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domingo, junho 16, 2019

NINGUÉM FICA DE FORA


Os nossos governantes vivem literalmente num mundo à parte, muito distante da realidade vivida pela maioria dos trabalhadores portugueses.

A Secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, proferiu esta frase verdadeiramente delirante: “com as rendas acessíveis, ninguém fica de fora para ter habitação digna”.

Um simples T2 em Lisboa custa em média, e bem por baixo, pelo menos 1.200 euros mensais, o que exige que um casal ganhe, em conjunto, pelo menos 3.000 euros para ter condições para aceder (já em sobrecarga) ao tal arrendamento acessível. As contas para um solteiro e um T0 são ainda mais desfavoráveis pois só que aufira uns 1.500 € mensais é que poderá ter alguma sorte.

Não tenho dados estatísticos actualizados, mas não estarei muito longe da verdade se disser que mais de metade dos trabalhadores portugueses aufere um salário mensal inferior a 1.200 euros, o que indica que mais de metade dos portugueses ficaria de fora do tal tipo de arrendamento, ao contrário do que pretende a senhora Secretária de Estado.

Esta é apenas mais uma prova do divórcio existente entre governantes e governados, se é que alguém ainda não tinha reparado…



quarta-feira, novembro 28, 2018

PATRIMÓNIO E CULTURA


Este governo tem passado ao lado da política de defesa do Património, e dos museus, palácios e monumentos tutelados pela DGPC.

António Costa a propósito do Orçamento de Estado apenas conseguiu falar das entradas grátis nos museus aos domingos e feriados pela manhã, e nada mais acrescentou a isso, pois nada mais tinha a acrescentar.

A nova ministra da Cultura, também nada conseguiu dizer nestes poucos dias de mandato, até porque se enredou em casos como o do IVA das touradas, onde o governo saiu derrotado, e o da não leitura dos jornais portugueses enquanto estava no estrangeiro, o que foi um erro crasso.

Todos se lembram da luta de alguns directores de museus pela autonomia dos seus serviços, e o que está previsto para o próximo ano é manifestamente insuficiente. Recordar-se-ão das diversas promessas de admissão de vigilantes de museu para vários serviços, e também neste particular a realidade mostra-se abaixo das necessidades. Como último exemplo cito a promessa da abertura do Museu da Música até ao final deste ano, em Mafra, que caiu manifestamente no esquecimento, e já nem se fala nisso.


Rui Gaudêncio, Público

quarta-feira, novembro 14, 2018

O MUSEU DA MÚSICA E AS PROMESSAS

Estamos quase no final do ano de 2018 e a promessa de ter em Mafra o Museu da Música está esquecida, e nem se fala dos preparativos para que isso aconteça.

Devemos esquecer a promessa, ou entretanto vingaram outras ideias que não são públicas?

A memória é quase sempre inimiga dos políticos...


quarta-feira, junho 13, 2018

AS PROMESSAS DA CULTURA PARA MAFRA EM 2018

O ano de 2018 pode vir a ser um ano em grande para o Real Edifício de Mafra e para a Cultura no concelho, porque as promessas são várias faltando só ver tudo cumprido.

O Tricentenário foi celebrado em 2017 e muita gente lamentou que no Palácio de Mafra não tivessem tocado os dois carrilhões, característica única do monumento, só partilhada pelos seis órgãos da Basílica.

Este ano prevê-se que comecem os trabalhos de recuperação dos carrilhões, que seja instalado um elevador no monumento, e por último a instalação do espólio do barroco sacro e profano do século XVIII, bem como um sector dedicado às bandas filarmónicas e militares.


Por enquanto são tudo promessas por realizar, mas nada como esperar, pois até ao fim deste ano ainda há tempo para se poder aquilatar da vontade política em cumprir honrar a palavra dada.  


segunda-feira, maio 28, 2018

O DISCURSO DE COSTA

Ouvir António Costa acenar à juventude, especialmente à que saiu do país, com salários mais justos e comparáveis com os praticados nos países europeus, é simplesmente risível.

Portugal é um país onde o Estado paga mal aos seus funcionários, e onde os empresários seguem o (mau) exemplo dado pelo Estado. 

A pergunta que importa fazer é se alguém acredita que o ministro Centeno aceita e apoia a ideia do seu chefe...


quinta-feira, maio 24, 2018

COMBUSTÍVEIS, DEMAGOGIA E POLITIQUICES


O aumento do preço dos combustíveis é uma boa arma de arremesso da política, e dos políticos, mas tudo depende de que lado da trincheira estão os críticos.

Todos os governantes consideram os combustíveis como um meio de obter mais receitas através dos impostos indirectos, porque muito erradamente tem-se feito passar a ideia de que o automóvel é um objecto de luxo.

Existem alguns factos que importam reter para se poder opinar sobre o assunto (os impostos sobre os combustíveis), porque são muito importantes.

Podemos começar pela injustiça que representam os impostos indirectos, que afectam de igual modo os mais ricos e os mais pobres, sem qualquer tipo de progressividade que é o apanágio dos impostos sobre os rendimentos, esses sim com salvaguardas para os mais desprotegidos.

Outro facto sobre os preços dos combustíveis é que eles influenciam de forma determinante a produtividade e os preços dos produtos, tanto para o mercado interno como para exportação.

De notar que Portugal é um país que depende muito do transporte rodoviário para a movimentação de mercadorias, e que também não temos um sistema de transportes públicos que se possa considerar minimamente eficaz.

Para não me alongar muito, talvez seja bom terminar com o facto de ainda há poucos anos, e por causa da queda dos preços do crude, o governo decidiu introduzir um adicional, ou uma sobretaxa, ao preço dos combustíveis, para não perder nos impostos esperados, dizendo que essa sobretaxa poderia ser revertida ou actualizada em função da evolução dos preços da matéria-prima, mas tal não aconteceu, de facto.

Faz algum sentido manter-se a austeridade nestes moldes? Será que as promessas dos nossos governantes ainda merecem algum crédito?



domingo, abril 15, 2018

A ALDRABICE NA POLÍTICA


A palavra dos políticos, em geral, não vale absolutamente nada, uma vez que o discurso na oposição e em período de campanha eleitoral, é o inverso daquele que depois fazem quando estão instalados no poder.

Quem não ouviu o PS dizer que os funcionários públicos tinham sido os mais castigados nos anos da crise e sob o governo encabeçado por Passos Coelho, e depois de estar no poder os ouve dizer que aumento nem sequer em 2019, e que os descongelamentos de escalões serão feitos às prestações, como se isso fosse alguma benesse e não uma reposição de direitos.

Outra promessa frustrada é a do alívio dos cortes nas reformas antecipadas (e estou a falar em carreiras de mais de 40 anos), em que já está em incumprimento do acordado para 2018, como também já se prepara para falhar com o prometido para 2019.

Não há como classificar tudo isto sem ser como promessas não cumpridas, ou como mentiras por parte de António Costa e do seu executivo, e isso deixa-o bem a par do seu antigo opositor Passos Coelho, que aqui tanto critiquei.

Será que a mentira será recompensada em próximas eleições?



domingo, fevereiro 11, 2018

PALÁCIO DE MAFRA O ESQUECIDO

O aumento das receitas e do número de entradas nos museus, palácios e monumento dependentes da DGPG, é um facto que merece ser festejado q.b. e que tem que ser analisado em termos de futuro do Património.

O investimento no Património tem sido mínimo nestes últimos anos, e para o presente ano de 2018 temos o anúncio de investimentos de 4,8 milhões de euros, com a ajuda de fundos comunitários em monumento da zona centro (Batalha, Alcobaça, Tomar, e Machado de Castro).

Não se pode dizer que seja um anúncio bombástico, muito pelo contrário, é mesmo modestíssimo tendo em conta as receitas arrecadadas pelo Património em 2017, que atingiram os 18,3 milhões.

Uma vez que o Palácio Nacional de Mafra comemorou em finais de 2017 o tricentenário do lançamento da 1ª pedra, talvez seja oportuno recordar o que diz uma página do seu sítio oficial, onde constam objectivos que se pretendiam alcançar, dos quais apenas um (e por via mecenática) foi atingido. Saliento nesta lista o restauro dos dois carrilhões, que é um promessa com vários anos e que está ainda por iniciar.


sábado, abril 15, 2017

A INTEGRAÇÃO DE PRECÁRIOS

 O Estado é o maior empregador de trabalhadores precários, dando por isso um péssimo exemplo às empresas privadas, que aproveitam a boleia para aumentar ainda mais o universo de precários deste país.

Numa altura em que se fala na integração dos precários ao serviço do Estado, muitos convenceram-se que isto era um dado adquirido, e que todos seriam integrados nos postos de trabalho em que desempenham funções, o que não está garantido, de modo nenhum.

A integração dos precários do Estado vai passar por alguns crivos que abalam a confiança de quem está atento ao processo em fase de discussão.

Em primeiro lugar temos que os interessados que julgam reunir as condições necessárias terão 60 dias para se propor para ser oponentes ao concurso que acontecerá mais tarde.

A segunda etapa depende das chefias máximas que proporão ou não a integração destes postos de trabalho, processo que parece não ser passível de recurso no projecto inicial.

Depois destes processos existe o concurso público, porque terá que ser assim segundo o governo, e como tal aberto a todos, que segundo os critérios de isenção requeridos neste tipo de provas, coloca todos os candidatos em igualdade de condições.


Se as coisas não mudarem entretanto, nada garante que os precários agora em funções, tenham garantidas as entradas nos serviços e funções que desempenham.