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Marcos Antonio Menezes 

Pitymenezes@aol.com

Titian, Three Ages

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Contos:


Alguma notícia do autor:

 

Marcos Antonio Menezes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ruth, by Francesco Hayez

 

Albrecht Dürer, Mãos

 

 

 

 

 

 

 

John Martin (British, 1789-1854), The Seventh Plague of Egypt

 

 

 

 

 

Marcos Antonio Menezes


 

Informações do autor:

 

Marcos Antonio de Menezes. É jornalista, doutor em História pela UFPR. Autor de Olhares sobre a cidade: narrativas poéticas sobre as metrópoles contemporâneas. São Paulo: Cone Sul, 2000. Ganhador do III Festival Universitário de Literatura, 1999, promovido pela Revista Livro Aberto, de São Paulo e Xerox do Brasil. O prêmio foi na categoria ensaio e deve como júri: Moacyr Scliar, Waly Salomão, Fábio Lucas e Yolanda Lhuiller. É jornalista responsável pela Revista ArtCuultura da Universidade Federal de Uberlândia/MG e membro do seu Conselho Editorial é, também, membro do Conselho Editorial da Revista Guaiás da Faculdade de Caldas Novas/GO. Tem vários artigos publicados em Revistas acadêmicas. É mineiro de Capinópolis/MG e tem a poesia como tema de pesquisa, seu Doutorado é sobre o poeta francês Charles Baudelaire, mas de vez em quando arrisca-se a escrever alguns versos.

 

Publicações mais importantes:
 

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Flâneur: o eterno morador das ruas. ArtCultura, Uberlândia/MG, v. 05, n. 07, p. 31-41, 2004.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Arte e Identidade no Espaço Urbano. Opsis, Catalão - GO, v. 03, p. 33-40, 2003.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Cenas da Cidade Industrial do século XIX em Engels. Contexto - Revista de Filosofia e Ciências Humanas, Januária - MG, v. 01, n. 02, p. 11-15, 2003.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Viagens pelo Jardim: Benjamin leitor de Baudelaire. Visão Universitaria, Cassilândia - MS, n. 11, p. 28-31, 2003.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Quadros Parisienses na Obra Poética de Baudelaire. Artcultura, Uberlândia(MG), v. 4, n. 4,
    p. 107-116, 2002.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. As Ilusões Perdidas: Baudelaire e o Século XIX. Visão Universitária, Cassilândia (MS), v. 04,
    p. 29-31, 2001.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Baudelaire e a Revolução. Guaiás, Caldas Novas (GO), v. 01, n. 01, p. 55-61, 2001.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Feminismo: Contribuição ao Marxismo. Ceppg Centro de Ensino Superior de Catalão, Catalão (GO), v. 03, n. 04, p. 08-13, 2001.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. A Multidão da Cidade em Baudelaire. Visão Universitária, Cassilândia (MS), v. 02,
    p. 23-25, 2000.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. A Prostituição como Metáfora do Urbanismo do Século XIX. Gênero e Pesquisa, Uberlândia (MG),
    v. 08, n. 15, p. 15-17, 2000.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Baudelaire Crítico do Progresso. Artcultura, Uberlândia (MG), v. 02, n. 02, p. 29-64, 2000.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Todo o Sagrado é Profanado. Vernáculo, Curitiba-PR, v. 02, n. mai-ago, p. 76-86, 2000.

  • MENEZES, Marcos Antonio de; PATRIOTA, Rosangela; GOMES, Aguinaldo Rodrigues. Afrânio Marciliano de Freitas - O Cirugião de Carlos Lamarca Narra suas Experiências Durante a Ditadura Militar. Cultura Vozes, Petrópolis, v. 93, n. 04, p. 83-98, 1999.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. As Lésbicas na Poesia de Baudelaire. Caderno espaço feminino, Uberlândia, v. 06, n. 06,
    p. 49-57, 1999.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Observadores de Cenas Urbanas. Estudos de História, Franca (SP), v. 06, n. 01, p. 155-171, 1999.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. Retratos de Ruas e Multidões. ArtCultura, Uberlândia, v. 01, n. 01, p. 46-52, 1999.

  • MENEZES, Marcos Antonio de. A Uma Revolução que Passa: Baudelaire e os Acontecimentos de 1848. História e Perspectivas, Uberlândia, v. 16/17, p.165-185, 1997.
     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Michelangelo, 1475-1564, Teto da Capela Sistina, detalhe

 

 

 

 

 

Marcos Antonio Menezes


 

Comentário sobre Estudos & Catálogos - Mãos:

 

Caro Feitosa,
 

A idéia de um jornal impresso me seduz, afinal sou jornalista do tempo que não havia internet e toda esta parafernália electrónica. Não sou como Gil que faz ode a esta " lanterna moderna que projeta trevas sobre todos os objetos do conhecimento ... fanal pérfido ... idéia grotesca".Leonardo da Vinci,  Study of hands

Gostei de seu Estudos & Catálogos - Mãos. Me fez voltar no tempo e como borboletas amarelas em volta da poça d'água me vi esvoaçando sobre minha infância rural. Eu o li andes de me entregar nos braços de Morfeu. As palavras, os sons, seus significados, me reconduziram como em Proust, A la recherche du temps perdun, ao tempo, este inimigo mordaz, que brincava de fazer vaquinhas com maxixi, o fruto do maxixeiro.

Obrigado poeta por ter feito minha memória iSoares Feitosa, 2003nvoluntária me levar de volta à um tempo onde, com certeza, sentia mas segurança, conforto e afeto que sinto hoje que sou homem adulto. Como Borges "Se eu pudesse novamente viver a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido."
 

ESFORÇO INÚTIL

Lembrar,
ir pouco a pouco
tirando o véu
ir rasgando o pano
puxando as vestis
deixando passar a luz
pela fresta da janela
arrancar a máscara
e mostrar os olhos
encobertos pelo pranto.

Recordar,
complicado exercício
para quem apagou
as próprias pegadas.

Procurar digitais,
revirar gavetas,
olhar álbuns amarelados,
roupas cheirando a naftalina
lençóis encardidos.

Passado,
passo a passo
vai se vendo uma
silhueta nas sombras
cada parte revelada
uma surpresa.

A boca murcha,
os olhos na nuca,
a saliva seca
a espera de beijos,
os braços magros e
retorcidos

Marcos Antonio de Menezes
 

 

 

Culpa

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Wilson Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Plaza de toros

 

 

 

 

 

Marcos Antonio Menezes


 

Paz quente


Uma paz quente
inundou minha
alma,
escorreu pelo meu
corpo, sugou lábios
e boca,
secou lágrimas e soluços.
Vulcão em estado
permanente de ebulição,
deixe sua lava quente
queimar medos e taras.
Metamorfose, aconteça
em cada noite tropical.
Suor escorrendo nos pêlos,
suor brotando nos trópicos,
desejo explodindo,
Uma paz quente
habita agora meu
coração
 

 

 

Um esboço de Da Vinci

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Manoel de Barros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Bathsheba

 

 

 

 

 

Marcos Antonio Menezes


 

Amnésia I


Noite cruel.
Noite dos loucos,
dementes, ausentes.
Deslizando sons em trompete
solitário caminha a fria criatura.
Piedade, alma penada.
Volto caçado,
reviro gavetas à sua procura,
faço torniquete da dor,
amarro ela no braço e
pulsiono a veia.
Esta vontade libidinosa
de morder sua boca
me faz querer a morte.
Cripta selada com barro,
silêncio mórbido.
Tiro pra fora todas
as suas lembranças, junto tudo e ponho
fogo,
jogo água nas cinzas,
mais uma vez ei de perder
a memória.
 

 

 

Mary Wollstonecraft, by John Opie, 1797

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José Nêumanne Pinto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Velazquez, A forja de Vulcano

 

 

 

 

 

Marcos Antonio Menezes


 

Amnésia II


Desejo,
Língua,
Boca,
Corpo.


Arrepios,
Suor escorrendo no peito.


A barba na nuca,
A mão na virilha,
Respiração ofegante.


Lençóis,
No espelho, reflexo de nós dois.


Os ponteiros do relógio se encontram.
Você sai apressado.


Fecho a porta,
Sento-me na cama
E tento lembrar seu nome...
 

 

 

John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana

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Fernando Py