters by Radu Carp

CARTOON

segunda-feira, dezembro 03, 2007

EUROPA

De acordo com a mitologia grega, Europa foi uma mulher muito bonita que despertou os amores de Zeus (Júpiter), deus-rei do Olimpo. No dizer de Homero, na Ilíada, ela era filha de Fénix, ancestral dos fenícios, ou então de Agenor, rei de Tiro, e por isso irmã de Cadmo. Uma outra lenda grega conta que o deus maior a vira quando passeava com algumas amigas em uma praia da Fenícia, actual Líbano, e não resistindo aos seus encantos decidiu ir ao seu encontro disfarçado como um imponente touro branco, para então raptá-la.
Sobre essa passagem, o mitologista Thomas Bulfinch (1796-1867) escreve em “O Livro de Ouro da Mitologia”, que a mortal Aracne – “uma donzela que atingira tal perfeição na arte de tecer e bordar, que as próprias ninfas costumavam deixar suas grutas e suas fontes para admirar seu trabalho, que era belo não somente depois de feito, mas belo também ao ser feito” –, entendeu que poderia desafiar sua mestra, a deusa Minerva, para uma competição de bordados, pretendendo demonstrar dessa forma que sua habilidade como bordadeira era inigualável. Em um dos trabalhos feitos nessa oportunidade, ela mostrava que Europa, iludida por Zeus (Júpiter) sob a forma de um touro, sentiu-se encorajada pela mansidão do animal, e por isso aventurou-se a cavalgá-lo. Júpiter, então, entrou no mar e levou-a a nado para Creta. Dessa união entre a jovem e o deus supremo, nasceram três filhos, Minos, Radamanto e Sarpedonte.
Na descrição desse sequestro de autoria divina (na ilustração, tela de António Carracci -1583/1618- representando o momento em que ele se realizou), costuma-se dizer que Europa, passeava um dia com algumas amigas em certa praia de Tiro, cidade mediterrânea ao sul do actual Líbano, a uma distância relativamente curta da pastagem onde se encontrava o rebanho de seu pai. As moças colhiam flores, e caminhavam assim, alegres e satisfeitas, quando Europa notou que um touro de porte majestoso e com pelagem branca e brilhante, era o que mais se destacava entre todos os bovinos ali reunidos. Ela nunca o tinha visto e por isso, curiosa, aproximou-se dele, e ao acariciá-lo sentiu que pairava no ar o odor de açafrão. O touro então dobrou os joelhos e deitou-se a seus pés, de forma a permitir que ela subisse em seu dorso, e a esse convite explícito a jovem não resistiu: montou, ornou os cornos do animal com as flores que carregava, e este em seguida pôs-se de pé, caminhou directamente para o mar, entrou na água e nadou até Gortina, ao sul da ilha de Creta, acompanhado por nereidas navegando sobre tritões e delfins. Lá chegando, o touro transmudou-se em Zeus, (Júpiter), deu-se a conhecer a Europa, e o casal então se amou junto a uma fonte e debaixo de plátanos que, segundo a lenda, conservaram para sempre a sua folhagem.
Europa recebeu três presentes de Júpiter; Talos, um gigante de bronze dotado de movimentos, capaz não só de atirar pedras como o de se aquecer a ponto de queimar os intrusos, cuja missão era guardar a ilha de Creta contra possíveis invasores; um cão que seguia sempre a pista de sua presa, e uma lança que nunca errava o alvo. Por ordem de Júpiter ela casou-se posteriormente com Astério, rei de Creta, que adoptou seus três filhos. Um deles, Minos, assumiu o trono da ilha quando da morte do padrasto. Porém, segundo uma outra tradição, Europa foi primeiramente transportada para a Beócia, onde teve um filho, Carnao, antepassado das égides, que eram os filhos de Egeu, ou atenienses.
Seu pai, durante toda a vida, a procurou em vão, e ela, uma vez morta, foi elevada por Zeus à categoria de divindade e transformada em constelação. Em homenagem a Europa, várias festas eram realizadas em Creta e na Grécia. Seu rapto foi ilustrado por artistas de todos os tempos, desde aqueles que representaram a cena em templos arcaicos, ou então sobre vasos, moedas, a frescos e mosaicos, até aos pintores de épocas mais recentes, como Veronese, Ticiano, Tintoreto e outros mais.

Texto de FERNANDO KITZINGER DANNEMANN


Ticiano

Rubens

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FOTOS DE AVES

PROMA

Litvak.I

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CARTOON

Bob Englehart

Eric Allie

domingo, outubro 07, 2007

UM TRATADO POUCO DEMOCRÁTICO

O agora conhecido como Tratado Reformador, outrora chamado Tratado Constitucional, foi agora disponibilizado pela Internet, para conhecimento público.
Não tive ainda oportunidade para ler o texto, mas conhecendo razoavelmente este tipo de textos, também não creio que valha de muito. Tenho contudo alguma curiosidade em saber se o Reino Unido e a Polónia sempre vão utilizar a regra de opting-out em relação ao capítulo da Carta de Direitos Fundamentais.
O que parece ser agora o próximo passo, e que realmente importa aos cidadãos europeus, é a forma de ractificação deste tratado, se vão haver referendos ou não, e concretamente a posição potuguesa. Não é indiferente saber-se se vamos ou não ter um referendo em Portugal.
É conhecido o medo que alguns dirigentes europeus têm do referendo, como é o caso de França e da Holanda, mas isso é um problema dos cidadãos desses países, que certamente tomarão posição se o desejarem, já em Portugal temos uma situação muito particular, em que temos no governo da nação um 1º ministro que se fez eleger com a promessa de efectuar um referendo sobre esta matéria.
Conhecemos o argumento já atirado por alguns “especialistas” de que é tão democrático haver uma ratificação por via parlamentar como pela via do referendo, já que o parlamento é uma emanação do voto popular. Lamento dizer, mas neste caso particular isso não corresponde à verdade, porque o partido maioritário obteve os seus votos apresentando no seu programa eleitoral o desejo de fazer o referendo ao tratado europeu.
Tenho para mim, que é totalmente indiferente o facto de Sócrates e Menezes poderem vir a concordar no processo de ratificação sem referendo, pois será sempre anti-democrático tomar essa atitude quando a maioria dos mandatos parlamentares foram conferidos por votos de eleitores que confiaram precisamente na promessa do referendo.
Vamos ver o que se vai passar em Portugal, no que concerne ao Tratado Reformador.

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CARTOONS DEMOCRÁTICOS (?)
Kim Jong Il by Stavro

Kadafi by Stavro

Caricatura Durão Barroso de Nelson Santos

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FOTOGRAFIA MANIPULADA

HegeH

geir fløde