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Prognóstico

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Prognóstico, em medicina, é conhecimento ou juízo antecipado, prévio, feito pelo médico, baseado necessariamente no diagnóstico médico e nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma doença ou quadro clínico sob seu cuidado ou orientação. É predição médica de como doença e/ou paciente irá evoluir, e se há e quais são as chances de cura.[1]

Estudos de prognóstico são indispensáveis tanto para a equipe médica quanto para os pacientes, pois podem levar a decisões importantes sobre o curso de cada terapia e procedimento relevante à qualidade de vida e às tomadas de decisões. É de se anotar, imperativamente, que um prognóstico só é levado a efeito, pois proferido, com base em necessário e suficiente diagnóstico médico do caso, da situação, como ao momento do exame se apresenta. Não há, pois, credível prognóstico sem diagnóstico, o que, em qualquer caso, seria temeridade.[2]

Os estudos de prognóstico de cada doença tratam as questões clínicas de modo semelhante aos estudos de coorte em relação a fatores de risco. Realizam-se de modo que grupos de pacientes sejam escolhidos e acompanhados no tempo para aferição de seus desfechos clínicos. São, assim, sob a óptica do método científico aceito, experimentos científicos controlados, ou, a rigor, quase-controlados.

Prognóstico versus risco

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Estudos de risco usualmente são conduzidos com pessoas sadias, enquanto fatores prognósticos, condições associadas com um desfecho da doença — são, por definição, estudados em pessoas doentes.

Os fatores associados com um maior risco não são necessariamente os mesmos que marcam um pior prognóstico. Um exemplo simples: pressão arterial baixa reduz o risco de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), porém é um sinal de mau prognóstico (no sentido de prognóstico desfavorável) no curso de um episódio IAM ocorrente.

A medida utilizada para se estimar um prognóstico, em relação ao tempo, é também uma taxa, que representa a proporção de indivíduos que experimentam o evento desfecho sobre os indivíduos suscetíveis. Como exemplos, temos as taxas de sobrevida em 5 anos, letalidade, mortalidade por doença específica, remissão e recorrência.

Qualidade de vida

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Cada vez mais há uma necessidade de se estabelecer não estimativas de prognóstico e/ou sobrevida, mas especialmente de se relacionar os valores numéricos de estimativas de sobrevida com medidas de qualidade de vida. Estes são fatores que podem influenciar a indicação de cirurgias, ou de procedimentos invasivos que poderiam melhorar a qualidade de vida do paciente, sem prolongar o seu sofrimento.

Os estudos de coortes em prognósticos são observados partindo-se de um ponto no tempo, chamado de tempo zero. Este ponto deve ser claramente especificado ao longo do curso da doença, e deve ser o mesmo para cada paciente (inception cohort).

Análise de sobrevida

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Entre outros, é mais utilizado o método de Kaplan-Meier, ou do produto-limite. A probabilidade de sobreviver até qualquer ponto no tempo é estimada a partir da probabilidade cumulativa de sobreviver a cada um dos intervalos de tempo precedentes.

Na análise de Kaplan-Meier, os intervalos são entre cada evento novo (morte) e o precedente.Na maior parte do tempo, ninguém morre, e a probabilidade de sobreviver é igual a um. Quando um ou mais pacientes morrem, a probabilidade de sobreviver é calculada como a razão entre o número de pacientes sobreviventes e o número de pacientes em risco de morrer durante o intervalo.

Pacientes que já tenham morrido, que tenham se desligado ou cujo seguimento ainda não tenha alcançado o intervalo, não estão em risco de morrer neste período, e assim não são usados para estimar a sobrevida no intervalo.

Quando os pacientes são retirados do estudo por qualquer razão são chamados censurados. A probabilidade de sobreviver não muda nos intervalos em que ninguém morre. A probabilidade de sobreviver é recalculada somente nos intervalos em que há morte.

Referências

  1. «Prognóstico». Sou Enfermagem. 23 de fevereiro de 2023. Consultado em 23 de fevereiro de 2023 
  2. VIDIGAL, LUIZ (2005). Parte III - Métodos de análise em diferentes tipos de estudos (PDF). Uberlândia: EDUFU. p. 14. ISBN 978-85-7078-523-7