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sexta-feira, janeiro 01, 2021

2021 aqui vamos nós

Vamos com poucas expectativas. Um dos maiores ensinamentos de 2020 foi não criar grandes expectativas. Por isso acho que é assim que devemos encarar o novo ano. O que não quer dizer que não se deseje o melhor e se faça tudo por isso.

O que mais se pode desejar é saúde, o resto vem por acréscimo. O que mais desejo para o meu Benfica é que seja Campeão. Para isso acho que lhe falta uma coisa muito importante, que desejo muito que aconteça mas não se consegue prever quando e se irá acontecer. Ao Benfica faz-lhe muita falta o público. O Benfica é um Clube de milhões de adeptos que se fazem notar onde quer que a equipa esteja. Os novos jogadores, por mais que lhes contem como é o Estádio da Luz cheio, ou como o Benfica joga quase sempre em casa mesmo nos jogos fora, sem verem e sentirem nunca vão conseguir perceber. 

Haverá muito mais que está a faltar neste momento como podemos ver pelos resultados e exibições que nos têm desiludido tanto ultimamente. Mas acredito que a ausência de público, dos nossos adeptos, da nossa chama, da nossa Mística está a ter muita influência. Só nós e os jogadores que viveram esses momentos sentem o que nós sentimos. É inexplicável o poder da Luz a abarrotar pelas costuras, da onda vermelha na chegada a várias localidades, sobretudo no norte, como aquelas chegadas a Vila do Conde, o poder de ouvir o nosso nome do início ao fim em estádios onde os nossos são uma minoria como no dragão ou mesmo no estrangeiro. Há coisas que não se explicam! E esse é um dos maiores poderes do Benfica, os seus adeptos. 


Desejo muito que os adeptos possam voltar aos jogos, era muito bom para o Benfica, para o futebol e desporto em geral e sobretudo para a Humanidade. O fim desta pandemia, que já nos tirou tanto, é o que mais desejo. 

Saúde e Saudações Benfiquistas!

terça-feira, agosto 14, 2018

Para a vida toda

Esta época, que ainda agora começou, para mim já é especial. Em apenas uma semana vi o Benfica ao vivo duas vezes. Foi um recorde. Para quem mora longe do Estádio da Luz é difícil ver os jogos do Benfica em casa e até mesmo nos jogos em que o Benfica vai fora não vem até muito perto. Pelo menos já vai para a terceira época a vir até mais perto com o Desportivo de Chaves na I Liga. Mas ver o Benfica fora ou em nossa casa não é a mesma coisa. O nosso estádio, o imponente Estádio da Luz é mágico. Todo o ambiente antes, durante e depois é muito emotivo. É sempre especial entrar na Catedral. Não dá para explicar, só quem lá vai é que sente e cada um sentirá à sua maneira. A Mística está presente e sente-se em vários momentos. Ali respira-se Benfica. E da nossa parte "Diário de um Benfiquista" entregamos toda a nossa alma benfiquista no apoio à equipa. Para nós não é ir ver o Benfica, é ir apoiar o Benfica. Nós acreditamos no efeito do 12º jogador, se os adeptos são assim chamados têm que jogar como podem, a única forma que temos, uma vez que não nos deixam entrar em campo, é apoiar. 
Demos o nosso melhor nos dois jogos, contra o Fenerbahçe e contra o Vitória. Sofremos bastante nos dois mas no fim valeu a pena. Começámos com duas vitórias importantes. Para nós o segundo jogo foi ainda mais especial porque levámos o membro mais novo da família connosco para começar a sentir tudo isto que nos sentimos. Tem que se começar de pequenino a aprender e a sentir o que é o Glorioso Sport Lisboa e Benfica, para que seja para a vida toda!


domingo, fevereiro 25, 2018

Precisamente um ano depois...

Rafa volta a marcar de águia ao peito.

Há um ano foi assim, na Luz contra o Chaves


Ontem, depois de uma grande exibição, Rafa fez o golo da tranquilidade que pôs fim a um jogo de nervos onde o Benfica venceu com raça, querer e ambição.

Parabéns Rafa, continua assim e que esta época seja o primeiro de muitos!

Sr. Shéu, que momento cheio de Mística!

quinta-feira, abril 29, 2010

A educação pela arte - João Gobern

Quis Deus e quis a vida que eu não tivesse filhos e que, assim sendo, a herança genética fosse uma conversa acabada. Resta-me - e não é pouco - dedicar uma parte do meu tempo útil a cuidar da transmissão daquilo que, sem presunção nem imodéstia, considero uma éspecie de "herança cultural".
Sabem os meus amigos e familiares com descendência assegurada que gosto de me ocupar daquilo que eles próprios podem designar como "zonas periféricas" da formação dos mais novos. Aquilo que desconhecem - e que eu também não me vejo obrigado a confessar - é que, muitas vezes, é nestas franjas que moram episódios essenciais para o crescimento dos petizes, hoje muito menos separados pela questão do género do que acontecia noutros tempos.
Por outras palavras, e consoante os apetites previamente estudados, gosto de agarrar nos "sobrinhos" e de os levar ao Jardim Zoológico ou ao Oceanário. Ao cinema, via rápida para o sonho. Ao teatro, quando já são capazes de perceber o valor do silêncio. A um espectáculo musical, a um recital, a uma ópera, aproveitando a abertura sem preconceitos que ainda os domina. A um museu, para lhes educar vista e sensibilidade. E, evidentemente, ao Estádio da Luz, preparando-os para a multidão e para a vibração, mostrando-lhes como num jogo do Benfica há coreografias e efeitos especiais (recentemente é assim que olho para as fintas de Saviola e para os arranques de Di Maria), coreografias estudadas e improvisos de génio (Aimar é um belo argumento), música de comunhão e dinâmica de grupo, além de traduções menos rudimentares do que poderia supor-se de Geometria, de Física, de Geografia (componente demográfica na ocupação dos espaçõs livres), de História (e lá estou eu para ajudar a ser cicerone).
Um bom jogo do Benfica é algo que fica gravado para sempre, dipensando todos os outros suportes além da memória emocional. Não será, assim, coincidência que quase todos os "sobrinhos", elas como eles, de recordem dessa jornada gloriosa que, sem meias palavras, incluo no domínio da educação pela arte - uma vez que, mesmo em tempos de crise de identidade, nunca faltaram artistas na Luz, iluminados mas também faróis. Por mim, lembro com mais facilidade aqueles que mereciam outro currículo, jogando como jogaram pelo Benfica: Preud'Homme e Poborsky, Simão e Miccoli, Gamarra e Enke. Acima de todos, João Vieira Pinto. São a prova de que nos corações benfiquistas contam mais o esforço, o empenhamento e o génio do que os títulos que, por várias ordens de razões (e nem todas edificantes), acabaram por não conquistar as serviço do clube que, correcções feitas, prioridades alinhadas, está a voltar ao que se espera: que contagie e empolgue, que alegre e identifique quem o segue. E, se possível, que ganhe - mas sem truques nem malfeitorias.
Por norma, os presentes - os equipamentos, os cachecóis, as bandeiras, o múltiplo merchandising - só vêm a seguir a essa iniciação, ao vivo e a cores. Porque depois da visita, guiada apenas no indispensável e com margem para toda a descoberta pessoal, elas e eles já percebem sem dificuldade o que significa ser do Benfica.
Insisto: é educação pela arte. É um daqueles casos em que a arte vai desaguar direitinha na fé. Depois do "baptismo" e das indispensáveis "confirmações", essa nunca falta.

João Gobern in Mística