Nações G4
Tipo | Aliança política cooperativa |
Propósito | Reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas |
Membros | Brasil Alemanha Índia Japão |
Líderes |
O G4 é uma aliança entre Alemanha, Brasil, Índia e Japão, com o objetivo de apoiar as propostas uns dos outros para ingressar em lugares permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Diferentemente de outras alianças similares como o G7, onde o denominador comum é a economia ou motivos políticos a longo termo, o objetivo é apenas buscar um lugar permanente no Conselho.
A ONU possui atualmente cinco membros permanentes com poder de veto no Conselho de Segurança: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Além disso, ainda há dez membros não permanentes (mas sem o poder de vetar as pautas).[1]
Enquanto quase todas as nações concordam com o princípio que a ONU precisa de uma reforma que inclui expansão, poucos países desejam negociar quando a reorganização deve acontecer. Também há descontentamento entre os membros permanentes atuais quanto à inclusão de nações controversas ou países não apoiados por eles. Por exemplo, a República Popular da China é contra a entrada do Japão e a Alemanha não recebe apoio dos EUA.
A França e o Reino Unido anunciaram que apoiam as reivindicações do G4,[2] principalmente o ingresso da Alemanha e do Brasil. Uma questão importante são os países vizinhos (com chances menores de ingressar) aos que propõem a entrada que frequentemente são contra os esforços do G4: o Paquistão é contra a entrada da Índia;[3] a Coreia do Sul e a China são contra o Japão; a Argentina[4] e o México são contra o Brasil e a Itália é contra a Alemanha; formando um grupo que ficou conhecido como Coffee Club, contra a expansão do Conselho por aqueles que a propõem.
Em 4 de agosto de 2005, foi anunciado que a China e os EUA entraram em acordo para bloquear a proposta do G4.[5]
O Japão criticou a proposta apresentada por Brasil, Alemanha e Índia para reformar o Conselho de Segurança da ONU em 6 de janeiro de 2006.[6] O país considera que há escassas possibilidades de obter os apoios necessários. Essas críticas complicaram o ambiente no grupo que, até então, tinha uma causa comum. O Japão, no entanto, parece ter voltado atrás na sua decisão, pois a partir de julho de 2007 ele voltou a se reunir com o grupo em Nova Iorque para discutir a reforma do Conselho de Segurança.[7]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Current Members» (em inglês). Organização das Nações Unidas. Consultado em 15 de maio de 2013
- ↑ admin@number10.gov.uk, 10 Downing Street, Web Team,. «Number10.gov.uk : Joint UK-France Summit Declaration (27 March 2008)». webarchive.nationalarchives.gov.uk (em inglês). Consultado em 21 de dezembro de 2017
- ↑ «Pakistan opposes India's quest for seat» (em inglês). The Express Tribune. 6 de novembro de 2010. Consultado em 18 de maio de 2013
- ↑ «Argentina opposes Brazilian admission to UN Security Council» (em inglês). Xinhua. 15 de abril de 2005. Consultado em 18 de maio de 2013
- ↑ «Bolton, China Agree to Stop Bid by U.S. Allies for UN Power» (em inglês). Bloomberg. Consultado em 15 de maio de 2013
- ↑ News24 (7 de janeiro de 2006). «Japan Says No to G4 Bid» (em inglês). Global Policy Forum. Consultado em 15 de maio de 2013
- ↑ «Reunião Ministerial dos países do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) - Declaração Conjunta à Imprensa». Ministério das Relações Exteriores do Brasil. 12 de fevereiro de 2011. Consultado em 15 de maio de 2013. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2012