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segunda-feira, abril 01, 2024

CECILIA VICUÑA, MELBA ESCOBAR, FREDRIC JAMESON, UMBILINA & AUTOGESTÃO DA MEMÓRIA

 

Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som do álbum Pure (Decca Records, 2003), do DVD Live from New Zealand (Decca Records, 2004) e Pie Jesu – Vietnam no National Memorial Day Concert in Washington (2011), da soprano neozelandesa Hayley Westenra.

 

UMA QUASE CANÇÃO DE AUTOEXÍLIO... - Já morri duas vezes: a primeira aos 10 anos de idade; a outra, aos 23 – afora outras tantas passageiras no meu dia-a-dia. Como a morte se abestalhava, escapulia. Mas antes de anteontem ela reapareceu. Quem não desespera com a presença dela por perto? Ao contrário dos estereótipos todos, ela era fascinantemente sedutora. Achegou-se com elegância, aboletou-se ao meu lado e não perdeu tempo: E a vida, hem? Apesar dos pesares, muito bonita: É bom viver! Além de linda, sabia, era inarredavelmente poderosíssima! Ela, então, estalou os dedos e um caleidoscópio instantâneo fez-se filme com todo inventário humano: guerras, fome, injustiças, misérias. Isso é bom? Não. A quem você quer enganar? Tudo era impressionante e insistia em meus olhos não aceitar nada daquilo: uma flor desabrochava, uma criança estendia a mão, um gesto de solidariedade na esquina... Pode sonhar! Só acontece mesmo na sua cabeça de tolo. Não acredito. Quer subestimar minha inteligência? E disse-me Dorothy Eden: O perigo, claro, residia na sua curiosidade, na sua inteligência e nos seus olhos obstinadamente observadores... Sempre prestei atenção a tudo no mundo e na vida. Lendo-me os pensamentos sussurrou: Memento mori... Ao invés de mim isto deveria ser pronunciado pros que se acham donos do mundo e das coisas, surpreendendo os valentões, os ricaços de todos os mandos e os fanáticos da fé. Fitou-me grave e, novamente, os seus dedos agitaram no ar apontando para um salão que surgiu de repente e, no bico da quina do adeus, lá estava: a rainha neandertal ressuscitara mais agnotológica que antes, com suas muitas formas ageótipas de se mostrar tão bela e metida com seus bruxedos medievais - carecia de espiar direito ali os seus zis e ardilosos disfarces. Estava a dita ressurreta ali envolvida com uma romaria escatológica e um coro tóxico aos berros cantantes: A humanidade fracassou! Glória, Jesus! O além-humano morreu! Aleluia! Era uma louca Babel e tudo girava em delírio, como se o come-cu (STSS) devorasse silenciosa e mortalmente as suas entranhas. Uma cena deprimente aquela, mais uma. E o pior era a constatação de que a arte, a filosofia, as ciências, todas sucumbiram àquele ato, ali enterradas definitivamente. E logo vi todos se aprontarem para possante marcha sob os supostos auspícios do todo-poderoso deles. Oh! Era um sinal de rasga-mortalha: o mundo vai acabar! Arrodeavam o cerimonial de uma cova dantesca com enorme pedra sobre. Se era aterrorizante, o medo a favor. Muito desesperador. Enquanto presenciava tudo aquilo, a atraente parca visitante roubava a cena cochichando ao meu ouvido Cressida Cowell: As ações têm consequências e um preço deve ser pago; há coisas que não podem ser desfeitas... Era um alerta e me fez sofrer tanto de ficar com o juízo meio mole. Coisa boa aquilo não era, a insônia de Cioran. Sim, eu me sentia bipolar: uma montanha russa no escuro, cético, niilista. Tal Mark Twain diante de um urso polar, com minha amnésia infantil - cada um com a sua loucura: incompleto, finito e o inesperado esmagador. A senhora libitina percebeu o quanto tudo aquilo calou fundo dentro de mim: mais uma das minhas tantas quedas num poço sem fundo da já inexistente Alagoinhanduba. Socorreu-me remediável com a presença do Eduardo Marinho que aparecera alheio a tudo e pude levar um lero feito o emancipador conversável do Agostinho da Silva. Toda reunião desconfortável desaparecera. E a madame do exício sorriu com o meu pronto restabelecimento puxando-me a um canto secreto e beijou-me: Vá! Apressei o passo cada vez mais longe, ao deus dará! Sentia-me uma andorinha enfrentando sozinha todos os predadores algozes. Escapei fedendo, a alma quase se perdendo de desencarnar de vez pelo barro batido do caminho estreito e mais não tivesse a esperança inútil, o coração esmagado - a morte só poderia ser vida: o passado e tudo que já foi agora é dela. Ao meu ouvido sua voz ecoava Bella Akhmadulina: Quem sabe - a eternidade ou um momento \ Eu tenho que vagar pelo mundo. \ para este momento ou esta eternidade \ Agradeço também ao mundo... Sobrevivi aos seus múltiplos encantos e estou aqui, pela terceira vez, pronto pra contar hestória. Até mais ver.

 

A CIGANA ADORMECIDA

(Um leão cuida de seu livro de sonhos)

Imagem: Acervo ArtLAM.

La Gitana escreve há anos um trabalho secreto \ que ninguém nunca saberá, \ mas já começou \ para ser realizado na vida real. \ Enquanto ela continua a sonhar \ Seus sonhos compõem o mundo. \ O leão, porém, não posso dormir. \ Se você parar de observá-la, \ ela poderia acordar e nós desaparecemos imediatamente.

Poema da poeta e artista chilena Cecilia Vicuña. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

LA CASA DE LA BELLEZA - [...] A verdade é necessária quando há justiça. Mas a verdade sem reparação envenena a alma [...] Desde que me lembro, tivemos que cuidar de nossa segurança. Eu sou loira, olhos azuis, 1,75 de altura, algo cada vez menos exótico no interior, mas na minha infância tudo um ás na manga para ganhar o carinho das freiras e o tratamento preferencial dos meus colegas, bem como um foco de atenção que no caso do meu pai se tornou paranóia de um sequestro que felizmente nunca aconteceu na família, riqueza e traços Os anglo-saxões contribuíram para o meu isolamento. [...] Sua mãe, apenas dezesseis anos mais velha que ela, já foi a rainha do bairro, então Ela pensou que iria acabar pobre, mas acabou grávida de uma loira que falava pouco espanhol e que ele presumiu ser um marinheiro. Dessa visita furtiva de amor, a mulata que Ela compartilhou com a mãe não apenas seu sobrenome, mas também sua beleza e escassez. [...] Entre os apitos dos carros ele avançou saltando por poças de água até chegar à corrida 11, onde Ele embarcou em um ônibus em ruínas […] Um menino de cerca de onze anos entrou para vender balas. Ele disse que foi deslocado de Tolima. Ele disse que tinha quatro irmãos. Ele disse que era o “chefe da família”. Karen Ele enfiou a mão na bolsa e entregou-lhe quinhentos pesos antes de ligar para o ponto. [...] Ao cruzar a centena, ficou atordoada com as buzinas, a fumaça do escapamento, os ônibus verdes e tão antiga quanto a fome de quem pede esmola […] Algumas mulheres, quase sempre negras ou indígenas, com os filhos pendurados no peito ou nas costas, seguravam a criatura em um mão, o papelão na outra, o pote para receber moedas debaixo do braço, numa lamentável equilíbrio sempre atento à mudança de luz. Ao ficar vermelho, mendigos, deslocados, bandidos, viciados em drogas, aleijados, charlatões, desempregados, analfabetos, Abusadas, mutiladas, crianças e mulheres grávidas assaltam veículos em espetáculo diário tão repetitivo e previsível que já não surpreende ninguém. [...] Minha mãe morreu quando eu tinha onze anos. Sempre fui bastante feio. Em todo caso, nenhuma beleza. Eu sabia pouco sobre homens e relacionamentos, sabia principalmente por meio de livros. Decidi ser psiquiatra porque cresci ouvindo meu pai comentar casos e parecia o mais natural. [...] Ainda me lembro daquela vez em que ele me chamou de “mamãe”. Eu estava distraído olhando o jornal, Perguntei uma coisa para ele, se ele tinha marcado consulta no urologista, alguma coisa assim, e sem levantar O chefe do jornal me disse: “Não, mamãe”, aí ele ficou vermelho de vergonha e o que ele me disse Isso me deu um ataque de riso. [...] A verdade é que Karen Marcela Ardila, por ter nome do meio, era O sorriso permaneceu desde que ela ganhou o prêmio Colombian Girl, aos oito anos. anos. Sua persistência no gesto era tanta que quase não conseguia mais controlá-lo. Ele sorria o tempo todo momento, mesmo quando a situação era triste ou dramática, outra razão pela qual Jamais poderia apresentar algo diferente do segmento de entretenimento. [...] Karen sabia, sua mãe lhe dissera, que o maior infortúnio de sua mãe fora dar à luz uma mulher porque "os homens fazem o que querem, enquanto as mulheres "Fazemos o que temos que fazer." Karen lembra que tinha treze anos quando a ouviu dizer isso. De Então ele se perguntou, com cada mulher que conheceu, se ele realmente fazia o que queria ou o que queria. essa foi a vez dele. [...] Suas conversas com ele estavam se tornando cada vez mais um ritual dominical e ela temia que com a passagem Com o tempo ela se tornou uma daquelas mães que um dia foi trabalhar no capital, com quem aos poucos o tema da conversa se perdia nas ligações todas as vezes mais curto e mais esporádico [...] “Quando você vem, mãe?”, ele disse finalmente. Já fazia tanto tempo Eu não liguei para a mãe dela. Ao ouvir aquela palavra ele se sentiu distante. [...] Aquele cheiro de terra do mar, de água do mar [...] tirando uma soneca na cadeira de balanço e a mãe preparando bolinhas de tamarindo na varanda de casa, e dizendo “menina, não me procure”. porque você vai me encontrar", porque ninguém mais a chama de menina, ninguém mais a procura, muito menos ela. encontra, ela não se encontra mais, muito menos sabe onde está, cada vez mais perdida, cada novamente aqui e ali ao mesmo tempo e ainda em lugar nenhum ao mesmo tempo. [...]. Trechos extraídos da obra La Casa de la Belleza (Planeta, 2017), da escritora e jornalista colombiana Melba Escobar. Veja mais aqui.

 

ANTINOMIAS DO REALISMO - [...] Observei um desenvolvimento curioso que sempre parece definir quando tentamos manter o fenômeno do realismo firmemente em o olho da nossa mente. É como se o objeto da nossa meditação começasse a oscilar, e a atenção para ele se afastar insensivelmente em dois direções opostas, de modo que finalmente descobrimos que estamos pensando, não sobre o realismo, mas sobre o seu surgimento; não sobre a coisa em si, mas sobre sua dissolução. [...] Também perde o grande jogo do narrador onisciente, que é conhecer segredos que nenhum dos personagens envolvidos jamais aprenderá, ironicamente levando para o túmulo sua infeliz ignorância. [...] Esta sinédoque, em que a escaramuça representa a batalha, como recomendou Balzac, é um ataque muito mais directo e enérgico ao problema impossível da representação colectiva do que qualquer coisa na Esquerda, que é reduzida a manifestações e marchas, e cujos dilemas são vividamente dramatizado pelo facto de terem participado nas filmagens de Outubro de Eisenstein mais actores e figurantes do que o número de participantes reais na própria revolução bolchevique. [...] Provavelmente todo o modernismo desperta isso não necessariamente impulso admirável que muitas vezes assimilamos à Interpretação como tal; mas aqui, pelo menos, podemos nos perguntar se o interesse está no conteúdo de tais temas simbólicos e interconexões ou no sentido ontológico primeiro plano do próprio processo. [...]. Trechos extraídos da obra The Antinomies of Realism (Verso, 2013), do crítico literário estadunidense Fredric Jameson, no qual trata a respeito das tinomeias do realismo, das fontes gêmeas e impulso narrativo, do afeto ou o presente do corpo; Zola, ou a Codificação do Afeto; Tolstoi, ou, Distração; Pérez Galdós, ou, o declínio da protagonicidade; George Eliot e Mauvaise Foi; a dissolução do gênero, a Terceira Pessoa Inchada, ou Realismo após Realismo, Coda: Kluge, ou Realismo após Afeto, a lógica do material, as experiências do Tempo: Providência e Realismo, Guerra e Representação, Vou ser o romance histórico hoje, ou ainda é possível, entre outros assuntois. Em seus estudos ainda expressou: Alguém disse uma vez que é mais fácil imaginar o fim do mundo do que imaginar o fim do capitalismo. Podemos agora rever isso e testemunhar a tentativa de imaginar o capitalismo através da imaginação do fim do mundo. Se tudo fosse transparente, não existiriam ideologias... Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

UMBILINA...

[...] todos os seres da terra são instrumentos de um mistério: tudo começa porque tem que acabar [...] concluiu que nada vale a pena – nem sofrer, nem ser feliz. Viver não é uma coisa nem outra, viver é cíclico. [...].

Trechos extraídos da obra Umbilina e sua grande rival (Autor, 2013), do escritor, dramaturgo e jornalista Cícero Belmar.

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Oficina-vivência Autogestão da Memória, Museus Comunitários e Museologia Política, entre os dias 3 a 5 de abril de 2024, na sede da Sociedade de Cultura Artística 22 de Novembro, no Território Sagrado Ibarema/Paudalho, reunindo 20 articuladores(as) de Iniciativas de Memória, Museus Comunitários e Movimentos Sociais de Aliança, Nazaré da Mata, Olinda, Paudalho, Recife e Tracunhaém. Um evento da ELMP, IBRAM, Funcultura e NEPE/UFPE. Veja mais aqui.

 

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terça-feira, agosto 21, 2018

CÉLINE, IVAN JUNQUEIRA, CIORAN, COUNT BASIE, KAPROW, PATRÍCIA FURLONG, VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER & LABATUT


LABATUT, ZÉ CRAVO & MARIA ROSA – Imagem: Arte da artista visual Patrícia Furlong. - Zé Cravo, como sempre, aquele purgante: um chato de galocha. Basta ver Maria Rosa toda faceira laralilará, arrodeada de festejantes e inofensivos bichos ruminantes e outros avoadores, passarinhos fiu-fiu, saparia foi-não-foi-foi, cães au-au, gatos miau-au-au, guizos de cobras, encantos e faceirices, peitinhos acesos na blusinha de alça, sainhas nos ares rodando bambolê, a brisa do festejo. E ele se roendo todo, cagando raio, querendo estragar tudo. Logo dela se aproxima: Ei, Rosa, vamos brincar de olhos fechados? Vamos. Ele apronta: Mas você só fechou um olho, Rosa! Ah, com você é um olho na missa, outro no padre. Não dá pra brincar com você, menina. Muito menos com você, seu tratante. Você quer namorar comigo? Hem? Você só tem essa bicharada pra brincar? São meus amiguinhos. Assim não dá. E ficou assobiando. Ela, então, disse: Isso chama o tropel de Labatut. Como? Assobiar chama o monstro carniceiro, o Labatut. E eu sou menino pra acreditar numa história dessa! E saiu assobiando, fazendo pouco dela. Ao anoitecer, ela começou a contar sobre a ventania gemedora que traz o rugido dele saindo da lua e devorando tudo com suas entranhas insaciáveis e cheias de fogo. O que é isso? Eu num disse, é o Labatut, vou-me embora que eu não quero ser comida de bicho feio. Oxe, já vai, medrosa? Vou, vamos meus amiguinhos, o Labatut já está vindo. Eu não tenho medo dessas invencionices, aparecer aqui, eu pego ele e destroço todo. Escurecia na redondeza, chegava a noite e Zé Cravo sentado num tronco assobiando, nem nem. Bafejava o vento, relâmpagos e trovões de longe davam sinal do sinistro, as portas e janelas fechadas às pressas, as ruas desertas e, de longe, ouvia-se o trote do faminto Labatut que vinha do fim do mundo. O monstro ciclópico ameaçava a todos com suas presas de elefante, cabelos longos desgrenhados, corpo cabeludo, mãos compridas e pés redondos. A tudo ouve escondido no vento com seus passos largos para abocanhar qualquer alma vivente que lhe atravesse o caminho. Com a zoada ninguém toma pé da bulha que o acompanha, sempre surpreendendo a presa com seus olhos acesos na escuridão. Zé Cravo nem aí. De repente, um turbilhão com um rugido assustador. Ele ficou com os olhos esbugalhados prontos para pularem fora, deu-se a gritar, mas foi engasgado pelo medo. Totalmente arrepiado, não conseguia nem se mover. O monstro rugia na sua frente e ao atacá-lo, logo apareceu Maria Rosa com seus amigos afugentando o malfeitor que não conseguia enfrentar tantos bichos ao mesmo tempo, sendo afugentado dali, na marra. Rosa, então, aproximou-se do vitimado que estava em estado de choque, transido e sem conseguir balbuciar a mínima palavra. Tragam água com açúcar, façam-lhe sustos e alguns choques, ele precisa se restabelecer. Depois de muitos puxavanques e estapeados, ele voltou ao normal. O que era aquilo? Agora acredita, seu Zé Cravo? O que era aquilo? Aquilo era o Labatut que desce da lua para morar no fim do mundo e comer os teimosos como você. Deus me livre. Não fossem meus amigos, você agora estaria no bucho dele, seu mal-agradecido. Eu não, hem? Destá, um dia você aprende, seu chato. E ele nem aí. Dizem todos que essas desavenças entre Zé Cravo e Maria Rosa é sinal de casamento futuro, no fundo, todos admitem, não se odeiam, se amam. PS: Recriação da lenda O monstro Labatut, extraído da obra Histórias do sertão (Irmãos Pongetti, 1856), de José Martins de Vasconcelos. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a música do pianista, compositor e bandleader de jazz estradunidense, Count Basie (1904-1984): Show of the week, Live in Paris, Chairman of the board & Jazz a Lincoln Center & muito mais nos mais de 2 milhões & 600 mil acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir. Veja mais aquiaqui.

PENSAMENTO DO DIA – [...] A tragédia do homem como animal desintegrado da vida consiste no fato de ele não poder encontrar satisfação nos dados e nos valores da vida. Qualquer criatura, como parte da existência, pode viver, pois, para ela, a existência da qual participa tem caráter absoluto. Para o homem a vida não é absoluto. Por isso nenhum homem, por não ser apenas animal, encontra satisfação no ato de viver. [...] Afirma-se equivocadamente que alguém se torna pessimista em razão de uma debilidade orgânica. Na verdade, ninguém se tornaria pessimista se não houvesse tido anteriormente tanto elã a ponto de ter desejado a vida com um ardor apaixonado, mesmo se esse ardor não tenha entrado em sua consciência. [...]. Trechos extraídos da obra Nos cumes do desespero (Hedra, 2012), do filósofo romeno Emil Cioran (1911-1995), que em outra obra, Entretiens (Gallimard, 1995), expressa que: [...] Em todo homem dorme um profeta, e quando ele acorda há um pouco mais de mal no mundo... a vida em comum torna-se intolerável e a vida consigo mesmo mais intolerável ainda. [...]. Veja mais aqui, aqui e aqui.

LEGADO – [...] Objetos de todos os tipos são materiais para a nova arte: tinta, cadeiras, comida, luzes elétricas e néon, fumaça, água, meias velhas, um cachorro, filmes, mil outras coisas que serão descobertas pela geração atual de artistas. Esses corajosos criadores não só vão nos mostrar, como que pela primeira vez, o mundo que sempre tivemos em torno de nós mas ignoramos, como também vão descortinar acontecimentos e eventos inteiramente inauditos, encontrados em latas de lixo, arquivos policiais e saguões de hotel; vistos em vitrines de lojas ou nas ruas; e percebidos em sonhos e acidentes horríveis. Um odor de morangos amassados, uma carta de um amigo ou um cartaz anunciando a venda de Drano; três batidas na porta da frente, um arranhão, um suspiro, ou uma voz lendo infinitamente, um flash ofuscante em staccato, um chapéu de jogador de boliche - tudo vai se tornar material para essa nova arte concreta. Jovens artistas de hoje precisam mais dizer “Eu sou um pintor” ou “um poeta” ou “um dançarino”. Eles são simplesmente “artistas”. Tudo na vida estará aberto para eles. Descobrirão, a partir das coisas ordinárias, o sentido de ser ordinário. Não tentarão torna-las extraordinárias, mas vão somente exprimir o seu significado real. No entanto, a partir do nada, vão inventar o extraordinário e então talvez também inventem o nada. As pessoas ficarão deliciadas ou horrorizadas, os críticos ficarão confusos ou entretidos, mas esses serão, tenho certeza, os alquimistas [...]. Trecho de O legado de Jackson Pollock (Zahar, 2006), do artista visual e assemblagista estadunidense Allan Kaprow (1927-2006).

VIAGEM AO FIM DA NOITE – [...] O pior é que a gente fica pensando como que no dia seguinte vai encontrar força suficiente para continuar a fazer o que fizemos na véspera e já há tanto tempo, onde é que encontramos força para essas providências imbecis, esses mil projetos que não levam a nada, essas tentativas para sair da opressiva necessidade, tentativas que sempre abortam, e todas elas para que a gente se convença mais uma vez que o destino é invencível, que é preciso cair bem embaixo da muralha, toda noite, com a angústia desse dia seguinte, sempre mais precário, mais sórdido. [...] É triste as pessoas se deitando, a gente percebe muito bem que não ligam a mínima se as coisas não andam como gostariam, a gente vê muito bem que não tentam compreender o porquê de estarmos aqui. Para elas tanto faz como tanto fez. Dormem de qualquer jeito, são umas descaradas, umas bestas quadradas, umas insensíveis, americanas ou não. Sempre têm a consciência tranquila. [...] Quanto ao resto, por mais que se faça escorregamos, derrapamos, recaímos no álcool que conserva os vivos e os mortos, não chegamos a nada. Está mais do que provado. E há tantos séculos que podemos olhar nossos animais nascerem, sofrerem e morrerem diante de nós sem que nunca lhes tenha acontecido a eles tampouco nada de extraordinário a não ser recomeçarem sem parar a mesma insípida falência no ponto onde tantos outros animais deixaram! Deveríamos entretanto ter compreendido o que acontecia. Vagas incessantes de seres inúteis vêm do fundo das eras morrer permanentemente diante de nós, e no entanto ficamos ali, a esperar coisas... Nem mesmo para pensar a morte a gente presta. [...] O grande cansaço da existência talvez seja apenas, em suma, esse enorme esforço que fazemos para mantermos vinte anos, quarenta anos, mais, o bom senso, para não sermos simplesmente, profundamente nós mesmos, quer dizer, abjetos, atrozes, absurdos. [...] Vi alguém chegar de longe, andando pelo caminho. Não fiquei muito tempo na dúvida. Mal chegou à ponte eu já o havia reconhecido. Era o meu Robinson, ele mesmo. Não havia erro possível. "Ele vem aqui para me procurar!", pensei na mesma hora... "O padre deve ter lhe passado meu endereço!... Tenho que me livrar dele correndo!" Na hora, achei-o abominável por me incomodar bem no momento em que eu começava a reconstruir meu bom pequeno egoísmo. [...]. Trechos extraídos da obra Viagem ao fim da noite (1932 - Companhia das Letras, 2009), do escritor maldito francês Louis-Ferdinand Céline (1894-1961). Veja mais aqui.

DOIS POEMAS - E SE EU DISSER – E se eu disser que te amo - assim, de cara, / sem mais delonga ou tímidos rodeios, / sem nem saber se a confissão te enfara / ou se te apraz o emprego de tais meios? / E se eu disser que sonho com teus seios, / teu ventre, tuas coxas, tua clara / maneira de sorrir, os lábios cheios / da luz que escorre de uma estrela rara? / E se eu disser que à noite não consigo / sequer adormecer porque me agarro / à imagem que de ti em vão persigo? / Pois eis que o digo, amor. E logo esbarro / em tua ausência - essa lâmina exata / que me penetra e fere e sangra e mata. PALIMPSESTO – Eu vi um sábio numa esfera, / os olhos postos sobre os dédalos / de um hermético palimpsesto, / tatear as letras e as hipérboles / de um antiquíssimo alfabeto. / Sob a grafia seca e austera /algo aflorava, mais secreto, / por entre grifos e quimeras, / como se um código babélico / em suas runas contivesse / tudo o que ali, durante séculos, / houvesse escrito a mão terrestre. / Sabia o sábio que o mistério / jamais emerge à flor da pele; / por isso, aos poucos, a epiderme / daquele códice amarelo / ia arrancando como pétalas / e, por debaixo, outros arquétipos / se articulavam, claras vértebras / de um esqueleto mais completo. / Sabia mais: que o que se escreve, / com a sinistra ou com a destra, / uma outra mão o faz na véspera, / e que o artista, em sua inépcia, / somente o crê quando o reescreve. / Depois tangeu, em tom profético: / "Nunca busqueis nessa odisséia / senão o anzol daquele nexo / que fisga o presente e o pretérito / entre os corais do palimpsesto."/ E para espanto de um intérprete / que lhe bebia o mel do verbo, / pôs-se a brincar, dentro da esfera, / com duendes, górgonas e insetos. Poemas do poeta, jornalista e crítico literário Ivan Junqueira (1934-2014).

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
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terça-feira, setembro 02, 2014

JON FOSSE, ALICE TOKLAS, LUPINO & LITERÓTICA.

INCÊNDIO DAS PAIXÕES – Ela deu-me o seu corpo em brasa para incendiar os meus desejos indômitos. Ela deu-me a sua alma em chamas para incinerar minhas loucuras concupiscentes. Ela assim me veio como quem entrega a sua vida ao carrasco. E pronta para ser usada, seviciada, ultrajada, vilipendiada, até ver-se exaurida de todas as satisfações, ainda deu-me a boca sedenta de todas as sedes seculares. E ainda deu-me o ventre faminto de todo o cio acumulado. E ainda deu-me o gozo de todas as vontades satisfeitas. E assim viramos um do outro em si para sempre acasalados no incêndio das paixões. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui, aquiaqui.

 


DITOS & DESDITOS - Poucos entre nós são sábios o suficiente para saber o quão pouco sabemos. A ignorância das limitações é esperada de todo aquele que não vê além de si mesmo. O homem sábio, por outro lado, alcança uma medida de autotranscendência: ele vê além de si mesmo, até mesmo além do seu ambiente. Sabendo muito mais do que todos nós, ele compara seu conhecimento com o que poderia ser conhecido e confessa não saber quase nada. Um indivíduo tão raro pesa seu conhecimento finito na balança da verdade infinita, e sua consciência de suas limitações lhe diz para nunca dominar os outros. Tal pessoa renunciaria a qualquer posição de governo autoritário que lhe pudesse ser oferecida ou, se acidentalmente se encontrasse em tal posição, abdicaria – imediatamente!... Pensamento do economista estadunidense Leonard Read (1898-1983), ao se referir sobre um fato anedótico ocorrido nos primeiros anos da década de 1940, logo depois que Mises veio da Europa para a América. Ele estava jantando com Leonard Read e alguns outros defensores do livre mercado quando um deles lhe perguntou, quando a noite estava chegando ao fim, o que ele faria se fosse nomeado ditador dos EUA, num tempo que estava repleto de ditadores como Hitler e Stalin. A sua resposta imediata foi dizer “Eu abdicaria!” As razões pelas quais ele fez isto são interessantes porque, à primeira vista, pode parecer que um ditador como ele poderia de fato fazer algum bem antes de ser levado pela polícia por interferir no esforço de guerra. Não poderia ele emitir decreto após decreto desregulamentando a economia, perdoando os comerciantes do mercado negro da prisão, usando o seu escritório para transmitir conversas na rádio sobre os benefícios do mercado livre, e assim por diante. Talvez ele tenha percebido que, dado o estado de pensamento do país naquela época sobre a necessidade e a justiça das regulamentações econômicas, qualquer coisa que fizesse no cargo seria uma perda de tempo. Mises percebeu que seria preciso primeiro vencer a batalha de ideias antes de poder colocar em prática uma reforma econômica duradoura. Outra ideia deve ter sido a de que o poder político dos interesses instalados que beneficiavam de regulamentações, contratos e subsídios governamentais era tão grande que poderiam travar um contra-ataque muito potente a quaisquer reformas que ele pudesse introduzir enquanto ditador. No entanto, há também o argumento moral que deve ter passado pela sua mente, de que ser um ditador de qualquer tipo era em si uma violação dos direitos de outras pessoas. Assim, Mises não apenas abdicaria de altos cargos políticos, mas também da própria ideia de governo de uma pessoa sobre outra. Esta história sobre Mises deve ser lida juntamente com uma história semelhante que Frédéric Bastiat escreveu 100 anos antes, em 1847, “O Utópico”. Bastiat imagina-se como o ditador econômico de França e descreve todas as reformas radicais que planeia introduzir antes de recuar ao perceber que o povo francês não partilhava as suas opiniões sobre o mercado livre e nunca o apoiaria. Então ele renunciou imediatamente. O economista crioou a Foundation for Economic Education (FEE) e escreveu, entre outros tantos livros, o conhecido “Eu, lápis”. É a ele atribuídas frases como: Sempre que impomos decisões de uma fonte única para guiar milhões de decisões tomadas de forma individual temos caos.

 

ALGUÉM FALOU: Embora eu tenha enfrentado muitos obstáculos como mulher, me recuso a deixar que isso me desencoraje. Continuarei a lutar pela igualdade e representação... O mundo está cheio de histórias esperando para serem contadas. Sou apaixonado por procurar essas vozes e amplificá-las através do cinema... Pensamento da atriz e cineasta inglesa Ida Lupino (1918-1995). Veja mais aqui e aqui.

 

MEMENTO MORI - Respice post te. Hominem te esse memento. Memento mori! Ou seja: Olhe para trás. Lembre-se de que você é mortal. Lembre-se de que você deve morrer! (Veja mais aqui, aqui e aqui). O escritor Tolstoi a respeito menciona: Memento mori – lembre-se da morte! Estas são palavras importantes. Se tivéssemos em mente que em breve morreremos inevitavelmente, nossas vidas seriam completamente diferentes. Se uma pessoa sabe que morrerá em meia hora, certamente não se preocupará em fazer coisas triviais, estúpidas ou, principalmente, ruins durante essa meia hora. Talvez você ainda tenha meio século antes de morrer. O que torna isso diferente de meia hora? (Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Annie Ernoux expressa: Salvando algo do tempo em que nunca mais seremos... (Veja mais aqui, aqui e aqui). Já Emil Cioran: Cada vez que deixo de pensar na morte, tenho a impressão de estar trapaceando, de decepcionar alguém em mim...(Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui). O escritor Salman Rushdie: Com a morte vem a honestidade... (Veja mais aqui e aquiMargaret Atwwod: Não importa o quanto você tenha sido avisado, a morte sempre chega sem bater. Porque agora? É o choro. Porque tão cedo? É o choro de uma criança sendo chamada para casa ao anoitecer... (Veja mais aquiaqui, aqui e aqui) E, por fim, Yann Martel: Minha vida é como uma pintura memento mori da arte europeia: há sempre uma caveira sorridente ao meu lado para me lembrar da loucura da ambição humana... (Veja mais aqui).

 

LIVRO DE RECEITAS - [...] A experiência nunca é a preço de banana. [...] No cardápio deve haver um clímax e uma culminação. Venha com cuidado. Um será suficiente [...] A doença às vezes deixa a mente livre para vagar e supor. [...]. Trechos extraídos da obra Cookbook (Harper Perennial, 2010), da escritora estadunidense Alice B. Toklas (1877-1967). Veja mais aqui e aqui,

 

CINCO POEMAS - essas pedras \ e mais um movimento \ porém mais leve, \ não há mais nenhuma cor \ que esconda \ apenas pedras e leves movimentos \ (fecho as janelas do apartamento). II - Sob salgueiros podados crianças de cobre brincam \ e folhas brotam, trombetas soam. Cemitério sombrio \ Plumas escarlates entre as tristezas dos bordos \ Cavaleiros através dos centenários, moinhos vazios\ Ou pastores que cantam à noite e veados \ que vêm à fogueira. Velhas tristezas na floresta \ Dançarinos diante de uma parede negra \ Plumas escarlates, risos, loucura. Trombetas. III - Meus olhos azuis sumiram dos olhos \ O ouro escarlate do coração \ Oh minhas velas, como queimam taciturnas! \ Um casaco azul me envolve enquanto afundo. Você, \ sua boca encarnada que segura a noite. IV - a sombra em chamas, minha sombra em chamas, as cores \ do rosto agora claras, todas as sombras em chamas, cores afogadas de muitos rostos rostos claros, agora claros, agora\ V – EI: As horas tocam o vento \ e o coração é um anjo cansado. O céu \ parece um cachorro preto. 2 - O palhaço tem braços redondos \e com gestos sorridentes \ dança no relógio. O cachorro não abre a boca \ quando come os minutos. 3 - o coração é um anjo tonto \ com cabelo molhado na boca. Poema do escritor e dramaturgo norueguês Jon Fosse. Veja mais aqui.

 

PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aqui Logo mais, a partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá, com apresentação de Meimei Corrêa e com as seguintes atrações na programação: Rolando Boldrin, Vital Farias, Orquestra Armorial, Alceu Valença, Lenine, Bráulio Tavares, Xangai, Elomar, Ricardo Machado & Fernando Fiorese, Wilson Monteiro, Santanna O Cantador, Cikó Macedo & muito mais! Veja mais aqui.



SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá
Quando? Hoje, terça, 02 de setembro, a partir das 21hs
Onde? No MCLAM 
Apresentação: Meimei Corrêa


Veja mais sobre:
Lasciva da Ginofagia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

E mais:
O lamentável expediente da guerra aqui.
Jorge Amado, Gonçalves Dias, Claudionor Germano, Al-Chaer, Dany Reis & Nina Kozoriz aqui.
Ismael Nery, Tomás Antônio Gonzaga, Juliana Impaléa & Keyler Simões aqui.
Miguel Torga, Alfred Gilbert, Pat Metheny, Luciene Lemos, Antonio Cabral Filho & Programa Tataritaritatá aqui.
Michel Foucault, John Coltrane, T. S. Eliot, Edina Sikora, Wender Nascimento & Programa Tataritaritatá aqui.
Nelson Rodrigues, Gauvreau, Antonio Menezes, Luiza Silva Oliveira, Luiz Fernando Prôa & Bárbara Lia aqui.
Jorge Luis Borges, Paulo Leminski, Jean-Michel Jarre, Jeanne Mas, Donizete Galvão, Fabio Weintraub & Regiane Litzkow aqui.
A refém do amor & Programa Tataritaritatá aqui.
Fritjof Capra, Instinto & Ismael Condição Humana aqui.
Loucura repulsiva aqui.
Jards Macalé, Renata Pallottini, Silvia Lane, Hanfstaengl, Louise Von Franz, Miranda Richardson & Programa Tataritaritatá aqui.
Marilena Chauí, Marilda Villela Imamoto, Nise da Silveira, Guimar Namo de Mello & Arriete Vilela aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
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