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Ásia Meridional

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(Redirecionado de Ásia do Sul)
Localização da Ásia Meridional
Mapa urbano do sul da Ásia

A Ásia Meridional, popularmente conhecida como Sul da Ásia ou Sul Asiático, é uma região geográfica, constituindo-se de um subcontinente da Ásia, que inclui o chamado subcontinente indiano e os territórios em suas proximidades. Está rodeado (de oeste a leste) pela Ásia Ocidental, Ásia Central, Ásia Oriental e pelo Sudeste Asiático.

O Sul da Ásia é um dos maiores e mais populosos subcontinentes do planeta. Abrange o território oficial de mais de cinco milhões de km², uma vez que compreende Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Maldivas, Nepal, Paquistão e Sri Lanka, num total de oito países.

Características

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Independentemente de como se define, a Ásia Meridional se firma, de longe, como uma das áreas mais populosas do Planeta Terra. É na região que vive cerca de 1,90 bilhões de habitantes, dos quais cerca de 1,42 bilhões residem dentro do território indiano, o maior e mais importante país da região na maioria dos quesitos internacionais analisados. Tal contingente populacional, concentrado sobretudo no eixo Bangladexe-Índia-Paquistão (respectivamente, nações que ocupam a oitava, a segunda e a quinta posições entre as mais populosas do globo), que, juntos abrigam cerca de 1,6 bilhão de habitantes, desfrutam, em média, de uma densidade populacional de aproximadamente 330 habitantes/km².

De fato, é na região que vivem em torno de 1/4 da população mundial, ou aproximadamente 23,2% da população global entre 2012 e 2014, e cerca de 39% da população da Ásia, o mais populoso continente do globo, no mesmo período. Sozinho, o subcontinente é mais populoso do que todos os países europeus juntos, ou mais populoso que a América do Norte, Central e Sul somadas. Se fosse considerado um continente independente, é notório afirmar que seria tido como o segundo mais populoso dos continentes mundiais, depois das demais regiões da Ásia somadas, e à frente da África, que cairia, na atualidade, do segundo para o terceiro na lista dos mais populosos continentes do mundo, se assim fosse.

São altos os níveis de pobreza e desnutrição nessa parte da Ásia. Apresenta alguns dos piores indicadores sociaisalfabetização, expectativa de vida, renda per capita, mortalidade infantil e desigualdade de género— da Ásia e do mundo. Apenas a Índia, como já dito acima, apresenta na atualidade um nível minimamente avançado de industrialização em sua economia; de fato, o país, apesar de apresentar o que foi considerado o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) entre os países do subcontinente em 2018, este é apenas o 129.º melhor do mundo naquele ano, abaixo da média mundial no mesmo período, e um pouco acima do próprio continente asiático. Em média, o IDHAD da região, de acordo com a ONU, é de 0,476 (em 2018), considerado "médio". O país de melhor IDHAD no período foi o Sri Lanca, de 0,686, considerado o único país com bons indicadores sociais do subcontinente, com um IDHAD tido como razoavelmente "elevado".[1] Não existem dados para o IDHAD de 2018 do Afeganistão, com um valor de IDH simples muito baixo em 2012, sendo que naquele ano foi apontado também como o mais pobre dos países asiáticos, no valor de 0,374, considerado "baixo".[2] É considerado a mais pobre das subdivisões asiáticas.

Os cereais de sequeiro, o pastoreiro nômade e as culturas de irrigação nos oásis, são característicos das regiões mais áridas do interior e sudeste da Ásia. Porém, em sua grande maioria, os níveis de produção são baixos. Do ponto de vista de seu relevo, a região apresenta três grandes unidades: a cordilheira do Himalaia, uma cadeia de altas montanhas, de formação geológica recente, na fronteira da China com a Índia, o Nepal e o Butão, com mais de 2 mil km de extensão e picos muito elevados, incluindo o Monte Everest, o mais alto do planeta, com 8 848 metros de altitude.

As capitais dos países da região, são, em ordem alfabética: Cabul (Afeganistão), Catmandu (Nepal), Colombo (Sri Lanca), Daca (Bangladexe), Islamabade (Paquistão), Malé (Maldivas), Nova Déli (Índia) e Timbu (Butão). E as dez mais populosas cidades são, em 2012/13:[3][4][5] Carachi (Paquistão), em primeiro, Bombaim (Índia), em segundo, Daca (Bangladexe), em terceiro, Laore (Paquistão), em quarto, Déli (Índia), Bangalore (Índia), Hiderabade (Índia), Amedabade (Índia), Chennai (Índia) e Calcutá (Índia), respectivamente em quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono e décimo lugares. Outras cidades de destaque, e que abrigam grandes contingentes populacionais incluem Surate (Índia), Cabul (Afeganistão), Pune (Índia), Jaipur (Índia), Chatigão (Bangladexe) e Islamabade (Paquistão).

A história do núcleo sul da Ásia começa com indícios de atividade humana de Homo sapiens , há 75 000 anos, ou com hominídeos anteriores, incluindo o Homo erectus há cerca de 500 000 anos.[6] A Civilização do Vale do Indo, que se espalhou e floresceu na parte noroeste do sul da Ásia a partir de cerca de 3 300 a 1 300 a.C. na atual Índia do Norte, Paquistão e Afeganistão, foi a primeira civilização importante no Sul da Ásia.[7] Uma cultura urbana sofisticada e tecnologicamente avançada se desenvolveu no Período Harapano Médio, de 2 600 a 1 900 a.C.[7]

Referências

  1. «Human Development Report 2019 (Dados ref. a 2018)» (PDF). United Nations Development Programme. 2019. pp. 308–311 
  2. Nations, United (1 de janeiro de 2013). «Human Development Report 2013» (em inglês). Consultado em 22 de setembro de 2022 
  3. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de julho de 2014. Arquivado do original em 9 de julho de 2014 
  4. «Bangladesh: Administrative Division (Districts and Subdistricts) - Population Statistics, Charts and Map». www.citypopulation.de. Consultado em 22 de setembro de 2022 
  5. «India: States, Districts, Cities, Towns, Urban Agglomerations - Population Statistics in Maps and Charts». www.citypopulation.de (em inglês). Consultado em 22 de setembro de 2022 
  6. G. Bongard-Levin, A History of India (Progress Publishers: Moscow, 1979) p. 11.
  7. a b Romila Thapar, A History of India (Penguin Books: Nova Iorque, 1966) p. 23.