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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ALDEIAS HISTÓRICAS DE PORTUGAL

Lembram quando eu ganhei o prêmio de melhor texto, do blog Aldeia da Minha Vida ?
Pois o prêmio foi o Guia Turístico ALDEIAS HISTÓRICAS DE PORTUGAL, livro maravilhoso que estou percorrendo passo a passo, aldeia a aldeia, numa viagem mágica pela terra dos meus ancestrais.

"Entre 1994 e 2003 foram distinguidas 12 Aldeias Históricas de Portugal (AHP): Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso.
A escolha destas aldeias regeu-se pela “diversidade da sua matriz cultural, a riqueza do seu património e a força das suas vivências e tradições singulares (1)”.
Visitando uma a uma consegue sentir a emoção do lugar. Paira no ar um sentimento patriótico, que falou mais alto em vários momentos da História de Portugal.
Cada aldeia é, simultaneamente, única e fiel a si própria e ao conjunto das 12, evidenciado pelo ambiente rústico e beirão, pouco corrompido pelos tempos modernos."

"A Olho de Turista propõe uma viagem à redescoberta das nossas raízes, com cerca de 800 anos de História, na companhia do livro “Aldeias Históricas de Portugal - Guia Turístico”.

"Pretendemos proporcionar aos visitantes informações práticas e úteis sobre o que pode ver e fazer no território das AHP. Incluímos um conjunto de Talões de Ofertas e de Descontos, no valor de 4000 € para o usufruto e/ ou compra de Experiências, Alojamentos, Restauração, Produtos Regionais e de Artesanato, da região, em condições especiais."

Muito bem feito, com fotos maravilhosas e texto delicioso, o Guia é uma leitura agradabilíssima, recheado de História, lendas, indicações onde ficar e comer, o que comprar, e ainda receitas de pratos tradicionais !

Castelos, monumentos, igrejas, arte rupestre, fontes, vestígios dos romanos, casinhas parecendo de bonecas, artesanato, festas e tradições. Tudo isso e muito mais !
O Guia é completíssimo !

Na Grande Rota das Aldeias Históricas de Portugal, indicações detalhadas de tempo mínimo= 4 dias, duração média da visita a cada aldeia= 2 horas, ponto de partida= Piódão, e ponto de chegada= Idanha-a-Velha.
Dia a dia, seguem as informações sobre distancia e tempo percorrido.

Tenho "viajado" por esses caminhos encantados, conhecendo seus secretos e descobrindo seus mistérios.


"O Guia das Aldeias Históricas de Portugal trata-se da primeira edição da Olho de Turista, uma empresa especializada em Publicação e Edição de Informação Turística, gerida por Susana Falhas, uma jovem natural do concelho de Mêda, distrito da Guarda."

A Aldeia da Minha Vida é um blogue da Olho de Turista, administrado pela Susana Falhas. Tem como principal finalidade promover a interação, troca de ideias, de experiências e vivências entre bloguistas sobre várias temáticas, ligadas às nossas aldeias portuguesas.

Aqui está o Guia ! São 352 páginas de puro encantamento !

Obrigada, Susana, por esse presente especialíssimo.



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SEMPRE PORTUGAL...

"Virou, mexeu", e lá estou eu falando de Portugal ! Também pudera, pois passei minha vida ouvindo histórias da terra de meus pais, avós, tios, bisavós. A grande verdade é que adoro ouvir e contar histórias.

Gosto muito dessa foto onde meu tio Manoel, casado com a irmã de meu pai, exibe cachos e mais cachos de uvas. Pena que já não lembro mais onde foi isso. Pode ter sido na terra dele - Cabeceiras de Basto - e não sei quem são as pessoas. Parece que as crianças estão gostando muito das uvas !

Minha mãe, "a brasileira", posa ao lado de senhoras tipicamente portuguêsas. O lugar - Telhadela. (1968)

Em Oliveira D'Azemeis meu pai fotografou essas senhoras, em 1965. O que levam nos cestos ?

Em Telhadela, minha mãe com a prima Evangelina, que cuidou da minha avó Olívia, após a morte do meu avô Adelino. Muito interessante a pilha de palha, atrás. O que será ? Confesso minha ignorância de moça de cidade grande. ( 1968)

Em 1965 meu pai esteve hospedado na Pensão Anacleto, e foi muito bem tratado pelo garçon, sr. Manoel e pela arrumadeira, sra. Deolinda.
Olhando esses retratos transporto-me para o passado e parece-me ouvir meu pai contando as peripécias dessas viagens.
Em 1965 ele viajou sozinho para Portugal, pois precisava resolver assuntos do meu avô materno.
Em 1968 foi com minha mãe para trazer minha avó para o Brasil, após a morte do meu avô.

Histórias tão antigas, mas que permanecem vivas nas nossas lembranças.

quinta-feira, 5 de março de 2009

RAÍZES PORTUGUÊSAS

Depois que instalei o contador de visitas, descobri que meus blogs são visitados por pessoas de todo o planeta. Pessoas que olham, mas não comentam... Quem sabe se algumas dessas pessoas não são parentes portuguêses ? Mostro aqui a terra do meu pai. Ele nasceu no Eirado do Enxertado, um lugarejo perdido no mundo, em 1902, e depois foi para Felgueiras ( Resende - Viseu)

Meu avô José Guedes de Mello e minha avó Flora, eram pobres e criavam com dificuldade os 4 filhos. Para aliviar as despesas da família, meu pai viveu um tempo com a avó materna, chamada de Mãe-Velha. Essa era a casa da Mãe-Velha que vivia com a filha Albina, madrinha de meu pai. Nessa casa ele foi muito feliz cercado do carinho das duas mulheres que o tratavam muito bem. Meu tio Álvaro tirou a foto em 1953, quando lá esteve para mostrar ao filho sua terra natal.
Neste lugar, em Felgueiras, a Mãe-Velha ia quarar (ou corar) a roupa.
Em 1965 as mulheres do local ainda faziam o mesmo ritual, e meu pai esteve lá e fotografou para mostrar à mãe, tantos anos depois, o quaradouro da Mãe-Velha.
Casa do Enxertado. Não conheço as pessoas da foto, tirada por meu tio Álvaro em 1953.
Foto de Felgueiras, tirada por minha tia Maria em 1964, onde ela aponta Beirós.
Cada irmão que visitava Portugal ia na terra da família e trazia de lá fotos das casas onde viveram quando crianças, pois vieram muito pequenos para o Brasil. Meu pai, o mais velho, com 11 anos.
Essas histórias foram contadas através dos anos, de filho para filho, até os dias de hoje.
Os primos Albino, Marino e o menino Albininho, filho do Marino, fazem pose no monumento no Espírito Santo. Meu pai fotografou em 1965.
Em 1964 minha tia Maria fotografou o querido primo Marino, ao lado da esposa Celina e do filhinho Albino, na Capela do Espírito Santo, em Felgueiras.
Meu pai, em 1965, ao lado da prima Felismina, mãe do Marino, com a netinha ao colo.
Aqui a prima Felismina, já mais velha, ao lado da neta Fátima, na sua Primeira Comunhão.
A foto não tem data.

Será que alguém de Felgueiras ou do Enxertado lerá essas minhas palavras ?
Tão longe, tão perto estamos nos dias de hoje, graças à Internet que aproxima as pessoas.
Gostaria muito de ter notícias dos parentes que por lá ainda existam...

Quem sabe...

domingo, 7 de setembro de 2008

BAÚ VELHO - AÇORES

Dentre minhas "preciosidades seculares" está uma revista portuguêsa de 1914 !!! Papel bom, quase inteira, só faltando a capa, a ILUSTRAÇÃO PORTUGUEZA - CRONICA tem o nº422 e data de 23-3-1914. Pertencia ao meu pai, e foi mais uma das minhas heranças queridas.Esta postagem vai especialmente para minha amiga virtual Nélia, que reside nos Açores, pois na revista estão estas incríveis informações sobre a quase inatingível Ilha do Pico.
"Fazer uma viagem aos Açôres é, no seculo vinte, uma coisa tão demorada e tão cara, como se estivessemos a dois passos do invento do vapor. Sae-se de Lisboa e levam-se bem seis a sete dias para chegar á ilha do Pico, quasi o dobro do tempo que se gasta de qualquer porto da Inglaterra a New-York ! Se as passagens tivessem já a redução que deviam de ter, e as maquinas um pouco mais de força, estou certo que alguem sempre se tentaria a uma digresssão pelas nove ilhas açoreanas, onde encontraria, em cada uma, encantos e belezas especiaes a admirar.
"Observe comigo o quadro magestoso e surpreendente que oferece a entrada n'esse pedaço de mar, que se chama - o canal entre o Faial e o Pico. São duas ilhas que a natureza colocou em frente uma da outra, a pequena distancia; a do Pico elevando-se a dois mil e tantos metros de altitude, a do Faial, baixa, com a casaria branca da sua cidade, a debruçar-se para a bahia, ambas belas, ambas formosas, a primeira caracterisando-se pelo seu aspéto vulcanico, a segunda pela graciosidade das suas montanhas e dos seus vales, pelos seus terrenos cultivados até á beira-mar, pelo colorido das suas hortenses, formando trechos policromos, como se a paciencia de um chinez se tivesse entretido a colocar ali finas porcelanas."
"Debruçado de qualquer janela, de qualquer varanda, passeando nas ruas da cidade, a ilha do Pico formada toda pela sua enorme montanha, n'um desenho acentuado de piramide, impõe-se-nos aos olhos na multipla variedade de côres, que, a cada instante, lhe vae imprimindo a luz do alto, oferecendo aspétos diversos. É azul agora para logo se cambiar n'um tom verde; é, mais logo, de uma côr de rosa viva, para depois toda se incendiar n'uma braza, quando o sol lhe bate de chapa".

Parece que continuo indo fundo nas minhas raízes portuguêsas...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

LEMBRANÇAS PORTUGUÊSAS, COM CERTEZA

"Numa casa portuguêsa fica bem, pão e vinho sobre a mesa, e se à porta humildemente bate alguém, senta-se à mesa com a gente..."Minha mãe, de nome Maria, mas tratada por Samartinha (*) em sua terra, apesar de ter vindo para o Brasil com 14 anos, tinha sempre boas lembranças para contar sobre sua vida na casa dos avós maternos, numa pequenina aldeia de Aveiro.
A rodilha da foto era usada por ela, ainda menina, que sentia-se importante por ajudar os adultos na lida diária.
Muitos objetos vieram para o Brasil, em 1926, quando ela e minha avó Olívia vieram para encontrar meu avô Adelino que por cá já estava desde 1912.
Muitos objetos voltaram para Portugal, com meus avós em 1958, quando meu avô decidiu voltar para sua terra.
Muitos objetos retornaram para o Brasil, em 1968, quando meus pais foram a Portugal buscar minha avó que ficara viúva.
Quanta história esses pratos contariam se pudessem falar...
Simples e grosseiros, visto que pertenciam a aldeões de poucas posses, eles fazem parte da minha vida, pois desde criança convivo com eles. Moraram na casa dos meus avós, moraram na casa dos meus pais, e agora estão comigo em São Lourenço, relembrando seus tempos de aldeia.

(*) Samartinha - meu avô era de um lugar chamado São Martinho, e quem era de lá era reconhecido como samartinho. Minha mãe, então, filha de um samartinho, era a Samartinha ! E ela adorava esse nome.
Que delícia essas histórias de pequenas localidades onde todos se conhecem !

sexta-feira, 27 de junho de 2008

AÇORES - Ilhas encantadas

Mesmo sendo filha de portuguêses não conhecia bem o Arquipélago dos Açores, situado a aproximadamente 1.500km de Portugal continental.

Há tempos atrás, pesquisando as hortênsias, flores que já foram abundantes no Parque de São Lourenço e que sempre me fascinaram, descobri que nos Açores elas são quase consideradas "pragas" pela quantidade que nascem nos campos.

Espreitando pela Internet conheci uma artesã que tinha uma qualidade que me chamou a atenção : seu nome é o mesmo da minha querida irmã Nelia, que mora tão distante de mim, lá em Aracajú.

Seu trabalho, tão diferente do meu, é o crochet, e eu nunca tive "mãos de fada", mas apesar da diferença de opções artesanais, fui nutrindo um carinho especial por ela, e trocando visitas nos nossos blogs.

Para melhorar minha admiração, ela ainda mora nos Açores, aquele lugar encantado que passei a conhecer, maravilhando-me cada vez mais, por seu intermédio.

Essa amiga virtual presenteou-me com um belíssimo livro sobre sua ilha - São Miguel, a ilha verde, pois nos Açores as 9 ilhas são identificadas por cores !

As fotos maravilhosas reproduzo aqui, para que conheçam um pouquinho desse paraíso terrestre.