Powerage
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Powerage | |||||||
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Álbum de estúdio de AC/DC | |||||||
Lançamento | 28 de abril de 1978[1] 25 de maio de 1978[2] | ||||||
Gravação | Janeiro–março de 1978 | ||||||
Estúdio(s) | Albert Studios, Sydney | ||||||
Gênero(s) | |||||||
Duração | 39:47 | ||||||
Idioma(s) | Inglês | ||||||
Formato(s) | |||||||
Gravadora(s) | Atlantic | ||||||
Produção | Harry Vanda, George Young | ||||||
Cronologia de AC/DC | |||||||
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Singles de Powerage | |||||||
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Powerage é o quinto álbum de estúdio da banda australiana de hard rock AC/DC. Foi lançado em 28 de abril de 1978 pela gravadora Atlantic. É o primeiro trabalho com o baixista Cliff Williams, que entrou substituindo Mark Evans,[3] e também foi o primeiro álbum da banda a não ter uma faixa-título (além do álbum High Voltage, apenas na Austrália) e o primeiro em todo o mundo a não ser lançado com uma capa diferente. Powerage foi relançado em 2003 como parte da série AC/DC Remasters.[4]
Embora possa ser o álbum internacionalmente menos bem sucedido da banda com Bon Scott, é altamente respeitado por outros músicos, como Slash,[5] Keith Richards,[6] Eddie Van Halen,[7] Gene Simmons,[6] Ron Wood,[5] e é o álbum favorito de Malcolm Young.[8]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Após uma turnê europeia em abril, abrindo para o Black Sabbath, o baixista Mark Evans foi expulso da banda em 3 de maio de 1977.[9] Na biografia da banda, AC/DC: Maximum Rock & Roll, o ex-empresário Michael Browning afirma:[8]
De acordo com Browning, os irmãos Young estavam considerando seriamente em chamar Colin Pattenden, na época da Manfred Mann's Earth Band,[10] até que Browning, que temia que Pattenden fosse velho demais e não se encaixasse na imagem da banda, chamou o inglês Cliff Williams, que havia tocado com as bandas Home e Bandit. Williams, que também serviria como vocal de apoio, passou na audição e iria participar das gravações, embora Evans insista que o álbum também tenha contribuições dele, já que as músicas do álbum começaram a ser feitas durante as sessões do álbum Let There Be Rock, enquanto Williams estava tendo problemas em obter seu visto de trabalho.[11]
A banda fez uma turnê nos Estados Unidos pela primeira vez no verão de 1977, concentrando-se em espaços menores no começo, mas eventualmente tocando no CBGB em Nova Iorque e no Whisky a Go Go em Los Angeles. No início de 1978, a banda retornou a Sydney para gravar seu próximo álbum.
Produção
[editar | editar código-fonte]Gravação
[editar | editar código-fonte]Várias músicas que surgiriam no Powerage começaram a ser gravadas em julho de 1977 durante os primeiros ensaios da banda com Williams no Albert Studios, incluindo "Kicked in the Teeth", "Up to My Neck in You", uma versão anterior de "Touch Too Much", e possivelmente "Riff Raff".[8] No entanto, as sessões de Powerage começaram oficialmente em janeiro do ano seguinte e se estenderiam por um período de cerca de oito semanas. Como nos álbuns anteriores, as músicas foram gravadas ao vivo o quanto possível.
Embora o álbum tenha a mesma ferocidade e sensação ao vivo que caracterizaram o disco anterior, os executivos da gravadora nos Estados Unidos reclamaram que o álbum não continha um single compatível com a rádio.[12] Com as primeiras prensagens de Powerage prontas para serem enviadas ao Reino Unido, a banda cumpriu e gravou a canção "Rock 'n' Roll Damnation", lançada na Grã-Bretanha no final de maio, indo para o 24º lugar nas paradas.[13] Powerage seria o último álbum de estúdio da banda a ter produção de Harry Vanda e George Young.
Em uma entrevista com Bass Frontiers, Cliff Williams recorda as sessões de forma positiva:[14]
"Os caras já estavam no estúdio há algum tempo e nós fomos fazer o que acabou sendo o álbum Powerage. Ótimo ambiente de trabalho. [...] Ótimos produtores. [...] Apenas um ambiente de trabalho intenso e energético. E nós tivemos cerca de três semanas para fazer aquilo, porque era todo o dinheiro que nós tínhamos [...] Foi realmente uma tremenda experiência."
Lançamento
[editar | editar código-fonte]Muitos dos primeiros álbuns do AC/DC foram alterados para lançamento em outros mercados, e esta prática continuou em Powerage, embora tenha sido o primeiro disco a ser lançado quase simultaneamente nos mercados australiano e internacional e o primeiro a usar apenas uma capa para ambos. No entanto, a primeira prensagem do Reino Unido também inclui mixagens diferentes de todas as versões posteriores, mais notavelmente nas canções "Down Payment Blues", "Kicked In The Teeth" e "What's Next To The Moon".
A edição europeia em vinil incluiu "Cold Hearted Man", uma canção que não foi lançada anteriormente, e não seria lançada em nenhum outro álbum da banda até o box set Backtracks, em 2009. Em alguns territórios, Powerage omitiu o single "Rock 'n' Roll Damnation".
Recepção
[editar | editar código-fonte]Críticas profissionais | |
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Avaliações da crítica | |
Fonte | Avaliação |
AllMusic | [15] |
Classic Rock | [16] |
The Encyclopedia of Popular Music | [17] |
MusicHound Rock | 4.5/5[18] |
The Rolling Stone Album Guide | [19] |
Spin Alternative Record Guide | 3/10[20] |
Stylus Magazine | Favorável[21] |
Subjective Sounds | Favorável[22] |
Powerage foi lançado em 5 de maio de 1978 pela gravadora Atlantic e alcançou o número 133 na parada de álbuns pop da Billboard nos Estados Unidos,[23] eventualmente alcançando platina.[23] AllMusic dá ao álbum uma classificação de três e meio de cinco estrelas,[24] afirmando que "enquanto é o material mais desigual da banda na década de 1970, [o álbum] ainda continha "alguns clássicos genuínos", mencionando especificamente "Down Payment Blues" e "Up To My Neck in You".[24] Edwin Faust, da Stylus Magazine, considera Powerage "o melhor álbum do AC/DC [...] porque não se trata simplesmente de 'sexo, bebida e satanismo irônico', mas mostra uma banda 'crescendo'."[25]
Em 1994, o biógrafo de Bon Scott, Clinton Walker, opinou em seu livro Highway to Hell que "ao todo, parecia que Powerage não tinha a coerência intransigente, corpo e a alma implacáveis que era a grandeza de seu antecessor". O biógrafo da banda, Jesse Fink, cita o álbum como contendo "sua melhor coleção [de canções]" e considera "um ponto alto de criatividade para os três Youngs, um álbum sem dúvida superior aos comercialmente bem-sucedidos de Mutt Lange que o sucedeu, Highway to Hell e Back in Black."[26]
Em 2005, Powerage ficou em 3º lugar no ranking dos "500 Melhores Álbuns de Rock & Metal de Todos os Tempos" da revista Rock Hard.[27] A revista Kerrang! listou-o no número 26 entre os "100 Melhores Álbuns de Heavy Metal de Todos os Tempos".[28]
Faixas
[editar | editar código-fonte]Versão australiana
[editar | editar código-fonte]Todas as músicas foram escritas por Angus Young, Malcolm Young e Bon Scott.
Lado A | ||||||||||
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N.º | Título | Duração | ||||||||
1. | "Rock 'n' Roll Damnation" | 5:10 | ||||||||
2. | "Down Payment Blues" | 5:17 | ||||||||
3. | "Gimme a Bullet" | 3:33 | ||||||||
4. | "Riff Raff" | 3:30 |
Lado B | ||||||||||
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N.º | Título | Duração | ||||||||
1. | "Sin City" | 4:14 | ||||||||
2. | "What's Next to the Moon" | 3:30 | ||||||||
3. | "Gone Shootin'" | 3:57 | ||||||||
4. | "Up to My Neck in You" | 4:06 | ||||||||
5. | "Kicked in the Teeth" | 4:15 |
Versão europeia
[editar | editar código-fonte]Lado A | ||||||||||
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N.º | Título | Duração | ||||||||
1. | "Rock 'n' Roll Damnation" | 5:10 | ||||||||
2. | "Gimme a Bullet" | 5:17 | ||||||||
3. | "Down Payment Blues" | 3:33 | ||||||||
4. | "Gone Shootin'" | 3:30 | ||||||||
5. | "Riff Raff" |
Lado B | ||||||||||
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N.º | Título | Duração | ||||||||
1. | "Sin City" | 4:14 | ||||||||
2. | "Up To My Neck In You" | 3:30 | ||||||||
3. | "What's Next to the Moon" | 3:57 | ||||||||
4. | "Cold Hearted Man" | 4:06 | ||||||||
5. | "Kicked in the Teeth" | 4:15 |
Ficha técnica
[editar | editar código-fonte]AC/CD
- Bon Scott – vocais
- Angus Young – guitarra
- Malcolm Young – guitarra, vocais de apoio
- Cliff Williams – baixo, vocais de apoio
- Phil Rudd – bateria
Produção musical
- Harry Vanda – produção
- George Young – produção
- George Piros – masterização
- Mark Opitz – engenharia de som
Produção artística
- Jim Houghton – fotografia
- Bob Defrin – direção de arte
Referências
- ↑ «Certificações para Grã Bretanha»
- ↑ «Certificações para Estados Unidos (RIAA)». Recording Industry Association of America
- ↑ «Os 40 anos de 'Powerage', o retrato mais fiel do AC/DC». Igor Miranda
- ↑ «The AC/DC Remasters». Discogs. Consultado em 27 de junho de 2023. Cópia arquivada em 15 de julho de 2022
- ↑ a b «Slash e Ronnie Wood falam sobre AC/DC • AC/DC Brasil». AC/DC Brasil. plus.google.com/+acdcbrasil. Consultado em 29 de dezembro de 2015
- ↑ a b «The Youngs: The Brothers Who Built AC/DC: Riff Raff». PopMatters. Consultado em 29 de dezembro de 2015
- ↑ «Eddie Van Halen seleciona riffs favoritos • AC/DC Brasil». AC/DC Brasil. plus.google.com/+acdcbrasil. Consultado em 29 de dezembro de 2015
- ↑ a b c Arnaud Durieux, Murray Engleheart, Arnaud; Durieux, Murray; Engleheart (2006). AC/DC: Maximum Rock & Roll. [S.l.]: It Books. ISBN 9780061133923
- ↑ Wilkening, Matthew. «Mark Evans Discusses Life In and Out of AC/DC». Ultimate Classic Rock. Consultado em 27 de junho de 2023. Cópia arquivada em 11 de maio de 2021
- ↑ Villanopublished, Freddy (8 de janeiro de 2020). «AC/DC's Cliff Williams reflects on four decades at the top of rock's bottom-end». guitarworld. Consultado em 27 de junho de 2023. Cópia arquivada em 9 de maio de 2022
- ↑ Janssen, Volker (agosto–setembro de 1998). «Interview with Mark Evans». Daily Dity. Consultado em 19 de fevereiro de 2011. Arquivado do original em 5 de janeiro de 2011
- ↑ Brannigan, Paul (5 de agosto de 2022). «"F**k you, follow that!": The electrifying story of AC/DC's masterpiece, Powerage». loudersound. Consultado em 27 de junho de 2023. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2022
- ↑ «Chart Stats». Consultado em 25 de outubro de 2018
- ↑ «Video Interview: Cliff Williams of AC/DC». Bass Frontiers Magazine. 30 de outubro de 2010. Consultado em 27 de junho de 2023. Cópia arquivada em 4 de agosto de 2020
- ↑ Erlewine, Stephen Thomas. «Powerage - AC/DC». AllMusic. Cópia arquivada em 18 de agosto de 2022
- ↑ Rock, Classic (18 de junho de 2018). «AC/DC: Powerage Album Of The Week Club review». Loudersound. Cópia arquivada em 21 de março de 2019
- ↑ Larkin, Colin (2007). The Encyclopedia of Popular Music 5th Concise ed. Reino Unido: Omnibus Press. 34 páginas. ISBN 978-1-84609-856-7
- ↑ Graff, Gary; Durchholz, Daniel, eds. (1999). «AC/DC». MusicHound Rock: The Essential Album Guide. [S.l.]: Visible Ink Press. ISBN 1-57859-061-2
- ↑ «AC/DC: Album Guide». Rolling Stone. Cópia arquivada em 8 de março de 2012
- ↑ Weisbard, Eric; Marks, Craig (1995). Spin Alternative Record Guide. [S.l.]: Vintage Books. ISBN 1841955515
- ↑ «AC/DC: Powerage». Stylus Magazine. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2011
- ↑ Greentree, Mark (1 de agosto de 2020). «AC/DC – Powerage (Album Review On Vinyl & Apple Music)»
- ↑ a b «AC/DC | Biography, Music & News». Billboard (em inglês). Consultado em 28 de junho de 2023
- ↑ a b AC/DC - Powerage Album Reviews, Songs & More | AllMusic (em inglês), consultado em 28 de junho de 2023
- ↑ Faust, Edwin (12 de dezembro de 2003). «AC/DC | Powerage». Stylus Magazine. Consultado em 27 de junho de 2023. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2011
- ↑ Fink 2013, p. 175.
- ↑ Best of Rock & Metal - Die 500 stärksten Scheiben aller Zeiten (em alemão). [S.l.]: Rock Hard. 2005. p. 80. ISBN 3-89880-517-4
- ↑ Johnson, Howard (21 de janeiro de 1989). «AC/DC 'Powerage'». Kerrang!. 222. London, UK: Spotlight Publications Ltd.