terça-feira, julho 15, 2014
IRONIAS DA VIDA
segunda-feira, março 05, 2012
AS AJUDAS E A ECONOMIA
Portugal é um dos três países europeus alvos de programas de resgate, que envolve três entidades financiadoras, entre as quais está o Banco Central Europeu (BCE).
Os montantes dos programas de resgate foram diferentes para cada um dos países mas a taxa de juro cobrada pelos emprestadores é idêntica e ronda os 4,8%, que é uma taxa exagerada tendo em conta o preço do dinheiro no mercado para as ditas entidades.
Numa altura em todos os países alvo dos programas de resgate enfrentam altas taxas de desemprego, agravadas pelos programas de austeridade impostos pelos emprestadores, talvez seja altura de questionar toda a política económica europeia, bem como a hipocrisia do discurso político das instituições comuns.
Embora a União Europeia tenha começado já a falar em investimento na economia para incentivar o crescimento e diminuir o desemprego, o que é verdade é que a austeridade continua a ser a prioridade, pelo que tudo não passa de conversa.
O Banco Central Europeu concedeu à banca europeia, ainda há poucos dias, 489 mil milhões de euros a um juro de 1%, o que contrasta quer com o volume emprestado aos países em dificuldade, quer com a taxa a que eles ficaram obrigados.
Este comportamento das instituições europeias não garante minimamente um aumento do crédito à economia produtiva ou às famílias, antes dão liquidez aos bancos para financiarem os Estados a taxas de juro bastante mais altas.
Este procedimento das autoridades europeias e das suas instituições é uma autêntica dádiva aos bancos europeus e seus accionistas, que enriquecem à custa dos Estados cujos ratings sofrem o efeito negativo das constantes baixas de notação, e assim não arriscam minimamente no financiamento das empresas e das famílias.
Podem-me dizer que “é a economia, estúpido”, mas eu diria que estamos perante pura agiotagem e evidente favorecimento do capital especulativo, em detrimento da economia produtiva, o que levará a Europa a uma recessão profunda e a convulsões sociais incontroláveis a curto ou médio prazo.
sexta-feira, novembro 18, 2011
OS AGIOTAS
Os agiotas são geralmente procurados por quem não consegue crédito nos circuitos normais, sejam eles nacionais sejam internacionais.
Portugal devido à má classificação da sua dívida foi forçado a recorrer a entidades externas que não estão no circuito normal do crédito, o que se traduziu no tão falado protocolo com a troika.
Aquilo que nos disseram é que se tratava de uma “ajuda”, mas na verdade trata-se de um empréstimo feito por três entidades distintas, que obtêm esse dinheiro a um juro muito baixo e nos emprestam esse mesmo dinheiro cobrando um juro substancialmente superior, mas que também nos forçam a medidas várias, por eles impostas.
Por tudo isto pode afirmar-se que a troika se está a comportar como os agiotas e que está a praticar aquilo que se convenciona chamar de usura.