«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005
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sábado, 24 de julho de 2010

Star FM Substitui RCP

A Media Capital Rádios (MCR) acabou com a Rádio Clube, nome que substituiu, em 2005, o de Rádio Clube Português. No entanto, a primeira alteração manteve sempre uma ligação ao passado através do acrónimo RCP. Agora termina mais um ciclo, com a MCR a criar a Star FM - uma estação que emitirá música dos anos 50, 60 e 70 do século passado através dos emissores da ex-RCP. Se a ERC permitir.

Nesta alteração existe uma situação pouco clara: quiseram encerrar a Rádio Clube, mas mantêm os alvarás de radiodifusão sonora que suportavam a estação. Despediram 36 colaboradores o que leva a pensar que a Star FM será um CD hertziano que debitará listas de difusão intercaladas com anúncios de estação. Sem o elemento humano não há emoção - a essência da rádio. A Lei deveria ser clara neste aspecto: querem encerrar uma emissora, entreguem os alvarás e estes deveriam ser colocados a concurso público novamente.

Um novo fracasso radiofónico está à vista na MCR. A Star FM vai posicionar-se no segmento da Rádio Sim, uma rádio que, segundo o último Bareme Rádio, tem apenas 0,9% de Audiência Acumulada de Véspera (AAV), mas que tem boas perspectivas de aumentar o AAV, já que a programação é diversificada e mantém a ligação emocional com o ouvinte. Ou seja, faz companhia. A MCR tem um bom exemplo no seu grupo de uma rádio de sucesso: a Rádio Comercial. Mas este sucesso deve-se às pessoas que lá colaboram - principalmente ao seu director.

A MCR encerrou, em 2003, a Rádio Nostalgia - que transmitia música dos anos 50, 60  e 70 - e regressa agora a um formato idêntico. Apostar num formato puramente musical e, prevê-se, sem o elemento humano é perder para outras emissoras os (poucos) ouvintes que a RCP tinha. É certo que não vai conseguir muitos ouvintes, porque a música hoje está ao dispor de todos na Internet, local onde além do áudio, disponibiliza vídeo e informações sobre as músicas, autores, compositores, interpretes, histórias, etc.. A Star FM quer competir com tudo isto, só passando música?

Os ouvintes radiofónicos do século XXI não estão interessados em escutar na rádio uma lista de difusão onde existem muitas músicas que não lhes agradam. Hoje em dia, qualquer pessoa elabora a sua lista de difusão e escuta só as músicas que gosta, no CD ou no Leitor de Áudio Digital ou no computador. Claro que a MCR pode achar que após despedir 36 colaboradores pode contratar novos para a Star FM. Mas será isto legal?

P.S. - A emissora Rádio Clube Português, da MCR, nada tem a ver com o antigo RCP. O nome Rádio Clube Português, ou RCP, foi a designação dada a uma estação emissora em 1931. Esta emissora era, principalmente, um clube de aficionados da rádio. A emissora tinha sido criada em 1928, por Jorge Botelho Moniz, como CT1DY - Rádio Parede, depois chamada, em 1930, Rádio Clube Costa do Sol. Em 1975 foi nacionalizada e incorporada na estrutura da Radiodifusão Portuguesa (RDP), hoje Rádio e Televisão de Portugal (RTP). Em 1979 foi criada a RDP - Rádio Comercial, que foi a herdeira das tradições do RCP. A Comercial foi alienada da RDP, em 1993, e adquirida, em 1997, pela MCR que também adquiriu a Rádio Nostalgia, que transformou, em 2003, em Rádio Clube Português. No início da década de 1990, a família Botelho Moniz fez regressar o nome Rádio Clube Português através de uma parceria ente a Rádio Gest, de Lisboa, e a Rádio Nova, do Porto. Esta associação durou pouco mais de três anos.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Fim do Rádio Clube

Era já esperado o fim do Rádio Clube, que desaparece do éter no próximo domingo. Já estava morto há muito, apenas esperava o enterro. É a terceira vez que o Rádio Clube Português desaparece. A primeira vez foi em 1975, com a nacionalização; a segunda foi no início dos anos 90, após uma fusão falhada com a Rádio Nova, do Porto; e a terceira, agora, após um projecto que falhou, consecutivamente, desde os tempos de Pedro Tojal até ao desconhecimento do meio por parte de Luís Osório.

Neste espaço já se apontou várias vezes o porquê do insucesso do Rádio Clube (RCP). 36 funcionários da emissora enfrentam, agora, o desemprego.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Algo vai mal na informação radiofónica

Há em Portugal quatro emissoras com uma forte componente informativa – TSF, Antena1, Renascença e RCP. Mas, segundo o Blogouve-se, parece que todas passaram ao lado de uma notícia, apenas tendo desenvolvido o assunto 24 horas depois.
Ou todas as estações andam distraídas ou então anda tudo a ver (ouvir) o que as outras fazem, indo depois atrás.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Íntima Fracção no RCP

O Rádio Clube (RCP) vai completar a sua grelha de programas no dia 21 deste mês, e uma das muitas novidades é o programa “Íntima Fracção”, de Francisco Amaral”, que será transmitido aos domingos das 24h às 2 da manhã.
Um dos mais antigos programas da rádio portuguesa volta assim a uma emissora “grande”, depois de ter sido transmitido na Antena 1, TSF e, ultimamente, na Rádio Universidade de Coimbra (RUC).