quinta-feira, 27 de junho de 2024

SW Exclusive: MUITO PRAZER, EU SOU... VILLA-LOBOS (SWP, 2024)

Baixe esta coletânea em FLAC Lossless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 2024 - Gravadora: SWP
Nº de catálogo: SWP-0176-2
Seleção de repertório: Leo Brunno
Masterização: Sky Walker
CAPA e ENCARTE:
Fotos: Google exceto contracapa gerada por IA.
Arte-final: Sky Walker
Fonogramas cedidos: UMG-France exceto Hyperion (1) e SME (4 e 12).

PLAYLIST - Todas as faixas regidas por Villa-Lobos exceto faixa 1:
  1. MAGNIFICAT-ALLELUIA / Corydon Singers; Elizabeth McCormack, mezzo-soprano; Corydon Orchestra; Matthew Best, regente.
  2. CHOROS Nº 10 "RASGA O CORAÇÃO" (FINAL) / Chorale des Jeunesses Musicales de France; Orchestre National de la Radioffusion Française
  3. FLORESTA DO AMAZONAS: ABERTURA / The Symphony of the Air & Chorus
  4. BACHIANAS BRASILEIRAS Nº 5 - 1. ARIA (CANTILENA) / Bidu Sayão, soprano; Leonard Rose, Violoncelo solo.
  5. BACHIANAS BRASILEIRAS Nº 5 - 2. DANÇA (MARTELO) / Victoria de Los Angeles, soprano; Orchestre National de la Radioffusion Française.
  6. BACHIANAS BRASILEIRAS Nº 2 - TOCCATA (O TRENZINHO DO CAIPIRA) / **Orchestre National de la Radioffusion Française.
  7. INVOCAÇÃO EM DEFESA DA PÁTRIA / Maria Kareska, soprano; Chorale des Jeunesses Musicales de France; Orchestre National de la Radioffusion Française.
  8. DESCOBRIMENTO DO BRASIL, 4ª SUITE: 1. PROCISSÃO DA CRUZ (VISÃO DOS NAVEGANTES)*
  9. DESCOBRIMENTO DO BRASIL, 4ª SUITE: 2. PRIMEIRA MISSA NO BRASIL / *Choeurs de la Radioffusion Française; Orchestre National de la Radioffusion Française.
  10. BACHIANAS BRASILEIRAS Nº 4: 1. PRELÚDIO (INTRODUÇÃO)**
  11. BACHIANAS BRASILEIRAS Nº 4: 3. ÁRIA (CANTIGA)**
  12. MELODIA SENTIMENTAL (Da "FLORESTA DO AMAZONAS") / Bidu Sayão, soprano. The Symphony of the Air.
  13. CHOROS Nº 10 "RASGA O CORAÇÃO" [Poema sinfônico completo] [Faixa-bônus digital]

            Olá, Padawans! Todes bem?
            Poucos sabem ou mal se lembram que eu tenho uma conexão quase que simbiótica com Música Erudita (lembrando que Música Clássica delimita ao período do Classicismo historicamente falando) e aproveitando que, em breve, irei cantar mais uma obra dele, trago a todos um breve portfolio do compositor HEITOR VILLA-LOBOS, considerado o maior compositor das Américas com mais de mil obras no currículo. Começou como um compositor Modernista (oficialmente conhecido e divulgado durante a Semana de Arte Moderna de 1922), bebeu de nosso folclore, aliou ao conhecimento musical erudito e fez o que todo compositor famoso fez: Pegou as nossas raízes e embutiu na música de concerto inovando, assim, a forma de composição que o fez ser aclamado no mundo inteiro. Até hoje ele é referencial de Música Brasileira Erudita no exterior. Durante o Estado Novo, na era Vargas, ele compôs obras de caráter nacionalista e criou o Canto Orfeônico que possui reflexos na forma de se ensinar música no Brasil até hoje. Ele enchia o Maracanã de milhares de alunos que aprendiam música sob sua orientação e regia milhares.
            A obra de Villa-Lobos sempre tem tendências apoteóticas, de difícil execução. Músicos medianos não se criavam com ele. Ou sabia fazer o que ele queria ou nem tenta executar uma música dele. Na época os mais renomados músicos do exterior reclamavam e apanharam bastante para executar suas obras conforme ele queria.
            Nos últimos anos de sua vida Villa-Lobos foi à França fazer uma série de gravações de suas obras. Lembrando que naquele tempo não tinha como fazer edição de nada e a gravação era um registro ao vivo. Talvez pelo pouco tempo disponível para se gravar, quem cantou suas obras como eu percebe um monte de "saídas" pela tangente que ele mesmo autorizou para que a gravação fosse concluída. Por exemplo: Ele criou onomatopeias simulando Tupi-Guarani em "Floresta do Amazonas", "Descobrimento do Brasil" e "Choros nº 10". Como "Floresta" foi gravado nos Estados Unidos - inclusive desaposentando uma já retirada Bidu Sayão para ser a solista - foi tudo conforme ele quis, mas na França...
            As sopranos tiveram muito problema para ler o "Villalupiano" onomatopaico em "Descobrimento do Brasil". O restante do coro mandando ver nos "catupiranga" do texto e as sopranos todas no "la la la". Outro poema sinfônico que sofreu alteração em seu registro foi "Choros nº 10" com o poema "Rasga Coração" escrito por Catulo da Paixão Cearense com menções de Anacleto de Medeiros. Quem tinha o texto do poema (em sua maioria sopranos e baixos) vocalizou em vez de cantá-lo. Como a parte que cabia ao tenor - eu - era "jakatá camarajá", ele não perdoou e baixou a ordem pra todos os outros naipes fazerem a onomatopeia.
            Ele compôs os "Choros", que nada tem a ver com o Chorinho carioca. Por exemplo, "Rasga O Coração" está mais para uma toada amazonense e a música é tão percussiva que dá uma vontade mega de se dançar com ela com se estivéssemos em Parintins. Tem até os "hei! hei! hei!" deles.
            Outra peça que eu acabei achando curiosa foi "Invocação em Defesa da Pátria"  porque Villa fez todo mundo cantar em português. Só que saiu tudo com sotaque francês. Ficou algo como: "Oh, natûrrreeezaaaaah / Do meu Brrrrésillll..." Enfim, ele tinha de gravar, o orçamento só dava para aqueles dias e tocou o f*da-se, como todo bom carioca que se preze.
            Uma das suas obras mais célebres, "Bachianas Brasileiras nº 5", foi originalmente composta para octeto de violoncelos. Bidu Sayão, soprano brasileira famosíssima até hoje (foi enredo da Beija-Flor de Nilópolis no carnaval) e amiga do Villa, ficou eufórica e pediu a ele para escrever uma linha de soprano para que ela pudesse cantar. Assim ele o fez e ainda pinçou um poema de Ruth Valladares Corrêa para que ela fizesse um recitativo no meio da música. A última nota, agudíssima, ele a fez sustentar até o ar dela acabar. Isso ficou registrado, gente!
            Temos um conexão da música do Villa com a teledramaturgia: "Floresta do Amazonas" foi abertura da minissérie "A Muralha"; "Aria (Cantilena)" das Bachianas Brasileiras nº 5 foi primeiramente tema da novela "Irmãos Coragem" pela voz de Joyce e depois em "Amazônia" pela interpretação da soprano Maria Lucia Godoy"; "O Trenzinho do Caipira" ganhou letra de Ferreira Gullar e foi tema de abertura da novela "A Lei do Amor" pela voz de Ney Matogrosso; e o Prelúdio das "Bachianas Brasileiras nº 4" foi tema instrumental da minisséire "Anos Rebeldes".
            Além das citadas temos Villa também interpretado na MPB: Djavan regravou "Melodia Sentimental" e Milton Nascimento regravou a Cantiga das "Bachianas Brasileiras nº 4" que ganhou a letra chamada "Caicó" (Ô, mana, deixa eu ir / ô, mana, eu vou só / ô, mana, deixa eu ir / pro sertão de Caicó) e ficou deslumbrante em sua interpretação.
            Em suma: Villa-Lobos é mais entranhado na música brasileira como um todo do que você pensa: Ele viajou o Brasil inteiro, se embrenhou em matas e florestas e catalogou a música folclórica de todo o pais e com isso lançou o "Guia Prático" que até hoje professores de música usam como material de ensino. Muitas dessas cantiga de roda ele deu um re-vamp e transformou a coisa de uma maneira que quem ouve fica estupefato. Ele é o meu compositor brasileiro erudito preferido e entrou para o Olimpo da Música Mundial. Eu falei erudito? Na verdade ele era crossover: Ele transitava com naturalidade entre o erudito e o popular.
            É isso, pessoal! A quem tem um certo preconceito com música erudita, eu fiz uma coletânea uma vez chamada "Get Serious!" há algum tempo e provo a todos que o estilo não rima com música que irrita. Baixem e comprovem.
            Beijos no corpo e FUI!

terça-feira, 18 de junho de 2024

desENCONTROS / Nacional e Internacional [Sky Walker Legacy][SWP, 2010 - 2023, 2024]

TRILHA SONORA NACIONAL
Baixe a trilha sonora desta webnovela exclusiva SWP aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 2010 // Reedição: 2023 - Gravadora: SWP
Nº de Catálogo: SWP-0041-2 (CD) / SWP-0041-4 (K7)
Seleção de repertório: Sky Walker
Fotos: Evandro Teixeira (capa), Arquivo Nacional (contracapa) e Google (Inlay)
Remasterizado por Sky Walker. Agradecimentos especiais a Crystal.
Fonogramas de titularidade de: Som Livre (1, 3, 8, 11 e 13), Edition Collage (2), UMG (4, 5, 7 e 14), Filó Machado (6), SME (9), WEA (10) e Nascimento Música (12).

PLAYLIST:
  1. ENCONTRO / Maria Gadú
  2. VOCÊ É LINDA / Lisa Whalandt & Mulo Francel
  3. CUIDE-SE BEM / Guilherme Arantes
  4. VENTO BRAVO / Edu Lobo
  5. DIVINO, MARAVILHOSO / Gal Costa
  6. TREM FANTASMA / Filó Machado
  7. GENTE FINA É OUTRA COISA / Cilibrinas do Éden
  8. PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES (CAMINHANDO) / Geraldo Vandré
  9. INCOMPATIBILIDADE DE GÊNIOS / João Bosco
  10. SABIÁ / Elis Regina
  11. PAIOL DE PÓLVORA / Toquinho e Vinicius
  12. TRAVESSIA / Milton Nascimento
  13. FATO CONSUMADO / Djavan
  14. CÁLICE / Chico Buarque - part. esp.: Milton Nascimento e MPB4
Capa da fita cassete


TRILHA SONORA INTERNACIONAL
Baixe a trilha sonora desta webnovela exclusiva SWP aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 2010 // Reedição 2024 - Gravadora: SWP
Nº de catálogo: SWP-0043-2
Seleção de repertório: Sky Walker, Edson Avella e Heyner Pacheco
CAPA
Coordenação gráfica: Sky Walker
Fotos: Google
Remasterizado por Sky Walker
Fonogramas de titularidade de: WEA (1, 3, 5, 10, 11 e 18), UMG (2, 4, 6, 7, 8, 9, 13, 15 e 16), Sirocco (12), EmuBands (14) e SME (17).

PLAYLIST:
  1. GOODBYE GIRL / Rumer
  2. ALL GOOD IN THE HOOD / Jamiroquai
  3. UNCHAINED MELODY / David Phelps
  4. YOURE MY BEST FRIEND / Queen
  5. BELINDA / Ben Folds & Nick Hornby
  6. COMFORTABLY NUMB / Scissor Sisters
  7. LOVE IS A LOSING GAME / Amy Winehouse
  8. LAUGHTER IN THE RAIN / Neil Sedaka
  9. YOUR SONG / Ellie Goulding
  10. IS IT LOVE YOU'RE AFTER / Rose Royce
  11. I NEED YOU / America
  12. FOLLOW THE BRIGHTESTSTAR [SWP Single Edit] / Voyage
  13. FOCUS / Emma's Imagination
  14. YOU TOOK MY HEART / Pepper & Piano
  15. CAN YOU UNDERSTAND [SWP Single Edit] / Renaissance
  16. ACROSS THE UNIVERSE / Jim Sturgess
  17. A WHITER SHADE OF PALE* / Procol Harum
  18. LIGHT MY FIRE* / The Doors
*Faixas-bônus.

Texto original publicado em: 26/03/2013:

        "Salve, pessoal! Titio Skywalker resolveu, após quase 3 anos, dividir com vocês uma história que eu comecei a escrever, mas como, pra variar, não tenho paciência para coisas longas, fica o gostinho da minha webnovela "DESencontros". Como podem ver, cheguei a criar até as trilhas que eu gostaria de ouvir caso a novela existisse de verdade.
          Abaixo vai a playlist nacional e internacional e também a sinopse, com suas personagens e núcleos. Espero que curtam tudo, da história às trilhas. E gostaria de saber se isso realmente daria uma novela. Abraços a todos!

TEMAS:

NACIONAL: 

1. SABIÁ / Elis Regina (Tema de Ivan, no exílio)
2. DISCO VOADOR / Rita Lee (Tema de Thiago)
3. VOCÊ É LINDA / Lisa Wahlandt & Mulo Francel (Tema de Ivan e Rita)
4. UMA VELHA CANÇÃO ROCK ‘N’ ROLL / 14 Bis (Tema de Marieta)
5. ARCO-ÍRIS / Fátima Guedes (Tema de Maria Clara)
6. VENTO BRAVO / Edu Lobo (Tema de Hélio)
7. FICA / Chico Buarque (Tema de Fernando)
8. PAIOL DE PÓLVORA / Toquinho e Vinícius (Tema dos presos no DOPs)
9. ENCONTRO / Maria Gadú (Tema de Célia) [ABERTURA]
10. CUIDE-SE BEM / Guilherme Arantes (Tema de Ivan, no Rio)
11. GENTE FINA É OUTRA COISA / Cilibrinas do Éden (Tema de Caneta e Espoleta)
12. DIVINO, MARAVILHOSO / Gal Costa (Tema de Rita)
13. TRAVESSIA / Milton Nascimento (Tema dos festivais)
14. FATO CONSUMADO / Djavan (Tema de Norma e Luiz Gustavo)
15. TREM FANTASMA / Filó (Tema de locação)
16. INCOMPATIBILIDADE DE GÊNIOS / João Bosco (Tema de Rita e Hélio)
17. PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES / Geraldo Vandré (Tema dos exilados)

INTERNACIONAL

1. GOODBYE GIRL / Rumer (Tema de Rita)
2. ALL GOOD IN THE HOOD / Jamiroquai (Tema de locação – discoteca)
3. UNCHAINED MELODY / David Phelps (Tema de Rita e Ivan)
4. YOU’RE MY BEST FRIEND / Queen (Tema das Crianças)
5. BELINDA / Ben Folds & Nick Hornby (Tema de Célia e Marcos)
6. COMFORTABLY NUMB / Scissor Sisters (Tema de locação – discoteca)
7. LOVE IS A LOSING GAME / Amy Winehouse (Tema de Hélio e Rita)
8. LAUGHTER IN THE RAIN / Neil Sedaka (Tema de Marieta)
9. YOUR SONG / Ellie Goulding (Tema de Thiago e Marieta)
10. IS IT LOVE YOU’RE AFTER / Rose Royce (Tema de locação – ação e discoteca)
11. I NEED YOU / America (Tema dos casais de pais dos protagonistas)
12. FOLLOW THE BRIGHTEST STAR / Voyage (Tema de locação – Rio de Janeiro – entre 1977 e 1979)
13. FOCUS / Emma’s Imagination (Tema de briga séria entre casais 1)
14. YOU TOOK MY HEART / Pepper & Piano (Tema de briga séria entre casais 2)
15. CAN YOU UNDERSTAND [RADIO] / Renaissance (Tema de Maria Clara)
16. ACROSS THE UNIVERSE / Jim Sturgess (Tema de locação – prisão)


DESENCONTROS

Uma novela de SKYWALKER DJ
Escrita por SKYWALKER DJ
(P) 2010 SWP PRODUCTIONS (DIRETO). Todos os direitos reservados.


SINOPSE

 “DESencontros” é a história de um amor que persiste por anos mesmo quando a ditadura e o exílio aparecem no meio para tentar separá-lo.
A novela começa com IVAN, já exilado em Londres, remoendo suas memórias. Ele está em uma sofá, encolhido e triste, se levanta e põe um disco. Toca "Love Is A Losing Game" (Amy Winehouse) e começa a relembrar quando tudo começou.
Brasil, Rio de Janeiro. 1967. O golpe militar está instalado e a tensão está no ar. RITA, uma jovem romântica e sonhadora, professora, se apaixona por IVAN, um músico envolvido com a Tropicália e concorrente de festivais da canção em sua época. Ao longo dos tempos, com a institucionalização do AI-5 em 1968, Ivan é caçado pelo DOPS acusado de subversão e é preso injustamente sendo que logo após é exilado em Londres contra a sua vontade, como outros artistas de sua geração. Rita, no meio desta situação, se descobre grávida de Ivan e não sabe o que fazer. Sem saber do real destino de Ivan, acha que fora abandonada propositalmente.
Rita acaba dando a luz a uma menina, MARIA CLARA. Sem condições de manter a menina ao seu lado, ela acaba deixando, sem se identificar, na casa de CÉLIA, irmã de Ivan. Rita não sabe que, na verdade, Célia é irmã de Ivan.
Algum tempo depois, HÉLIO, um coronel do exército, se casa com Rita. Dono de uma personalidade austera, porém doce, Hélio vê sua personalidade se transformar quando este sabe da história pregressa da atual esposa. A doçura dá lugar a certa amargura não demonstrada, apesar do amor dele por Rita.
Dez anos depois, Ivan retorna do exílio, com sua inocência provada. Disposto a procurar Rita, ele descobre que esta casou. Ao se aproximarem novamente, Rita, ainda ressentida com o sumiço de Ivan, diz que eles tiveram uma filha, mas mente que ela está morta. Ela não o deixa explicar que estava falando a verdade sobre o exílio, até que ele prova documentalmente o ocorrido. Rita fica confusa sobre seus sentimentos, pois agora sua situação emocional se complica.
Hélio, por sua vez, se sente ameaçado pelo passado de Rita: Ao saber que sua mulher reencontrou Ivan, cego de ciúmes, arma um assassinato e incrimina o músico. Ele passa a ser foragido.
Rita, por sua vez, consumida pela culpa, resolve ir atrás de sua filha. Ao chegar à casa de Célia, descobre uma menina linda de 10 anos. Maria Clara estuda na mesma escola onde Rita trabalha. Após implorar à sua diretora para ficar na classe da menina como professora, consegue se aproximar de Maria Clara, e as duas ficam amigas sem que a menina saiba o real parentesco que as duas possuem.
Ivan, nesse meio da situação, fugitivo da polícia, é preso novamente e vai parar, por ordem de Hélio, nos porões da ditadura, sendo assim torturado. E o tormento de Rita começa, pois ela revela à Célia que Maria Clara é, na verdade, sua filha e que Célia é tia real da menina, fruto de uma relação amorosa com Ivan.
Nem tudo está perdido para Ivan: Ele reencontra MARCOS, um tenente do exército que está a serviço do DOPs mas é seu amigo de infância. Um tanto debilitado pela tortura, Ivan sensibiliza Marcos, que passa a acreditar em sua versão. Marcos, então, passa a procurar por Célia e Rita. Célia, sabendo do paradeiro do irmão, começa uma luta para retirar Ivan da cadeia.
Rita, atormentada, passa a lidar com vários dilemas: O remorso de não acreditar em Ivan, o remorso do abandono de sua filha e de como reconquistá-la e de como ajudar Ivan a sair da cadeia, passando a coletar provas para tirá-lo da prisão. Ela acaba descobrindo que Hélio armou tudo.
Hélio, até então quieto, começa a alterar seu comportamento, fazendo da vida de Rita um inferno. Motivada pelo amor, ela prova a inocência de Ivan, mas...
...Ela discute com Hélio, e ao ouvir a palavra divórcio ele atira nela, louco de ciúmes. Rita para no hospital entre a vida e a morte. Na dor, Maria Clara fica sabendo que Ivan não é apenas seu tio, mas seu pai verdadeiro: Uma revelação emocionante. E também sabe que Rita não é apenas sua professora, mas também sua mãe. A menina se desespera com a possibilidade de perder a mãe mais uma vez. Todos chorosos acabam fazendo e refazendo as pazes.
Enquanto Rita luta pela vida, Hélio descobre que foi Marcos quem ajudou Rita, Célia e Ivan e provoca uma discussão sobre insubordinação com Marcos. Durante a agressão física, Hélio atira em Marcos, que sobrevive. Hélio vai para a cadeia militar.
Rita por uns momentos morre, mas acaba voltando a viver após receber um apelo forte e um beijo de sua filha para não ir embora. Marcos, por sua vez, sobrevive e é pedido em casamento por Célia.
Hélio, cada vez mais transtornado, só repete o nome da mulher na cadeia. Só que um belo dia ele passa a dividir a cela com um soldado, que é um maníaco perigoso. Hélio tenta encarar o soldado, mas perde na briga e ainda por cima é estuprado. Louco e sem a menor dignidade, ele se suicida com um lençol.
Em 1979 vem a Anistia. Todos os exilados voltam ao Brasil. Ivan e Rita, juntos novamente, recebem juntamente com Maria Clara, os amigos que estavam fora do Brasil. E terminam em festa, junto com a filha e os amigos, num beijo apaixonado.

PERSONAGENS E NÚCLEOS:


Ivan Sérgio Silva Buonasorte, músico - mocinho
Célia Leila Silva Buonasorte - poetisa e escritora
Judite Magalhes Souza Silva Buonasorte – mãe, dona de casa
Fernando Célio Buonasorte– pai, jornalista
Maria Clara Valença Buonasorte, filha
Zelina – a empregada
Da. Jerusa – vizinha 1
Marieta – filha de Da. Jerusa
Da. Kátia – vizinha 2
Rita Valença Lagranha, professora – mocinha
Norma Luíza Lemos Lagranha – mãe
Luiz Gustavo Celso Lagranha– pai
Thiago Luiz Lagranha – irmão mais novo
Lúcia Maria Lemos Justo – tia
Luiz Eduardo Marcondes Justo– tio
Da. Antonieta Mércia Justo – avó

Hélio Moraes Lago, coronel do exército – vilão
Joana – a empregada
Pejota, sub-tenente – assessor
Nilo Márcio Silveira – coronel
Danilo Trevez Maciel – oficial
João Cardinalle - soldado
Paranhos – delegado do DOPs
Marcos Silva Camilo, tenente do DOPs
Caneta e Espoleta – soldados do DOPs
Justino, William e Rogério – soldados da PM


Amigos músicos de Ivan:

Zeca - violão
Marcelo - bateria
Nicolas – baixo
Daniel – percussão
Zelão – piano

Núcleo dos festivais:

Gilberto Gil
Chico Buarque
Antônio Carlos Jobim
Elis Regina
Rita Lee

Sérgio Ricardo
Nelson Motta
Cidinha Campos
Arnaldo Baptista
Sérgio Dias Baptista
Caetano Veloso
Geraldo Vandré
Jair Rodrigues
Gal Costa
Tom Zé
Nara Leão

Em Londres:

Ernani Villari – jornalista
Arthur Lovelock – músico
Janet Collins – amiga

Escola:

Dirce Salamanca – diretora
Manuel – o inspetor
Zuleide – professora
Raquel – professora
Alexandre – professor

Amigos de Maria Clara:

Otávio, Tavinho – aluno
Joelson – aluno
Tânia, Tuca – aluna
Bianca – aluna
Juliana – aluna, antagonista de Maria Clara
Caroline – aluna, antagonista de Maria Clara
Cazuza – aluna, antagonista de Maria Clara

Na prisão:

Dr. Mário – preso
Rodolfo “Cachorro Louco” – oficial louco, algoz de Hélio."

        Quanto às trilhas sonoras: Eu optei por não contar a história musical de uma época pela cronologia mas por músicas que mais tinham a ver com a minha ideia dos personagens. Obviamente em que estou tratando uma época culturalmente rica para a música mundial eu não posso me ater a uma fronteira de 14 ou 16 faixas. Muitas canções além destas serão intencionalmente executadas para ambientação de época, mas os temas - e tem muitos ali que eram contemporâneas a 2010 - são para os personagens. Obrigado.
            É isso aí. Beijundas!
            FUI!



quarta-feira, 5 de junho de 2024

CAZUZA / Cazuza (Globo / Philips, 1990)

Baixe esta coletânea rara em FLAC Lossless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1990 - Gravadora: Philips / PolyGram (Universal Music) sob encomenda da Rede Globo.
Nº de catálogo: GLOBO-001
Seleção de repertório: Ezequiel Neves
Remasterizado por: Sky Walker
Arte de capa e foto: Desconhecido
Fonogramas cedidos: Som Livre (1, 3, 4. 5, 6, 7, 10, 11, 14, 15, 17, 19) e Universal Music (2, 8, 9, 12, 13, 16, 18, 20).

PLAYLIST:
  1. EXAGERADO
  2. FAZ PARTE DO MEU SHOW
  3. PRO DIA NASCER FELIZ*
  4. TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA*
  5. MAIOR ABANDONADO*
  6. BETE BALANÇO*
  7. CODINOME BEIJA-FLOR
  8. IDEOLOGIA
  9. O TEMPO NÃO PARA [Ao Vivo]
  10. POR QUE A GENTE É ASSIM?*
  11. MAL NENHUM
  12. O BRASIL VAI ENSINAR O MUNDO
  13. SÓ SE FOR A DOIS
  14. DOWN EM MIM*
  15. BILHETINHO AZUL*
  16. COMPLETAMENTE BLUE
  17. POR AÍ*
  18. HEI REI!
  19. SÓ AS MÃES SÃO FELIZES
  20. BRASIL
*com Barão Vermelho

            Oi, Padawans! Todes bem?
            Hoje eu relembro um período muito triste da música brasileira: No dia 7 de julho de 1990  Agenor de Miranda Araújo Neto faleceu. Não ligou o nome à pessoa? Falo do cantor CAZUZA. Após uma batalha perdida para a AIDS, ele finalmente veio a descansar nesse dia. A doença o fez definhar rapidamente em três anos, mesmo indo aos Estados Unidos se tratar. Estamos falando de uma época em que não tínhamos um tratamento eficaz disponível para essa condição, na época no auge da pandemia. Não era do interesse governamental combater a mesma por se tratar de uma doença estigmatizada como "câncer gay" e corroborando para o preconceito das alas mais conservadoras da sociedade e da igreja, que via como uma punição aos homossexuais. Ele foi enterrado com o caixão lacrado.
            Mesmo com todo tratamento disponível e informações disponíveis à disposição de qualquer um no Google, ainda vivemos uma era de estigmatização mesmo sendo amplamente divulgado que passou de uma doença fatal a uma doença crônica, que com a medicação tomada regularmente a pessoa que vive com o vírus HIV vive uma vida normal e se torna intransmissível. Por isso mesmo, já está mais do que provado que a pessoa que tem como exame o vírus indetectável no sangue está com a quantidade de vírus tão baixa no sangue que ela se torna intransmissível por quaisquer vias (sexual, vertical - mãe para filho e em contato com sangue contaminado em ocasião de lesões externas ou fluidos corporais como sêmen). O controle de transfusão sanguínea se tornou megarrigorosa ao longo de todos esses anos e homens LGBTs e HSH (homens que fazem sexo com homens) podem, legalmente, doar sangue. Todo sangue passa por testes rigorosíssimos antes de ir para um necessitado de transfusão, gente. Não se deixem iludir por informações falsas. Só para salientar esse assunto: Indetectável = intransmissível (I = I) ou Indetectável= ZERO (I =0).
            Outra coisa bem importante de se ficar claro: HIV é o vírus. A AIDS é a infecção, não o vírus. O vírus destrói as células de defesa do organismo, causando a deficiência imunológica ou imunodeficiência. Isso faz com que o organismo não consiga se defender de quaisquer infecções oportunistas, levando às pessoas que não se tratam ao óbito.
            Pode beijar, compartilhar pratos, talheres, toalhas (isso é anti-higiênico, mas enfim, tem de se falar...) e, por favor, SAIBAM DE SEU STATUS SOROLÓGICO! Se estiverem negativos, continuem se prevenindo com os métodos disponíveis (camisinha para pessoas com pênis - externa - e camisinha para pessoas com vagina - interna -, PrEP - profilaxia pré-exposição, PeP - profilaxia pós-exposição, prevenção combinada - camisinha + PrEP); se estiverem positivos, procurem um infectologista o mais rápido possível e iniciem o tratamento o quanto antes. É grátis, universal, pelo SUS. Tomem a medicação diariamente, sem falhas, pelo resto de suas vidas. Se o tratamento falhar, a resistência do vírus aumenta e fica cada vez pior ao tratar com tanta troca de remédio. Vamos ser responsáveis consigo mesmos e com o próximo? Agradecido! Nada de roleta russa!
            Essa coletânea foi feita logo após a morte de Cazuza em caráter promocional e de distribuição interna aos funcionários da Rede Globo e Som Livre. Mesmo sendo fabricado pela VAT (Vídeo Aúdio Tape da Amazônia) sob encomenda da PolyGram, foi uma união de esforços em torno do luto e do pesar de todos. Ninguém pleiteou os créditos de nada e nem os mesmos aparecem nas capas, só se vendo a quem pertence no selo do CD. O número de catálogo é GLOBO-001. Lembrando que João Araújo, o presidente da Som Livre, era o pai de Cazuza e provavelmente estava profundamente abalado com a morte do filho.
            As músicas escolhidas representam mais o espírito do cantor do que um "Grandes Sucessos". Ainda deu uma prévia do que viria a seguir no disco póstumo "Por Aí" (Philips / PolyGram, 1991) com as faixas "O Brasil Vai Ensinar O Mundo" e "Hei Rei!". A seleção de repertório foi feita por Ezequiel Neves, grande amigo do Caju (como era conhecido pelos amigos), mas creio que na época o mesmo já não trabalhava mais na gravadora. 
            Espero que curtam essa coletânea rara que reflete a alma de um dos maiores expoentes da música brasileira. FUI!

            P.S.: Comentários de ódio não serão tolerados e ainda farei o hater passar vergonha no PIX. Avisados! FUI de vez! ;-)