Cristina Bermudes
Cristina Bermudes (c. 982-Cornellana, Astúrias c. 1050) foi infanta de Leão, filha do rei Bermudo II e de sua primeira esposa, a rainha Velasquita Ramires.[1] Seus avós paternos eram Ordonho III e Urraca Fernandes, filha de Fernão Gonçalves, conde de Castela. Seus avós maternos foram, provavelmente, o conde Ramiro Mendes e sua esposa Adosinda Guterres, membros da mais alta nobreza galaico-portuguesa.[2]
Seu pai, o rei Bermudo, havia repudiado sua primeira esposa e se casou em novembro 991 com Elvira Garcia, filha do conde Garcia Fernandes. Os filhos deste último casamento foram o futuro rei Afonso V e as infantas Sancha e Teresa Bermudes. Cristina deixou a corte de Leão e foi para Oviedo com sua mãe.[3]
Casamento e prole
[editar | editar código-fonte]Cristina se casou logo após 1000 e antes de 1016 com Ordonho Ramirez o Cego,[4][3] filho do rei Ordonho III e Sancha Gómez. Desse casamento, provavelmente patrocinado pela rainha Velasquita e pela rainha viúva Teresa Ansúrez, ambas ja reclusas no Mosteiro de San Pelayo de Oviedo,[5] descende uma das mais importantes linhagem das Asturias do século XI. Rodrigo Jiménez de Rada menciona em sua crônica do rei Bermudo II de Leão a descendência de os infantes Ordonho e Cristina: "... de Velasquita teve a Infanta Cristina, Cristina tinha do Ordonho o cego, filho do Rei Ramiro, a Afonso, Ordonho, a Condessa Pelaya e a Aldonça", informação que coincide com a documentação de vários mosteiros asturianos, incluindo, Cornellana, Mosterio de São João Bautista de Corias e a Catedral de Oviedo[6][7] onde seus filhos são nombrados como: Alfonso; Aldonça, Ordonho; e Pelaya Ordonhes, tambem chamada "Dona Palla".[4]
Últimos anos
[editar | editar código-fonte]A Infanta Cristina ficou viúva em 1024, como declarou em uma doação feita ao mosteiro que fundou em Cornellana no mesmo ano.[4][8] Morreu entre 1051 e 1067 e,[9] provavelmente, foi sepultada neste mosteiro onde professou como religiosa.[10]
Referências
- ↑ Sánchez Candeira 1950, pp. 482–483.
- ↑ García Álvarez 1998, pp. 211-225.
- ↑ a b Sánchez Candeira 1950, p. 483.
- ↑ a b c Calleja Puerta 2001, p. 117.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 95.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 97.
- ↑ Sánchez Candeira 1950, pp. 484–485.
- ↑ Sánchez Candeira 1950, p. 485.
- ↑ Sánchez Candeira 1950, p. 486.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 96.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Cristina Bermúdez», especificamente desta versão.
- Calleja Puerta, Miguel (2001). El conde Suero Vermúdez, su parentela y su entorno social: La aristocracia asturleonesa en los siglos XI y XII (em espanhol). [S.l.]: KRK Ediciones. ISBN 84-95401-68-1
- García Álvarez, Manuel Rubén (1960). «¿La Reina Velasquita, nieta de Muniadona Díaz?» (PDF). Guimarães: Sociedade Martins Sarmento. Revista de Guimarães (em espanhol) (70): 197-230. ISSN 0871-0759
- Sánchez Candeira, Alfonso (1950). «La reina Velasquita de León y su descendencia». Hispania: Revista española de historia (em espanhol) (40): 449-505. ISSN 0018-2141
- Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita Cecilia (1999). Linajes nobiliarios de León y Castilla: Siglos IX-XIII (em espanhol). Salamanca: Junta de Castilla y León, Consejería de educación y cultura. ISBN 84-7846-781-5