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segunda-feira, novembro 04, 2024

NADYA TOLOKONNIKOVA, ANNA KATHARINE GREEN, EMMA GONZALEZ & THALYTA MONTEIRO

 

 Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som dos álbuns Terra adentro (A Casa Produções, 2011) e Luares (2023), da violonista, compositora, produtora, orquestradora e professora francesa Elodie Bouny, autora de obras como a peça para quarteto de violões Déja Vu (2019), da ópera Homens de papel (2022), da peça para orquestra Eclipse (2022), da peça para clarone solo, Touro (2022), da peça Um abraço pro Waldir (2023) e a peça Resiliência (2023), entre outras.

 

Das feridas, poesia em flor... - Uma e outra vez passou o equinócio da primavera e quase perdia a hora porque colhia flores na Linha do Equador. Nunca é demais qualquer desencontro e lá se foi o que pensava no barulho das águas. Não vacilei porque fui salvo desde o tempo em que ríamos muito. Hoje não mais e, se não tivesse segurado desde anteontem as mãos do futuro, com certeza despencaria diante da incontrolável geração das surpresas. Nem sempre a verdade talvez. Foi preciso mais que um pôr do Sol para que soubesse que não morri na solidão. Foi mais preciso sorrir pras incertas lembranças, amores inconclusos. Só não mais esperarei por boas novas, foi-se o tempo. Deus nunca me deixou mentir: o cristianismo solapou a alma de todos, restaram lutos e festejos hediondos. Vão daí vagotonias. Demoliram os sonhos, mas não faltará tempo para pecar, graças! Para onde vão me levaram pelo avesso e, o melhor, é nem entender. Tampouco viu-se o que aconteceu, ignorou-se pela suposta sanidade. Outros desvaneceram - os frívolos não duram um aceno fugaz. Quando muito sorriem e, às vezes, me deixam em paz para que amanheça ileso: os bruxedos do mundo perderam a graça, tudo se estragou com as coisas engaioladas, promessas, máscaras, exterioridades e o efêmero. A vida não é só desmoronamentos: ainda se vive no escuro o profundo silêncio. Cumpre amar sobretudo por qualquer meio necessário para vencer o mar agitado das ocasiões. Sou agora o que sempre fui e serei: caçador de luas em pleno equilux. Não mais o mesmo e outro, palavrersos entre a imprecisão e a eternidade: das feridas, poesia em flor. Pés descalços, mãos vazias, confesso celebrações: uma palavra a cada emoção, um verso a cada instante. Até mais ver.

 


Marie Curie: A vida não é fácil para nenhum de nós. Mas e daí? Devemos ter perseverança e, acima de tudo, confiança em nós mesmos. Devemos acreditar que somos dotados para algo e que essa coisa deve ser alcançada... Veja mais aqui, aqui e aqui.

Erika Mann: Agora que a liberdade desapareceu em tantos lugares e a paz está ameaçada de tantos lados, as palavras paz e liberdade recuperaram seu brilho. O presente exige de nós um amor magistral pela paz... Veja mais aqui.

Marie Bregendahl: Quanto mais sombrias as perspectivas e mais difícil ter esperança, mais firmemente deve-se agarrar à esperança quando ela insurgir... Veja mais aqui.

 

VIDA

Imagem: Acervo ArtLAM.

Ah, o que é a vida! \ É apenas um toque passageiro no mundo; \ Uma impressão nas praias da terra \ A próxima onda que flui irá lavar; uma marca \ Que algo passou; uma sombra em uma parede, \ Enquanto procura pela substância, a sombra se afasta; \ Uma gota da vasta nuvem espiritual de Deus \ Que circula sobre um tronco, uma pedra, uma folha, \ Um momento, então exala novamente para Deus.

Poema da escritora estadunidense Anna Katharine Green (1846-1935). Veja mais aqui e aqui.

 

GUIA DE ATIVISMO – [...] A arte é um reino que nos ajuda a combater forças que tentam mecanizar as pessoas, forças que veem os humanos como coisas que precisam de instruções de uso e devem ser colocadas na prateleira de uma loja de shopping. [...] Precisamos de um milagre para sair daqui. E milagres são reais; eles já aconteceram comigo antes. Amor incondicional, por exemplo, ou solidariedade, ou ação coletiva corajosa. Milagres sempre acontecem no momento certo na vida daqueles com uma fé infantil no triunfo da verdade sobre a falsidade, daqueles que acreditam na ajuda mútua e vivem de acordo com a economia do presente. Você não pode comprar a revolução, você só pode ser a revolução. [...] Quando nos faltam forças para agir, é preciso encontrar palavras que nos inspirem. Por isso, lembre-se de um ponto fundamental: nada de deixar sua confiança arrefecer. O poder está nas suas mãos. Juntos, como comunidade ou como movimento, podemos fazer milagres. E faremos [...] Se você quer mudar algo, precisa saber como as coisas funcionam. Um ativista deve saber disso. Você está aprendendo sobre como as coisas funcionam praticando-as. [...]. Trechos extraídos da obra Read & Riot: A Pussy Riot Guide to Activism (Coronet, 2020), da artista conceitual, musicista, escritora e ativista russa Nadya Tolokonnikova (Nadejda Andreevna Tolokonnikova), que foi membro do grupo anarquista feminista Pussy Riot, que em 2012 foi condenada por vandalismo e ódio religioso, caso que foi considerado por grupos de direitos humanos como julgamento parcial. Na ocasião ela invadiu a Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, para uma performance de protesto contra Putin, sendo, por isso, sentenciada a dois anos de prisão. Em 2013 ela foi solta por cumprimento da Constituição russa e por ser reconhecida como prisioneira política. Em 2016 ela publicou o livro autobiográfico How to Start a Revolution e fez canções, em 2018/19 para a turnê Riot Days. No livro epigrafado ela defende: Seja um pirata! Faça com que o governo se borre de medo! Retome a alegria!, apresentando 10 regras para a revolução, ilustrado com desenhos e centrado na ação direta, que ultrapassa ideias de militância e professando a desobediência civil.

 

RESPONSABILIZAÇÃO POLÍTICA - Estamos absolutamente determinados a garantir que o mundo pare de ver os políticos como seres humanos e comece a vê-los como máquinas que precisam ser responsabilizadas... Nós nos recusamos a ser silenciados pela mídia, pela NRA ou pelos políticos que falharam conosco por muito tempo... Já tivemos o suficiente de promessas vazias e da falta de ação. É hora de uma mudança real. Temos que lembrar que nossa história não é só nossa, é a história de um movimento que mudará o mundo... Pensamento da ativista estadunidense Emma Gonzalez, defensora do controle de armas. Ela surgiu após o trágico tiroteio na Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, Flórida, em 14 de fevereiro de 2018, quando ela e seus colegas de classe foram submetidos a um ato horrível de violência realizado por um atirador solitário, resultando na perda de 17 vidas e deixando inúmeras outras fisicamente e emocionalmente marcadas. Durante um discurso, Emma chamou a atenção de políticos e legisladores por sua inação, transmitindo uma mensagem carregada de emoção que exigia mudanças e prometendo que: Seremos o último tiroteio em massa. Ela e seus colegas cofundaram o grupo de defesa Never Again MSD, para fazer campanha pela reforma do controle de armas, realizando o monumental protesto March for Our Lives, em Washington, DC, que atraiu centenas de milhares de apoiadores de todo o país. Suas palavras ecoam: Acredito que ser destemido é ter uma profunda preocupação com a humanidade e colocar os outros antes de si mesmo... Não basta lamentar as vidas que perdemos, temos que lutar para salvar as vidas que ainda estão aqui... Temos que continuar avançando, não importa o quão difícil seja, porque temos uma responsabilidade com as gerações futuras... Fortaleça sua mente em qualquer lugar e a qualquer hora...

 

A ARTE DE THALYTA MONTEIRO

Caminho por diversas linguagens como pintura, gravura e experimentação em performance.

A arte da artista visual, arte educadora, pesquisadora, oficineira e trabalhadora da cultura Thalyta Monteiro, que realiza extraordinário trabalho de processo manual e ritualístico da pintura e da lenoleogravura, além de fotoperformances. Veja mais aqui.

&

SETECENTOS PENSAMENTOS

No próximo dia 6 de novembro, nos horários das 16 e 20h, será lançado no Festival do Livro da Mata Sul, na sede da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, em Palmares, o livro Setecentos pensamentos (CriaArt, 2024), do poeta e professor Admmauro Gommes. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.

 

Vem aí:

Dareladas – Centenário de Darel Valença Lins aqui.

Tem mais:

Livros Infantis Brincarte do Nitolino aqui.

Poemagens & outras versagens aqui.

Diário TTTTT aqui.

Cantarau Tataritaritatá aqui.

Teatro Infantil: O lobisomem Zonzo aqui.

Faça seu TCC sem traumas – consultas e curso aqui.

VALUNA – Vale do Rio Una aqui.

&

Crônica de amor por ela aqui.

 


sexta-feira, novembro 10, 2023

JUDITH BEVERIDGE, ANNE PERRY, EMANUELE TREVI & MAURO MOTA

 

Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som dos álbuns Was kann das Herz dafür (2005), Herzenssache (2007), Dichtung und Wahrheit. Das Beste aus 10 Jahren (2013), Christmas with Salut Salon (2014), Salut Salon Live (2015) e dos DVDs Klassisch verführt (2009), Salut Salon. Der Film (2012) & A Carnival of the Animals and other Fantasies (2016), do quarteto alemão Salut Salon, formado pelas violinistas Angelika Bachmann e Iris Siegfried, pela pianista Anne-Monika von Twardowski e pela violoncelista Sonja Lena Schmid.

 

DECÁLOGO: EMPATENTRERRACERTOS... – Era uma vez e outra, quase sempre ressurreto pelas paisagens de silêncio das encruzilhadas, sem saber de nada até morrer pela primeira vez, porque mais de duas vezes vinte tentativas malogradas no alvo e eu ali efebo afoito de não sei quantas raspando a trave, tirando fino de todo jeito e no bambo da caçapa, até que enfim, graças, quantas humilhações, já sem autoindulgência e pronto para outra com todo entusiasmo pubescente deliberado de imberbe ousado. Isso era eu e a salvação no que dissera Marie Curie: Nada na vida deve ser temido, somente compreendido. Agora é hora de compreender mais para temer menos... Houve uma terceira, ipso facto, evidentemente divertida e no quarto foi surpreendente e deu azo a tanto, o tempo passava como se eu me mantivesse insenescente virado da breca mundo afora. Pra que contar das falhas se da quinta em diante nada mais incipiente sem quase nem fiasco de imperícia, era pura indignação porque já se passavam das seis e tão irritantemente emborcado pelas setes, quem sabe lá pra mais de oito mesmo, vai saber. Não me vira que nem Biritoaldo no inferno de Strindberg, era minha catábase no que fui Rimbaud, muito pior: ali o ambívio onde Tyrésias cometia um extispício para adivinhar meu futuro e a dizer Cecília Meireles: Pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas lembranças... A vida só é possível reinventada... Nove mais uma e desinventava porque já perdia a conta nos dedos com todo abatimento pelos insultos da sorte e o que dizer dos desinformados com seus maiúsculos delírios e grosserias atrozes, como se as coisas fossem assim mesmo e não são. Ah, não! Não é pegar ou largar, não dá mais essa (e um parêntese: o planeta esquentando e Terra a sangrar nos andes bolivianos, no Cazaquistão e em Madagascar, ninguém nem aí se a gente findar dissolvido com os raios de explosões das quilonovas, valha-me! Não vai dar pra se esconder na Argolândia nem no raio que o parta!). Só diria que nunca é tarde apesar da desfeita patriotária: o que era para suplantar sequer chegamos perto, só retrocedemos ribanceira abaixo! Quem teria brio... Era Frida e eu renascido da segunda morte, todo pronto pro Quarup com a La Catrina de Guadalupe y Posada. E a dama memento mori tal carpideira uivante só porque mataram de novo o pianista Tenório Júnior e era uma desgraça atrás da outra, com o desembesto da Catirina pro meu Bumba-meu-boi: Mestre Tiá, tá tudo desconchavado. Porque tá faltando um parafuso... Mande a cantadeira cantá e os tocadô tocá que é pra podê eu funcioná!... E não foi pouco de noite quando me disse versos de Anne Sexton: E eu digo apenas com meus braços estendidos naquele lugar de pedra, qual é a sua morte mas um pertencimento antigo, uma toupeira que caiu de um de seus poemas... Pela décima milionésima vez e lá estava eu com o risco do salto mortal e eu dera cambalhota e destemido por um triz senão quebrava o pescoço e babau: a vida feita de vozes e caminhos plurais, a reinventar de mim cenários e gestos, a reexistir disruptivo e decolonial. Estamos todos no mesmo barco, entre as escolhas e arrependimentos, com o pavor dos acrófobos. Eu com meu amuleto de nada - Viva: a vida é uma festa! Mais será... Até mais ver!

 

KALUTARA

Imagem: Acervo ArtLAM.

Eu irei para Kalutara. \ Eu li sobre isso uma vez em um poema \ e foi conquistado por seu nome lindo e confuso. \ Isso me emocionou com o desejo pelo elegante \ pescadores magros com pernas pretas \ como corda com nós \ (brilhante e limpa para o sexo) \ meio escondido, sob sarongues pendurados \ como panos de prato. \ Sorrindo através dos dentes brancos \ e gengivas rosa brilhante \ são mestres perfeitos de sua pele e destinos finos \ e diariamente, eles pescam algo que vale a pena ter, \ ao vivo, balas de prata, \ algumas surras ainda bocas abertas, \ maltratadas. \ Mulheres vêm à praia com cestos e crianças, \ prontas para reivindicar o que é delas. \ Os homens de pernas finas gritam nomes, \ Lakshika, Hashani, Dini \ – e eles riem, seus olhos como fogo negro no mármore.

Poema da premiada poeta, editora e acadêmica australiana Judith Beveridge.

 

A FACE DO ESTRANHO - […] Muitas mulheres desperdiçam suas vidas sofrendo porque não têm algo que outras pessoas lhes dizem que deveriam querer. Se você está feliz ou não, depende até certo ponto das circunstâncias externas, mas depende principalmente de como você escolhe encarar as coisas, se você mede o que tem ou o que não tem. [...] Esteja ciente de que você só pode realmente ajudar as pessoas ajudando-as a se tornarem o que são, e não o que você é. Já ouvi você dizer: 'Se eu fosse você, faria isso ou aquilo'. 'Eu' nunca sou 'você' - e minhas soluções podem não ser as suas. [...] Se você está feliz ou não, depende até certo ponto das circunstâncias externas, mas depende principalmente de como você escolhe encarar as coisas, se você mede o que tem ou o que não tem. [...] Antes de sentir pena de si mesmo, olhe bem mais de perto para os outros e então decida com quem você mudaria ou poderia mudar de lugar e que sacrifício de sua natureza você estaria preparado para fazer para conseguir isso. [...]. Trechos extraídos da obra The Face of a Stranger (Ballantine, 2008), da escritora britânica Anne Perry (pseudonimo de Juliet Hulme). Veja mais aqui.

 

DUAS VIDAS - [...] eu não vou admitir uma dor ou uma doença nunca serve para nada, é apenas um consolo moralista e, em qualquer caso, eu desistiria de bom grado desses famosos frutos do sofrimento. Não nascemos para nos tornarmos sábios, mas para resistir, escapar, roubar algum prazer de um mundo que não foi feito para nós. [...] Porque vivemos duas vidas, ambas destinadas ao fim: a primeira é a vida física, feita de sangue e fôlego, a segunda é a que se passa na mente de quem nos amou. E quando até a última pessoa que nos conheceu de perto morre, bom, então realmente nos dissolvemos, evaporamos, e começa a grande e interminável celebração do Nada, onde as ferroadas da falta não podem mais picar ninguém. [...] a felicidade deveria consistir em cada vez menos atenção a si mesmo. Mais do que autocuidado! Quanto menos você souber sobre quem você é e o que deseja, melhor será para você. [...] Qualidades humanas ou literárias? Vá e distinga: as obras-primas são sempre, de uma forma ou de outra, secreções organizadas, como se um corpo fosse capaz de suar cristais ou confetes, em vez das habituais gotas banais e disformes. [...]. Trechos extraídos da obra Due vite (Neri Pozza, 2021), do premiado escritor e crítico italiano Emanuele Trevi.

 

MAURO MOTA, UMA BIOGRAFIA

... Tudo nos seus espaços, / o mundo e o carrossel. / Tudo menos o andejo / homem que se conclui. / Olho-me e não me vejo, / não sei para onde fui...

Trecho poema Natal, extraído da obra Mauro Mota e o seu tempo – biografia (AIP/Biblioteca de Jornalistas de Pernambuco, 1987), do advogado, jornalista, historiador e professor Nilo Pereira (1909-1992). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 


quinta-feira, fevereiro 27, 2020

GOLDONI, SOPHIE SCHOLL, RABINOVITCH, TALLULLAH BANKEHEAD, MILENA MORAES, TEREZA LIMA & PERNAMBUCO


TODO DIA É DIA DA MULHER – UMA: A FOLIA DO CARNAVAL TRAZ DUAS BOMBRAS PRO BRASIL - A primeira bomba é a de que o Coisonário & sua coisada trupe, convocaram seu batalhão de coisominions no carnaval, para protestarem no próximo dia 15 de março, contra o Congresso Nacional e o STF. Como a estupidez, a desinformação e a indiferença de grande parte da população e da maioria das autoridades constituídas estão no pico do sensômetro beirando o descabível, faz-se necessário observar que tal ato conflita com o previsto no inciso II do art. 85 CF/88, que dispõe: São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: [...] II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; [...]. Como tem muita gente levando nas coxas e deixando essas coisas pra lá, uma sacadinha só: para qualquer simples entendedor isto significa: golpe! Ou não? Nesse caso, mais um, né? Huummmm... A segunda: são as notícias calamitosas de supostos casos do coronavírus no Brasil, sobretudo em São Paulo e em Pernambuco. Eita! Em tempos sombrios como os atuais, não seria nunca demais recorrer a quem entendia do riscado, como o caso da Marie Curie (1867-1934): “A vida não é fácil para nenhum de nós. Temos que ter persistência e, acima de tudo, confiança em nós mesmos. Cada pessoa deve trabalhar para o seu aperfeiçoamento e, ao mesmo tempo, participar da responsabilidade coletiva por toda a humanidade”. É isso aí. DUAS: EM TEMPOS SOMBRIOS, ONDE O AMOR? – De 2015 para cá a coisa começou mesmo a desandar dum jeito desarrumado. A bronca tem ficado séria demais: lapadas de golpes, umas atrás das outras, tem deixado tudo muito imprevisível. Mesmo com tudo isso, das duas, uma: ou os corações apaixonados estão roendo a maior dor de cotovelo de não verem mais nada; ou estão amando com urgência demais que não conseguem sacar a situação desesperadora que estamos atravessando. Da minha parte, vou de Adélia Prado: “Estou no começo do meu desespero, e só vejo dois caminhos: ou viro doida, ou santa”. Acho que já endoidei o suficiente na vida, nunca tive vocação para santo. Estou, portanto, num mato sem cachorro. Como não vejo solução para o meu caso, melhor levar o assunto para o coração e destacar outro recado dela: “Amor pra mim é ser capaz de permitir que aquele que eu amo exista como tal, como ele mesmo. Isso é o mais pleno amor. Dar a liberdade dele existir ao meu lado do jeito que ele é”. Assim, sim. TRÊS: RAZÃO X EMOÇÃO - Nunca é demais levantar a bola dos equívocos que a gente costuma secularmente meter o bedelho. O mundo ocidental – leia-se: esse mesmo que a gente vive, ora! -, não encontra conciliação entre o que deve prevalecer: a razão ou a emoção. A segunda ganha de feio, razão pela qual a gente flagra todo dia muita pisada na bosta no noticiário, parecendo mais que a gente gosta mesmo de fazer muita merda. A primeira, por sua vez, uma frieza que sai da academia com despreparados de nariz empinado, só para contaminar a indiferença daqueles que se acham os sabidos intelectuais acima da mundiça. Coisa de ficar puxando prum lado ou pro outro, no desgraçado maniqueísmo dos sectários. Melhor, acho eu, a da sábia Mayana Zatz: “Um olho na razão, outro no coração”. Aí, sim, ora, ora, vamos aprumar a conversa, gente! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

DITOS & DESDITOS: [...] PLÁCIDA – Se voltarmos a levar comédias dell’arte, estaremos bem arranjados. O mundo está farto de ver sempre as mesmas coisas e de ouvir sempre as mesmas palavras; o público já sabe de antemão o que Arlequim vai dizer, antes mesmo que abra a boca. Por mim, senhor Horácio, digo francamente que em poucas peças antigas ainda trabalharei; estou encantada com o novo estilo. [...] PLÁCIDA – Meu caro poeta, o senhor é um louco. (Sai) [...]. Trechos da Cena 2 do 1º Ato da peça teatral O teatro cômico (Companhia Teatro de Almada, 2011), do dramaturgo veneziano Carlo Goldoni (1707-1793), escrita em 1743 para a grande atriz florentina, Anna Boccherini, La donna di Garbo, sua primeira comédia regular totalmente escrita, entregando aos atores o texto completo, da primeira à última palavra. Trata-se da primeira das dezesseis comédias, a peça representa uma inovação na produção do autor, na qual discute o estado atual da comédia, corrompido e muitas vezes vulgar, e apresenta seu projeto para colocar em nova honra as boas práticas da tradição, enquanto mostra cenas e personagens fiéis à vida real. É uma comédia metateatral que enfatiza o status da peça como encenada. Os personagens são atores que, para interpretar uma comédia, colocam máscaras e nomes da tradicional Commedia dell'Arte, revelando as problemáticas do tempo em que a peça foi escrita: a precariedade da vida dos atores, a crise do melodrama, o desemprego, a fome que atormenta a classe dos artistas, mostrando a solidariedade que une os trabalhadores do teatro e que dá sentido à aventura humana e teatral. O espaço cênico exibe o trabalho que cada ator deverá levar a cabo – ou seja, trata-se aqui do teatro dentro do teatro, de uma viagem entre o imaginário e a realidade, na forma de uma alegoria que desvenda os processos do teatro para aproximá-lo do seu público. Veja mais aqui, aqui & aqui.

RESISTIR É PRECISO - Não nos calaremos, somos a sua consciência pesada; a Rosa Branca não os deixará em paz! O que escrevemos e falamos é o que muitas pessoas pensam, mas não têm coragem de dizer. Como podemos esperar que a justiça prevaleça, quando dificilmente alguém se dispõe a se entregar por uma causa justa? Levante-se pelo que você acredita, mesmo que isso signifique levantar-se sozinho. O que importa a minha morte se, através do nosso exemplo, milhares de pessoas acordarão e começarão a agir. Palavras da pacifista alemã Sophie Scholl (1921-1943), a jovem que enfrentou Hitler, como membro do movimento de resistência antinazista, Rosa Branca, que se opôs ativamente ao Terceiro Reich durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi presa pela Gestapo, em 18 de fevereiro de 19043, enquanto distribuía panfletos na Universidade de Munique e na Baviera com trechos apocalípticos da Bíblia, condenada por traição e executada na guilhotina, tornando-se mártir e heroína alemã da causa, juntamente com seu irmão, Hans Scholl, e um colega universitário, Christoph Probst, 24 horas depois de condenados. Esse fato foi tema do filme A Rosa Branca (Die Weiße Rose - 1982), de Michael Verhoeven, baseado na história dos estudantes alemães que protestaram contra o regime nazista. Em seguida, a atriz Lena Stolze, que interpretou Sophie Scholl, reprisou seu papel em The Last Five Days (1982) e, logo após, no Sofphie Scholl: The Final Days (2005). Outro filme também retrata a cena vivida, a exemplo do premiado Shophie Scholl – Diez letzten Tage (Uma mulher contra Hitler, 2005), dirigido por Marc Rothermundo e Fred Breinersdorfer, estrelado por Julia Jentsch.

A ARTE TEATRAL DE TALLULLAH BANKEHEAD
Se eu pudesse voltar à juventude, cometeria todos aqueles erros de novo. Só que mais cedo. Eu sou séria sobre o amor. Estou bem séria sobre isso agora... Não tive um caso por seis meses. Seis meses! É bem longo... Se há alguma coisa comigo agora, não é o estado de espírito de Hollywood ou Hollywood... O assunto comigo é, quero um homem!... Seis meses é muito, muito tempo. Eu quero um homem! Ninguém pode ser exatamente como eu. Algumas vezes eu mesmo tenho problemas sendo assim. São as boas garotas que escrevem diários; as más nunca têm tempo. Já não se fazem espelhos como antigamente.
TALLULLAH BANKEHEAD - A arte da atriz estadunidense Tallullah Bankehead (1902-1968), conhecida por sua atuação no teatro em comédias e dramas, personalidade vibrante, sagacidade devastadora e voz rouca, tornando-se um ícone de personalidade e atuação tempestuosa e atraente, com uma voz única e maneirismos que costumavam beirar a imitação e a paródia. Teve marcante participação em causas como os movimentos por direitos civis, abrigos para crianças abandonados e às famílias vítimas da Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial. Atuou também no cinema, no rádio e na televisão. Teve uma vida sexual desinibida, lutando contra o alcoolismo e o vicio em drogas. Veja mais aqui.
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A ATRIZ MILENA MORAES
Se o que você faz não é relevante de fato, não tem por que fazer. Eu comecei a fazer teatro em 1994, mas foi a partir de 2001 que considero o primeiro trabalho profissional com ‘Uma Mulher Só’, solo que tratava de uma personagem que sofre violência doméstica e é presa em casa. Gosto de trabalhar com espaços não convencionais, esse deslocamento é potente. O teatro não precisa acontecer no teatro. E também acho importante manter o intercâmbio com autores latinos vivos por que afinal, somos todos latinos, e dessa maneira conseguimos manter o diálogo aberto. Quem faz humor faz qualquer coisa. Em todos os meus trabalhos vai ter uma pitada de humor. Na vida é assim, tem humor em tudo. Para que o drama tenha densidade também é necessário que existam momentos de leveza e ironia. Como vou saber o que é triste se não sei o que é ser alegre?
MILENA MORAES - A arte da atriz Milena Moraes, fundadora da companhia teatral Cia La Vaca, participando por festivais e tendo integrado o Teatro de Quinta. Ela já representa em Mi Muñequita (2008), Kassandra (2012), UZ (2014) e Odiseo.com (2014). Veja mais aqui e aqui.

A FOTOGRAFIA DE BEM MAGID RABINOVITCH
A arte do fotógrafo e pedagogo ucraniano Ben Magid Rabinovitch (1884-1964), autor da monografia instrutiva, How To Learn Photography, que permaneceu impressa durante sua vida. Veja mais aqui.

TODO DIA É DIA DA MULHER PERNAMBUCANA
Ana Lins & a Revolução Pernambucana de 1817 aqui.
A poesia do poeta, jornalista, professor e memorialista Mauro Mota (1911-1984) aqui, aqui & aqui.
A crônica do jornalista e escritor Ronildo Maia Leite (1930-2009) aqui e aqui.
A Cronologia pernambucana, do jornalista, historiador, pesquisador, lexicógrafo e compositor Nelson Barbalho (1918-1993) aqui, aqui & aqui.
A pintura de Marisa Lacerda aqui
A cigana Rejane Soares Cavalcanti aqui
A cana: dos coronéis aos mamoeiros aqui, aqui & aqui.
O município de Primavera aqui & aqui
O blog da professora e ativista cultural Tereza Lima aqui.
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OFICINAS ABI
Veja detalhes das oficinas da ABI aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.


terça-feira, novembro 07, 2017

CECÍLIA MEIRELES, CAMUS, MARIE CURIE, IRENE DUARTE & RIBEIRÃO

O QUE FOI DO PASSADO – Imagem: arte da artista plástica Irene Duarte. - Uma tarde de maio Nazilma deu por conta do olhar insistente de Delzito. De início incomodava e como aquela afincada postura dele causava asco, rejeitava até. Depois de muitos flagrantes de dias, tardes e noites, acostumou-se. Antes repugnante, passou a ser prazeroso aquele fitar flamejante e firme, provocador, insistente, imantado. Ele mirava, ela correspondia, de soltar até um leve sorriso no canto da boca. Pronto, bastou, lá vinha ele em sua direção: Sabia que você tem o sorriso mais lindo mundo? Não. Saiba. Frases entrecortadas formadas por simpáticas reações de tímidos risinhos tornaram-se o preâmbulo para um mínimo de contato. Sem conseguirem encaixar uma conversa propriamente dita, lá se iam de sim em sim, que coisa, deixe disso, vamos lá, quando chegou a hora da despedida, um certo temor tomou conta de ambos. Ele adiantou-se meio desajeitado: A gente pode aprumar conversa qualquer hora dessa? Sim, por que não? Então, tá. Então, tá. Inté. Até logo. Cada qual pro seu lado, não antes conferência de uma virada de ambos, uma piscadela em sinal de adeus com um quase aceno distante. Mais dois ou três encontros, lá estavam em conversa animada. O assunto? Qualquer coisa, o que importava é que se deliciam com o que diziam, jogando conversa fora: Está vendo aquilo? Nossa, que coisa, hem? Já viu? Nunca pensei, mas é legal, nunca tinha prestado atenção. Pois é, também não. E aquilo ali? Estranho, né? É. Papo vai, palra vem, menos se espera já ocorrência de um namoro firme, noivado anos depois. Já era maio de uma década desde o primeiro flerte, ambos desposavam numa cerimônia simples, alguns familiares e uma lua de mel modesta num apartamento alugado. Amaram e se estranharam algumas vezes, trabalhavam para o sustento, sem filhos, atraídos um pelo outro cada vez mais, às juras de amor na madrugada, a pegação de manhã ao acordarem de sono pesado, as beliscadas mútuas no cruzamento dos corpos pelos cantos, as fantasias sensuais ao telefone antes de largar do expediente no trabalho, a correria de chegar em casa e surpreender quem chegasse primeiro, as brincadeiras de esconde-pega, os cochichos carinhosos com as escolhas dos fetiches nas indumentárias de enfermeira, bombeiro, escravos, dominação. Mais uma década e tramavam surpresas as mais imprevisíveis: no escurinho do cinema, na escadaria de prédios abandonados, nas esquinas inóspitas, lugares ermos, paragens insólitas. Realizavam-se amantes e amados, comodamente adequados aos quereres e prazeres recíprocos. Amavam e desamavam, se ajustavam, espalhavam brasa nos desentendimentos, se engalfinhavam nas pazes, arengavam nas vésperas, seguiam e se separavam vez ou outra, vai e vem durante três décadas. Um dia, Delzito sente uma dor no peito e bate as botas. Um choro interminável dominou Nazilma por todo velório. Era chegada a hora da última despedida, coração apertado, sepultamento concretizado. À noite densa dominava o silêncio, ela não sabia o que fazer, anestesiada, sem conseguir conciliar o sono, cochilava, teimando em ficar acordada. Adormecia e por um instante o domínio de um sonho: Venha me buscar, estou vivo, me socorra! Acordava atônita, aperreio aos extremos, prantos desolados, era ele veementemente insistindo para que ela fosse buscá-lo. Não sabia o que fazer. Dormitava envolvida na oníria presença dele chamando-a. Aquilo perseguiu a noite toda em claro. Ao amanhecer procurou amigos e foi encaminhada ao delegado. Este por sua vez despachou pro Juiz. Já final da tarde conseguira a autorização judicial para reabrir a cova, agitada, ansiosa, pás cavando, hora passando, o coração aos pulos, enfim, o caixão, ao removerem a tampa, ele estava de bruços, agora definitivamente morto, chegara tarde, pensara. E nunca mais conseguiu ser feliz. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aquiaqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especiais com o guitarrista britânico de jazz John McLaughlin: Extrapolation & In after the rain; da pianista e compositor polonesa Felicja Blumental (1908-1991): Valsas de Chopin & Piano Português Espanhol; do músico, arranjador, regente, pianista e compositor Wagnert Tiso: Trem mineiro & Preto & Branco; e músicas com o talento e a arte da violonista francesa Ida Presti (1924-1967). Para conferir é só ligar o som e curtir.

PENSAMENTO DO DIA - Cada pessoa deve trabalhar para o seu aperfeiçoamento e, ao mesmo tempo, participar da responsabilidade coletiva por toda a humanidade. Pensamento da cientista polonesa Prêmio Nobel de 1903 e 1911, Marie Curie (1867-1934). Veja mais aqui.

RIBEIRÃO - Ribeirão teve origem num aglomerado de casas populares, construídas em torno de uma capela sob a invocação de Santana, usto no séc. XVIII, segundo tradição local. Daí apareceu o Engenho Ribeirão, mais tarde a Usina Pinto, depois Usina Ribeirão, que contribuiu para o desenvolvimento do povoado. O seu progresso, com a abertura da estação da estrada de ferro Rio São Francisco, em 1862, foi grandemente acelerado. Em 1910 foi construído um ramal ferroviário, partindo de Ribeirão para Barreiros, e outro para Cortês, o que veio favorecer grandemente o município. O distrito foi criado por Lei municipal em 19 de agosto de 1895 e a sua sede foi elevada à categoria de vila por Lei estadual 991, de 01 de julho de 1909. O distrito pertencia ao município de Gameleira. A lei estadual 1931, de 01 de janeiro de 1928, criou o município de Ribeirão, cuja instalação ocorreu em 01 de janeiro de 1929. A sua sede foi elevada à categoria de cidade, pelo Decreto-Lei estadual 235, de 09 de dezembrop de 1938. Administrativamente, o município é formado pelos distritos sede, Aripibu e José Mariano e pelo povoado de Usina Estreliana. Anualmente, no dia 11 de setembro, a cidade comemora a sua emancipação política. Veja mais aqui.

O MITO DE SÍSIFO – [...] Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, aparece em seguida. São jogos. É preciso, antes de tudo, responder. E se é verdade, como pretende Nietzsche, que um filósofo, para ser confiável, deve pregar com o exemplo, percebe-se a importância dessa resposta, já que ela vai preceder o gesto definitivo. Estão aí as evidências que são sensíveis para o coração, mas é preciso aprofundar para torná-las claras à inteligência. [...]. Trecho extraído da obra  O mito de Sísifo: ensaio sobre o absurdo (Livros do Brasil, 2002), do escritor, dramaturgo e filósofo francês Albert Camus (1913-1960), abordando sobre a filosofia do absurdo, pela qual entende-se que o homem busca sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

CÂNTICO II – CECÍLIA MEIRELES
Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
Não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabe que será assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue.
É a passagem que se continua
É a tua eternidade...
É a eternidade...
És tu.
Poema extraído da obra Cânticos (Moderna, 1981), da escritora, pintora, professora e jornalista Cecília Meireles (1901-1964). Veja mais aqui.

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A ARTE DE IRENE DUARTE
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