Mostrando postagens com marcador Freud. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Freud. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, agosto 01, 2022

ANN BRASHARES, MALALA YOUSAFZAI, MEIR SHALEV & MIRÓ DA MURIBECA

 

 

TRÍPTICO DQP: De máscaras & personas... - Ao som do Concert Excerpts @International Guitar Festival Ferran Sor (2020), da violonista espanhola Anabel Montesinos. - O que vejo e sou: a máscara traz a persona que se mostra no palco do mundo e no cenário da vida. A aparência preferida almeja protagonizar entre os arquétipos de Jung e o senso diante da escolha entre os princípios de Freud: o prazer e a realidade. A lucidez é um detalhe e não precisa ser sisuda, como diria Nise da Silveira, seria uma chatura por esconder o real sob o ideal. E essa manipulação não seria lá tão saudável, ou quem capaz do Poema em linha reta ou da Tabacaria de Pessoa, enquanto visualizasse aquela que Carl Rogers colocou no centro da fenomenologia-existencial. Talvez seria melhor considerar o que dissera a escritora estadunidense Ann Brashares: Talvez haja mais verdade em como você se sente do que no que realmente acontece... Talvez a verdade seja que há um pouco de perdedor em todos nós. Ser feliz não é ter tudo em sua vida perfeito. Talvez seja sobre juntar todas as pequenas coisas... Ou atentar para o que escrevera o escritor israelense Meir Shalev: Se ao menos pudéssemos nos livrar de todas as coisas mortas dentro de nossos próprios corpos e almas!... Cada qual seu repertório de representações no ludo vital, sabendo-se de antemão que na cena, diz Stanislavski, deve-se expor o que vem de dentro para não ser um histrião no meio dos outros. É que por trás da máscara mil semblantes podem reverberar...

 


Dum lado a outro a vida se manifesta... – Imagem: arte da sulcoreana Stella Im Hultberg. - Um clique, o estalo, zás. Dentro: um som, tons. Daí sílabas e sonoridades: uma palavra, uma sinapse neuronal, zis significados – senão todos à mercê da percepção. Disso um dedo, o sinal e quantos sentidos (do caos, quantas expressões por descobrir). O simples ato apenas sugeriu e tudo, exatamente tudo pode acontecer: um fio puxa outro, teias. Não é só uma coisa ou outra, de um ponto: todas as ideias – rizomas, galhos dendríticos pulsantes escorrem pelo axônio: as terminações atraem umas às outras, as escolhas, imantações. Quanto poderia se dizer de um simples ato: vibrações ecoam, reverberam algures. E se uma emergiu aqui pode ser outra noutra percepção. Dita o poder de síntese de quem se expressa, a imaginação de quem perceber. Não só, cabe o mundo inteiro em uma só palavra, quanto mais em duas, três, seis. E se uma fonte expede sêxtuplas rajadas de gotas entre muitas outras que circundam e desembocam na emersão do universo à seletividade, níveis da compreensão. É só um triz, apenas, em meia dúzia de jatos com outros pingos condensados, aleatórios ou não, quantas emissões: em cada gota significados implícitos; e, se reunidas, múltiploutros. Ou como diz Cees Nooteboom: O mundo é uma referência cruzada sem fim... Cada período da história tem seus próprios castigos, e o nosso tem uma infinidade... Essa é a diferença entre deuses e homens. Os deuses podem mudar a si mesmos; humanos só podem ser mudados... Quem fala e quem ouve entre empatias e dissonâncias, transmissões e retransmissões: dum lado a outro a vida se manifesta.

 


D’agosto e lá se vai... - Imagem: arte da sulcoreana Stella Im Hultberg. - Era eu menino pelos quatro anos de idade e bateram no portão de quase derrubá-lo – era o início do tenebroso período ditatorial do golpe militar de sessenta e quatro. Começou no primeiro de abril e me assustou: botas expunham fuzis das fardas, vasculhando salas, quartos e quintal. Não sabia o que queriam, só sei que todos os dias marchavam bravos lá em casa e eu, toda vez, entre um dos braços de minha mãe grávida, agarrado à minha irmã. Lembro certa vez ela gritou que era agosto e eles nem consideraram: estava prestes a dar à luz. Lembrei-me porque li A história de mim de Graça Lins, como se lesse um poema de Miró da Muribeca (1960-2022): olhei para o passado / as folhas dos calendários / caindo / é preciso plantar cedo sua árvore / pra mais tarde ter uma sombra / que lhe agasalhe... Agora novamente agosto como o poema de Tchello d’Barros: O tempo desenha na face / O alto custo de um imposto / Pois lento nos dá outro susto / Chegamos a outro agosto / Posto que o destino é vasto / E visto o que está posto / Este viver tão sucinto / Nesta sina a contragosto / Dias semanas e meses / Somam em si um desgosto / No raso espaço do espelho / Os anos esculpem seu rosto... e eu sozinho conto de Emily Brontë: Deixe-me a sós, que preciso pensar; enquanto penso, não sofro… Do que passou e o presente, lembranças tão vivas como ecoassem agora. Até mais ver.

 


Um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo. A diversidade garante que crianças possam sonhar, sem colocar fronteiras ou barreiras para o futuro e os sonhos delas. Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. A educação é a única solução. A educação é o poder das mulheres.

Pensamento da ativista paquistanesa Malala Yousafzai. Veja mais Educação & Livroterapia aqui e aqui.

 


quarta-feira, julho 14, 2021

GERTRUDE BELL, FLORENCE BASCOM, LILA ZALI & PABLO PORFIRIO

 

 

TRÍPTICO DQP – Reino dos sonhos... - Ao som de Pepperland (George Martin), na interpretação de Robertinho de Recife. - Onde eu estava, outro era o Reino dos Sonhos: não era Pepperland, nem o lago de George Gamow, nem a ilha de Samósata. De nada me valeu o tanto de estudos a respeito das interpretações de Freud. Se havia penetrado o universo de Jung, tive que indagar a mim mesmo: Será aquele do The other side - Die andere Seite (Rowohlt Taschenbuch, 2010), do Alfred Kubin? Só sei entre montanhas, uma Celestial. Tudo o mais é plano, algumas colinas, grandes florestas, um lago, um rio dividindo o território visível. Cruzei alguém: Onde estou? Perla, a terra de Patera. Quem? O extravagante ricaço que aqui chegou em busca de caçar o raríssimo tigre persa. Foi ferido pela fera e curado pelo chefe da tribo nativa, em um rito bizarro e indescritível. Curado, ele se apropriou destas terras, separou do mundo circundante com grande muralha e fortificações poderosas. Aqui é o refúgio para todos os insatisfeitos com a civilização e só uma porta que serve tanto para entrada como saída. É por ali. Se você está aqui, saiba: foi um golpe do destino - só os predestinados aqui chegam. Disse-me e saiu. Fiquei sem saber o que fazer. Foi, então, que dei de cara com a geóloga estadunidense Florence Bascom (1862-1945), que assim se reportou: O fascínio de qualquer busca pela verdade não está na obtenção, que na melhor das hipóteses é considerada muito relativa, mas na busca, onde todos os poderes da mente e do caráter são colocados em ação e absorvidos pela tarefa. Sente-se em contato com algo que é infinito e encontra uma alegria além da expressão em soar o abismo da ciência e os segredos da mente infinita. E lá estava eu outra vez, meu navio a sorte inventa.

 


A dança da morte... - Caminhei a esmo e me deparei com o fechamento de uma companhia de Ballet: a Pacifica. Foram cinquenta anos de atividades e muitos altos e baixos, soube. Havia uma tristeza no ar e esbarrei numa bela mulher. Ela olhou-me com seus olhos consternados. Não sabia, mas logo percebi que estava diante da fundadora e coreógrafa, a bailarina estadunidense Lila Zali (1918- 2003). Depois de um tempo com o olhar perdido nas imediações, virou-se e me falou: Você não pode pensar em fantasias como as pessoas estão fazendo e sobre as luzes e tudo mais e ainda ser capaz de dançar... como dançarina, você tem que ser egoísta; você tem que sempre se concentrar em si mesmo... Nós sobrevivemos perseverando e não cometendo o erro que a maioria das companhias de balé cometem ao começar muito grande... Começamos minúsculos e crescemos muito lentamente. Mas ficou... Senti sua voz embargada, seguiu em frente e o silêncio ficou no vazio de tudo, como se ela ecoasse aos meus ouvidos: Hoje não mais. Nenhum sobrevivente. Vi-me sozinho no meio de um momentâneo deserto, do qual emergia um Grand Guignol, como se enredado no meio do bailado de uma cena do Dracula: Pages from a Virgin's Diary (2002), do diretor canadense Guy Maddin. E a Lucy Westenra que fugia do vampiro cruel era a atriz canadense Tara Birtwhistle estirada no chão. Ao dar pela minha presença ergueu-se com um sedutor pedido de socorro. Eu me sentia o próprio Bram Stoker e logo surgiria Mira na pele da atriz Cindy Marie-Small armada com um crucifixo, desarmando-se ao constatar que eu era de paz. Lá estava eu entre as duas belas, até ser interrompido pela escritora britânica Gertrude Bell (1868-1926): A mais degradante das paixões humanas é o medo da morte... Na luta de mão desesperada para a vida, não há elemento de nobreza... Não tenha medo do trabalho duro. Nada que valha a pena vem facilmente. Não deixe que os outros o desencorajem ou digam que você não pode fazer isso. Na minha época, disseram-me que as mulheres não faziam química. Não vi razão para não podermos... Puxou-me pelo braço e me disse para dormir, era o melhor que eu podia fazer, sem mesmo saber como ou, sei lá. Ela acomodou-se em baixo de uma árvore frondosa e me chamou: Venha, vamos sonhar.

 


O despertar do sonho... - Era manhã e acordei assustado, sozinho. Não me sentia lá muito bem, um pressentimento de que estava revivendo um momento que já passara há muito tempo. Sim, na minha infância, quando soldados armados entravam na minha casa e caçavam pelos quartos, sala, cozinha, quintal, a casa toda e eu não entendia nada na minha inocência de quatro anos de idade. Da primeira vez que investiram, lembro bem, até admirei as botas, as armas, a farda, a marcha... mas com a constância de suas invasões adquiri temor e antipatia: eram bastante hostis. Cresci olhando bem para todos os fardados que cruzavam minha caminhada. Foram mais de longos vinte e tantos anos de muito ódio e treva que deles emanavam. Quando me dei por gente não havia como nutrir mesmo nenhuma simpatia, tanto é que à época do alistamento, eu já havia contraído matrimônio e fui dispensado, graças! Seria o inferno, ou melhor: mais um. Mas por que estou sentindo tudo isso agora? Dei pela presença do historiador Pablo Porfirio que lia trechos do seu livro Medo, comunismo e revolução – Pernambuco 1959-1964 (EdUFPE, 2009): ... Foram localizados, sobretudo, os discursos e as práticas sociais que procuravam racionalizar o perigo e a ameaça do comunismo, identificados nas mobilizações dos trabalhadores rurais, tornando-os uma realidade latente para setores da população. Deste modo, a ideia de perigo, defendida e propagada pelos latifundiários, resultava de um conjunto de esforços coordenados que relacionavam vários aspectos da sociedade e faziam emergir uma real ameaça comunista, que colocaria em risco a família, a religião e a paz social. Sim, já havia me dado conta disso. E? ...Essas ações não resultavam de simples histeria ou mera imaginação. Eram estratégias coordenadas, que integravam a imprensa, as discussões políticas e o cotidiano. Criavam modos de pensar, os quais faziam a ideia de perigo e a ameaça comunista ser aceita como verdadeira por parcelas da sociedade... Um conluio para o horror, eu sei... E? ... desenhar um movimento que contribuiu no estabelecimento e validade da dinâmica de uma ditadura militar... foi instituída e socialmente aceita uma crescente rede social crédula na existência de uma perigosa realidade e no caráter salvador do golpe civil e militar de 1964. Agora entendi o meu pressentimento. O presente aos sobressaltos, tão caro para nossa liberdade, para nossa integridade, tudo por um fio: escândalos, ameaças... Já faz tempo, alguns anos, sei, há muito tempo que decifro essa narrativa golpista, um atrás do outro para roubar a nossa paz, a nossa vida. É preciso prestar bem atenção, estar bem atento, não é só a pandemia a me roubar o sono, o meu o país destroçado. Até mais ver.

 

Veja mais aqui e aqui.

 


domingo, julho 11, 2021

SEI SHÔNAGON, TAMARA KAMENSZAIN, NINA MORAES & ARMANDO LÔBO

 

 

TRÍPTICO DQP –- Mais um dia... – Ao som da música Atrás das máscaras, do álbum Técnicas modernas do êxtase (Delira, 2011), no filme-ópera Último dia (2021), de Armando Lôbo, com Natália Duarte, Virginia Cavalcanti, Surama Ramos, Walmir Chagas e Marcelo Sena (Veja mais abaixo) – Acordei com o movimento do travesseiro e os sons da manhã. Procurei tomar pé da situação e qual não foi a minha surpresa: era O livro do travesseiro (34, 2013). Como assim? Isso mesmo. Estava inscrito na capa: Sei Shônagon - aquela mesma do The Pillow Book de Greenaway. Investiguei, desconfiado, como podia tal transformação. Ultimamente tem me ocorrido cada uma. Pois é, ajeitei-me na cama e comecei a ler. A cada página uma surpresa: ali estava tudo o que vivi e sou - devaneios, quedas, sucessões de idas e vindas. Atento a cada parágrafo, frase por períodos e, pelo volume, vi que era um tanto a vencer. Persegui e era como se estivesse procurando o começo ou o fim de O Livro de Areia de Borges e relesse mais curioso que antes: ... porque nem o livro nem a areia têm princípio ou fim... Se o espaço for infinito, estamos em qualquer ponto do espaço. Se o tempo for infinito, estamos em qualquer ponto do tempo... Pensei no fogo, mas temi que a combustão de um livro infinito fosse igualmente infinita e sufocasse com fumaça o planeta... Refleti. E depois surgiu um trecho de outro conto dele, O espelho e a máscara: ... A guerra é o belo tecido dos homens e a água da espada é o sangue. O mar tem seu deus e as nuvens predizem o futuro... E se misturava com trechos do Evangelho apócrifo da infâmia. O que é isso? Outros labirintos ou será que estou enlouquecendo, o que está acontecendo? Mais desconfiado que antes, esfreguei os olhos e lá estava inscrito o que me tocou profundamente: Quanto a pássaros, embora pertença a terras estrangeiras, é muito enternecedora a cacatua. Dizem que ela imita tudo o que falam as pessoas. O cuco-pequeno. A galinha d’água. A narceja. A gaivota, pássaro-da-capital. O pintassilgo-verde. A papa-moscas... Ah, sim, agora era ela como se me descobrisse um xexéu incorrigível. Cabreiro, além da conta, compreendi o que ela quis dizer: uma sensação inenarrável de quem não estava só ali. E não estava mesmo, logo a sua presença preencheu meu quarto e era ela mesma a me dizer: Um homem que não tem nada em particular para recomendá-lo discute todos os tipos de assuntos ao acaso, como se soubesse de tudo. Na vida, existem duas coisas confiáveis. Os prazeres da carne e os prazeres da literatura... Sim isso eu já tinha lido no outro livro dela. E o que está havendo? Ela sorriu, beijou-me as faces e saiu como nunca mais. E me fez pensar na vida. Era só mais um dia. Sim, mais um dia, agora é só viver.

 


A vida imita a arte... - Imagem da artista visual & grafiteira Nina MoraesA leitura do livro me trouxe outras cenas fora das suas páginas e ao meu redor aconteceram coisas estranhas. Tudo parecia muito real naquela hora e dali eu presenciava um fato ocorrido e tão lamentável como aquela triste situação em que foi detratado o tenente Gustl do Arthur Schnitzler: Deus do céu, tanto faz se outro sabe ou não!... eu sei, e isto é o que importa! Sinto que sou outro, já não sou o que fui há uma hora. – Sei que estou desqualificado e por isso devo estourar os miolos... Que vexame! E me sentia como se eu fosse ele diante daquilo tudo e não conseguia concatenar direito. Não sabia onde por os pés, as mãos, nem para onde ir. Da mesma forma aquela outra deplorável circunstância em que me vi na pele do Marlow da Juventude de Conrad a perorar: Lembro da minha juventude e de um sentimento que nunca mais haverá de voltar – o sentimento que eu poderia durar para sempre, mais do que o mar, do que a terra, do que todos os homens; o ilusório sentimento que nos atrai para alegrias, para perigos, para o amor, para o vão esforço – para a morte... O sentimento da desolação me trazia aqueles versos da Tamara Kamenszain: Quem por palavra fala de seus sonhos / quando a vigília os está vigiando ou / quando na tela do lençol se grafa / o que com esses sonhos vai envolto? Tudo me ocorria ao mesmo tempo, como se em mim outras pessoas trafegassem e ora eu me via na misériade Abel ou nos relampejos da borboleta Dinalva. Tudo me dava conta de que viver é muito difícil. Ou melhor, como repetia Guimarães Rosa: Viver é muito perigoso. Para mim nunca foi possível viver alheio ao horror, como se arrancasse os olhos, perdesse a audição, nenhum tato, paladar ou olfato, vivesse ao vento como se caísse no poço para nadar pelas águas, entre ondas e abismos oceânicos, alcançando grandes alturas atmosféricas, percorrendo distâncias de tudo isso. Não, não é possível, a tentação das contradições do mundo e as minhas instâncias se engalfinhavam, eu sabia, a vida é luta...

 


O último dia... – Não sei onde fui parar, sei que ouvi uma estrofe de Antero de Quental que eu esquecera com o tempo e tudo mudava claroscuramente para que eu visse uma porta e, atrás dela, um palco. Ao atravessá-la, cochichos nas coxias, agucei as ouças: Que nada, meu! Do pescoço pra baixo tudo é canela, deu-se as costas às punhaladas. Quem o otário para levar vantagem, o sabido pronto para a rasteira e a cama-de-gato! Não entendia direito a que se referiam e muito menos me dei conta da morte a rondar dançante com seus tamancos enormes. Êpa! Mais adiante mulheres solfejavam e eu não conseguia atinar. Uma voz irrompeu, era de um morto. O que ele disse era de si e de seus infortúnios. Ao silenciar, percebi os resmungos de uma mulher: o brasileiro só é solidário... Quem? Logo deu pra perceber que não era apenas uma mulher, mais. Sim, mais de uma, porque a morte passou por perto, acompanhei seus passos até um trio cantatriz que carpia - terços, novenas, lamúrias, o que Freud viu na festa dos sacrifícios. O defunto então se mexeu, eu vi, ninguém mais, acho. Depois se levantou e depôs: Todo mundo é bom, apesar do lulixo! Todos ouviram e se entreolharam questionadores. Nem eu, nem ninguém, quem explicasse. Logo a saudação dos que ali estavam era um misto de espanto e asco, razão pela qual comemoraram hesitantes: Ele está vivo, viva! Vivôoooo! Afetos e antipatias se deram, era o último dia e a paráfrase nelsonrodrigueana: o brasileiro só é solidário na desgraça! Tanto já era carnaval desde não sei quando. Assim, todo dia passa, evoé. Até mais ver.

 

Veja mais aqui e aqui.

 


quinta-feira, fevereiro 11, 2016

OTFRIED HÖFFE, MAURO MOTA, FREUD, CARLA BLEY, VOLTAIRE, ANNA PAVLOVA, ESCOLA & EDUCAÇÃO, ADOÇÃO & LITERÓTICA


 
A ARTE DE CARLA BLEY
Curtindo os álbuns Fleur Carnivore (ECM, 1989) & Carla Bley, Andy Sheppard and Steve Swallow (ECM, 2012), da pianista e compositora estadunidense Carla Bley. Veja mais aqui.

LITERÓTICA: A MÚTUA DÍVIDA DO AMOR - Toda sexta-feira, meio dia em ponto, não dou mais desconto nem prazo a correr. É dar ou fazer, não tem mais saída, obrigação já vencida só pra liquidar. Pode até amortizar, importa adimplir, seu compromisso cumprir e sem arrazoado. Pague logo o acertado sem cheque ou promissória porque essa cominatória só vale o que está riscado. Não vá pular de lado, não adianta sustar, nem mesmo embargar, isso pode então custar muito desentendimento. Pois a cada pagamento, vem o seu aditamento com a amortização. Isso senão parto para arrematar e nem adianta arrestar ou forçar protelação. Não brinque não, pague logo o que me deve, com celeridade breve resolvendo essa caranha. Pois você ainda se banha diante das circunstâncias sem usar das implicâncias e comigo concordar. Pode acordar de ser a Juliette Binoche toda só no rosa-choque, coisa linda a seduzir. Ou pode assim, chegar Letícia Sabatella me chamando de banguela, querendo me provocar. Vou avisar, não dou trégua nem emborco, vire-se Denise Stoklos ou Lucinda Elisa cover. Ou faça pose, meta bronca sorrateira, pode plantar bananeira que não vou voltar atrás. Seja sagaz, uma moça inteligente, seja bem obediente que não haverá nenhum conflito. Faça bonito, chegue junto bem cordata sem armar qualquer bravata pra gerar mais prejuízo. Então sugiro uma conversa amistosa, toda fina e toda prosa não correndo o menor risco. Como petisco e armada a cortesia negociar assim podia de uma forma confortável, já pra lá de amigável quando ambos concordantes. E adiante com fina habilidade, cordial amabilidade, entrar negociação com a maior demonstração e toda transparência, na maior das diligências tudo no maior conforme. E se informe, caso seja essa intenção, porque do contrário então, a coisa se empena. Não terei a menor pena, muito menos piedade. E sei que na qualidade de credor condescendente, você vai ficar contente se a gente até brigar. Vamos emendar e não seja tão velhaca, então vem e desempaca, pagando sua dívida. Não fique lívida na maior da saia-justa, nem vá beber cicuta nem dê um carreirão. Pode até ir pro Japão que estarei no seu encalço. Você não sai do meu laço já está toda empenhada, com a calcinha afiançada, a blusinha e saia rendada, tudo já hipotecado. Nem olhe de lado, fique logo bem nuínha e também meio arretada, se achegue logo tarada pronta pra fazer litígio. Bote prestígio e venha nua pra emboscada, pronta pra minha cilada e pro maior esfregamento, que tô assim que nem jumento pronto para vadiar. Quero mesmo me esbaldar por todo seu comprimento e essa sua arquitetura, pronto pra maior loucura, ferve quente o xambregar. Isso pra cá, me agarrando com firmeza toda sua redondeza, tudo em cima, cabo a rabo. Depois de quatro vai arcar com a despesa na maior das safadezas na demanda do tesão. Você vai mexer pirão p´reu deixar limpo seu prato na oblação dos seios fartos até piar cancão. Vou ajeitar meu quinhão no seu ventre apetitoso, nas ancas o guidão jeitoso, nas costas o meu repasto. E quando farto da garanhagem e euforia, vou aprumar a minha guia pra ser agasalhado. E sentir um bem guardado com toda litania pra você fazer no dia todo seu maior pecado. Depois de bem dado, devendo ainda está, vou querer me aproveitar cobrando juros e mora. E aí já sem demora exijo a quitação da primeira prestação acertada na penhora. E isso agora que eu quero me empanzinar. Juro que não vou ficar com fastio ou de biqueiro, vou gozar todo banzeiro até o galo cantar. É bom pagar todo dengo com carinho, toda manha com jeitinho ou coisa parecida. E isso pra toda vida, até perder de vista coisa de uma correntista num prazo esticado. Está fadado seu dever reincidente, até mesmo sucumbente, coisa líquida e certa. E seja esperta, porque esta pendência não terá mais decadência, muito menos desistência, coisa do maior valor. E como autor, pego toga de excelência, visto toda competência e viro douto julgador. Do que ficou, dou-lhe a mais formal ciência do teor dessa sentença, julgamento que valeu: você me deve uma conta. E eu também devo a você. No amor não se desconta, principalmente quando desponta coisa mútua que se deu. Já que o seu é meu e o meu é seu, queira tudo o que é meu e mais quiser porque eu quero tudo seu porque tudo de seu é meu. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aquiaqui, aquiaqui.


DITOS & DESDITOSÉ preigoso ter razão em assuntos sobre os quais as autoridades estabelecidas estão erradas. Pensamento do escritor, dramaturgo e filósofo iluminista francês Voltaire (François Marie Arouet/1694-1778). Veja mais aqui.

A ESCOLA – [...] A escola de hoje requer um professor mais crítico, criativo, que participe e que empreenda. Um professor mais inteiro e com mais consciência profissional. Nesse sentido, é importante a formação de um profissional da educação capaz de resolver e tratar tudo o que é imprevisível, tudo que não pode ser reduzido a um processo de decisão e atuação regulado por um sistema de raciocínio infalível, a partir de um conjunto de premissas. [...]. Trecho extraído do artigo A pesquisa na reconstrução da prática docente (SEMED/MS, 2009), da professora e pesquisadora Kely Adriane Brandão Pereira.

EDUCAÇÃO – [...] Não há dúvida de que a escola tem limites para exercitar o com-portamento moral, pois os alunos já trazem as marcas da formação ante-rior e, além disso, recebem a influência das atividades ou passividades ex-tra-escolares. Responsabilizar a escola por todos os defeitos de formaçãosignifica desconhecer os seus limites. Entre as possibilidades que restamà escola está um variado conjunto de recursos didáticos como histórias,filmes, encenações, mas, sobretudo, a forma como são ministradas as au-las, até mesmo as de matemática ou de física. O estilo do ensino e oexemplo do professor e, não por último, a forma de administrar e dirigira escola também têm um papel importante. Apesar da assimetria entre professor e aluno, tanto as escolas de qualquer nível devem ser pequenasdemocracias. [...] Trechos extraídos de Valores em Instituições democráticas de ensino (Educação & Sociedade, 2004), do professor e filósofo alemão Otfried Höffe.

CANÇÃO DE MULHER E TEMPO - Guiomar, para onde foste? / Te procuro noite e dia: / sobejos de canto e falas/ e o cheiro da ventania. / No verde morno do Janga / os rastros de espuma fria. / Bolem no azulejo as sombras / enxutas das mãos na pia / (Jeito de corpo estremece / no lençol que te cobra.) / Guiomar, para onde foste?  Te procuro noite e dia. / Só não te acho emti mesma / no mistério da agonia: / sumidas cores e carnes / (camuflada autofagia) / Tempo químico treano, / vinte anos de tirania / Guiomar, para onde foste? / Só tua voz te anuncia. / Nem a viagem nem a morte / mais longe te levaria. Poema extraído da obra Itinerário (José Olympio, 1983), do poeta, jornalista, professor e memorialista Mauro Mota (1911-1984). Veja mais aqui

TODO DIA É DIA DA MULHER: ANNA PAVLOVA – A bailarina russa Anna Pavlova (1881-1931), ingressou na Escola Imperial de Balé aos nove anos de idade, formando-se em 1899 e, quatro anos depois, tornou-se a primeira solista. Depois de interpretar O lago dos cisnes, em 1906, passou a ser a primeira bailarina do Teatro Mirknskji, de São Petersburgo, alcançando enorme sucesso. Sua fase de grandes apresentações internacionais começou em 1910, em New York e, depois, em Londres, realizando tournées internacionais pelo mundo inteiro, incluindo o Extremo Oriente, em 1921. Foi considerada a melhor bailarina do seu tempo, contribuindo decisivamente para divulgação do balé. Suas maiores qualidades foram o equilíbrio, a rapidez e a graça, de extraordinária expressividade no balé romântico, do qual, no papel de personagens quase imateriais, foi a mais intérprete, jamais superada. Veja mais aqui e aqui.

A PSICANÁLISE DE FREUD – A psicanalise é um termo criado por Freud em 1896, para nomear um método particular de psicoterapia e tratamento pela fala, proveniente do processo catártico de Josef Breuer e pautado na exploração do inconsciente, com a ajuda da associação livre, por parte do paciente, e da interpretação, por parte do psicanalista. FREUD – O livro Freud: uma vida para o nosso tempo, de Peter Gay, trata de temas como os fundamentos (12856-1905), uma ânsia de conhecimento, matéria para lembranças, a teoria em formação, histéricos, autoanálise, psicanálise, o segredo dos sonhos, uma psicologia para psicólogos, um mapa para a sexualidade, elaborações: esboço de um pioneiro preparado para o combate, prazeres dos sentidos, os estrangeiros, política psicanalítica, Jung: o príncipe herdeiro, interlúdio americano, Jung: o inimigo, terapia e técnica, duas lições clássicas, em causa própria: a política do Homem dos Lobos, um manual para técnicos, questões de gosto, fundações da sociedade, mapeando a mente, revisões, agressões, coisas abrangentes e importantes, paz inquieta, morte: experiência e teoria, Eros e o ego: seus inimigos, a morte contra a vida, insinuações de mortalidade, o preço da popularidade, vitalidade, luzes trêmulas em continentes negros, dilemas de médico, a mulher, o continente negro, a natureza humana em atividade, morrer em liberdade, contra as ilusões, civilização: o transe humano, os abomináveis americanos, morrer em liberdade, a política da catástrofe, o desafio como identidade, a morte de um estoico, entre outros assuntos. INCONSCIENTE – Em psicanálise, o inconsciente é um lugar desconhecido pela consciência: uma outra cena. Na primeira tópica elaborada por Freud, trata-se de uma instância ou um sistema constituído por conteúdos recalcados que escapam às outras instâncias, o pré-consciente e o consciente. Na segunda tópica deixa de ser uma instância para servir para qualificar o “isso” e, em grande parte, o eu e o supereu (Id, ego e superego). O inconsciente possui uma particularidade de ser ao mesmo tempo interno ao sujeito e a sua consciência, e externo a qualquer forma de dominação pelo pensamento consciente. O pensamento inconsciente foi então domesticado, quer para ser interpretado na razão, quer para ser rejeitado para a loucura. Os conteúdos do inconsciente não são as pulsões como tais, pois estas nunca podem tornar-se conscientes, mas o que Freud denomina de representantes-representações, uma espécie de representações das pulsões, baseados em traços mnêmicos. Esses conteúdos, fantasias e roteiros em que as pulsões estão fixadas, buscam permanentemente descarregar-se de seus investimentos pulsionais, sob a forma de moções de desejo. Entre esses conteúdos inconscientes, as diferenças concernem apenas à natureza e a força do investimento pulsional. Para Lacan, o insconsciente tinha a estrutura radical da linguagem, sendo, pois estruturado como uma linguagem, sendo a linguagem a condição do inconsciente. A ideia lacaniana de uma primazia da linguagem e do significante, repousa no dado primordial de que o individuo não aprende a falar, mas é instituído ou construído como sujeito pela linguagem. O isso é um termo conceituado por Freud para designar uma das três instãncias da segunda tópica freudiana, ao lado do eu e do supereu. O isso é concebido como um conjunto de contepudos de natureza pulsional e de ordem inconsciente. O eu é a sede da consciência e é o lugar de um sistema pulsional: as pulsões do eu ficam a serviço da autoconservação, incluindo as necessidades orgânicas primarias não sexuais. Com a teoria do narcisismo, o eu passa a ser mediador da realidade externa e objeto de amor e reservatório da libido. Para Lacan, o eu é o núcleo da instância imaginaria na fase chamada de estádio do espelho, entendendo que o eu não pode reagir no lugar do isso, mas que o sujeito deve estar ali onde se encontra o isso, determinado por ele, pelo significante. O supereu é conceito criado por Freud o qual mergulha suas raízes no isso e, de uma maneira implacável exerce as funções de juiz e censor em relação ao eu. PULSÃO – É o termo empregado por Freud dentro de um conceito da doutrina psicanalista, definido como a carga energética que se encontra na origem da atividade motora do organismo e do funcionamento psíquico inconsciente do homem. Para Lacan, a pulsão é um dos quatro conceitos fundamentais da psicanálise, entretanto, ele isola a elaboração freudiana de suas bases biológicas e insiste no caráter constante do movimento da pulsão, um movimento arrítmico que a distingue de todas as concepções funcionais. A abordagem lacaniana da pulsão inscreve-se numa abordagem do inconsciente em termos de manifestação da falta e do não realizado. Nessas condições, a pulsão é considerada na categoria do real, sublinhando que o objeto da pulsão não pode ser assimilado a nenhum objeto concreto. Para apreender a essência do funcionamento pulsional, é preciso conceber o objeto como sendo da ordem de um oco, de um vazio, designado de maneira abstrata e não representável. Assim, a pulsão é uma montagem, caracterizada por uma descontinuidade e uma ausência de lógica racional, mediante a qual, a sexualidade participa da vida psíquica, conformando-se à hiância do inconsciente, ou seja, a pulsão é sempre parcial, adicionando dois outros objetos pulsionais além das fezes e do seio: a voz e o olhar. E deu0lhes um nome: objetos do desejo. A pulsão sexual é um impulso no qual a libido constitui a energia (diferente do instinto sexual nem se reduzindo às atividades sexuais). Não existe da infância à puberdade, assumindo a forma de um conjunto de pulsões parciais, ou seja, processo de apoio em outras atividades somáticas. Ela pode encontrar sua unidade através da satisfação genital e da função de procriação. Sua energia é de ordem libidinal e estão dominadas pelo principio do prazer. A pulsão sexual possui quatro destinos: a inversão, a reversão para a própria pessoa; o recalque; e a sublimação. As pulsões ou de autoconservação estão a serviço do desenvolvimento psíquico pelo princípio de realidade. A pulsão de morte é a tendência à agressão, caráter demoníaco, tendência destrutiva e autodestrutyiva, com a finalidade de reconduzir o que está vivo ao estado inorgânico. Ela se confronta com Eros – as pulsões de vida. PRINCÍPIO DO PRAZER – É um dos princípios que regem o funcionamento psíquico, com o objetivo de proporcionar prazer e evitar o desprazer, sem entraves nem limites. PRINCÍPIO DE REALIDADE – É um dos princípios que regem o funcionamento psíquico, com o objetivo de modificar o prazer, impondo-lhe as restrições necessárias à adaptação à realidade externa. RECALQUE – O recalque para psicanálise designa o processo que visa a manter no inconsciente todas as ideias e representações ligadas às pulsões e cuja realização, produtora de prazwer, afetaria o equilíbrio do funcionamento psicológico do individuo, transformando-se em fonte de desprazer. Freud, que modificou diversas vezes sua definição e seu campo de ação, considera que o recalque é constitutivo do núcleo original do inconsciente. Na segunda tópica, o recalque é ligado à parte inconsciente do eu. O recalcado funde-se com o isso, só se separando pelas resistências do recalque. CENSURA – É a instância psíquica que proíbe que emerja na consciência um desejo de natureza inconsciente e o faz aparecer sob forma travestida. É identificada com o supereu, a instância que funciona como censor do eu. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

E mais Freud & Psicanálise:
REFERÊNCIA:
GAY, Peter. Freud: uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

A ADOÇÃO- Trabalhar o instituto da adoção num trabalho acadêmico, requer a realização de uma revisão da literatura efetuando uma abordagem histórica acerca do instituto e de seu advento no Brasil, sua fundamentação conceitual, natureza jurídica, princípios norteadores da família, legitimação jurídica, efeitos jurídicos sua previsão no ECA e no Código Civil vigente, os direitos e deveres, obrigações, impedimentos e condições previstas na adoção, legitimados a adotar, as questões atinentes a adoção entre casais homoafetivos, os aspectos legais e a efetividade da adoção no Brasil. Veja mais aqui e aqui.


Veja mais sobre:
Alvorada na Folia Tataritaritatá, Pablo Neruda, João Ubaldo Ribeiro, Egberto Gismonti, Capiba, Ricardo Palma, Tsai Ming-liang, Cristiane Campos, Fernanda Torres, Chen Shiang-Chyi, Revista Germina, Digerson Araújo, Asta Vonzodas & O cérebro autista aqui.

E mais:
Georg Trakl, Paul Auster, Sarah Kane, Gertrude Stein, Felix Mendelssohn, Woody Allen, Gil Elvgren, Marion Cotillard & Big Shit Bôbras aqui.
Ginofagia & as travessuras do desejo na manhã aqui.
Rio São Francisco: Velho Chico, Turíbio Santos, Cláudio Manuel da Costa, Lampião de Isabel Lustosa, Ítala Nandi, Hugo Carvana, Paulette Goddard, Natalia Goncharova, Música & Saúde aqui.
Penedo às margens do Rio São Francisco aqui.
Simone Weil, Simone de Beauvoir, Emma Goldman, Clara Lemlich, Clara Zetkin & Tereza Costa Rego aqui.
O homem ao quadrado de Leon Eliachar aqui.
Febeapá, de Stanislaw Ponte Preta aqui.
Todo dia é dia da mulher aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
Fecamepa aqui e aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA;
Leitora Tataritaritatá!
Veja mais aquiaqui, aquiaqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja os vídeos aqui & mais aqui e aqui.



TODO DIA É DIA DA MULHER
Veja as homenageadas aqui.


ROSA MECHIÇO, ČHIRANAN PITPREECHA, ALYSON NOEL, INDÍGENAS & DITADURA MILITAR

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som de Uma Antologia do Violão Feminino Brasileiro (Sesc Consolação, 2025), da violonista, cantora, compos...