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sexta-feira, julho 14, 2006

Os incapacitados para o ensino

"A Fenprof já nos explicou com abundantes argumentos que a profissão docente é de "desgaste rápido", o que justifica que possam reformar-se antes de todos os outros trabalhadores. Eu até acredito que seja, em muitos casos, incluindo os de falta de vocação. O problema é que se descobriu há tempos que existia quase centena e meia de actividades no sector público que, invocando o mesmíssimo argumento, beneficiavam também de um "regime especial" na matéria. Até mesmo (isto não é piada) os trabalhadores do matadouro municipal de Ponta Delgada estavam abrangidos.
Agora, e segundo números do Ministério da Educação, constata-se que o desgaste rápido dos professores se acentuou intensamente nos últimos tempos, de tal forma que, no último ano, aumentou em 50% o número de professores declarados permanentemente incapacitados para o ensino. São já alguns milhares, a quem o Ministério tem de pagar a troco de nada. Por isso, a ministra lembrou-sede fazer uma proposta aparentemente simples, lógica e de boa gestão: desviá-los para outras actividades e tarefas na função pública. Mas parece que os Sindicatos não aceitam. A razão é cristalina: quando não pode ou não quer dar aulas, a um professor só pode ser atribuída a tarefa de... não dar aulas."

Miguel Sousa Tavares

sábado, setembro 10, 2005

A obesidade infantil

As escolas nos EUA vão deixar de ter máquinas de refrigerantes. O objectivo é combater a obesidade infantil que afecta milhões de crianças entre os 6 e os 19 anos. A Associação de Bebidas Americana, da qual fazem parte a Coca-Cola e a Pepsi, mostrou-se solidária com a iniciativa, por considerar a obesidade um problema sério. Os médicos pedem agora restrições também ao "fast-food". A Polónia decidiu tomar a mesma medida há dias atrás. Portugal, País que apresenta a segunda maior taxa de prevalência na Europa de excesso de peso e obesidade infantil entre as crianças dos 7 aos 9 anos, ainda não acordou para esta questão, apesar das chamadas constantes de atenção dos especialistas, para a necessidade de a própria escola ajudar a combater este problema. Um estudo divulgado recentemente revela que 64% das nossas escolas do 2º e 3º ciclos vendem refrigerantes, enquanto apenas 4,5%, vende sumos naturais. Que sentido faz alguns professores promoverem uma alimentação saudável na sala de aula quando na própria escola se vendem todo o tipo de porcarias? Que está à espera o Ministério da Educação para interditar a venda destes produtos? Percebe-se porque isto acontece: deveres mais altos se levantam e todos sabemos quais são. Mais uma vez, os valores económicos se sobrepõem a tudo o resto, mesmo que esteja em causa a saúde das nossas crianças. Muitos conselhos executivos são alertados para esta situação mas estão-se simplesmente marimbando. A minha escola é disso um mau exemplo. Para o orgão de gestão o que importa são as receitas que se conseguem arrecadar com a instalação dessas máquinas, extras que, na sua óptica, são importantes para aumentar o diminuto orçamento que têm ao seu dispor. Uma vergonha!