Pelos vistos a Valentim de Carvalho sempre foi exímia em conseguir lucros fáceis à custa de terceiros. Ainda relativamente ao EP “A Mãe” do Conjunto de Oliveira Muge soubemos que a 2ª edição do disco (a que tem os bailarinos na capa) foi feita pela VC em Portugal, dois anos depois de o original ter sido editado em Moçambique, e sem qualquer autorização ou concordância tácita dos elementos do grupo. Alteraram a capa a seu belo prazer e lançaram o disco como de uma novidade se tratasse. Resultado: venderam milhares de discos e não pagaram um único escudo de “direitos de autor” aos legítimos proprietários. Uma vigarice de todo o tamanho que os elementos do grupo ainda pensaram levar a tribunal. Só que os custos exigidos pelo advogado eram de tal modo incomportáveis na altura que acabaram por desistir.
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quinta-feira, 15 de novembro de 2007
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
EP Parlophone LMEP 1331 (PT, 1966)
CONJUNTO DE OLIVEIRA MUGE
"A Mãe"
Notas: Grupo moçambicano constituído por José Muge (piano), António Policarpo (vocalista e viola-solo), José Violante (viola baixo) e António Muge (bateria).
No início da década de sessenta José Muge e António Policarpo formam o primeiro alinhamento dos “Oliveira Muge” ainda em Portugal, nos arredores de Ovar, onde dão muitos espectáculos ao vivo. Chegam a ir aos estúdios da TV no Monte da Virgem, em Gaia, onde actuam num programa em directo.
Pouco depois, em 1962, partem para Moçambique onde em Vila Pery constituem a formação definitiva do grupo. Começam a ser conhecidos, sobretudo por abrilhantarem bailes em diversas localidades, incluindo a capital, Lourenço Marques.
Um convite da televisão rodesiana leva-os a percorrer 400 kms para se apresentarem em directo no “Seven Three Oh Show”, um programa transmitido em horário nobre. Os convites sucedem-se a um ritmo regular e o Conjunto de Oliveira Muge começa a afirmar-se cada vez mais, quer em actuações em hoteis e clubes da cidade de Salisbury quer também na própria televisão rodesiana (convém aqui recordar que nesses tempos não havia televisão em Moçambique, por tal nunca ter sido autorizado pelo Governo Central).
Em 1965, após uma temporada no “Grill Room” do New Stanley Hotel, em Nairobi, no Quénia (país onde também actuam na televisão local) regressam a Vila Pery. Nesse ano têm o primeiro contacto com um estúdio de gravação: na cidade da Beira, nos estúdios da Rádio Aero Club, gravam os primeiros temas, ainda num estilo muito amador e em condições um tanto ou quanto precárias. O resultado não é muito animador mas serve-lhes de experiência para se poderem lançar a vôos mais altos.
Essa oportunidade surge logo a seguir, em 1966. Destino; África do Sul. Nos estúdios da EMI, em Johannesburg, gravam o tão ansiado disco de estreia profissional, onde incluem o tema original “A Mãe”, da autoria de António Policarpo. O êxito supera as expectativas mais optimistas ultrapassando todas as fronteiras.
No ano seguinte voltam a Johannesburg para a gravação de mais dois EP’s e em 1968 é o regresso a Portugal, às origens, acedendo a diversos convites para actuarem em bailes do Carnaval de Ovar. De regresso a Moçambique e embora não tenham gravado mais qualquer disco, o Conjunto de Oliveira Muge mantém-se no activo até 1974, retornando ao continente após o 25 de Abril.
No início da década de sessenta José Muge e António Policarpo formam o primeiro alinhamento dos “Oliveira Muge” ainda em Portugal, nos arredores de Ovar, onde dão muitos espectáculos ao vivo. Chegam a ir aos estúdios da TV no Monte da Virgem, em Gaia, onde actuam num programa em directo.
Pouco depois, em 1962, partem para Moçambique onde em Vila Pery constituem a formação definitiva do grupo. Começam a ser conhecidos, sobretudo por abrilhantarem bailes em diversas localidades, incluindo a capital, Lourenço Marques.
Um convite da televisão rodesiana leva-os a percorrer 400 kms para se apresentarem em directo no “Seven Three Oh Show”, um programa transmitido em horário nobre. Os convites sucedem-se a um ritmo regular e o Conjunto de Oliveira Muge começa a afirmar-se cada vez mais, quer em actuações em hoteis e clubes da cidade de Salisbury quer também na própria televisão rodesiana (convém aqui recordar que nesses tempos não havia televisão em Moçambique, por tal nunca ter sido autorizado pelo Governo Central).
Em 1965, após uma temporada no “Grill Room” do New Stanley Hotel, em Nairobi, no Quénia (país onde também actuam na televisão local) regressam a Vila Pery. Nesse ano têm o primeiro contacto com um estúdio de gravação: na cidade da Beira, nos estúdios da Rádio Aero Club, gravam os primeiros temas, ainda num estilo muito amador e em condições um tanto ou quanto precárias. O resultado não é muito animador mas serve-lhes de experiência para se poderem lançar a vôos mais altos.
Essa oportunidade surge logo a seguir, em 1966. Destino; África do Sul. Nos estúdios da EMI, em Johannesburg, gravam o tão ansiado disco de estreia profissional, onde incluem o tema original “A Mãe”, da autoria de António Policarpo. O êxito supera as expectativas mais optimistas ultrapassando todas as fronteiras.
No ano seguinte voltam a Johannesburg para a gravação de mais dois EP’s e em 1968 é o regresso a Portugal, às origens, acedendo a diversos convites para actuarem em bailes do Carnaval de Ovar. De regresso a Moçambique e embora não tenham gravado mais qualquer disco, o Conjunto de Oliveira Muge mantém-se no activo até 1974, retornando ao continente após o 25 de Abril.
(Um especial agradecimento ao António Policarpo que teve a gentileza de me enviar estes apontamentos sobre o grupo. E também ao fantomas, o meu companheiro bloggista que me remeteu as capas sob as quais este disco foi editado originalmente em Moçambique, e que se expõem de seguida)
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