domingo, novembro 26, 2006

Mario Cesariny - a morte



Mário Cesariny de Vasconcelos (Lisboa, 9 de Agosto de 1923 — Lisboa, 26 de Novembro de 2006) foi um pintor e poeta, considerado o principal representante do surrealismo português.
Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e estudou música com o compositor Fernando Lopes Graça. Durante a sua estadia em Paris em 1947, frequenta a Academia de La Grande Chaumière. É em Paris que conhece André Breton, cuja influência o leva a criar no mesmo ano o Grupo Surrealista de Lisboa, juntamente com figuras como António Pedro, José Augusto França, Cândido Costa Pinto, Vespeira, Moniz Pereira e Alexandre O´Neill. Este grupo surgiu como forma de protesto contra o regime político vigente e contra o neo-realismo. Mais tarde, funda o Grupo Surrealista Dissidente.
Mário Cesariny adopta uma atitude estética de constante experimentação nas suas obras e pratica uma técnica de escrita e de pintura amplamente divulgada entre os surrealistas designada “cadáver esquisito”, que consiste na construção de uma obra por três ou quatro pessoas, num trabalho em cadeia criativa em que cada um dá continuidade, em tempo real, à criatividade do anterior, conhecendo apenas parte do que este fez.
São algumas das suas obras poéticas: Corpo Visível, 1950; Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos, 1953; Manual de Prestidigitação, 1956; Pena Capital, 1957; Nobilíssima Visão, 1959; Burlescas, Teóricas e Sentimentais, 1972.

In Wikipédia

sábado, novembro 18, 2006

O Sonho

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso,
em serenos sobressaltos
como estes pinheiros altos

que em verde e ouro se agitam
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma. é fermento,
bichinho alacre e sedento.
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel.
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança.,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
para-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra som televisão
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre a mãos de uma criança.

(António Gedeão)

Perguntam-se o porquê da letra da Pedra Filosofal...porque me veio à lembrança esta música enquanto navegava na net, porque o sonho é isto tudo e mais alguma coisa. Porque, sempre que sinto que estou a perder os meus sonhos, lembro-me dela, porque a cantei muitas vezes em tempos idos mais felizes, porque me lembrei da Amiga da minha prima que está no hospital, ( Muita força Amiga, vê se te pões boa depressa, temos um encontro marcado, lembras-te ? ) porque...

sábado, novembro 11, 2006

o saco

Já estava farto de olhar para o saco do desporto, estava exactamente no mesmo sitio, onde tinha sido colocado há 5 anos, quando abandonei de vez a competição, e com as coisas todas lá dentro, os sapatos, os equipamentos, os calções térmicos, etc. Cada vez que o mirava, pensava cá para comigo, qualquer dia, ponho-te novamente a uso...
Ontem, à noite, num vipe incontrolável, fui buscar o escadote, subiu-o, abri o armário e puxei o saco para fora. Amanhã vou-te usar !!!
Sabia que os treinos da minha antiga equipa estavam agora a ser no pavilhão ali para os lados do Rio Seco, já tinha sondado o seccionista: " É pá aparece, corres um bocado e sempre tiras algum tabaco de ti... " disse ele, conhecedor dos meus hábitos tabagisticos nas escadas do nosso local de trabalho.
Pois bem, hoje de manhã, tinha que ir a Lisboa, buscar os comprimidos da velhotita ao hospital, e como os tinha que ir levar a casa, ali prás bandas de Belém, até que ficava uma coisa perto da outra, e vai dai que ás 11h lá estava eu no pavilhão.
Algumas caras conhecidas, outras bem que não, grande festa: " olha o gajo inda é vivo " " então vens suar um bocado ? " " ainda te mexes ? " , enfim todos aqueles comentários, sem maldade, de quem não se vê há uns anos.
Corri, saltei, transpirei, fiz quase tudo o que os outros fizeram, bem...com uns intervalos pelo meio, porque a idade já não é o que era e tambem não queria estar a abusar da primeira vez.
O treino correu bem, deu-me para libertar algumas toxinas a nivel fisico e aliviar a cabeça, a nivel mental.
Findo o treino, havia uns bolitos secos para comer, e umas bebidas não alcoolicas. Então alguém faz anos ? perguntei eu, não, respondeu-me o João, hoje não é dia de S. Martinho ? é, respondi, então, como não podem beber alcool, bebem disto.... ok
Duche com ele que já são horas, e rebatismo...ou seja, eu explico, tá uma pessoa, a tomar o belo do duche de agua quente e de repente, leva em cima com um balde de agua fria...mas pronto, praxes são praxes...
Já ficou combinado para o próximo sábado, novo treino.
Há, já me esquecia, o treino foi de andebol...

quarta-feira, novembro 08, 2006

Solidão


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar..... Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos..... Isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida..... Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado..... Isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma .....

Francisco Buarque de Holanda

sábado, novembro 04, 2006

Por que as Pessoas gritam?


Um dia um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado,questionou o pensador.
- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas, nenhuma convenceu o pensador.Então ele esclareceu:
- Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida? O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância, precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?Elas não gritam. Falam suavemente. E por que? Porque seus corações estão muito pertos.A distância entre elas é pequena. As vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas. Por fim, o pensador conclui dizendo:
Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.

(Mahatma Gandhi).

quinta-feira, novembro 02, 2006

NAT KING COLE - When I Fall In Love

Adoro esta música, lembrei-me de a partilhar com voces e em particular com uma pessoa Admirável...
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