Se quiser, ouça a bela voz de CORINNE BAILEY RAE, cantando a linda música PUT YOU RECORDS ON ( com tradução), que fala de liberdade, de enfrentar medos e de auto-aceitação.
A criação do Dia Internacional da Mulher surgiu a partir de um episódio trágico. No dia 8 de março de 1857, cerca de 129 operárias de uma fábrica têxtil de Nova York entraram em greve. Elas reivindicavam salário igual ao dos homens e redução da sua jornada de trabalho de quatorze para dez horas, e o direito à licença-maternidade. Em resposta a essa pretensão das grevistas, os patrões e a polícia as trancaram no interior da fábrica e incendiaram o prédio. Com isso, todas as mulheres morreram queimadas.
Daqui
Día Internacional de la Mujer - Barcelona 2009
Quando falamos em dia internacional da mulher, lembramos das várias formas de lutas de emancipação e reconhecimento dos direitos e respeito à mulher. Há heroínas espalhadas por todo canto, vencendo desafios, sendo reconhecidas ou não. E também batalhadoras por causas humanistas.
Nesse dia, vou indicar um filme que conta a história real de Aung San Suu Kyi, filha de um herói da independência da Birmânia, que se casou na Inglaterra com Michael Aris e teve dois filhos.
Quando Aung decidiu voltar à Birmânia, é procurada por líderes locais e passa a colaborar com o movimento da democracia pela não-violência na atual República da União de Myanmar.
Inspirada pelas campanhas não-violentas dos líderes dos direitos civis Martin Luther King nos EUA e Mahatma Gandhi na Índia, ela organizou comícios e viajou pelo país, pedindo reforma democrática pacífica e eleições livres.
Acaba tornando-se um ícone do movimento. Mas suas atitudes não agradam à ditadura militar, que tenta impedi-la de promover as manifestações e ordena que Aung permaneça em prisão domiciliar por 15 anos, sem poder ver seus filhos, nem seu marido, cuja apoio na luta da mulher é decisivo pra dar-lhe forças. Ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991, mas não pôde ir receber, por estar detida. Durante os períodos de confinamento, Suu Kyi se ocupou de estudar e se exercitar. Ela meditava, trabalhou em suas habilidades do idioma francês e japonês, e relaxava tocando Bach no piano. Mas, durante seus primeiros anos de detenção, ela ficou muitas vezes na solitária.
Como o líder sul-Africano Nelson Mandela, Aung San Suu Kyi tornou-se um símbolo internacional da resistência pacífica diante da opressão.
O filme é sobre política, liberdade, democracia e relata a história da luta de uma grande mulher que, mesmo aprisionada, mantém a alma livre e sobrevive ao sofrimento com o amor e o companheirismo do marido ainda que, geograficamente, muito distante.
ALÉM DA LIBERDADE - Trailer Legendado HD
Aung San Suu Kyi também aparece no filme MUITO ALÉM DE RANGUN
Aprisionada, Ela não foi autorizada a ver seus dois filhos ou seu marido, que morreu de câncer em março de 1999.
As autoridades militares se ofereceram para deixá-la viajar ao Reino Unido para vê-lo quando ele estava gravemente doente, mas ela se sentiu obrigada a recusar por medo de não receber autorização para voltar ao seu país.
Seu último período de prisão domiciliar terminou em novembro de 2010 e seu filho Kim Aris foi autorizado a visitá-la pela primeira vez em uma década.
Este é o dia de agenda comemorativa, mas desejo que sejamos mulheres com muitos dias felizes.
Um abraço cheio de energia boa e volte sempre.