Claro Cine. A volta do cinema à céu aberto depois de alguns anos de Vivo Open Air é o melhor programa da semana! Pena que já está acabando e eu demorei tanto para ir...
Estar ali, de frente para um dos cenários mais bonitos do Rio, com o Cristo na platéia, a Àrvore de Natal na Lagoa, uma noite linda (depois de um dia meio esquisito) com ar condicionado natural.
O som e a imagem dão banho em muita sala que se diz super moderna por aí. Ver o Coringa de Heath Ledger na tela gigante foi incrível!
E aí, acaba o filme. O que você faz normalmente? Vai para casa? Ou vai comer alguma coisa e vai para casa? OK, lá o programa continua. Quer uma pizza? Um kone? Um sorvete? Uma cerveja? O show vai começar e a noite continua. O maior astral. Gente bacana, som para todos os gostos (ontem era a Orquestra Contemporânea de Olinda - uma surpresa interessante).
Cariocas, não percam! Termina no domingo mas ainda tem Kung Fu Panda, Estômago, o documentário dos Roling Stones, e a pré-estréia de Bustin’ down the door. Vale o programa, o filme, o show, a produção caprichada, tudo!!!
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Experiência arretada
Eu queria que esse post tivesse som e cheiro para poder dividir com vocês com mais realismo o programa desse domingo de calor (infernal). Imagens, tenho bastante, e durante a semana vou colocando aqui. Mas o resto...
Sei que alguns de vocês já devem ter frequentado a Feira de São Cristóvão, mais conhecida como a Feira dos Paraíbas, ou dos Nordestinos. Sempre tive curiosidade mas não sei dizer porque nunca realmente fui. Talvez porque achava que me sentiria um peixe fora d`agua, urbana que sou, e realmente todos me olhavam como se eu fosse turista (acho que eu era a única loira lá). Até inglês ensaiaram falar comigo!
Mas depois de relaxada, passei a circular por aquelas ruelas com mais naturalidade. Fiz questão de parar e falar com alguns (sempre em português) para ninguém olhar para mim como um E.T.
As músicas, as comidas, a moda, tudo é muito pitoresco. Vou tentar descrever um pouquinho de cada coisa mas é realmente impagável passar uma tarde lá (custa R$ 1,00 a entrada).
Cheguei ao som de Asa Branca e o sangue nordestino, que não corre nas minhas veias, deu uma circulada! Claro que as variações de forró também marcam presença (não sei como é que se chama o ritmo da Banda Calypso mas tudo que toca é parecido).
Existem versões abrasileiradas e aforrozadas de todos os "hits" internacionais, desde Roxette ("Spending My Time" virou "Na Hora de Amar"), James Blunt, Celine Dion... A clássica "Can`t live without you" tem o refrão cantado "Paulinha... por que se casou?"
Ao tocar os "sucessos" o povo vai à loucura. Todo mundo sabe cantar, até as crianças, e não demora para você se pegar cantando "Senta que é de menta" ou "Chupa que é de uva". E é um pouco fora de controle tentar ficar parado. Aquilo vai subindo, que começa meio de brincadeira mas se tivesse "um par" ia bem lá pro meião me embolar. Sugeriram que eu não me mostrasse tão animada ou ia sobrar para dançar com um Severino! Quietinha, Anna!
Por falar em meião, é lá na frente do palco em formato de chapéu de cangaceiro que o povo bate coxa. Eu tinha certeza que ia encontrar alguma camareira ou garçom do Hotel, meu porteiro ou alguém da extração. Se encontrei? Não sei. Lá eles eram todos iguais. Eu é que era a diferente. Vamos ver se hoje alguém diz que me viu por lá.
Ah! Além da opção do show nesse palco, tem vários lugares que tem sua própria música, seja com um caboclo tocando ou no CD mesmo. Tem videokê (aguardem a melhor foto do programa - na minha opinião). Só que tem gente que prefere só ficar olhando. E é aí que entra uma mistura de cinema com templo, bem no meio do pavilhão. Os bancos são tipo de igreja, com anúncios entalhados nas costas. No "altar", uma televisão, que na ocasião reproduzia o DVD do show em homenagem à Luiz Gonzaga. A platéia, quietinha, acompanha tudo com os olhos vidrados. Ao lado, uma barraquinha vende os DVDs e CDs, claro!
No quesito gastronomia, eu não me arrisquei. Muita gente vai lá para comer carne de sol e outras iguarias típicas. Eu realmente não estava com estômago. Farinhas de todos os tipos, tapioca, queijo coalho, feijão de corda, rapadura, cajuína, manteiga de garrafa e, claro, Guaraná Jesus! Esse eu tinha que provar. Aquele líquido cor de rosa que parece uma experiência recém saída do laboratório de química da escola tem gosto de... sei lá! Está mais para xarope do que guaraná!
Por falar em bebida, cerveja só no latão! E sabe quando você pede no bar um "baldinho com 6"? Lá também rola, mas o balde é igual ao que você usa aí na sua casa para fazer faxina. Todas as cores possíveis. E os latões lá dentro, no gelo. Também bebem "Ice" de umas marcas nunca vistas (a única que conhecia era a Kovak - imagine o resto!).
Faltou a moda... Bom, o estilo por lá é tudo o que não se usa na Zona Sul. Calça popozuda (mesmo quando está fora de forma). Blusa muito justas, curtas (mesmo quando está fora de forma) de cores bem fortes, com todos os tipos de alças possíveis, ou com frases como "The Best Style" ou "Sexy Urban Girl", as sandálias tem plataforma, tudo no maior capricho! Todas lindonas para os seus cabra-machos.
Acho que essa foi a experiência mais popular da minha vida. E não me senti mal não. Eles não estão nem aí, querem se divertir, dançar, comer! É o pedaço deles aqui nessa Terra de Marlboro. Aqueles rostos marcados pelo sol, pelo trabalho, por dificuldades, vincos cheios de histórias para contar, estão registrados na minha retina e em muitas fotos. As outras sensações, estão gravadas no HD do meu cérebro.
domingo, 17 de agosto de 2008
Vá ao teatro!
Não adianta eu tentar descrever ou explicar sobre o que é a peça. Não dá vontade nem mesmo de dizer o nome. Não são atrativos e muitos criam um pré-conceito só por ter a palavra Bíblia no nome. Se procurar na internet ou na Vejinha qualquer coisa para ler a respeito também não vai se interessar. É difícil resenhar...
Me disseram que era muito boa. E eu confio no gosto de quem me disse. Então fui. E adorei!!! Que atriz incrível! Que humor incrível! Que texto incrível! Que viagem incrível!
Como eu quero muito que vocês assistam vou ter que dizer o nome, mas não pré-torçam o nariz! Vá se divertir como há muito tempo você não faz. Por enquanto, vale para quem está no Rio, ou virá ao Rio.
Confia em mim, vai e depois me conta!
"A mulher que escreveu a Bíblia"
Texto: Moacyr Scliar
Atriz: Inez Viana
Teatro Leblon - Sala Tônia Carreiro
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Tamanho M
De uma amiga, ontem, indo ao teatro ver Dona Flor e Seus Dois Maridos:
- Estou tão ansiosa! Não vejo a hora de ver uma bunda de homem diferente da que eu tenho em casa!
Viu a bunda e muito mais! Marcelo Faria aparece livre, leve e solto, nuzinho como veio ao mundo. Versão frente e verso.
Gostei, Vadinho!
domingo, 22 de junho de 2008
Salve Dalí
Eu não sou uma pessoa que curte muito o programa museu. Não sei quantas vezes já estive na frente do Louvre e nunca entrei! Prefiro ficar ali fora. O mesmo serve para outros grandes museus do mundo. Victoria & Albert? No way. A primeira vez que fui a Madrid uma (ex)tia chata dizia "Não deixe de ir no Reina Sofia" - tirei uma foto na porta e disse que fui. E que adorei.
Gosto de exposições específicas, centros culturais bacanas mas sempre fico com o pé atrás quando me sugerem visitar algum museu. Mas dessa vez, a dica veio de uma pessoa que também não gosta de museus então resolvi apostar.
O programa imperdível: pegar um trem de Barcelona até Figueres e conhecer o TeatroMuseu Dalí.
A primeira sensação ao avistar o templo do surrealismo é indescritível. E a medida que caminhava por entre aqueles delírios de Dalí pude ter certeza que ele era louco! Um gênio. Louco. E que devia usar algum tipo de droga barra pesada. Gênio. Louco. Alucinado.
Uma viagem passando por sua evolução nas fases impressionista, futurista, cubista até chegar no surrealismo, nas obras relacionadas a ciência e sua "brincadeira" sobre os trabalhos de Michelangelo e Velazquez. Sua adoração por Gala também é retratada, principalmente da fase impressionista.
O nome "Teatro-Museu" é perfeito já que o que acontece ali é um espetáculo surreal cheio de provocações, afirmações e sugestões. Áreas ao ar livre, galerias, grandes espaços, espelhos, claridade, escuridão... A cada passo uma surpresa.
Não vou contar muito porque espero que todos vocês possam um dia conhecer esse sonho teatral, como o próprio Dali definia a sua "casa".
Muitas imagens legais para mostrar mas deixo aqui mix ficarem com água na boca:
And that's all, folks! De volta ao Brasil e ao surrealismo da vida real.
Ah! Esqueci de contar quem foi que encontrei nas ruas de Figueres!! Ao invés de contar vou mostrar!
domingo, 8 de junho de 2008
Versões do iê iê iê
Para quem gosta de musicais e é fã dos Beatles, indico duas opções completamente diferentes. Em 1 semana, passei pelas duas experiências. Opinar sobre qual é melhor não é uma tarefa fácil já que gosto é gosto e não se discute. Eu tenho minha opinião, mas prefiro que cada um tenha a sua e não quero interferir.
Across the Universe - a produção americana desse filme musical é de encher os olhos, principalmente na parte que se passa em NY no final dos anos 60. A história de amor nos tempos da guerra de um grupo de jovens é alinhavada com clássicos dos Beatles (faltaram alguns importantes) ao invés de diálogos. O ponto forte realmente é a cenografia, fotografia, maquiagem, figurino... Enfim, um musical que faz mais bem para os olhos do que aos ouvidos. Personagens principais com os nomes de Jude e Lucy já dão uma pista do que vem pela frente.
Beatles num céu de diamantes - espetáculo musical produzido pela dupla Charles Moeller e Claudio Botelho (responsáveis por 9,9 entre 10 musicais brasileiros). Uma excelente surpresa sem nenhum elemento para surpreender exceto pela música em si. Cenário? Não. Figurino? Não. Personagens? Não. História? Não. Só um excelente grupo de jovens cantores/atores (os meninos são lindos, por sinal!) que vai passeando por entre 49 músicas - algumas na íntegra outras apenas trechos, estrofes - em performances solo, em duplas ou com todo elenco. Um piano, um violoncelo e uma simples percussão completam esse deleite para os ouvidos.
Iê iê iê...
Across the Universe - a produção americana desse filme musical é de encher os olhos, principalmente na parte que se passa em NY no final dos anos 60. A história de amor nos tempos da guerra de um grupo de jovens é alinhavada com clássicos dos Beatles (faltaram alguns importantes) ao invés de diálogos. O ponto forte realmente é a cenografia, fotografia, maquiagem, figurino... Enfim, um musical que faz mais bem para os olhos do que aos ouvidos. Personagens principais com os nomes de Jude e Lucy já dão uma pista do que vem pela frente.
Beatles num céu de diamantes - espetáculo musical produzido pela dupla Charles Moeller e Claudio Botelho (responsáveis por 9,9 entre 10 musicais brasileiros). Uma excelente surpresa sem nenhum elemento para surpreender exceto pela música em si. Cenário? Não. Figurino? Não. Personagens? Não. História? Não. Só um excelente grupo de jovens cantores/atores (os meninos são lindos, por sinal!) que vai passeando por entre 49 músicas - algumas na íntegra outras apenas trechos, estrofes - em performances solo, em duplas ou com todo elenco. Um piano, um violoncelo e uma simples percussão completam esse deleite para os ouvidos.
Iê iê iê...
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Dicas do Feriadão
Ou do feriadaço, no caso dos cariocas, já que São Jorge, protetor das barangas, é um santo carioca de coração...
Para ouvir:
Sérgio Mendes - Encanto
Tudo de bom!! Destaque para The look of Love feat. Fergie
Para ler:
O menino do pijama listrado - John Boyne
Leia antes do filme chegar ao cinema! Sem mais comentários para não estragar.
Para visitar:
David LaChapelle - Oi Futuro
Exposição desse super fotógrafo pop, em cartaz até 04 de maio.
Para assistir na telinha:
Palácio Real
Filme-sátira francês divertidíssimo! Qualquer semelhança com Lady Di é mera coincidência!
Para assistir na telona:
A vida começa aos 40 (Heartbreak Hotel)
E aos 30, aos 50... Na verdade, está sempre começando! Também para se divertir, dar boas risadas e sair do sofá para viver!
Para ouvir:
Sérgio Mendes - Encanto
Tudo de bom!! Destaque para The look of Love feat. Fergie
Para ler:
O menino do pijama listrado - John Boyne
Leia antes do filme chegar ao cinema! Sem mais comentários para não estragar.
Para visitar:
David LaChapelle - Oi Futuro
Exposição desse super fotógrafo pop, em cartaz até 04 de maio.
Para assistir na telinha:
Palácio Real
Filme-sátira francês divertidíssimo! Qualquer semelhança com Lady Di é mera coincidência!
Para assistir na telona:
A vida começa aos 40 (Heartbreak Hotel)
E aos 30, aos 50... Na verdade, está sempre começando! Também para se divertir, dar boas risadas e sair do sofá para viver!
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Alegria! Alegria!
O primeiro Cirque du Soleil na vida de uma pessoa é inigualável. Depois ficam todos meio parecidos e perde um pouco a graça. Não deixa de ser um super espetáculo mas aquele impacto, aquele queixo caído, a surpresa do inesperado, só acontecem uma vez na vida cirquense de uma pessoa.
Minha primeira vez (Mystére, Las Vegas) foi exatamente o que descrevi acima: êxtase total, não sabia para onde olhar, me senti realmente uma criança, os olhos brilhavam, a boca aberta, o coração em ritmo de percurssão. Jamais vou esquecer aquela experiência. Inesquecível, em todos os sentidos.
Já a segunda vez (Saltimbancos, Paris) foi o oposto. Para começar, fui sozinha, e definitivamente não tem a menor graça fazer esse programa só e não ter com quem comentar. Esse foi o primeiro na tenda já que em Vegas são exibidos dentros dos enormes e luminosos hotéis. Foi meio deprê, basicamente por estar sozinha mesmo.
A terceira foi ontem (Alegria, Rio de Janeiro), primeira em solo tupiniquim, mas idêntica a tenda de Paris. Nota 10 para a organização mesmo para quem não é Tapis Rouge, mas um mero Mulambo Rougue. Esse é sabidamente um dos espetáculos mais água com açucar da trupe. Quem tem medo de palhaço, mantenha a distância. Mesmo assim, me diverti como há muito tempo não fazia. Até os palhaços tem lá a sua graça.
Talvez por não ser mais novidade, a gente acaba prestando atenção em coisas que antes não vimos, como por exemplo, os aspones do Cirque. Aqueles que entram fazendo firula, caras e bocas, só enchendo linguiça entre um número e outro, com pose de trapesista, mas só pega uma coisa aqui, tira a capa da contorcionista, apaga o fogo do malabarista incendiário, enfim, faz porra nenhuma! Tive um ataque de riso que achei realmente que ia ter que sair de cena!
Outra coisa incrível de prestar atenção é justamente aquela reação de primeira vez no rosto das pessoas, principalmente nas crianças. Uma emoção que dá vontade de sentir de novo, e de novo, e de novo... O primeiro é sempre o primeiro, mas quem sentiu essa sensação vai sempre voltar, querendo ser surpreendido de novo!
E coloquei na minha Bucket List: fazer aula de circo, saltar de trapézio, ou qualquer coisa do gênero, mesmo sabendo que naquele picadeiro, talvez a minha única vocação seja só de fazer firula e ser uma aspone! Já estou treinando para isso!
Minha primeira vez (Mystére, Las Vegas) foi exatamente o que descrevi acima: êxtase total, não sabia para onde olhar, me senti realmente uma criança, os olhos brilhavam, a boca aberta, o coração em ritmo de percurssão. Jamais vou esquecer aquela experiência. Inesquecível, em todos os sentidos.
Já a segunda vez (Saltimbancos, Paris) foi o oposto. Para começar, fui sozinha, e definitivamente não tem a menor graça fazer esse programa só e não ter com quem comentar. Esse foi o primeiro na tenda já que em Vegas são exibidos dentros dos enormes e luminosos hotéis. Foi meio deprê, basicamente por estar sozinha mesmo.
A terceira foi ontem (Alegria, Rio de Janeiro), primeira em solo tupiniquim, mas idêntica a tenda de Paris. Nota 10 para a organização mesmo para quem não é Tapis Rouge, mas um mero Mulambo Rougue. Esse é sabidamente um dos espetáculos mais água com açucar da trupe. Quem tem medo de palhaço, mantenha a distância. Mesmo assim, me diverti como há muito tempo não fazia. Até os palhaços tem lá a sua graça.
Talvez por não ser mais novidade, a gente acaba prestando atenção em coisas que antes não vimos, como por exemplo, os aspones do Cirque. Aqueles que entram fazendo firula, caras e bocas, só enchendo linguiça entre um número e outro, com pose de trapesista, mas só pega uma coisa aqui, tira a capa da contorcionista, apaga o fogo do malabarista incendiário, enfim, faz porra nenhuma! Tive um ataque de riso que achei realmente que ia ter que sair de cena!
Outra coisa incrível de prestar atenção é justamente aquela reação de primeira vez no rosto das pessoas, principalmente nas crianças. Uma emoção que dá vontade de sentir de novo, e de novo, e de novo... O primeiro é sempre o primeiro, mas quem sentiu essa sensação vai sempre voltar, querendo ser surpreendido de novo!
E coloquei na minha Bucket List: fazer aula de circo, saltar de trapézio, ou qualquer coisa do gênero, mesmo sabendo que naquele picadeiro, talvez a minha única vocação seja só de fazer firula e ser uma aspone! Já estou treinando para isso!
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
No mundinho fashion (e o efeito GB)
Desfile de moda é uma coisa muito estranha e quando juntam uns 10 desfiles no mesmo dia e no mesmo lugar, a coisa fica mais estranha ainda... É o que chamam de Fashion Week, que aqui é Fashion Rio.
Nada faz muito sentido para mim... Para começar, um monte de gente trabalha meses, para apresentar um show express de 5 minutos (pode ser mais ou menos mas a impressão é essa). No que você começa a entrar no ritmo, gostar da música, achar que as roupas estão ficando mais usáveis, e até se acostumar com aquele andar desajeitado das modelos prestes a quebrarem ao meio... ACABOU! Isso vem normalmente de um atraso básico de 30 minutos a 1 hora. Programa de índio, não?
Nada faz muito sentido para mim... Para começar, um monte de gente trabalha meses, para apresentar um show express de 5 minutos (pode ser mais ou menos mas a impressão é essa). No que você começa a entrar no ritmo, gostar da música, achar que as roupas estão ficando mais usáveis, e até se acostumar com aquele andar desajeitado das modelos prestes a quebrarem ao meio... ACABOU! Isso vem normalmente de um atraso básico de 30 minutos a 1 hora. Programa de índio, não?
Depois vem as estações: como pode em pleno verão apresentar coleção outono/inverno?? Venderia muito mais se fossem roupas de verão! Todo mundo ia sair de lá direto para as lojas comprar... Sei que a idéia é lançar as tendências da próxima coleção mas é difícil imaginar vestir aquelas roupas com 40 graus do lado de fora!
Outra coisa incrível é o público! Eu, como uma curiosa sobre o comportamento humano, dividi da seguinte forma:
* 9% dos presentes são as modelos que estão trabalhando (querendo um dia ser como Gisele Bundchen)
* 6% são jornalistas de moda realmente interessados nas passarelas (inclusive por Gisele Bundchen)
* 12% são jornalistas de revistas de celebridades e poderiam estar ali ou na Sapucaí que não faria diferença (desde que tenha ex-BBB e de quebra a Gisele Bundchen)
* 10% de mais um pouco de jornalistas e fotógrafos que se aproveitam da profissão para ganhar credenciais, filar uma boca livre e ver mulher bonita (e a Gisele Bundchen)
* 3% de gente que realmente trabalha com moda e vive do que vai ser mostrado ali (não está nem aí para a Gisele Bundchen)
* 10% de trabalhadores mesmo: seguranças, recepcionistas, distribuidores de brindes, ... (que não viram nem sombra da Gisele Bundchen)
* 4% de clientes das grifes que se sentem prestigiados e que provavelmente vão comprar aquelas roupas (exceto os da Colcci que vão só para ver a Gisele Bundchen mesmo)
* 5% de celebridades que não estão nem aí para os desfiles mas sabe que vão aparecer no GNT Fashion e na Caras se conseguirem uma fila A (e ver a Gisele Bundchen)
* 9% de curiosos que gostam de moda (mas não encaram uma confusão para ver a Gisele Bundchen) - é aqui que mais ou menos me encaixo!
* 20% de curiosos que não fazem idéia do que é moda (mas acham que vão ver a tal da Gisele Bundchen)
* 12% de gente que quer aparecer e pendura até melancia no pescoço (querendo aparecer mais que a Gisele Bundchen)
O povo acha que, como é "féshion", vale qualquer coisa! Minha vontade era ficar sentada só observando (e fotografando) as peças raras que circulam pela Marina da Glória nesses dias: árvores de natal completas, misturas de todos os tipos, dos mais altos scarpins as botas brancas de cowboy (passando pelos All Star cano baixo, alto, médio, super alto), óculos enormes,...
Outra coisa incrível é o público! Eu, como uma curiosa sobre o comportamento humano, dividi da seguinte forma:
* 9% dos presentes são as modelos que estão trabalhando (querendo um dia ser como Gisele Bundchen)
* 6% são jornalistas de moda realmente interessados nas passarelas (inclusive por Gisele Bundchen)
* 12% são jornalistas de revistas de celebridades e poderiam estar ali ou na Sapucaí que não faria diferença (desde que tenha ex-BBB e de quebra a Gisele Bundchen)
* 10% de mais um pouco de jornalistas e fotógrafos que se aproveitam da profissão para ganhar credenciais, filar uma boca livre e ver mulher bonita (e a Gisele Bundchen)
* 3% de gente que realmente trabalha com moda e vive do que vai ser mostrado ali (não está nem aí para a Gisele Bundchen)
* 10% de trabalhadores mesmo: seguranças, recepcionistas, distribuidores de brindes, ... (que não viram nem sombra da Gisele Bundchen)
* 4% de clientes das grifes que se sentem prestigiados e que provavelmente vão comprar aquelas roupas (exceto os da Colcci que vão só para ver a Gisele Bundchen mesmo)
* 5% de celebridades que não estão nem aí para os desfiles mas sabe que vão aparecer no GNT Fashion e na Caras se conseguirem uma fila A (e ver a Gisele Bundchen)
* 9% de curiosos que gostam de moda (mas não encaram uma confusão para ver a Gisele Bundchen) - é aqui que mais ou menos me encaixo!
* 20% de curiosos que não fazem idéia do que é moda (mas acham que vão ver a tal da Gisele Bundchen)
* 12% de gente que quer aparecer e pendura até melancia no pescoço (querendo aparecer mais que a Gisele Bundchen)
O povo acha que, como é "féshion", vale qualquer coisa! Minha vontade era ficar sentada só observando (e fotografando) as peças raras que circulam pela Marina da Glória nesses dias: árvores de natal completas, misturas de todos os tipos, dos mais altos scarpins as botas brancas de cowboy (passando pelos All Star cano baixo, alto, médio, super alto), óculos enormes,...
Tudo o que se acha no armário e fica na dúvida se é cafona ou fashion circula por lá. Aliás, existe uma linha muito tênue entre esses dois estilos sendo que o cafona acha o fashion cafona, e o cafona é cafona mesmo! Mas certos itens cafonas podem ser fashion, dependendo do ponto de vista... Aí que entra o kitsch, também conhecido como autêntico, "é cafona mesmo, so what?", tipo A Grande Família com Agostinho e suas combinações, a famosa jarra de abacaxi,... enfim, tudo que é exagerado. Mas kitsch até Gisele Bundchen pode...
Resumo da ópera: de tudo um pouco, muitos fotógrafos, muita gente interessante, muita gente estranha...
Para finalizar, uma dessas 500 fotógrafas veio pedir para tirar uma foto minha. O engraçado é que ela pediu em inglês, e eu respondi também em inglês. Mas agradeceu em português, e eu idem. Será que ela achou que eu era gringa? Ou será que ela era gringa? Anyway, espero que ela não seja fotógrafa de colunas de "certo e errado de moda", mas se for espero que ela não seja cafona para achar que o meu básico era cafona no meio de tanto fashion...
Resumo da ópera: de tudo um pouco, muitos fotógrafos, muita gente interessante, muita gente estranha...
Para finalizar, uma dessas 500 fotógrafas veio pedir para tirar uma foto minha. O engraçado é que ela pediu em inglês, e eu respondi também em inglês. Mas agradeceu em português, e eu idem. Será que ela achou que eu era gringa? Ou será que ela era gringa? Anyway, espero que ela não seja fotógrafa de colunas de "certo e errado de moda", mas se for espero que ela não seja cafona para achar que o meu básico era cafona no meio de tanto fashion...
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Aquele...
Hoje começa aquele programa que começa com B, tem um B no meio e termina com outro B. Edição 63 (eu acho!)
Aquele programa que todo mundo diz que não vai assistir, mas chega na hora do almoço ou do cafézinho no trabalho ninguém fica sem um comentário a fazer. Aquele que as mulheres já são escolhidas pela produção da Playboy, mas antes colocam silicone, mega-hair, claream os dentes... Aquele que os próprios participantes sabem que se rolar casalzinho tem mais chance de ganhar, ou se for pobrinho... Aquele que todo mundo sabe que quem aguentar mais tempo dentro do carro leva para casa o possante e provavelmente a imunidade. Aquele que todo mundo sabe exatamente o que vai acontecer, mas toda terça vai ficar com a bunda grudada no sofá vendo quem vai sair no paredão (ou pelo menos vai procurar saber no dia seguinte). No começo demora a pegar mas começando os conflitos, quem é quem, quem vai ficar com quem, o tititi é geral! Muita bunda de fora, pagação de peitinho, edredom,... as famosas ferramentas de destaque. E os homens são os que mais gostam, claro!
Eu confesso que fui completamente aficcionada por aquele programa! No 1, 2 e 3, tinha pay per view, e ficava igual uma idiota deitada no sofá durante a madrugada, vendo eles deitados no sofá! Despertou o lado voyeur de muita gente que nem sabia o que era isso! Mas passou a novidade. Tudo é extremamente previsível. Também confesso que faço parte da lista que diz que não vai assistir mas como diz o Bial, acaba danto uma espiadinha! (Todo mundo fica íntimo do Bial, né?)
Mesmo sabendo de cor e salteado, quem não souber o que se passa dentro da casa, vai boiar em muitos assuntos durante os próximos meses. Que atire a primeira pedra quem não vai assistir hoje, se não tiver nada melhor para fazer! Que atire a primeira pedra quem não muda para o Multishow assim que acaba na Globo!
Quantos minutos de fama a nova turma daquele programa vai ter? Eu aposto em menos de 15... Mas enquanto isso, vamos espiando (ou não!)...
Aquele programa que todo mundo diz que não vai assistir, mas chega na hora do almoço ou do cafézinho no trabalho ninguém fica sem um comentário a fazer. Aquele que as mulheres já são escolhidas pela produção da Playboy, mas antes colocam silicone, mega-hair, claream os dentes... Aquele que os próprios participantes sabem que se rolar casalzinho tem mais chance de ganhar, ou se for pobrinho... Aquele que todo mundo sabe que quem aguentar mais tempo dentro do carro leva para casa o possante e provavelmente a imunidade. Aquele que todo mundo sabe exatamente o que vai acontecer, mas toda terça vai ficar com a bunda grudada no sofá vendo quem vai sair no paredão (ou pelo menos vai procurar saber no dia seguinte). No começo demora a pegar mas começando os conflitos, quem é quem, quem vai ficar com quem, o tititi é geral! Muita bunda de fora, pagação de peitinho, edredom,... as famosas ferramentas de destaque. E os homens são os que mais gostam, claro!
Eu confesso que fui completamente aficcionada por aquele programa! No 1, 2 e 3, tinha pay per view, e ficava igual uma idiota deitada no sofá durante a madrugada, vendo eles deitados no sofá! Despertou o lado voyeur de muita gente que nem sabia o que era isso! Mas passou a novidade. Tudo é extremamente previsível. Também confesso que faço parte da lista que diz que não vai assistir mas como diz o Bial, acaba danto uma espiadinha! (Todo mundo fica íntimo do Bial, né?)
Mesmo sabendo de cor e salteado, quem não souber o que se passa dentro da casa, vai boiar em muitos assuntos durante os próximos meses. Que atire a primeira pedra quem não vai assistir hoje, se não tiver nada melhor para fazer! Que atire a primeira pedra quem não muda para o Multishow assim que acaba na Globo!
Quantos minutos de fama a nova turma daquele programa vai ter? Eu aposto em menos de 15... Mas enquanto isso, vamos espiando (ou não!)...
sábado, 1 de dezembro de 2007
Mistura Grossa - O improviso
Ontem fui ao "novo" Mistura Fina - que de novo não tem nada muito menos de fino - ver o show da Céu, que foi excelente! O show, que fique bem claro. A casa merece nota ZERO!
Fiz parte da platéia de excelentes shows na Lagoa, e a fama desse espaço nunca foi pelo luxo mas pela parte musical mesmo, um "cardápio" para todos os gostos (principalmente para quem tinha bom gosto). Enquanto funcionou lá, era tudo muito OK na parte estrutural, apesar de um pouco apertado, tinha o conforto necessário.
Agora em Ipanema, onde funcionou o extinto Jazzmania, e ultimamente funcionava um lugar esquisito de festas, o dono simplesmente colocou um letreiro "Mistra Fina" e pronto. O lugar merecia (e precisa) de uma super reforma! Para quem fez tão bem feito no Estrela da Lapa, como ouvi falar, esse Mistura é uma triste decepção para quem vai esperando uma casa de alto nível num lugar tão nobre como a Vieira Souto.
É bem maior que o da Lagoa mas é cafona que dói! Me senti numa churrascaria em Resende que chamava Varandão. Mesmo clima do vizinho de baixo, Barril 1800. O cardápio idem. Na cartela, com os preços riscados com canetinha, figura o nome da casa irmã da Lapa. O serviço é um caso a parte. O garçom, coitado, fez o seu melhor, mas a resposta para pergunta: "O que tem para comer?" foi "Acabou tudo! Só tem batata-frita com queijo e bacon!". Quando pedimos um baldinho com 4 cervejas, ele retorna com as 4 cervejas "Mas baldinho vou ficar devendo..." - então traz uma de cada vez, amigo! Uns 15 minutos depois, surge ele correndo com uma cerveja na mão: "Trouxe logo porque é a última da casa. Acabou a cerveja!" Não preciso dizer mais nada, né? Anda bem que o show foi bom!
Depois da Céu, foi a vez de Marcelinho Da Lua tocar (perceberam a coincidência Céu / Lua?). Acho que nem no começo de carreira ele tocou para tão pouca gente! E nem num lugar tão caído! Um super DJ como ele, tocando para um monte de mesas e cadeiras vazias, umas 15 pessoas ainda sentadas, umas 3 dançando, e mais umas 12 na fila para pagar e partir. Deprê total. Eu, se fosse ele, pedia para sair...
Com a carência que o Rio tem de lugares bacanas de show na Zona Sul, espero sinceramente que o dono desse ícone chamado Mistura Fina feche aquele lugar e faça uma bela reforma e coloque uma cara decente ou vai ver seu público decair vertiginosamente! Se é para fazer mal feito, é melhor não fazer!
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Extra! Extra!
Essa dica vai para quem gosta de revistas importadas mas acha o preço salgado nas bancas por aqui, entre outros motivos para não comprá-las!
No Zinio.com, você "assina" diversas revistas de qualquer assunto do seu interesse como jardinagem, moda, economia, esportes, viagens, fotografia, informática, noivas, gay, mulher pelada, ... Algumas são desconhecidas aqui no Brasil, mas tem famosas como Elle, Bazaar, Hola, Business Week, American PHOTO, Playboy, Penthouse, Men's Health, etc! Custa baratíssimo (em média US$ 1.00 por exemplar), você não gasta espaço para guardar, não tem que esperar o correio entregar, e pode ler onde quiser, inclusive no avião pois não precisa de internet para acessar (só para o download, claro!) e é ecologicamente correto porque não usou nenhuma arvorezinha para isso!
Podiam inventar isso no Brasil também, né? Achei fantástica a idéia e super prática! Exceto para quem gosta de ler no banheiro...
No Zinio.com, você "assina" diversas revistas de qualquer assunto do seu interesse como jardinagem, moda, economia, esportes, viagens, fotografia, informática, noivas, gay, mulher pelada, ... Algumas são desconhecidas aqui no Brasil, mas tem famosas como Elle, Bazaar, Hola, Business Week, American PHOTO, Playboy, Penthouse, Men's Health, etc! Custa baratíssimo (em média US$ 1.00 por exemplar), você não gasta espaço para guardar, não tem que esperar o correio entregar, e pode ler onde quiser, inclusive no avião pois não precisa de internet para acessar (só para o download, claro!) e é ecologicamente correto porque não usou nenhuma arvorezinha para isso!
Podiam inventar isso no Brasil também, né? Achei fantástica a idéia e super prática! Exceto para quem gosta de ler no banheiro...
domingo, 4 de novembro de 2007
Yes, nós temos feira de antiguidades bacana!
Todo primeiro sábado do mês, acontece na Rua do Lavradio, no Centro, a Feira do Rio Antigo. Nesse sábado foi minha estréia e apesar do calor infernal, resolvi encarar o programa atrás de cadeiras para minha mesa de jantar.
Mais uma surpresa! Mais um lugar bacana que poucos de nós conhecemos. Lugar lotado. Turistas e cariocas (alternativos). Atmosfera ótima! Nada a dever a feira de San Telmo em Buenos Aires - inclusive aqui também tem dançarinos de tango! - ou Portobello Market em Londres. Barraquinhas de tudo na rua: antiguidades, artesanato, óculos vintage (Sis, você ia amar!), bares com roda de samba (Bro, você ia amar!), móveis nas calcadas, e claro, como estamos no Brasil, CDs piratas e churrasquinho de gato.
Mais uma surpresa! Mais um lugar bacana que poucos de nós conhecemos. Lugar lotado. Turistas e cariocas (alternativos). Atmosfera ótima! Nada a dever a feira de San Telmo em Buenos Aires - inclusive aqui também tem dançarinos de tango! - ou Portobello Market em Londres. Barraquinhas de tudo na rua: antiguidades, artesanato, óculos vintage (Sis, você ia amar!), bares com roda de samba (Bro, você ia amar!), móveis nas calcadas, e claro, como estamos no Brasil, CDs piratas e churrasquinho de gato.
sábado, 20 de outubro de 2007
Dia Cultural - Decepções e Surpresas
Depois do meu último fim de semana desastroso nos esportes radicais, decidi que esse seria dedicado a cultura!
Estava querendo ver a exposição "Marilyn Monroe - O Mito" das últimas fotos dela, tiradas 6 semanas antes de morrer por Bert Stern, no Hotel Bel Air. Estava super ansiosa e parti hoje de manhã em direção ao MAM.
Só decepção! Primeiro com o MAM! Quase nenhuma alma viva! Um lindo elefante branco largado... Em cartaz, 3 exposições de com pinta de super produção: Grande Sertão: Veredas, Marilyn e Arte para Crianças. Entrada: R$ 5,00
Naquele espaço enorme que é o MAM, a que tem maior destaque é a das crianças (muito boa, por sinal). Espremeram as fotos maravilhosas da Marilyn num espacinho de 20m X 10m!!! Em 2 minutos você já passou por todas as 60 fotos quase que amontoadas naquela sala improvisada! Que falta de cuidado! Falta de visão de fazer dessa uma grande exposição mostrando não só as fotos jogadas numa parede, mas uma oportunidade de contar um pouco mais sobre essa diva! Eu, que fiquei fã dela ha pouco mais de 2 meses, me entristeci por ela! Lá de cima, ela deve estar pensando: "Esses cariocas não sabem mesmo cuidar de arte" (apesar da polêmica da Receita Federal não ter considerado as fotos como arte e taxou tudinho!).
Depois dessa decepção, mesmo abalada, fiquei curiosa para conferir o que tinham feito com o Grande Sertão: Veredas, que tive o prazer de ver no maravilhoso Museu da Lingua Portuguesa. O resultado? O mesmo (da Marilyn)!!! Espremeram tudo num espaço muito menor que o de SP, e na minha opinião, todo o encanto se perdeu! Talvez quem não tenha visto em Sampa, não se decepcione, porque a idéia da Bia Lessa é genial e não merece ser jogada daquele jeito.
Decepção para cariocas e turistas! Fazia muito tempo que não frequentava um museu ou exposição por aqui e saí de lá com a certeza que não temos vocação para isso! E não estou comparando com Paris, Berlim ou NY. Basta comparar com SP mesmo! Lá, se é para fazer, fazem bem feito! Mas para salvar o dia (e essa minha conclusão precipitada) lembrei de um lugar que estava na lista para conhecer há bastante tempo (naquele último dia de férias, quase fui...). Do MAM para o Flamengo é um pulo, então rumo ao Oi Futuro (antigo Centro Cultural Telemar)!
Escondido numa construção bem antiga (1918), lá dentro realmente o que tem é futuro! O nome diz tudo. Você percebe já na recepção com seus monitores Mac mostrando a programação. O negócio ali é fazer bem feito! Interatividade, multi-midia, digital, virtual,... Sensorial! Tenho certeza que muitos não vão chamar de arte, mas estamos falando de cultura, que não é simplesmente ver Monalisas penduradas na parede. O lugar tem cheiro de novidade, de coisas bacanas. Me lembrou justamente o Museu da Língua Portuguesa. Não tive sorte em relação as exposições: não havia nenhuma no momento. Estava em montagem a Poiesis (em grego: fazedores) que prometo voltar para conferir (27 poetas de 11 países mostram com quantos bytes, letras, números, formas e sons se faz um poema hoje) Anotem a dica e não percam a partir de terça-feira.
A única "exposição" permanente é justamente o Museu do Telecomunicações, para qual dei uma leve torcida de nariz quando a recepcionista, com tanto entusiamo, me convenceu a visitar! Talvez pelo efeito surpresa de não esperar nada de mais, talvez pela decepção das tentativas do MAM, fiquei boquiaberta quando a porta vermelha abriu e em seguida fechou atrás de mim. Imagine ver e ouvir a história do telefone com todas as ferramentas que descrevi antes: Interatividade, multi-mídia, digital, virtual! Passado, presente e futuro. Incrível! Inacreditável! Na saída, só um nome me chamou a atenção e foi o carimbo para virar fã de carterinha desse lugar: Gringo Cardia. Tinha que ser ele!
Para finalizar: é de graca!!! Só mesmo a iniciativa privada para fazer bem feito! Vale a visita (ao Oi Futuro. O MAM pode ficar para o plano B, ou não...)
Estava querendo ver a exposição "Marilyn Monroe - O Mito" das últimas fotos dela, tiradas 6 semanas antes de morrer por Bert Stern, no Hotel Bel Air. Estava super ansiosa e parti hoje de manhã em direção ao MAM.
Só decepção! Primeiro com o MAM! Quase nenhuma alma viva! Um lindo elefante branco largado... Em cartaz, 3 exposições de com pinta de super produção: Grande Sertão: Veredas, Marilyn e Arte para Crianças. Entrada: R$ 5,00
Naquele espaço enorme que é o MAM, a que tem maior destaque é a das crianças (muito boa, por sinal). Espremeram as fotos maravilhosas da Marilyn num espacinho de 20m X 10m!!! Em 2 minutos você já passou por todas as 60 fotos quase que amontoadas naquela sala improvisada! Que falta de cuidado! Falta de visão de fazer dessa uma grande exposição mostrando não só as fotos jogadas numa parede, mas uma oportunidade de contar um pouco mais sobre essa diva! Eu, que fiquei fã dela ha pouco mais de 2 meses, me entristeci por ela! Lá de cima, ela deve estar pensando: "Esses cariocas não sabem mesmo cuidar de arte" (apesar da polêmica da Receita Federal não ter considerado as fotos como arte e taxou tudinho!).
Depois dessa decepção, mesmo abalada, fiquei curiosa para conferir o que tinham feito com o Grande Sertão: Veredas, que tive o prazer de ver no maravilhoso Museu da Lingua Portuguesa. O resultado? O mesmo (da Marilyn)!!! Espremeram tudo num espaço muito menor que o de SP, e na minha opinião, todo o encanto se perdeu! Talvez quem não tenha visto em Sampa, não se decepcione, porque a idéia da Bia Lessa é genial e não merece ser jogada daquele jeito.
Decepção para cariocas e turistas! Fazia muito tempo que não frequentava um museu ou exposição por aqui e saí de lá com a certeza que não temos vocação para isso! E não estou comparando com Paris, Berlim ou NY. Basta comparar com SP mesmo! Lá, se é para fazer, fazem bem feito! Mas para salvar o dia (e essa minha conclusão precipitada) lembrei de um lugar que estava na lista para conhecer há bastante tempo (naquele último dia de férias, quase fui...). Do MAM para o Flamengo é um pulo, então rumo ao Oi Futuro (antigo Centro Cultural Telemar)!
Escondido numa construção bem antiga (1918), lá dentro realmente o que tem é futuro! O nome diz tudo. Você percebe já na recepção com seus monitores Mac mostrando a programação. O negócio ali é fazer bem feito! Interatividade, multi-midia, digital, virtual,... Sensorial! Tenho certeza que muitos não vão chamar de arte, mas estamos falando de cultura, que não é simplesmente ver Monalisas penduradas na parede. O lugar tem cheiro de novidade, de coisas bacanas. Me lembrou justamente o Museu da Língua Portuguesa. Não tive sorte em relação as exposições: não havia nenhuma no momento. Estava em montagem a Poiesis (em grego: fazedores) que prometo voltar para conferir (27 poetas de 11 países mostram com quantos bytes, letras, números, formas e sons se faz um poema hoje) Anotem a dica e não percam a partir de terça-feira.
A única "exposição" permanente é justamente o Museu do Telecomunicações, para qual dei uma leve torcida de nariz quando a recepcionista, com tanto entusiamo, me convenceu a visitar! Talvez pelo efeito surpresa de não esperar nada de mais, talvez pela decepção das tentativas do MAM, fiquei boquiaberta quando a porta vermelha abriu e em seguida fechou atrás de mim. Imagine ver e ouvir a história do telefone com todas as ferramentas que descrevi antes: Interatividade, multi-mídia, digital, virtual! Passado, presente e futuro. Incrível! Inacreditável! Na saída, só um nome me chamou a atenção e foi o carimbo para virar fã de carterinha desse lugar: Gringo Cardia. Tinha que ser ele!
Para finalizar: é de graca!!! Só mesmo a iniciativa privada para fazer bem feito! Vale a visita (ao Oi Futuro. O MAM pode ficar para o plano B, ou não...)
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Mar de Gente
É tão bom ser surpreendida com algo que não se espera nada, ou ainda, espera pouco! Hoje foi exatamente o que aconteceu ao ser convidada para a pré-estréia do espetáculo Mar de Gente. Li na Vejinha de relance algo sobre "o retorno da Fernanda Montenegro ao teatro", "o trabalho social de Ivaldo Bertazzo", ... Não me empolguei e quando veio o convite, pensei "Não estou fazendo nada mesmo... Vamos lá!" A companhia era super agradável e lá fui eu sem a menor expectativa (na verdade achando que ia ver uma peça de teatro chata!).

Chato foi o começo, enquanto ainda pensava que estava assistindo uma peça! Na verdade era um espetáculo de dança! Surpresa!!! Jovens da periferia transformados em bailarinos pelo tal coróografo Ivaldo Bertazzo (que eu nunca tinha ouvido falar). Com o olhar diferente, passei a admirar aquilo com um Momix, Grupo Corpo, Debora Colker ou qualquer outra grande companhia de dança. Guarda as devidas proporções técnicas, a galera dá um show! A dignidade daquelas pessoas, no meu ponto de vista, supera qualquer técnica! Quanta força e luz num palco nu com 30 corpos que não param 1 minuto, ao som de uma volta ao mundo. A trilha passa da contemporânea misturando com a música cigana, com um pulo no Egito, outro na Rússia com uma polka - mas o ritmo era sempre o mesmo - de superação!
Fernanda Montenegro entra 5 vezes no palco citando textos bem marcantes (veja uns trechinhos abaixo).
O final ainda mais surpreendente e que me serviu de lição para não deixar de seguir meus impulsos! Ela chama quem quiser subir ao palco e sentar-se na "arquibancada" que é a única coisa do cenário e ver o espetáculo sob outro ponto de vista! Claro que a burra aqui não foi e perdeu a única chance da vida de estar no palco ao lado de La Montenegro! Quase fui... mas não fui! Se arrependimento matasse...
"Quando o homem se ergueu sobre dois pés, libertou as mãos e descobriu sua primeira ferramenta, a pedra, que atirou para ferir o inimigo. Civilizou-se"
"Os ratos quando bem alimentados, se multiplicam como gente. Quando famintos, se devoram. Como gente."
"Preto, branco, amarelo... Um dia, todos serão cinza."
"O limite não existe. O que existe são paredes. E nela o homem constrói portas, janelas e escadas para ver como é a vida do outro lado do muro."
O final ainda mais surpreendente e que me serviu de lição para não deixar de seguir meus impulsos! Ela chama quem quiser subir ao palco e sentar-se na "arquibancada" que é a única coisa do cenário e ver o espetáculo sob outro ponto de vista! Claro que a burra aqui não foi e perdeu a única chance da vida de estar no palco ao lado de La Montenegro! Quase fui... mas não fui! Se arrependimento matasse...
"Quando o homem se ergueu sobre dois pés, libertou as mãos e descobriu sua primeira ferramenta, a pedra, que atirou para ferir o inimigo. Civilizou-se"
"Os ratos quando bem alimentados, se multiplicam como gente. Quando famintos, se devoram. Como gente."
"Preto, branco, amarelo... Um dia, todos serão cinza."
"O limite não existe. O que existe são paredes. E nela o homem constrói portas, janelas e escadas para ver como é a vida do outro lado do muro."
"O homem, cansado de tanto nadar nesse mar de gente, cria asas e voa!"
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Moska no banheiro
Adoro uma boa idéia. Daquelas simples e originais. Só me dá uma raivinha do tipo "Por que não pensei nisso antes???"
A exposição "Moska Reflexos e Reflexões - Um novo olhar sobre si mesmo - Auto-retratos em objetos espelhados - banheiros de hotéis", que está no Rio Design Leblon é super criativa!
O cara ganhou ponto comigo com essa idéia tão simples que todo mundo que viaja sozinho e fica em hotéis poderia ter pensado!
O título é auto-explicativo. São auto-retratos em torneiras, maçanetas, aparadores de toalha, porta-papel higiênico, descargas... "Qualquer objeto de aço inox que refletisse seu rosto virava uma tela branca para pintar as erupções de sua alma solitária." E em banheiro de hotéis. As curvas, côncavos e convexos dos objetos "transformam" uma simples foto em algo inusitado e interessante. Claro que qualquer um que tentar vai pensar "Humm, mas eu fico mais feio..." Claro! As curvas te deformam e é aí que fica interessante! Quem não tiver problema com isso e ainda contar com uma torneira bacana em casa, deveria tentar!
Os auto-retratos tornaram-se uma obsessão para ele. Em dois anos de turnê ele clicou cerca de três mil reflexos de si mesmo nos objetos espelhados dos banheiros de hotéis em mais de 80 cidades do Brasil. Virtualidade real. Transcendência “ao vivo”. Veja o texto dele sobre como tudo começou.
Vale a pena! Se tiver passando por la, tire 5 minutinhos. Fica no 3 andar em frente a Farm (não foi por acaso que esbarrei com as fotos gigantes no corredor!)
Parabéns, Moska! Arrasou!
A exposição "Moska Reflexos e Reflexões - Um novo olhar sobre si mesmo - Auto-retratos em objetos espelhados - banheiros de hotéis", que está no Rio Design Leblon é super criativa!
O cara ganhou ponto comigo com essa idéia tão simples que todo mundo que viaja sozinho e fica em hotéis poderia ter pensado!
O título é auto-explicativo. São auto-retratos em torneiras, maçanetas, aparadores de toalha, porta-papel higiênico, descargas... "Qualquer objeto de aço inox que refletisse seu rosto virava uma tela branca para pintar as erupções de sua alma solitária." E em banheiro de hotéis. As curvas, côncavos e convexos dos objetos "transformam" uma simples foto em algo inusitado e interessante. Claro que qualquer um que tentar vai pensar "Humm, mas eu fico mais feio..." Claro! As curvas te deformam e é aí que fica interessante! Quem não tiver problema com isso e ainda contar com uma torneira bacana em casa, deveria tentar!
Vale a pena! Se tiver passando por la, tire 5 minutinhos. Fica no 3 andar em frente a Farm (não foi por acaso que esbarrei com as fotos gigantes no corredor!)
Parabéns, Moska! Arrasou!
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