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Mem Moniz de Ribadouro

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(Redirecionado de Mem Moniz de Riba Douro)
Mem Moniz de Ribadouro
Rico -homem/ Senhor
Tenente régio
Reinado
Nascimento c.1080
Morte 1154
Sepultado em Mosteiro de Paço de Sousa, Penafiel, Porto
Nome completo Mem Moniz de Riba Douro
Cônjuge Gontinha Mendes de Sousa
Cristina Gonçalves das Astúrias
Descendência Teresa Mendes, Senhora de Barbosa
Ouroana Mendes, Senhora de Lanhoso
Dórdia Mendes de Ribadouro
Elvira Mendes de Ribadouro
Mor Mendes de Ribadouro
Ermígio Mendes de Ribadouro
Dinastia Ribadouro
Pai Monio Ermiges de Ribadouro
Mãe Ouroana
Religião Catolicismo romano

Mem Moniz de Ribadouro (c. 1080 - 1154)) foi um rico-homem portucalense, da linhagem dos Riba Douro, uma das cinco grandes famílias do Entre-Douro-e-Minho condal do século XII. Foi conhecido, nas Inquirições do séc. XIII, por meono Dom Mendo. Entre os vastos bens de que foi senhor, destacam-se as honras de Quintela da Lapa e Barbosa.

Primeiros anos

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Desconhecidos ou confusos são os principais acontecimentos da sua vida e as suas origens. Nascido provavelmente por volta de 1080, é geralmente considerado filho de Monio Ermiges de Ribadouro e Meana D. Ouroana[a][1]. Desta forma seria neto de Ermígio Viegas, bisneto de Egas Moniz o Gasco e desta feita trineto do primeiro membro conhecido da família.

Tendo o seu irmão Egas Moniz, o Aio, conquistado a confiança dos condes de Portucale, Henrique de Borgonha e Teresa de Leão, a família ganhou uma grande preponderânciaː também Mem, irmão daquele, saiu beneficiado com várias doações. Por essa altura estava casado com a sua primeira mulher, Gontinha Mendes, filha do magnate Mem Viegas de Sousa, pois ambos surgem como beneficários das doações dos condes. Ainda com o conde vivo, ambos receberam a igreja e vila de Entre-os-Rios, que em 1120 doariam ao Mosteiro de Paço de Sousa, que beneficiou de outras doações do casal na região de Penafiel a partir de 1121.

Mem Moniz exerceu também diversos cargos tenenciais, nomeadamente em Penafiel, Sanfins, Cinfães, Aregos, Lamego, ou Tarouca. Em Soure chegaria inclusive a partilhar o assento tenencial com Gonçalo Gonçalves de Marnel[2].

Da morte de Henrique de Borgonha às vésperas da Batalha de São Mamede (1112-1128)

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Morto o conde Henrique, o prestígio alcançado no seu governo não decresce, muito pelo contrário: a sua proeminência estava no auge. Na questão suscitada entre os bispos do Porto e de Coimbra sobre a Diocese de Lamego, que se unira ao Porto, embora sob jurisdição de Coimbra, e que foi levada ao Papa Pascoal II, a notoriedade de Mem está patente no facto que foi um dos três aristocratas da corte condal que então receberam carta papal, para além da própria condessa. A contenda resolveu-se parcialmente, a favor de Coimbra, graças à intervenção destes três nobres[3].

Contudo, não foi uma solução definitiva, até porque, em 1122, o conflito renasce entre os bispos do Porto e Coimbra, e Mem Moniz interfere novamente, junto à condessa e outros aristocratas portucalenses[3][4].

Entretanto, a condessa-rainha Teresa enfrentava uma discórdia com a irmã, a rainha Urraca de Leão e Castela, pelas tentativas que a condessa fazia para duplicar os seus territórios para leste, confirmadas por um tratado entre ambas, em 1123. Alguns nobres partilhavam terras reconhecidas por esse tratado à que desde 1116 se intitulava rainha dos portugalenses[3].

O confronto de São Mamede

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A ascensão de Afonso VII de Leão e o enfraquecimento de Teresa

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Porém, por morte de Urraca de Leão em 1126, sucede-lhe no trono Afonso VII, o qual readopta o título de imperador de toda a Hispânia do avô, procurando a vassalagem dos demais reinos, incluindo entre eles também o Condado Portucalense, que há muito demonstrava tendências autonomistas.

Bermudo Peres de Trava

Tudo mudaria em Portugal com a entrada de dois magnates galegos, irmãos: Bermudo Peres de Trava e Fernão Peres de Trava. A influência que passaram a exercer na rainha de Portugal foi forte o suficiente para, no caso de Bermudo, desposar uma das infantas, Urraca Henriques, e no caso de Fernão, manter uma proximidade maior com a condessa, de quem terá tido inclusive descendência[5].

Ambos pareciam ser interventores dos dirigentes galegos Pedro Froilaz de Trava (pai dos dois magnates) e Diego Gelmírez, Arcebispo de Santiago, interessados em travar a marcha da libertação portuguesa pela qual a rainha, que até então se batera ferozmente, se deixava enredar neste ardil[6]. A influência que passaram a exercer na rainha de Portugal foi de facto forte o suficiente para afastar magnates de confiança de então, como Egas Moniz, o Aio, dos seus cargos, afastamento provado pelo facto de Egas Moniz, importante homem de confiança de Teresa e do seu então falecido esposo, o conde Henrique de Borgonha, passara a estar submetido em termos governativos, a Fernão Peres, que o substituíra na tenência de Coimbra, e o mesmo com Bermudo Peres, que assumira as de Viseu e Seia[6].

A educação do herdeiro Afonso e as primeiras revoltas

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Egas Moniz, o Aio era o magnate que por vontade dos condes, se encarregava da educação do então herdeiro, o infante Afonso. O infante crescia “em idade e boa índole” por educação do seu Aio, que amiúde lhe deve ter pintado a sujeição em que Portugal ia recuando no caminho da libertação quase conseguida, a dependência cada vez maior dos galegos a que Portugal se sujeitava na pessoa da sua rainha. O infante que Egas criara e agora incitava à revolta, apesar da ainda curta idade, era, desta forma, também afetado pela vinda dos magnates galegos, que lhe passaram a ser apresentados como os seus inimigos e os que mais ameaçavam a sua herança.

Com efeito, Afonso Henriques mostra a sua rebeldia contra a mãe nos inícios de dezembro de 1127, na carta de couto à ermida de S. Vicente de Fragoso; no próprio documento surge como “conde de Neiva” (ou “tenente de S. Martinho”) e surgem a apoiá-lo: o conde Afonso (que seria provavelmente sogro de Egas Moniz), Lourenço (que poderia já ser o seu filho mais velho) e outros. Em maio do ano seguinte, Egas Moniz volta a apoiar novas rebeldias do seu pupilo (como o foral a Constantim de Panoias, e talvez a doação de Dornelas à Ordem do Hospital), tendo anteriormente, por exigência de situações delicadas dos rebeldes, levado o pupilo a reconciliações fingidas com a mãe[6].

A luta pela independência

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O Castelo de Guimarães, junto ao qual se travou uma das mais importantes batalhas da resistência portuguesa.

A mais flagrante das investidas contra a suserania leonesa dá-se em março (ou inícios de abril) de 1128, forçada pela vinda a Portugal do Imperador Afonso VII em pessoa. Este havia preparado a sua viagem pré-nupcial a Barcelona por mar, para se casar, e desejara uma solução pacífica para o conflito português. Partiu, assim, para o seu destino, do qual não regressaria antes de novembro de 1128, uma vez que entre Barcelona e Leão-Castela se encontrava Aragão, governado pelo padrasto e um dos seus maiores adversários, Afonso O Batalhador[6].

Os rebeldes aproveitam a ocasião: em maio, estão com Egas Moniz em rebeldia definitiva contra a rainha Teresa. Egas Moniz retirara-se para reunir um exército nas suas terras, com o qual interviria na batalha, que se trava junto ao Castelo de Guimarães, o foco dos revoltosos, no dia de S. João de 1128, batalha que ficaria conhecida como a célebre Batalha de São Mamede. Diz-se que o infante fora batido, e ia fugindo dos campos quando encontra Egas Moniz à testa das suas gentes de armas: ambos vão sobre os “estrangeiros”, que dizem “indignos”, e “esmagam-nos”[6].

Apesar de lidar com Aragão, nada impediu Afonso VII de combater Portugal: protegendo-se de Aragão, mas pretendendo uma ofensiva na frente ocidental de guerra, trava a “batalha” de Arcos de Valdevez (ou da Veiga da Matança, nome que ainda perdura), provavelmente no final de 1128 ou no início de 1129. Infelizmente, Afonso Henriques e Egas Moniz não conseguiram conter o avanço do Imperador e retiraram-se para Guimarães com a grande nobreza: os irmãos Gonçalo Mendes de Sousa e Soeiro Mendes de Sousa; Garcia, Gonçalo, Henrique e Oveco Cendones; o próprio Mem e os seus irmãos, Ermígio Moniz de Riba Douro e Egas Moniz, e os filhos deste último (Lourenço, Ermígio e Rodrigo Viegas); Egas Gondesendes II de Baião; o conde Afonso Nunes de Celanova, e outros, como Garcia Soares, Sancho Nunes, Nuno Guterres, Nuno Soares, Mem Fernandes, Paio Pinhões, Pero Gomes, Mem Pais, Romão Romanes, Paio Ramires, Mem Viegas, e Gueda Mendes.

A situação dos sitiados é precária, mas Afonso Henriques atua com os seus nobres: Paio Soares da Maia e os sobrinhos, Soeiro Mendes da Maia, Gonçalo Mendes da Maia e Paio Mendes, arcebispo de Braga.

Contrariamente ao que se costuma relatar, Afonso Henriques nunca foi pressionado para cumprir a palavra dada ao Imperador; aliás essa promessa dos nobres é imediatamente quebrada em 1130 com a invasão da Galiza, travando-se a Batalha de Cerneja (1137), da qual saem vitoriosos os portucalenses. Afonso VII não pôde conter as invasões dadas as querelas com o padrasto em Aragão[6].

A vida na corte

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Logo em 1128, quando Afonso Henriques confirma o foral dado a Guimarães pelos pais, Mem era, na verdade, um dos burgueses que comigo suportaram o mal e o sacrifício em Guimarães, cujos privilégios incluíamː nunca dêem fossadeira das suas herdades e o seu haver onde quer que seja esteja a salvo e quem o tomar por mal pague-me 60 soldos e dê, além disso, o haver em dobro ao seu dono.[7]

Em 1130, Afonso Henriques doou bens em Piares, e a igreja de Santa Maria de Penhalonga a Mem Moniz, provavelmente como mais uma recompensa pelo apoio na Batalha que dois anos antes travara contra a mãe. Mem estará, a partir de então, bastante presente na corte, chegando inclusive a assinar documentos como mordomo-mor, em provável substituição do seu ausente irmão Ermígio, que deteve o cargo até à morte[4].

Em 1140, assiste, ao lado do monarca, ao lançamento da primeira pedra do que viria a ser o Mosteiro de Tarouca[4].

No campo de batalha

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Mem Moniz foi ainda um nobre muito ativo após a Batalha de São Mamedeːparece ter integrado a lide de Ourique contra os mouros e terá também acompanhado o infante nas guerras contra o Reino de Leão. Em 1140, parte de Lamego com o rei para combater os mouros de Omar, que vinham de destruir Leiria nos recontros de Trancoso (vila que fora igualmente assolada), e em 1147 combate na tomada de Santarém.

Na Batalha de Ourique

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Representação da Batalha de Ourique na Genealogia dos Reis de Portugal

É provável que este fidalgo tenha entrado na Batalha de Ourique, ao lado de Afonso Henriques como seu coadjuvante[4]. A retaguarda da batalha teria sido dada ao sobrinho e ao cunhado de Mem Moniz, Lourenço Viegas de Ribadouro e Gonçalo Mendes de Sousa. É também crível (embora não documentada) a realização de um congresso após a batalha, na igreja de Almacave, onde Lourenço terá intervindo, dizendo:

Citação: Fez-vos juntar aqui el-rei D. Afonso, o qual levantastes no campo de Ourique, para que vejais as letras do Santíssimo Padre e digais se quereis que ele seja rei; e se assim é a vossa vontade, dai-lhe a insígnia real. “Quereis fazer leis da nobreza e da justiça?

Colocada a coroa dos reis godos na cabeça do príncipe por mão do arcebispo de Braga, feitas as leis sobre a herança e a sucessão do reino, voltaria Lourenço a erguer-se:

Citação: Quereis fazer leis da nobreza e da justiça?

Feitas essas leis, perguntou novamente:

Citação: Quereis que el-rei nosso senhor vá às cortes de el-rei de Leão, ou lhe dê tributo ou a alguma pessoa, tirando ao senhor Papa que o confirme no reino?

E todos de espada alçada teriam proclamado a independência de Portugal e do seu rei.

Papel fundiário

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Mem Moniz foi senhor de várias honras, como a de Santa Ovaia (Inq.1258) e das vilas rurais montemuranas de Ramires, Vale de Papas e Vigião, todas perto de Cinfães. Partilhou a honra de Caria com o seu irmão.

Deverá ter enviuvado entre as décadas de 30 e 40 do século, pois em 1141, Mem surge já com a sua nova esposa, “Meana”[a] Cristina Gonçalves “das Astúrias”, a fazer doação de bens em Penafiel à Ordem dos Templários, e em 1146, nova doação ao Mosteiro de Paço de Sousa, designando-se Cristina como “Deo-vota”. Em 1151, confirmaram ainda duas trocas de bens que tinham em Arcas de Sever (em Moimenta da Beira), feitas com o Mosteiro de Tarouca, sendo então aí abade D. Randulfo[4].

Magnate povoador

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Mem Moniz terá sido o grande responsável pelo aforamento das várias vilas situadas na Serra de Montemuro, na região ribaduriense. Enquanto prestameiro, povoou com carta de foro as duas povoações de Vilas Boas (Baixo e Cima, 1122), Marcelim (1132), Pomeiró (1137), Gralheira (1144), bem como Aveloso e Macieira. Deu ainda ao abade Roberto (provavelmente de Paço de Sousa), o direito de foro da vila de Alheira e aforou, com o rei de Portugal e a esposa, a vila de Espinho (1144), concedendo a esses povoadores as herdades que aí detinham[4].

Mem Moniz é tido também como o fundador das célebres honras de Barbosa e Lagares, ambas, no entanto, formadas em consequência de atos criminais que julgara enquanto tenente de Penafiel. Na freguesia de São Martinho de Rãs, tendo dois homens, que prendera por delitos cometidos, fugido da prisão, o magnate confiscou-lhes os bens, e fundou aí a honra de Barbosa, que deixaria à sua filha Teresa.

Em Lagares, uns herdadores padroeiros da igreja de S. Martinho cometeram homicídio e fugiram da terra. O magnate, não os conseguindo apanhar para os julgar, tomou-lhes a igreja e a maior parte da terra, reservou para si estes bens, que mais tarde doou ao Mosteiro de Paço de Sousa.

Morte e posteridade

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Mem Moniz sobreviveu alguns anos ao irmão, pois o último ato que dele se conhece é a assinatura que fez em 1152, na carta de couto que doa à sua cunhada viúva, Teresa Afonso[4]. Terá falecido por volta de 1154, tendo sido provavelmente sepultado junto do seu irmão, no Mosteiro de Paço de Sousa.

Sabe-se que a honra de Barbosa, fundada por ele, foi herdada pela sua filha Teresa, que casando com Sancho Nunes II de Celanova, ou Sancho Nunes de Barbosa, produziu descendência que adotou o nome da honra como apelido[8].

Matrimónio e descendência

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Mem Moniz casou por duas vezes[8]. A primeira com Gontinha Mendes de Sousa[8] , filha de D. Mem Viegas de Sousa (1070 - 1130) e de Teresa Fernandes de Marnel, de quem teve:

Mem Moniz enviuvou e a dada altura contraiu novo matrimónio com Cristina Gonçalves das Astúrias[8], de quem teve:

  • [a] Meana, ou o masculino Meono, derivado de Mia donna (Minha dona, minha senhora) , ou Mio donno (Meu dono ou dom, meu senhor) era uma expressão utilizada com alguma frequência sobretudo nos séculos XII e XIII, para designar senhores ou senhoras da mais alta estirpe, como parecia ser o caso dos Ribadouros, uma vez que Egas Moniz e sua esposa Teresa Afonso são tratados com este título em variados documentos. O mesmo se aplica à mãe de Egas, Meana Ouroana, ou ao irmão dele, Meono Mem Moniz e a respetiva esposa, Meana Cristina Gonçalves. Como se vê havia uma relativa profusão deste título no seio dos Riba Douro.

Referências

  • Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols. , Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa. vol. 16-pg. 887.
  • Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário de Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. IV-pág. 377 (Coelhos).
  • Fernandes, A. de Almeida (1960). A ação das linhagens no repovoamento. Porto: [s.n.] 
  • Mattoso, José (1994). A Nobreza Medieval Portuguesa - A Família e o Poder. Lisboa: Editorial Estampa. ISBN 972-33-0993-9 
  • Sottomayor-Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Universidade do Porto 
  • Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra 

Ligações externas

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Mem Moniz de Ribadouro
Casa de Riba Douro
Herança familiar
Precedido por
Doação régia
Senhor de Caria
com Egas Moniz IV de Ribadouro e Soeiro Viegas
1139-1154
Sucedido por
Soeiro Viegas
Precedido por
Formação da honra
Senhor de Barbosa
?-1154
Sucedido por
Teresa Mendes de Ribadouro