A manhã parece estranha, quase fora do lugar assim meio apagada, talvez pelas janelas fechadas
que tornam o quarto tão frio tanto quanto quem está sobre a cama
e que impedem que veja
[Todas as cores do céu
do céu que é o seu olhar]
Negro
como a morte que logo vem e que sempre está ao meu lado
nessas noites em que eu posso senti-la através das garrafas espalhadas e cigarros apagados
e que a espero
com um baralho aberto de cartas marcadas para mais um jogo sujo
assim como
[Todas as cores do céu
do céu que é o seu olhar]
Branco
alguma pureza em mim, nem que seja ódio puro ou pura ignorância de todas essas coisas simples que existem e que eu quero ver e sentir
preciso ver e sentir
preciso aspirar para dentro de mim
para me separar disso tudo que me fere
e me jogar contra
[Todas as cores do céu
do céu que é o seu olhar]
Cinza
impureza condensada dentro de mim
esparramada para fora dos meus olhos
quase que tocável e imutável
tanto quanto
[Todas as cores do céu
do céu que é o seu olhar]
Vermelho
essa loucura que me cega
que deixa nos meus lábios o sabor do sangue
de todas aquelas coisas boas que eu matei dentro
de mim e de outras pessoas
e que eu sei o deve ser ao certo, mas ignoro
porque eu só me importo com
[Todas as cores do céu
do céu que é o seu olhar]
Amarelo
obsessivo e doentio
desejo de correr para onde
eu possa encontrar algo no que acreditar
e voar sem asas em direção a
[Todas as cores do céu
do céu que é o seu olhar]
Azul
triste percorro os olhos
que não encontram
o mar existente acima de mim
de estrelas ou nuvens ou mesmo
esse mar que eu só encontro em
[Todas as cores do céu
do céu que é o seu olhar]
Púrpura
como tudo que vai aos poucos morrendo
sem um sol para guiar
assim como eu vou morrendo
sem ter com o que ser guiado
Ansiando fugir para bem longe daqui
fugir e encontrar finalmente
[Todas as cores do céu
do céu que é o seu olhar]
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domingo, 3 de agosto de 2008
Todas as cores do céu que é o seu olhar
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segunda-feira, 21 de julho de 2008
Para se perder no abismo que é pensar e sentir II
Não sei traduzir o porque ou como de ainda enxergar você no meio de tanta luz e prédios vestidos de preto, escondidos na noite daquela cidade imensa e silenciosa apesar dos carros e todas aquelas pessoas tão solitárias quanto eu ou você.
Como eu queria que tivesse me deixado te levar para o meu lugar de saudade e que tivesse vivido um pouco mais desta noite comigo. Parte minha, vida, que queria ter te apresentando pessoalmente depois de algumas longas conversas e cigarros e doses de qualquer coisa que me deixe distante do que sou.
Te levaria aos meus sonhos mais vazios que ficaram por lá e tudo que construi de mais sólido. Teria te ensinado a viver e entender aquela dança de luzes brancas e vermelhas tão confusas, tão simples que você já deve ter se esquecido, certamente.
Apresentaria o meu passado, o que eu fui e o que eu conheço que não está tão perto. Assim como você, mais longe do que eu gostaria e mais perto do que eu possa prever. Você que eu não conheço tanto ou quase nada,ou que conheço tanto e que conheço mais do que qualquer outra pessoa.
Foi tudo tão rápido que você nem levou algo deste pretérito com você, nem ao menos alcançou o que ele carrega de belo e também frágil. Se na sua memória ficou algum filme antigo em preto e branco, talvez na minha ainda seja o último filme em cartaz:
Para se perder no abismo que é pensar e sentir.
Como eu queria que tivesse me deixado te levar para o meu lugar de saudade e que tivesse vivido um pouco mais desta noite comigo. Parte minha, vida, que queria ter te apresentando pessoalmente depois de algumas longas conversas e cigarros e doses de qualquer coisa que me deixe distante do que sou.
Te levaria aos meus sonhos mais vazios que ficaram por lá e tudo que construi de mais sólido. Teria te ensinado a viver e entender aquela dança de luzes brancas e vermelhas tão confusas, tão simples que você já deve ter se esquecido, certamente.
Apresentaria o meu passado, o que eu fui e o que eu conheço que não está tão perto. Assim como você, mais longe do que eu gostaria e mais perto do que eu possa prever. Você que eu não conheço tanto ou quase nada,ou que conheço tanto e que conheço mais do que qualquer outra pessoa.
Foi tudo tão rápido que você nem levou algo deste pretérito com você, nem ao menos alcançou o que ele carrega de belo e também frágil. Se na sua memória ficou algum filme antigo em preto e branco, talvez na minha ainda seja o último filme em cartaz:
Para se perder no abismo que é pensar e sentir.
domingo, 15 de junho de 2008
Cinzas da noite
Flores se consumindo em sombras e sumindo além das nossas ambições que viram cinzas a cada cair solitário da noite sem ruído e sem movimento, silenciosa como a morte e triste como nossa vida, uma noite assim feita apenas para os desesperados decadentes que sentem prazer entre maços de cigarros e vodkas e lembranças que os fazem beber mais e fumar mais até não sentirem mais o amargo sabor da frustração em seus lábios,que procuram em uma romaria desiludida pelas ruas mal iluminadas e sujas da cidade(qualquer cidade) por alguém que lhes possa oferecer o sexo como um cálice transbordando de vinho(qualquer sexo), que rasgam suas almas em caminhos de utopias medíocres e inúteis e tolas como todos em sua visão de si mesmos ao longo de suas tão medíocres e inúteis e tolas vidas, que dão seus primeiros de muitos passos em direção ao abismo que é não saberem quem são de verdade e viverem e caminharem em mentiras.E as flores continuam se consumindo em sombras num maldito círculo vicioso até se tornarem mero resto de cinzas de uma noite que não queima mais.
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sexta-feira, 6 de junho de 2008
Interlúdio em fá menor
Para Rennan, que me faz sonhar às vezes
Estamos eu e você naquela avenida que pode ser a Paulista ou a Tabelião Passarella mas não importa agora qual delas seja, o que importa é que estamos eu e você entre prédios e luzes e uma avenida vazia e aberta para os nossos sonhos numa dessas noites que a gente não consegue dormir.Estamos caminhando e conversando sobre qualquer coisa trivial quando você assim tão de repente me convida para dançar naquele absoluto silêncio preenchido apenas pelo som dos nossos passos e das nossas respirações e eu lhe digo que aceito mesmo sem saber dançar no ritmo do silêncio e você diz que eu sou boba e me conduz.Uma música começa a entoar e começamos a dançar e a cantar a letra mesmo sem nunca termos a ouvido antes.Rimos ainda cantando e você me diz que ela vem do coração e é assim mesmo essas coisas inexplicáveis do coração.Então percorremos dançando por toda aquela avenida até o seu fim quando descobrimos que ela não tem um fim.Procuro no relógio as horas e descubro que já não é mais noite e muito menos dia,apesar da escuridão cravejada de estrelas que brilham menos que o seu olhar e uma lua que flutua nesse céu tão pacato.Parados ali contemplando toda a extensão daquela avenida você me pergunta se eu iria com você até o final dela e eu lhe digo que eu iria com você mesmo se ela jamais houvessem um final.Continuamos a nossa dança enquanto fumamos o nosso cigarro favorito e a avenida não tem fim, eu te amo eu digo e a avenida não tem fim, eu te amo você me diz e a avenida não tem fim.Um dia estaremos com eles aqui você diz e a avenida não tem fim.Vamos esperar por eles então eu digo e a avenida não tem fim.Acordo então sozinha na escuridão do meu quarto e lamento que tenha sido apenas um sonho.Mas meus dedos estão cheirando ao nosso cigarro e eu me sinto cansada e feliz,então acho que tudo aquilo aconteceu.Aconteceu porque você é real.
Estamos eu e você naquela avenida que pode ser a Paulista ou a Tabelião Passarella mas não importa agora qual delas seja, o que importa é que estamos eu e você entre prédios e luzes e uma avenida vazia e aberta para os nossos sonhos numa dessas noites que a gente não consegue dormir.Estamos caminhando e conversando sobre qualquer coisa trivial quando você assim tão de repente me convida para dançar naquele absoluto silêncio preenchido apenas pelo som dos nossos passos e das nossas respirações e eu lhe digo que aceito mesmo sem saber dançar no ritmo do silêncio e você diz que eu sou boba e me conduz.Uma música começa a entoar e começamos a dançar e a cantar a letra mesmo sem nunca termos a ouvido antes.Rimos ainda cantando e você me diz que ela vem do coração e é assim mesmo essas coisas inexplicáveis do coração.Então percorremos dançando por toda aquela avenida até o seu fim quando descobrimos que ela não tem um fim.Procuro no relógio as horas e descubro que já não é mais noite e muito menos dia,apesar da escuridão cravejada de estrelas que brilham menos que o seu olhar e uma lua que flutua nesse céu tão pacato.Parados ali contemplando toda a extensão daquela avenida você me pergunta se eu iria com você até o final dela e eu lhe digo que eu iria com você mesmo se ela jamais houvessem um final.Continuamos a nossa dança enquanto fumamos o nosso cigarro favorito e a avenida não tem fim, eu te amo eu digo e a avenida não tem fim, eu te amo você me diz e a avenida não tem fim.Um dia estaremos com eles aqui você diz e a avenida não tem fim.Vamos esperar por eles então eu digo e a avenida não tem fim.Acordo então sozinha na escuridão do meu quarto e lamento que tenha sido apenas um sonho.Mas meus dedos estão cheirando ao nosso cigarro e eu me sinto cansada e feliz,então acho que tudo aquilo aconteceu.Aconteceu porque você é real.
domingo, 13 de abril de 2008
Canto pluvial
Andando por estas ruas,tantas ruas,sem sentido&alegria
sob esta chuva pesada,fria calculista
já nem ouvindo os meus passos sobre as poças
(que explodem)
eu páro e deixo que ela me encharque,que me afogue,que lave a imundice da minha pele&dos meus lábios
e que me leve em sua enchente se quiser
Se ela não afogar as minhas mágoas,afogarei as eu,no bar ali perto
onde um bêbado está vomitando na sargeta
Quisera eu ser aquele bêbado
vomitar não na sargeta,mas em mim mesma
e sentir finalmente um nojo sincero e sem pretenções do que sou,
sentir esse vômito asqueroso&negro&fétido
percorrer todo o meu corpo.
E ali,perto do bar,perto do bêbado,alguns passos da minha casa que não é o meu lar,ali,lugaralgum,nenhumlugar de onde estou
eu sento e concluo que eu estou pouco me fodendo para os noticiários e para os novos números do IBGE sobre os pobresmortosdefome&violência&ignorância
quem eu quero enganar senão a mim mesma com esse papo burguês de doações esporádicas
se nunca olhei nos olhos deles,se nunca os beijei,se nunca senti o gosto amargo da pobreza&sujeira&esgoto aberto
1 quilo de alimento e um agasalho muito usado calariam a voz deles em minha cabeça
E eu sou parte dessa multidão irreal,multidão de burgueses com o rabo cheio de facilidades&conforto
em que todos se dizem cristãos,mas o seu único deus é o dinheiro com que pagam o direito de continuar mentindo
em que o sexo,o prestígio,a crença e a liberdade se disputam e se compram,como qualquer mercadoria
As máquinas me penetram e me deformam por dentro,por saberem que eu quero continuar o que eu sou
A dor assumiu a forma de passagem para o céu,e o amor não se pratica por ser caro e perigoso
Os exércitos se armam por todas as gerações,e as bombas cospem dardos tão suaves que não matam
Como animais trabalhamos(ou como máquinas)
destruindo nossa juventude em deveres e angustias.
Olhando o espaço,onde a luz corta a poeira
(e quase já não é dia,sob o céu que desaba)
eu prevejo meu mundo-presa de corpo e alma
a tudo aquilo que hoje eu vejo e me enojo
Esse mundo,que deve ser a entrada para o inferno
passo
e atiro minha alma na rua
misturada com a lama e as poças.
sob esta chuva pesada,fria calculista
já nem ouvindo os meus passos sobre as poças
(que explodem)
eu páro e deixo que ela me encharque,que me afogue,que lave a imundice da minha pele&dos meus lábios
e que me leve em sua enchente se quiser
Se ela não afogar as minhas mágoas,afogarei as eu,no bar ali perto
onde um bêbado está vomitando na sargeta
Quisera eu ser aquele bêbado
vomitar não na sargeta,mas em mim mesma
e sentir finalmente um nojo sincero e sem pretenções do que sou,
sentir esse vômito asqueroso&negro&fétido
percorrer todo o meu corpo.
E ali,perto do bar,perto do bêbado,alguns passos da minha casa que não é o meu lar,ali,lugaralgum,nenhumlugar de onde estou
eu sento e concluo que eu estou pouco me fodendo para os noticiários e para os novos números do IBGE sobre os pobresmortosdefome&violência&ignorância
quem eu quero enganar senão a mim mesma com esse papo burguês de doações esporádicas
se nunca olhei nos olhos deles,se nunca os beijei,se nunca senti o gosto amargo da pobreza&sujeira&esgoto aberto
1 quilo de alimento e um agasalho muito usado calariam a voz deles em minha cabeça
E eu sou parte dessa multidão irreal,multidão de burgueses com o rabo cheio de facilidades&conforto
em que todos se dizem cristãos,mas o seu único deus é o dinheiro com que pagam o direito de continuar mentindo
em que o sexo,o prestígio,a crença e a liberdade se disputam e se compram,como qualquer mercadoria
As máquinas me penetram e me deformam por dentro,por saberem que eu quero continuar o que eu sou
A dor assumiu a forma de passagem para o céu,e o amor não se pratica por ser caro e perigoso
Os exércitos se armam por todas as gerações,e as bombas cospem dardos tão suaves que não matam
Como animais trabalhamos(ou como máquinas)
destruindo nossa juventude em deveres e angustias.
Olhando o espaço,onde a luz corta a poeira
(e quase já não é dia,sob o céu que desaba)
eu prevejo meu mundo-presa de corpo e alma
a tudo aquilo que hoje eu vejo e me enojo
Esse mundo,que deve ser a entrada para o inferno
passo
e atiro minha alma na rua
misturada com a lama e as poças.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Abril despedaçado
Abril despedaçado
infinitamente reconstruído
com promessas sob o seu céu
impuro e seco
que sangra tempestades
e abriga borboletas
que provocam
delicadamente
furacões
infinitamente reconstruído
com promessas sob o seu céu
impuro e seco
que sangra tempestades
e abriga borboletas
que provocam
delicadamente
furacões
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Fragmentos
Despedaçada
fragmentos de uma solidão jogados ao vento.
Um céu cortado
sangrando
e dois minutos de silêncio.
É AQUI ONDE ENCONTRO PAZ.
um deserto.
reconstuído
e sem direção.
fragmentos de uma solidão jogados ao vento.
Um céu cortado
sangrando
e dois minutos de silêncio.
É AQUI ONDE ENCONTRO PAZ.
um deserto.
reconstuído
e sem direção.
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quinta-feira, 3 de abril de 2008
Balão.
Balão vermelho
que se soltarmos,voa,flutua
sem rumo pelo horizonte azul,
se mescla a ele
azulmelho
vermezul
se perde,quem sabe explode
no céu chinês de estrelas amarelas reluzentes.De ouro?
Estrelas de balas?
Explode,e vira manto social capitalista
derramado no chão do Tibet
nos lembrando sangue.
Sangue?Que absurdo
ontem no jornal chinês da meia noite
falou-se num sussurro que não era sangue
(sangue,oras,coisa dos ocidentais)
Aquilo lá no Tibet,não era nada,
era apenas um povo festejando
com fogos de artifício cedidos pela China,
dançando pelas ruas
comemorando mais uma alta da bolsa de Beijin,
as olimpíadas
e a paz entre aqueles povos.
Mas,eu só queria o meu balão de volta...
que se soltarmos,voa,flutua
sem rumo pelo horizonte azul,
se mescla a ele
azulmelho
vermezul
se perde,quem sabe explode
no céu chinês de estrelas amarelas reluzentes.De ouro?
Estrelas de balas?
Explode,e vira manto social capitalista
derramado no chão do Tibet
nos lembrando sangue.
Sangue?Que absurdo
ontem no jornal chinês da meia noite
falou-se num sussurro que não era sangue
(sangue,oras,coisa dos ocidentais)
Aquilo lá no Tibet,não era nada,
era apenas um povo festejando
com fogos de artifício cedidos pela China,
dançando pelas ruas
comemorando mais uma alta da bolsa de Beijin,
as olimpíadas
e a paz entre aqueles povos.
Mas,eu só queria o meu balão de volta...
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terça-feira, 1 de abril de 2008
Brinquedo sem nome,subtentido pelos gritos.
Caleidoscópio flutuante
cores
e gritos
progressivos
Alucinação giratória
meus olhos cerrados
querendo abrir.
Alegria eufórica minimalista
(reduzida a gemidos de prazer
e risos perdidos)
Pânico paralizado
e o vento gélido dando liberdade
uma sensação de quase poder voar
e alcançar o céu negro ofuscante
feito de pontos luminosos
pisca-pisca delirante
Era domingo?Não sei
quando puder voltarei lá mais uma vez.
cores
e gritos
progressivos
Alucinação giratória
meus olhos cerrados
querendo abrir.
Alegria eufórica minimalista
(reduzida a gemidos de prazer
e risos perdidos)
Pânico paralizado
e o vento gélido dando liberdade
uma sensação de quase poder voar
e alcançar o céu negro ofuscante
feito de pontos luminosos
pisca-pisca delirante
Era domingo?Não sei
quando puder voltarei lá mais uma vez.
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sábado, 29 de março de 2008
Ao amigo.O mais importante e vital.Presente para os seus 17 anos.
porque,não sei,é comprido o dia,
e te estarei esperando como nas estações
quando em alguma parte dormitam os trens"
(Pablo Neruda)
Ainda estou plena do esplendor da nossa amizade
agora,sento me a mesa para lhe escrever este poema
agora,sento me a mesa para lhe escrever este poema
ou uma tentativa,que o seja.
Dentro do meu peito
explode a alegria de ter te reencontrado
trazendo a claridade que me devolvia a poesia,
a poesia que me devolvia a própria vida.
Juntos
somos livres e serenos
simples e puros
mesmo que malditos
Ao seu lado sinto
felicidade,realização
e todas as nuvens macias do amor.
E vivemos nossa mocidade
com euforia
e com todas as rosas da esperança
Obrigada
por ter nascido nesse dia
aviso prévio do fim dos mês que fecha as águas de verão
aviso prévio da morte das folhas
que amanhã cobrirão teus caminhos em suas manhãs outonais.
E ainda amigo,queria lhe dizer se possível
desculpe-me
por estas palavras inertes
essas palavras sem nenhuma poesia,
porque ela,a poesia,está em ti
e é de ti que tiro a motivação para escreve-la ainda
E você é a única certeza
de que serei feliz
eternamente e completamente feliz,
mesmo que meus olhos acabem mostrando o contrário
porque você sempre me guiará
por todos os caminhos dessa tão torturosa vida.
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domingo, 23 de março de 2008
Divagação perante os grandes falos paulistas,sobre a eterna brevidade da vida.
Olá,sou eu de novo
bela donzela arrombada
de ferro e concreto,
que abriga enormes falos
a estuprar o céu,tão cinza
quase negro
quase tão puro.
Sentada numa escadaria
estou comtemplando toda a sua grandiosidade
que se perde em meus olhos tão exaustos de miúdezas,
e concentro-me estática
na vida,que nasce,corre e morre
todos os dias,na sua eterna brevidade.
A velhice,que se recolhe
num simples sorriso juvenil.
A juventude,que pulsa
nas velhas frases ditas.
E você permanece
incandescente em meus sonhos
ao lado dos amigos
amantes delirantes ébrios.
Nunca envelhece
e guarda consigo suas histórias de amor e dor
vividas em suas veias
que pulsam,pulsam,pulsam.
Quantos versos já não lhe foram recitados,
minha lúbrica donzela?
Amanhã,amanhã não serei mais a mesma
porque a brevidade daqueles momentos
de vida
mudaram-me
O tempo,a vida,as paixões
conjuntos de brevidades
que se encontram
AQUI.
bela donzela arrombada
de ferro e concreto,
que abriga enormes falos
a estuprar o céu,tão cinza
quase negro
quase tão puro.
Sentada numa escadaria
estou comtemplando toda a sua grandiosidade
que se perde em meus olhos tão exaustos de miúdezas,
e concentro-me estática
na vida,que nasce,corre e morre
todos os dias,na sua eterna brevidade.
A velhice,que se recolhe
num simples sorriso juvenil.
A juventude,que pulsa
nas velhas frases ditas.
E você permanece
incandescente em meus sonhos
ao lado dos amigos
amantes delirantes ébrios.
Nunca envelhece
e guarda consigo suas histórias de amor e dor
vividas em suas veias
que pulsam,pulsam,pulsam.
Quantos versos já não lhe foram recitados,
minha lúbrica donzela?
Amanhã,amanhã não serei mais a mesma
porque a brevidade daqueles momentos
de vida
mudaram-me
O tempo,a vida,as paixões
conjuntos de brevidades
que se encontram
AQUI.
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quinta-feira, 13 de março de 2008
Hoje
Hoje eu quero apenas poder te ver
Hoje é um dia cinza como outro qualquer
Hoje a novela vai acabar
Hoje eu sinto falta de perguntar.
Hoje eu quero apenas poder viver um pouco mais
Hoje a cada instante penso em você.
Hoje eu quero mais um sonho
Hoje a gente pode recomeçar.
Sem pensar no amanhã
o amanhã não pertence a você
nem a mim
O amanhã pertence aos sonhadores
Hoje eu quero gritar versos
Hoje eu quero encontrar poesia
Hoje eu quero sair na chuva e lavar minha alma.
Hoje eu quero limpar as folhas das ruas
Hoje quero conjulgar o verbo no infinito
Hoje a cada instante poder dizer, que
hoje eu sei que nunca esqueci você.
Hoje é um dia cinza como outro qualquer
Hoje a novela vai acabar
Hoje eu sinto falta de perguntar.
Hoje eu quero apenas poder viver um pouco mais
Hoje a cada instante penso em você.
Hoje eu quero mais um sonho
Hoje a gente pode recomeçar.
Sem pensar no amanhã
o amanhã não pertence a você
nem a mim
O amanhã pertence aos sonhadores
Hoje eu quero gritar versos
Hoje eu quero encontrar poesia
Hoje eu quero sair na chuva e lavar minha alma.
Hoje eu quero limpar as folhas das ruas
Hoje quero conjulgar o verbo no infinito
Hoje a cada instante poder dizer, que
hoje eu sei que nunca esqueci você.
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quarta-feira, 12 de março de 2008
Etilírico
Encontro etílico
etilírico
Abraços que preencheram
os até então vazios braços
Sorrisos que invadiram
os contornos dos lábios
até então sem formas.
Um no outro
os dois,na certeza da esperança se realizando
O mundo renascendo
na ressurreição de quem se sentia morta
Foi um sonho etílico
etilírico
que ultrapassou o horizonte e seu finito
ultrapassou tudo que lembrasse aquele cinza sujo cotidiano
entre a leveza e o prazer
o amor,o intocável novo amor.
Perdemos o tempo
entre copos de alegrias transcêndentais
e tragadas intensas de promessas.
Ao longe,ficaram os ecos
dos meus gritos,que aos poucos viraram soluços
Agora
Ecos dos meus risos
que aos poucos vão se tornando
eternos sorrisos etilíricos.
etilírico
Abraços que preencheram
os até então vazios braços
Sorrisos que invadiram
os contornos dos lábios
até então sem formas.
Um no outro
os dois,na certeza da esperança se realizando
O mundo renascendo
na ressurreição de quem se sentia morta
Foi um sonho etílico
etilírico
que ultrapassou o horizonte e seu finito
ultrapassou tudo que lembrasse aquele cinza sujo cotidiano
entre a leveza e o prazer
o amor,o intocável novo amor.
Perdemos o tempo
entre copos de alegrias transcêndentais
e tragadas intensas de promessas.
Ao longe,ficaram os ecos
dos meus gritos,que aos poucos viraram soluços
Agora
Ecos dos meus risos
que aos poucos vão se tornando
eternos sorrisos etilíricos.
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terça-feira, 11 de março de 2008
11 de março
Perdi os sentidos
sufocada pelas lágrimas.
Luz azul,multicolorida azul
me salvou.
E hoje é mais uma data qualquer
Será que tudo voltará como era antes?
Agora o tempo não pára, rasteja
E eu estou com medo de dormir
E sonhos são sempre profundos
no travesseiro onde estou chorando
Deitada sozinha na escuridão,
com uma memória em minha cabeça
Existe um grande buraco onde está meu coração
E um sentimento de solidão rondando minha cama
Estou olhando para um lugar que desapareceu
Entediada com minhas memórias
Mas algo me trouxe aqui de novo
e eu não consigo deixar o passado sozinho
Torci para que eu nunca encontrasse
toda a merda que eu deixei para trás
Agora eu encontro a criança em mim
e ela vai me lembrar que eu
não consigo esquecer meu passado por muito tempo
Me dê força para encontrar
a estrada perdida em mim
Me dê tempo para me curar
e construir um sonho para mim
Me dê olhos para ver o mundo que me cerca
Me dê forças para eu ser apenas eu
Não quero ouvir as coisas
Porque eu não posso mudar o que veio antes
Construir sonhos melhores para mim
E afastar o medo que me segura aqui
sufocada pelas lágrimas.
Luz azul,multicolorida azul
me salvou.
E hoje é mais uma data qualquer
Será que tudo voltará como era antes?
Agora o tempo não pára, rasteja
E eu estou com medo de dormir
E sonhos são sempre profundos
no travesseiro onde estou chorando
Deitada sozinha na escuridão,
com uma memória em minha cabeça
Existe um grande buraco onde está meu coração
E um sentimento de solidão rondando minha cama
Estou olhando para um lugar que desapareceu
Entediada com minhas memórias
Mas algo me trouxe aqui de novo
e eu não consigo deixar o passado sozinho
Torci para que eu nunca encontrasse
toda a merda que eu deixei para trás
Agora eu encontro a criança em mim
e ela vai me lembrar que eu
não consigo esquecer meu passado por muito tempo
Me dê força para encontrar
a estrada perdida em mim
Me dê tempo para me curar
e construir um sonho para mim
Me dê olhos para ver o mundo que me cerca
Me dê forças para eu ser apenas eu
Não quero ouvir as coisas
Porque eu não posso mudar o que veio antes
Construir sonhos melhores para mim
E afastar o medo que me segura aqui
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segunda-feira, 10 de março de 2008
Talvez eu morra amanhã
Talvez eu morra amanhã.
Vou morrer sem ter vivido os meus 19 anos
mesmo tendo vivido por 19 anos.
Não deveria nunca ter lido Nietzsche,
agora,eu poderia estar rezando para Deus
para que ele acalmasse meu coração.
Mas agora,só me resta o nada.
Eu não acredito nos Deuses gregos
mesmo achando que eles são mais antimetafísicos
do que o antigo Deus que eu reneguei.
Talvez eu morra amanhã
e não sei se vou morrer feliz,
mas não vou morrer completa.
Partes de mim continuarão espalhadas por aí
mesmo que seja apenas as folhas azuis.
Eu nunca deveria ter acreditado nas paixões.
Eu deveveria ter acreditado no amor.
As pessoas me viram vomitando hoje
vomitando versos na guia do esgoto
por não ter um papel e uma caneta aonde eu pudesse os escrever.
Talvez eu morra amanhã
e gostaria de morrer ouvindo Nick Cave.
Gostaria antes de mais nada,reler meu Uivo
e devolver,mesmo que não pelas as minhas mãos
o Leminski que aqui perto está.
Tocar novamente a face daqueles poucos que ainda amo
ouvir a voz daquele que eu tanto quero estar perto
e me preparar para o nada que me aguarda.
Sair correndo pelas ruas vazias
e me misturar a esse vazio
tornar-me parte dele.
E morrer,sem dor
sem lágrimas
apenas com o sorriso de quem não quer envelhecer
Amanhã,19
Amanhã,nada
Talvez,eu morra amanhã.
Vou morrer sem ter vivido os meus 19 anos
mesmo tendo vivido por 19 anos.
Não deveria nunca ter lido Nietzsche,
agora,eu poderia estar rezando para Deus
para que ele acalmasse meu coração.
Mas agora,só me resta o nada.
Eu não acredito nos Deuses gregos
mesmo achando que eles são mais antimetafísicos
do que o antigo Deus que eu reneguei.
Talvez eu morra amanhã
e não sei se vou morrer feliz,
mas não vou morrer completa.
Partes de mim continuarão espalhadas por aí
mesmo que seja apenas as folhas azuis.
Eu nunca deveria ter acreditado nas paixões.
Eu deveveria ter acreditado no amor.
As pessoas me viram vomitando hoje
vomitando versos na guia do esgoto
por não ter um papel e uma caneta aonde eu pudesse os escrever.
Talvez eu morra amanhã
e gostaria de morrer ouvindo Nick Cave.
Gostaria antes de mais nada,reler meu Uivo
e devolver,mesmo que não pelas as minhas mãos
o Leminski que aqui perto está.
Tocar novamente a face daqueles poucos que ainda amo
ouvir a voz daquele que eu tanto quero estar perto
e me preparar para o nada que me aguarda.
Sair correndo pelas ruas vazias
e me misturar a esse vazio
tornar-me parte dele.
E morrer,sem dor
sem lágrimas
apenas com o sorriso de quem não quer envelhecer
Amanhã,19
Amanhã,nada
Talvez,eu morra amanhã.
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Tentativa poética
quinta-feira, 6 de março de 2008
Lira lisérgica
Lira lisérgica
lirismo despedaçado
(cacos a me cortar,
a me sangrar)
Hermética
soluçante
Você sorriu,devolvi-lhe o sorriso
em meio a um rodopio alucinante de memórias
Lira frêmita
Lizard King
eufóricos
Eufônia voz
que não é minha,nem do rei lagarto
voooooooooooooooooooooooooooooozzzzzzzzz
e não é o fim meu amigo.
Tudo lento,brilhantes a cair em gotas
teto branco,azul turquesa
amarelo
a cor do vômito final
lirismo despedaçado
(cacos a me cortar,
a me sangrar)
Hermética
soluçante
Você sorriu,devolvi-lhe o sorriso
em meio a um rodopio alucinante de memórias
Lira frêmita
Lizard King
eufóricos
Eufônia voz
que não é minha,nem do rei lagarto
voooooooooooooooooooooooooooooozzzzzzzzz
e não é o fim meu amigo.
Tudo lento,brilhantes a cair em gotas
teto branco,azul turquesa
amarelo
a cor do vômito final
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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Duas mãos.
Incurável poesia
Lá fora,cai a noite
que trás a angústia para os solitários
e a melancolia inspiratória para a poesia,
altiva,inflama a carne
Noite esta
que faz do fogo fina poesia
faz da eternidade contida em cada verso
ser ausente em nós.
Mostra descaradamente nossos medos,
anseios.
Faz da madeira,fogueira
faz da carne,entrega
do pronome,um sem nome
da alma,uma renuncia
Um verbo estranho,amortecido,
escarnecido num passado do futuro
Faz do verso um muro que se rompe sem se ver
dentro de nós
Faz do silêncio gritantes palavras
jamais antes pronunciadas
E esse tempo incerto se torna um grito
[um violino
dividido em duas mãos]
E ainda que cinza nos seja dado
na claridade dos nossos dias,
há de ser moldado
com tristeza num papel
até se tornar poesia.
14/11/07
Lá fora,cai a noite
que trás a angústia para os solitários
e a melancolia inspiratória para a poesia,
altiva,inflama a carne
Noite esta
que faz do fogo fina poesia
faz da eternidade contida em cada verso
ser ausente em nós.
Mostra descaradamente nossos medos,
anseios.
Faz da madeira,fogueira
faz da carne,entrega
do pronome,um sem nome
da alma,uma renuncia
Um verbo estranho,amortecido,
escarnecido num passado do futuro
Faz do verso um muro que se rompe sem se ver
dentro de nós
Faz do silêncio gritantes palavras
jamais antes pronunciadas
E esse tempo incerto se torna um grito
[um violino
dividido em duas mãos]
E ainda que cinza nos seja dado
na claridade dos nossos dias,
há de ser moldado
com tristeza num papel
até se tornar poesia.
14/11/07
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sábado, 9 de fevereiro de 2008
Hermenêutica
Cartesiana de nascença
duvido de tudo que não resiste a dúvida
Descanço em Epicuro
me entregando ao prazer
sem medo e sem dor
Ao fim me sinto culpada
em ter algo de estoíco
ao ter que renegar o prazer para descobrir a verdade
Mas é impossível ao homem
o centro de tudo,isso resistir.
Me vejo no Vitruviano
que tem algo de divino
imanência grega,a arte perfeita
E me ilumino,crio uma ordem para este mundo
que acredita na matéria e se ama tal como é
Nihil,é tão triste tal fato
dizer não a este mundo
em prol da imaginação de um mundo perfeito
que transcende do nada
do mesmo nada que transcende Deus
Tento não pensar nas coisas em si
mas como elas são vistas
e o que existe de fato
Acabo por fim em ver o mundo em duas partes
e assim como Platão,o mundo das ideias
me parece ser tão mais real
do que as sombras que nos iludem
Ah!Salvar-me-ei na metafísica
a primeira filosofia
que há de me responder
quem sou e para onde irei
e há de me fazer atingir
a absoluta verdade por trás das coisas
Não hei de ser retórica
Vou ser dialética.
duvido de tudo que não resiste a dúvida
Descanço em Epicuro
me entregando ao prazer
sem medo e sem dor
Ao fim me sinto culpada
em ter algo de estoíco
ao ter que renegar o prazer para descobrir a verdade
Mas é impossível ao homem
o centro de tudo,isso resistir.
Me vejo no Vitruviano
que tem algo de divino
imanência grega,a arte perfeita
E me ilumino,crio uma ordem para este mundo
que acredita na matéria e se ama tal como é
Nihil,é tão triste tal fato
dizer não a este mundo
em prol da imaginação de um mundo perfeito
que transcende do nada
do mesmo nada que transcende Deus
Tento não pensar nas coisas em si
mas como elas são vistas
e o que existe de fato
Acabo por fim em ver o mundo em duas partes
e assim como Platão,o mundo das ideias
me parece ser tão mais real
do que as sombras que nos iludem
Ah!Salvar-me-ei na metafísica
a primeira filosofia
que há de me responder
quem sou e para onde irei
e há de me fazer atingir
a absoluta verdade por trás das coisas
Não hei de ser retórica
Vou ser dialética.
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Quarta-feira
Quanto de nós virará cinzas?
Quanto dos nossos sonhos hão de se tornar pó
a ser varrido pelo sopro alado dos ventos?
Quanto do meu amor vai ser esquecido?
Quanto do meu pranto será um alívio
para o meu coração que se angustia?
É somente uma data
Mas todos os dias
carregam seus ares de quartas de cinzas
Quanto dos nossos sonhos hão de se tornar pó
a ser varrido pelo sopro alado dos ventos?
Quanto do meu amor vai ser esquecido?
Quanto do meu pranto será um alívio
para o meu coração que se angustia?
É somente uma data
Mas todos os dias
carregam seus ares de quartas de cinzas
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domingo, 3 de fevereiro de 2008
Tudo lhe era possível
(...)
.- E de repente, ela descobriu que era possível.
- O que era possível?
- Tudo lhe era possível.
- A vida lhe era possível?-
Tudo lhe era possível. A vida, a morte, os sonhos, o amor…
- O amor também lhe era possível?
- Sim, e porque não?
- E as cicatrizes da vida que a tornaram cética?
- Apagaram-se com o soprar do vento.
- E os assuntos mal-resolvidos do passado?
- O soprar do vento também virou essa página. O que não tem solução, solucionado está.
- Mas… e o medo?
- Ela supera. Quando se quer muito alguma coisa, vale a pena correr o risco.
- E a timidez, ela se livrou?
- Não, a aceitou. Talvez a timidez seja o seu mistério, o seu charme…
- E o que ela fez com o ceticismo, jogou no lixo?
- Ela prefere acreditar em algo e estar errada a não acreditar em coisa alguma.
- E o que fez com que ela acreditasse que tudo lhe era possível?
- O seu coração foi preenchido por palavras de sabedoria
- E quais palavras foram essas?
- As palavras de sabedoria.
- Sabedoria de quem? De Deus? De Jesus Cristo? De Buda? De Bono Vox?
- As palavras do vento que soprou.
- E o que foi que o vento falou?
- Que tudo lhe era possível.
.- E de repente, ela descobriu que era possível.
- O que era possível?
- Tudo lhe era possível.
- A vida lhe era possível?-
Tudo lhe era possível. A vida, a morte, os sonhos, o amor…
- O amor também lhe era possível?
- Sim, e porque não?
- E as cicatrizes da vida que a tornaram cética?
- Apagaram-se com o soprar do vento.
- E os assuntos mal-resolvidos do passado?
- O soprar do vento também virou essa página. O que não tem solução, solucionado está.
- Mas… e o medo?
- Ela supera. Quando se quer muito alguma coisa, vale a pena correr o risco.
- E a timidez, ela se livrou?
- Não, a aceitou. Talvez a timidez seja o seu mistério, o seu charme…
- E o que ela fez com o ceticismo, jogou no lixo?
- Ela prefere acreditar em algo e estar errada a não acreditar em coisa alguma.
- E o que fez com que ela acreditasse que tudo lhe era possível?
- O seu coração foi preenchido por palavras de sabedoria
- E quais palavras foram essas?
- As palavras de sabedoria.
- Sabedoria de quem? De Deus? De Jesus Cristo? De Buda? De Bono Vox?
- As palavras do vento que soprou.
- E o que foi que o vento falou?
- Que tudo lhe era possível.
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