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sábado, 1 de outubro de 2016

Um gole de sossego










Falamos em seguir adiante, não desistir, não se deixar abater, não retroceder.
E quanto a parar e respirar? Reavaliar os caminhos, para reconhecer os adversários, para olhar mais demorado, para sentir o momento, antes de agir. Procurar a bússola do coração pra encontrar direção. Afinal, a estrada não termina em nós, ainda existe muito caminho a ser descoberto.

Nessa insistência em não desistir, deixamos de valorizar o que realmente importa, deixamos de enxergar com os olhos da alma, nos descuidamos da gentileza, para não perdermos tempo. Aprendemos a pontuar o final ignorando as reticências da caminhada . Na correria do imediato, atropelamos nossa sensibilidade e nosso sentir fica um tanto desalinhado. As vezes, precisamos só de um momento, um suspiro, um gole de sossego. As vezes, o cuidado é mais demorado, mais delicado.

É difícil aprender a puxar o freio de mão dos nossos dias acelerados, mas em certos momentos é uma questão de "se priorizar" em meio as prioridades. Se presentear com um "presente" menos apressado, com um agora mais bonito. Parar não é paralisar. É encontrar o atalho que nos leva de encontro a paz.




Renata Fagundes





quinta-feira, 22 de março de 2012

Descrevendo a paz








O espelho tem desfocado minha imagem, vejo uma pluma branca pairando no ar sem conseguir alcançar o chão. Em dias de chuva sou cheiro de terra molhada, barro moldado por mãos infantis, como se tivesse recuperado a inocência perdida e reinventado travessuras. Talvez tenha alcançado um grau de leveza que transcende o físico - acho que virei matéria microscópica, impossível de se ver a olhos nus, devo estar perdida na via láctea, ou quem sabe apenas me descuidei da gravidade. O sol escaldante não consegue queimar minha pele, estou vestida de vento e minha alma assovia descalça.



Renata Fagundes










quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Descomplicando







Se eu tiver que rir, que seja de mim. Dos meus desacertos, dos meus cabelos crespos, dessa falta de modos distraída. Palavras bagunçadas me organizam. Sei que quebro algumas regras. Desaprendi de ter certezas. Encaixotei algumas dúvidas. Apenas deixo fluir. E se nada for tão divertido, pego carona no improviso.



Renata Fagundes









terça-feira, 17 de maio de 2011

Meu tom







Os dias me embrulham em sua correria, não me debato mais, aprendi a sentir minha paz. To escrevendo samba, ouvindo Chico, embalada por Vinícius. Conversando com as letras de Tom, descobri o tom que me toca. A vida lá fora segue frenética. Mas aqui dentro "estou " mais bossa nova que carnaval.


Renata Fagundes







terça-feira, 30 de novembro de 2010

A esperança dorme nos braços da paz



 E no meio da guerra eu pude reconhecer a paz
acenando das janelas, alva, limpa
estampada nas barrigas onde nascerão 
os filhos da esperança


Renata Fagundes





"  Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim"

Samba do Avião - Tom Jobim 





sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Calmaria



Ela seguia leve, alva, branda
bebia calmamente a aurora dos dias
seu coração não tinha pressa
vivia em harmonia com sua alma
fez as pazes com a alegria
no corpo, textura de pétala
nos olhos, a cor do infinito
na boca, hálito de amoras
se vestiu de eternidade
e seguiu
perfumando os dias.


Renata Fagundes







sexta-feira, 14 de maio de 2010

Decisão


  
Nada vale a minha paz.
Com o passar dos anos me tornei menos rígida comigo e com os outros.
Aprendi que tudo tem o tempo certo, que "eu" tenho meu tempo certo e que tentar me anteceder a fatos e situações é um desgaste desnecessário.
Não fico ruminando problemas, sentimentos de culpa, muito menos desafetos.
Me gosto livre.
Grito quando tenho que gritar, falo o que penso, mas não acumulo nada, lixo emocional exala mau cheiro e atrai moscas.
Me aceito impura, inteira, intensa, sem me questionar demais.
Convivo bem com meus pecados e virtudes.
Hoje, me importo com o que realmente vale a pena.
É impossível viver em estado de tensão, vigilância, em alta voltagem todo o tempo.
Me limitei a ser leve para não perder o humor. 


"A mulher madura é assim: tem algo de orquídea que brota exclusiva de um tronco, inteira. 
Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs." 
Affonso de San'Anna 


quinta-feira, 18 de março de 2010

Tranquilidade


 Sigo caminhando
                                pés descalços
          cantarolando uma música antiga.




Renata Fagundes