terça-feira, março 22, 2011
Social 29
domingo, fevereiro 20, 2011
Social 27
terça-feira, junho 16, 2009
Séries 34
quarta-feira, maio 13, 2009
Pele 29
Same as it ever was...
Same as it ever was...
Same as it ever was...
Same as it ever was...
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Ambiências 46
Um porto de partida para o mundo, para o desconhecido, um ponto de encontro de culturas, de raças e de amigos. Este fim-de-semana será novamente um local onde se celebrará a chegada de uns e a partida de outros.
Que melhor local para celebrar estes encontros? O Bairro Alto, e mais precisamente a zona do Adamastor. Porque simbolicamente o Adamastor é sinónimo de reflexão, de perguntas incómodas, de distanciamento da cultura mainstream, de coragem e ousadia. E também porque é um lugar alto, onde se vê o presente e se perspectiva o futuro.
Sempre ouvi dizer que Paris é a cidade das luzes, mas para mim, das artificiais, porque a verdadeira cidade da luz natural é Lisboa com toda a luminosidade que vem do Sol e depois do rio e do mar, uma luz quente e suave que envolve todos os que têm tempo para a ver e sentir.
E vai ser aqui, neste lugar, que se celebrará a amizade e, espero, se faça luz que ilumine os caminhos a seguir nos próximos tempos.
Svegliarci insieme e goderci Lisbona. Salute!
Ah, que saudades de Lisboa!
quarta-feira, julho 16, 2008
Séries 27
Regressei durante um mês e meio à terra natal, o cantinho da Europa. Acho que não exagero se disser que a minha percepção é que algo mudou neste ano que passou e mudou infelizmente para pior. A depressão colectiva que já dava sinais no ano passado instalou-se e, segundo parece, para ficar por muitos e penosos anos.
Crise é a palavra mais ouvida e escrita neste país: crise energética, crise imobiliária, crise alimentar, crise social, crise bolsista, crise financeira. Desemprego, pobreza, nova pobreza, falências, sobre-endividamento, insegurança, violência urbana, fraudes, são os chavões que fazem manchetes na comunicação social. Não há opinador, comentador e político que não falem e não vaticinem que a crise está e para durar.
O curioso é que nesta crise, aqueles que a anunciam que a originaram e que a gerem, não parecem nada afectados por ela. Na verdade a crise é para os outros e não para eles. Lucros indecorosos das grandes empresas que nunca ganharam tanto, ordenados e autodistribuição de prémios verdadeiramente escandalosos e indecorosos que contrastam com a miséria crescente à sua volta. Uma verdadeira lógica de terra queimada que será impossível de sustentar. O exemplo paradigmático é o da cimeira dos G-8 no Japão onde o tema em cima da mesa era a fome, a crise alimentar e ambiental. Ora os 8 e mais uns amigos refastelaram-se com um jantar que nos dias que correm seria facilmente catalogado de pornográfico!
No meio disto encontro uma franja social portuguesa frequentadora da noite que vive a vida como se ela fosse acabar amanhã porque o futuro anda demasiado incerto: Imediatismo nas relações como se fossem um sorvete, imediatismo na atitude como se o álcool e as drogas deixassem abrir as portas que sobriamente estariam fechadas. Porque em alturas de depressão nada como uns aditivos para colorir o cinzentismo paira no ar, que pintam o mundo de amor fácil e que mostram as "realidades" que se querem mirar.
No final, tendo a achar que África, com todos os desequilíbrios, toda a humidade e calor, é um local de descanso e de repouso.
sexta-feira, março 28, 2008
Séries 21
"apetece-me estar sozinha de mim" dizia ela num tom, que imagino, de profunda canseira e descrença na espécie humana.
"Eu sou o resultado de meus próprios actos, herdeiro de meus próprios actos, qualquer acto que eu realize, bom ou mal, eu dele herdarei." dizia o Buda.
sábado, dezembro 01, 2007
terça-feira, fevereiro 13, 2007
Modos de vida 17
sexta-feira, julho 22, 2005
quinta-feira, maio 19, 2005
quinta-feira, abril 07, 2005
quinta-feira, março 17, 2005
Relax 03
quarta-feira, março 09, 2005
Social 06
sexta-feira, fevereiro 18, 2005
Social 02
Toda a sua vida tinha sido passada no recato da sua humilde casa, situada numa bela aldeia serrana, verdejante e arejada diariamente pela suave e perfumada brisa da montanha. Estava perfeitamente habituada ao rigor da meteorologia. A frequente geada matinal não a impedia de tratar religiosamente a sua horta. Pelo contrário, nessas manhãs redobrava esforços e desdobrava-se em carinhos no cuidado das suas plantas. Sentia a morte de uma planta como uma perda intíma de tal forma que no ano em que uma laranjeira secou, adoeceu a ponto de precisar de cuidados médicos.
Os sinais de modernidade que mensalmente chegavam a sua casa por via da visita dos seus filhos e netos, apavoravam-na. A importância que electrodomésticos comuns assumiam no quotidiano da maioria das pessoas era para ela uma ameaça, sentia-se dispensável e pior, sentia que tudo o que tinha aprendido à custa de trabalho e dedicação, de repente, à distância de um botão, deixara de fazer sentido, como um prenúncio de morte. Rendeu-se à máquina de lavar roupa após uma autêntica batalha com os filhos e netos, e apenas quando as artroses a venceram. A centrifugação era um autêntico tormento, as suas roupas concerteza que estranhavam aquele tratamento de choque e prefeririam o toque suave mas firme das suas mãos. E as sabonárias, que saudades tinha ela de preparar meticulosamente aquela calda perfumada.
Aquele dia, da aceitação de uma máquina na sua casa, foi o início do fim. Ela sabia-o. Daí até ter que partir para a grande cidade para casa de um dos seus filhos foi um passo, um passo que a atormentou, porque sabia ser o último.