A brasileira Sílvia Maria Vieira Peixoto Araújo nasceu a 16 de setembro de 1951, em Mariana, e foi criada em São João Del Rey (ambos os locais situados em Minas Gerais). Começou a cantar por volta de 1963, apresentando-se na rádio e programas culturais, com o coral de músicas folclóricas organizado pela mãe, uma professora de música. Em 1965 a família muda-se para Belo Horizonte, onde a jovem, com apenas 14 anos, participa no programa da TV Excelsior, “Só Para Mulheres”. Dois anos depois, já no Rio de Janeiro, é descoberta no programa do Chacrinha e grava o seu primeiro compacto para a Odeon, “Vou Botar Pra Quebrar / Feitiço de Broto”, ambos os temas assinados por Carlos Imperial. Estamos em 1967 e Silvinha apanha ainda o comboio da Jovem Guarda, movimento musical em que terá o seu apogeu, ao lado de ícones como Roberto Carlos ou Wanderléa. Em 1971 grava o terceiro e último album para a mesma editora, album esse que marca uma mudança radical quer no repertório quer na maneira de cantar, que se aproxima mais do blues – chega a ser apelidada nessa altura como a Janis Joplin brasileira.
Então já casada com Eduardo Araújo, outro nome importante da Jovem Guarda, Silvinha interrompe a sua carreira artística durante toda a década de 70, dedicando-se à gravação de jingles publicitários (será rara a campanha brasileira que não tem a sua voz por detrás, tantos foram os jingles por ela gravados – diz-se que cerca de dois mil). Nos anos 80 é jurada de concursos de caloiros (no programa dominical de Sílvio Santos) e grava ao lado dos nomes mais conceituados do Brasil. Lança o album “Suave é a Noite” em 2001, repleto de temas românticos e diversas participações especiais, e seis anos depois, em parceria com o marido, edita um DVD comemorativo dos 40 anos da Jovem Guarda. Silvinha vem a falecer a 25 de Junho de 2008, em São Paulo, com apenas 56 anos, vítima de um cancro na mama.