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Friday, 20 June 2025

O que tem na minha bolsinha de maquiagem?

bolsinha de maquiagem fofa, upcycled e utilíssima feita pela minha mãe 

Um post meio what's in my bag, meio anos 2010... E pensou que só demorou quinze anos pra eu ter uma bolsinha de maquiagem com coisas que realmente funcionam pra mim!!! (e que meus primeiros itens de maquiagem foram uma base líquida da Toque de Natureza, uma paleta de sombras Tango comprada no camelô, um batom rosa cintilante que ganhei de brinde no Boticário e o indefectível lápis preto de olho da Avon. Só isso. Nem pincel pra passar a base tinha).

Na verdade eu tenho duas bolsinhas de maquiagem. Essa oficial, que eu levava pra todo lugar (e ainda levo, se preciso passar muitas horas fora de casa), e uma sobressalente, onde guardo os produtos que uso de vez em quando. Eu tenho mais maquiagem do que preciso - nada no nível de uma colecionadora ou uma blogueira de maquiagem, mas rola um acúmulo de produtos típico de uma pessoa que não desiste de achar o produto ideal e adora a palavra promoção e enquanto eles não mudarem de cheiro, cor ou textura estarei usando, fight me.

Protetor solar: Filtrum Extra Seco FPS30

Primer: Studio Radiance da MAC  acabou, era um produto que eu usava sempre e gostava muito da hidratação dele mas tô em dúvida se compro outro pois 300 fucking reais...

Base: Studio Fix Fluid na cor N6. Eu nem uso base com tanta frequência, mas comprei essa aí num surto e realmente a bichinha deu bom no meu rosto............

: o da Brisa no Ar, que acho que é pura argila branca, e por isso mesmo matifica HORRORES

Corretivo: Payot Matte, cor 1.5. Fui uma cliente fidelíssima do corretivo matte da Tracta na cor médio até ele me trair e mudar, agora estou em busca de outro bom e barato.

Blush: paleta Beach Face Franciny Ehlke / blush stick Juicy da Pixi + Hoola da Benefit. Eu vivo numa saga em busca do blush perfeito pra minha pele amarela (não asiática, literalmente amarela. Eu sou visivelmente mais amarelada do que todo mundo que conheço), que até então era essa paleta de blushes, mas agora comprei esse blush stick aí e achei que ele deu bom quando misturado com o bronzer.

Lip balm: Carmex + lip scrub da Quem Disse, Berenice (chamada por mim só de Berenice). Me tornei uma viciada em hidratante labial.

Rímel: Berenice define e alonga, o rímel que escolhi chamar de meu, mas que eu nunca passo por preguiça de limpar.

Batom: 405 da Kiko e PDA da MAC, os dois com acabamento hidratante. Faz anos que eu só uso batom misturado com gloss, acho que eh um dos jeitinhos de conseguir aquela cara de nasci assim

Sombra: estojo monte seu estojo da Berenice pra 8 sombras, com 8 sombras (coral, vermelho, marrom claro, médio e escuro, nude, cobre e verde furta cor). Esse estojo eh um dos melhores itens que eu tenho: Já derrubei mil vezes, quebrou as dobradiças mas o espelho segue intacto (por ser tão bom, obviamente descontinuaram)

Iluminador: da Bruna Tavares na cor Golden, que vai durar até 2080 pois é enorme

Itens auxiliares: esponja da Mari Saad pra Oceane, pincel de pó (my01), base (A38), blush (e02), pincel chanfrado pequeno (a14) e de sombra (a12) da Macrilan, fix+ da MAC, hidratante de cutículas da Granado, pentinho dobrável, pinça.




Thursday, 20 June 2024

Hábitos musicais

Estou escrevendo esse post parcialmente pra responder a Shana, que me perguntou sobre o last.fm!

Ultimamente eu ouço música quando estou dirigindo, já que não posso fazê-lo durante o trabalho. Também estou tentando resgatar o hábito de ouvir em casa - conectando a caixinha bluetooth no celular. E usar o last.fm é meu atestado de velha: O last.fm não é um site para ouvir música direto nele, ele foi elaborado - e basicamente funciona do mesmo jeitinho desde então - pra registrar automaticamente (scrobbling) as músicas que você ouve. Lá nos idos anos de 2007, você baixava um plugin pro Windows, que pegava todas as informações que rolavam no seu Windows Média Player e mandava pro seu perfil, e aí você podia ver quais foram seus artistas e faixas mais ouvidos, quantos artistas novos você conheceu, comparar seu gosto com o dos outros e obviamente receber recomendações.

Hoje em dia ainda faz sentido pra mim usar o last.fm porque eu não uso o Spotify. Pareço mais velha obsoleta falando isso, mas há sete ou oito anos foi uma decisão estratégica: eu tinha um iPod, e morava numa região onde o sinal de internet móvel na rodovia era uma bosta. Ia depender de streaming para ouvir música no ônibus lotado? Não, obrigada. Desde então, eu continuo baixando MP3 como uma neandertal, e organizando todos eles em pastinhas com informações de artista, faixa, álbum e ano, o que me faz saber de mais informações inúteis sobre artistas do que a media das pessoas com quem convivo.
Passei um tempo sincronizando minha biblioteca de músicas com o Google Music, que foi de arrasta, mas encontrei um bom substituto no iBroadcast, que funciona como uma nuvem (gratuita!!!!!) de músicas. Joguei tudo lá e faço streaming da minha própria biblioteca, embora meu iPod ainda funcione (meu tesourinho). Por muito tempo tive dificuldade de fazer streaming das faixas ouvidas no iPod pro last.fm, mas agora com o iBroadcast ficou muito mais fácil e eu fiquei viciada em ver minhas estatísticas de novo.

"Mas Emi, já que você está fazendo streaming, não era mais fácil usar o Spotify?" E ter que PAGAR por mais um serviço de streaming???? Eu, hein. Eu tenho um orgulhozinho de todas as minhas músicas organizadas manualmente, e muito apego às minhas trilhas sonoras pessoais. Não quero ficar dependendo da boa vontade do artista ou da gravadora de colocar a versão que eu gosto disponível pra ouvir. Como boa jovem dos anos 2000, ainda não concebi que na era do streaming eu só pago pelo direito de alugar o role. O lado ruim é que sempre fico excluída das retrospectivas de final de ano e também não consigo compartilhar minhas playlists com um clique, mas paciência.

EDIT:
Minha pasta de músicas é organizada inicialmente em 29 pastas: Uma pra cada letra do alfabeto, uma pra números (#), uma pra música clássica, uma pra álbuns de trilha sonora e uma pra músicas que não consegui categorizar (bagunça). Nas primeiras, faço uma pasta pra cada banda/cantor, e dentro delas faço uma pasta pra cada álbum, com nome e ano de lançamento - mesmo que as vezes dentro de cada álbum tenha uma música só. Na de música clássica, tento organizar por compositor; na de trilha sonora organizo direto por álbuns (é onde coloco músicas que estrearam em trilhas sonoras de novela, filmes, ou feitas para musicais); e na bagunça elas ficam lá esperando minha coragem de procurar informações.

Eu fico um pouco obcecada com organização nesse caso, então tento sempre achar as informações corretas sobre a música. Costumo procurar na Wikipédia ou no Discogs e no MusicBrainz, que tem informações sobre diferentes lançamentos de um mesmo álbum (tem discos que são lançados com capas diferentes em diferentes países, faixas bônus que aparecem em alguns releases e outros não, versões diferentes que são lançadas oficialmente em alguma coletânea obscura). Aí, uso o MP3tag pra editar os dados da música, se necessário (capa, nome do artista, nome do álbum, ano, faixa, título).
Por fim, a pirataria: procuro os mp3 no archive.org, via torrent, em blogs usando "fulano de tal discografia download" no google (em português, mesmo - Deus abençoe essas pessoas, sério), no 4shared e, em último caso, ripando do youtube.

Ah, me sigam no last.fm!!


Tuesday, 16 January 2024

Videogracinhas

Faz muito, muito tempo que eu falo pra mim mesma que vou produzir algum tipo de conteúdo em vídeo, mas - adivinha só - nunca faço nada.
Obviamente, quando eu falo de conteúdo - é possível que vocês já me conheçam a esse ponto - não estou falando de reproduzir trend do tiktik, alimentar a internet com bait ou gravar nada conversando com a câmera. Minhas ideias sempre giram em torno de registros do cotidiano editados de forma mais ou menos poética, variando desde monthly vlogs compilando as cenas do período até montagens mais ~cinemáticas com algum tipo de roteiro em mente. Nessa última categoria, considero os videos da lifeofriza um dos maiores expoentes atuais - eles são breves, simples e lindos, a ponto de ela parecer uma protagonista de filme. Muita gente fez e faz daily vlogs ainda, graças a Deus, e eu sempre gostei muito da proposta do document your life.

Os poucos vídeos que eu efetivamente editei e pus no mundo (em modo não listado no Youtube) estão em três categorias: os primeiros eram stop-motions de todas as fotos que eu tirava a cada mês em 2013 (ano que fiz um projeto 365 dias de fotografia); depois fiz dois vlogs de viagem; e por fim em 2018 tentei fazer um veda (que me rendeu doze vídeos). São experimentos que eu gosto de rever, eles me trazem uma nostalgia gostosa das músicas que eu ouvia, os lugares que eu passava, a decoração antiga do meu quarto.
Mas eles também são muito ruins, hehe.

Tanta gente filma coisa e lança na internet que isso me dá a impressão de que é fácil fazer a mesma coisa, mas não é. Quando eu revejo as coisas que eu fiz, percebo que tenho muita dificuldade em encaixar o movimento num enquadramento (seja em pensar numa transição de cena que funcione, ou de pensar em diferentes planos), de editar (tenho dó de cortar as coisas, depois o vídeo fica longuíssimo e tedioso), de selecionar uma boa trilha sonora e fazer os takes conversarem com ela (eu realmente considero a música um negócio game-changer), de pensar com imagens em um tipo de roteiro (visualizando como eu quero que as coisas fiquem no final). Não é tão difícil visualizar uma foto na minha cabeça, mas uma foto é um frame congelado e um vídeo é infinitas vezes mais complexo, pensando assim.
Às vezes acho que eu tenho dificuldade até mesmo de filmar - eu esqueço, mexo demais a câmera, faço vídeos curtos demais, e mesmo quando tenho a intenção de fazer algo acabo desistindo.

A Lana comentou esses dias em um post sobre o desejo de fazer mais vídeos para registrar a vida, e a Bru tem vários vídeos do document your life também, que eu adorei ver. Também volta e meia eu volto pra ver os vídeos da Ba, minha primeira referência nesses videos hehehe. Enquanto eu não aprendo as skills pra fazer bons registros em vídeo (me ensinem, eu imploro), espero que esse post sirva pra congregar mais gente que gosta e se interessa por esse tipo de registro documental da vida :)

beijo beijo e até mais!!

Wednesday, 29 November 2023

Emi's Notes Comenta: Taylor Swift no Brasil

ou: ser fã é um evento muito estressante
ou também: o carnaval das patricinhas
ou ainda: mulher feia, triste e fã de prog rock inventa de pegar três ônibus pra ver uma loira pernuda no rio de janeiro e dá tudo errado

Comentei meio de passagem por aqui, mas em junho desse ano consegui comprar um afamadíssimo ingresso pra um dos shows da turnê atual da Taylor Swift, a The Eras Tour, no Brasil. A mulher viria fazer três shows no RJ (17, 18 e 19/11) e três em SP (24, 25 e 26/11), trazendo sua presença pra essas terras depois de 12 anos. Eu tinha um ingresso devolvido da finada Lover Fest dela que foi cancelada pela pandemia, e embora estivesse meio assim de gastar os tubos num show num momento que eu não estava nadando em dinheiro, também nunca tinha tido a experiência de ir num show internacional e minhas amigas estavam empolgadíssimas, então decidi ir. Com quatro álbuns inéditos e duas regravações lançadas que ela não teve oportunidade de sair em turnê, a gata decidiu simplesmente fazer uma turnê chamada The Eras na qual ela reviveu músicas de TODOS os álbuns MENOS O DEBUT, num espetáculo audiovisual de três horas com looks bafônicos, coreografias massa e muitos efeitos no palco, além de tocar toda noite duas músicas surpresa pra plateia dentre todas as que não estavam na setlist fixa e que ainda não tinham sido tocadas (as surprise songs). Um prato cheíssimo pra qualquer fã.

Mas antes, contexto. Entre julho e novembro de 2023, eu:

  • Ouvi todas as músicas da setlist do show que eu não conhecia, e comecei a garrar um amor nos álbuns Folklore e Evermore;
  • Falei mal da ideia de comprar miçanga pra fazer pulseira, comprei miçanga, fiz pulseira e adorei (só não comprei mais pq há limites);
  • Gastei 700 reais em passagens de ônibus pro Ridijanero (pois infelizmente não senti nem o cheiro dos ingressos pra SP);
  • Pensei em looks elaboradíssimos pro show e depois desisti;
  • Entrei em um grupo de whatsapp pra quem ia no show do Rio e foi certamente uma experiência antropológica conviver com fãs tão de perto por tantos dias HORRÍVEL;
  • Surtei por motivos pessoais ao som das mais tristes do Folklore e do Evermore;
  • Surtei por motivos pessoais berrando All Too Well 10-minute-version no carro;
  • Cansei de surtar ao som de Taylor Swift e parei de ouvir ela, mas não sem antes descobrir que Cruel Summer é boa mesmo e ouvir por 40x seguidas;

Enquanto isso, no mundo:

Swiftie lore: a primeira vez que a Taylor veio pro Brasil (divulgando o Red, em 2012) ela foi na Ana Maria Braga e ganhou UM LOURO JOSÉ.
 

Uma semana antes de vir pro Brasil ela estava fazendo show na Argentina, mas ao invés de dar uma passeada no parque das Cataratas e fazer umas comprinhas no Paraguai antes de vir pro Brasil, ela catou o jatinho dela e vazou pros EUA pra pisar aqui 4 dias depois.
O primeiro show dela no Brasil teve:

  • Calor do caralho;
  • Ela parando o show pra distribuir água pra galera;
  • Uma fã falecendo no meio do show (guardem essa informação) (eu vou discorrer sobre isso depois).

Quando o show do dia 17 acabou eu estava na metade da minha jornada pro Rio, em algum lugar depois do meu checkpoint na rodoviária da Barra Funda em São Paulo, e recebi a notícia do falecimento da menina. Daí pra frente, meusa migo, foi só pra trás.

Cheguei no Rio de Janeiro dia 18, 6:15 da manhã, pra encontrar:

  • Banheiro público acessível mediante três reais que não tinha papel higiênico
  • A rodoviária infestada de swifties;
  • Suor as 7 da manhã;
  • Problemas externos que impossibilitaram um encontrinho chique das minhas amigas antes do almoço (duas das quais que iriam no show do dia 18, dali a algumas horas);
  • Uber beirando os 60 reais;
  • Notícias de que o show começaria uma hora mais cedo, provavelmente por causa do calor;
  • Um hotel infestado de swifties mineiras, muitas das quais menores de idade e que estavam acompanhadas das mães, se arrumando pra sair de excursão até o Engenhão, enquanto tocava o Folklore no hall e eu só queria fazer check-in e tomar um banho depois de ter já acumulado 5 camadas de suor na minha jornada de 31 horas fora de casa.

Depois de algumas horas fazendo força pra não capotar na cama pleníssima do meu hotel na Barra da Tijuca, encontrei minha amiga com quem iria no show no dia seguinte, e estávamos combinando de ir jantar quando chegou a notícia do cancelamento do show do dia 18, às 17:44, mais ou menos meia hora antes da hora prevista pro início. Eu fiquei estarrecida. Tentamos conversar com nossas amigas que estavam lá e depois de algumas horas, a resposta delas: teve arrastão dentro do estádio, tudo foi caótico e assustador, extremamente frustrante. Eu honestamente não saberia dizer como eu ficaria se fosse eu lá.
Enquanto isso, começou a ventar e chover no Rio de Janeiro e até raio caiu dentro do Engenhão.

No dia 19, acordei completamente abatida capenga e nervosa com o que quer que me fosse acontecer. Choveu forte de manhã e passei o dia na função ir pro show, mas ao mesmo tempo paranóica com qualquer notícia de cancelamento do show - embora a chuva, que já estava prevista uns 10 dias antes, realmente abaixou o calorão. Pagamos mais uma pequena fortuna em Uber, almoçamos num lugar simpatiquinho, quando bati a porta do carro que levaria a gente pro Engenhão só conseguia pensar "meu Deus nada mais pode dar errado agora" e "meu Deus do céu IMAGINA SE DER ERRADO?" Highlights do trajeto: vi pela janela o castelinho da Fiocruz, reminiscência do meu passado profissional de saúde pública (:

Ao chegarmos lá:

  • Um amigo meu dizia que o Rio de Janeiro se divide entre o Rio e o De Janeiro. O Engenhão fica no De Janeiro e é uma parte da cidade habitada por pessoas normais, é um bairro meio classe-média-baixa-trabalhadora que literalmente a Globo não mostra;
  • Fiquei impressionada com a magnitude das coisas: o tamanho do estádio por fora, a quantidade de gente, a quantidade de gente vestindo a mesma roupa (a saia de paetê prata da Renner), e adereços brilhosos diversos que me fez batizar o rolê de carnaval das patricinhas;
  • Passei calor pela primeira vez no dia, e assisti a mão invisível da economia fazer seu trabalho quando fui fazer xixi na casa de uma pessoa completamente aleatória que, como várias, cobrava 3 reais pelo uso do sanitário;
  • Teve treta por pessoas furando fila;
  • Começou a chover, me obrigando a por capa de chuva;
  • Posso confirmar que é verdade que em dado momento da fila do show ninguém te revista direito. Nem olharam meus documentos;
  • Não consegui acreditar que era verdade que eu realmente tinha entrado lá e que aquele show ia acontecer. Eu fiquei esperando dar errado até o último momento;
  • O show é realmente um espetáculo visual de 3 horas, mas eu achei que ia me emocionar mais;
  • Teve todo o rolê lá de ela cantar Bigger Than The Whole Sky;
  • Encontramos swifties legais e queridos, mas os pais de swifties novinhos foram em geral grossos e insuportáveis (exceto as mães mineiras que eu encontrei no hotel);
  • Considero um milagre eu, uma caipira do interior do Paraná ter ido embora 1 da manhã de Engenho de Dentro sem ter sido assaltada;
  • Nunca mais espero ir num show de pista. Cadeiras, por favor.

Na segunda-feira catei minhas coisas e comecei minha peregrinação pra casa enquanto Taylor Swift se arrumava pra fazer o show do dia 18 que tinha sido remarcado pro dia 20, onde enfim a gata pegou tempo bom e um calor menos diabólico, mas perdeu o salto da bota no primeiro ato do show e continuou se apresentando na ponta do pé tal e qual a Barbie. Não tenho a menor ideia de onde ela se enfiou ou o que fez enquanto ficou no Brasil, como foi pra SP, onde comeu, onde se entreteu - só sei que por lá teve outro show debaixo de chuva. O que me informaram é que anteontem (27) ela já zarpou imediatamente do país, sem anunciar nada novo e deixando o brasileiro com a terrível surprise song Me!, pra ficar dois meses morando com a geladeira Electrolux dela numa mansão no Kansas.

Agora, minha opinião pessoal:

Como eu não sou fã dessa mulher, posso falar: Achei podre a atitude dela diante da morte da fã. É claro que não foi culpa dela, mas o distanciamento da história me marcou como algo horrível. Ela postou um único story no dia 17, depois do show, dizendo que a menina havia morrido antes do começo do show, o que é falso, e disse que não ia se pronunciar sobre o assunto no palco. Os comentaristas da internet disseram que isso pode ter sido por proteção legal. Eu, enquanto pessoa que tem algum envolvimento emocional com essa mulher pra ter ido até lá, achei podre. No show do dia 26, veio a notícia de que a família da fã compareceu ao show e se encontrou com ela, com fotinhas e tudo. Cada um lida com o luto de uma forma? Sim, mas o que é o luto da Taylor Swift perto do luto da família da menina? Por Deus, sei lá.
O cancelamento do show do dia 18 eu achei o maior dos absurdos. Segundo a outra nota que ela postou - que também foi um único story de texto - o cancelamento ocorreu por causa das "temperaturas extremas" no Rio. Amada, sua equipe não sabe olhar o Climatempo? TODO MUNDO sabia que tinha uma onda de calor no Rio, que tinha chance de chuva no dia 19, etc. Tudo bem, imprevistos acontecem, ela não pode decidir as coisas sozinha, mas cancelamento de última hora devido ao calor - quando todo mundo sabia que ia estar calor, quando os fãs passaram o dia torrando debaixo do sol quente na fila, quando já era 17:30 e o sol enfim estava baixando, quando faltava uma hora pro show e o povo já estava montado, empolgado, vivendo o que enfim planejaram pra viajar lá dos confins do Brasil pra isso, foi de um amadorismo absurdo. Se não queriam conduzir o show por conta do falecimento da Ana, teria sido muito mais digno explicar isso, mas de novo, isso implicaria o reconhecimento de algo que poderia trazer problemas jurídicos. Se foi isso, podre.
No show depois do ocorrido (o meu), ela tocou Bigger Than The Whole Sky como surprise song. É uma música bem tristinha que vi uma vez a interpretação de que era sobre aborto e achei que casou muito bem, mas não tem - e nem teve na apresentação - nada explícito de que ali se tratava de uma homenagem pra alguém que morreu. Nada, absolutamente nada foi dito, e eu também achei podre mandar uma possível mensagem cifrada no melhor estilo "quem é fã sabe" diante de um momento tão confuso e delicado pra tanta gente que estava olhando pra ela naquele momento. Mulher, cê não vê The Crown???? (Se você não vê The Crown, estou me referindo a uma cena que o Charles fala pra Rainha BE THE MOTHER OF THE NATION. Mostra que você tá vendo o que tá acontecendo ô caralho, ao invés de se esconder atrás da noção de privacidade, quando o que aconteceu foi um evento notoriamente público.)

Eu esperava me debulhar em lágrimas a partir da terceira ou quarta música do show (é o que costuma acontecer em casa) e isso não aconteceu. Talvez isso tenha a ver com o nervoso que eu passei, talvez com o fato de que tudo é perfeitamente ensaiado: as caras e bocas, as interações dela com a platéia, as pausas e silêncios, a pose beijando o muque antes de The Man, a pausa pra conversar com a plateia (e se emocionar) antes de Champagne Problems. Tudo bem, esse é o trabalho dela e nem todo dia de trabalho você está transbordando emoção, mas................ li no twitter uma pérola de sensatez que dizia que o trunfo da Taylor é ela ser extremamente relatable, simples, emotiva, que sofre por desilusões amorosas e se sente inadequada como você e eu. Então, se eu saí daqui da puta que pariu pra viver uma ~experiência com essa mulher, eu esperava um pouquinho de emoção genuína. Bem feito pra mim, que fiquei esperando amizade de uma estrela pop. Mas é realmente um show muito bonito e com certeza os fãs amaram, então quem sou eu na fila do pão pra dizer alguma coisa.

O rolê da relatability também ficou feio no Brasil: enquanto os artistas vêm aqui e tomam banho em praia interditada, vão pedir benção na missa, em escola de samba, em cervejaria, vão fazer compras no mercadão, tomar uma na praia, ver jogo da seleção e o escambau, TS não nos deu nem a alegria de uma notinha na mídia pra dizer que comeu um pão de queijo e amou. Ah, mas nenhum desses artistas aí que fez isso é grande igual ela, vão dizer. Ah, mas é perigoso, não sei o quê. Michael Jackson veio pra esse país GRAVAR CLIPE no meio da favela. Nosso povo brasileiro é um povo muito sofrido e simpático, o verdadeiro vira-lata caramelo e a gente certamente iria sair do nosso caminho pra dar carinho pra essa mulher, levar uma água, um cafezinho, um protetor solar, uma aguinha de coco, mas ela não deu nem abertura, postou nem a foto do Cristo Redentor metamorfoseado na retrospectiva protocolar que ela postou. Minha sensação? Ela detesta esse país e só veio aqui ganhar dinheiro.

Por fim: eu achei que o rolê das pulseirinhas ia ser ridículo, eu amei o rolê das pulseirinhas. Troquei com amiguinhos que fiz na rodoviária na ida e na volta, queridos que estavam tão perdidos e sozinhos quanto eu, e com as amigas virtuais que pude enfim desvirtualizar neste rolê - e isso foi muito gostoso, não me sentir sozinha, encontrar pessoas que compartilham das mesmas emoções, que fizeram pulseirinha das minhas músicas favoritas e ficaram feliz em trocar comigo ou até mesmo distribuir as que tinham feito. Fica aqui o registro das pulseiras que voltaram comigo, com menções honrosas pra "obsessive and crazy" que eu arrebentei sem querer, a maravilhosa "verão do carai" e o duo "in a storm" e "fearless" (fui eu que profetizei a chuva pra combinar com minhas pulseiras, desculpem)

tag yourselves, eu sou a 'in a storm' (inclusive, feita por mim mesma. Essa era introcável)

Depois dessa tour, vou aposentar minhas chuteiras de fã e curtir Taylor Swift só no sigilo, já que ela não me valoriza de volta. Devia ter ido ver o Maneskin que cantou Exagerado (!!!) e Vent'anni só porque a galera do twitter pediu.


Sunday, 3 September 2023

Notas fotográficas

Hoje fui num role com alguns amigos antigos e - surpresa! - tirei fotos. Da família da minha amiga comemorando um aniversário, ocasião que talvez tivesse passado batida se não fosse eu sugerir um retrato de família. De outra amiga, grávida e começando um empreendimento profissional. Da minha primeira visita a casa da amiga grávida, fotos espontâneas da mãe da minha amiga brincando com os netos. Em geral, as pessoas não tem quem tirem fotos delas
Tirei fotos com o celular, porque era o que tinha à mão.
Aí fui deletar uns e-mails da minha caixa de entrada, e o Flickr estava me mostrando as fotos do Lars Wästfelt, um dos poucos fotógrafos que eu conheci nos últimos anos e me fez ter vontade de gritar de emoção. Gosto muitíssimo das fotos dele, que consistem em muito contraste, luz bonita e capturas espontâneas da família dele.


fonte

fonte


Tava pensando que eu talvez precise de uma câmera menor que não assuste os sujeitos (ou apenas resgatar minha câmera compacta véia de guerra), mas principalmente que eu preciso voltar a tirar fotos como quando eu fazia com 18 anos: eu andava com a câmera na bolsa e estava sempre pronta pra uns retratos em situações aleatórias.
Talvez isso fizesse de mim uma pessoa meio inconveniente? Mas só talvez. Sei lá. Eu sinto muita falta de tirar fotos.

Saturday, 11 March 2023

Pixel art

Caso você não saiba do que se trata, pixel art é o nome de um tipo de arte digital em que cada unidade da imagem (um pixel) tem uma posição planejada para compor um desenho, normalmente desenvolvido com um uso limitado de cores e resolução menor, tradicionalmente associado a sistemas gráficos mais antigos que possuíam limitações de processamento. Basicamente, um ponto cruz digital.

Se não deu pra perceber pela minha predileção por joguinhos do tipo Love Nikki e The Sims, eu gosto muito do gênero jogo de vestir boneca virtual. Na era da internet anos 2000, esse interesse era satisfeito pelos dollmakers, páginas que te deixavam montar uma bonequinha sobrepondo roupas, cabelos e acessórios. Tudo feito em pixel art, as vezes no Photoshop (pra quem tinha), as vezes feito no MS Paint, o programa mais democrático de todos. A internet chegou na minha casa em meados de 2004, quando eu tinha doze anos, e essa era uma das coisas mais legais que eu tinha pra fazer na world wide web - me expondo assim a muitas artes fofas e diminutas de casinhas, guirlandinhas, personagens da Sanrio, babadinhos e enfeites variados. Numa época em que câmera digital era um negócio pouco difundido e que as vezes deixava a desejar, era assim que a maioria das pessoas satisfazia sua necessidade de imagens.

Eu sempre adorei esse tipo de coisa, especialmente quando vinha acompanhada de movimento e pisca-pisca. Salvei vários pra posteridade no meu HD, e tenho até hoje. Mas acho que só me dei conta recentemente de como existia, nessa época mesmo, toda uma comunidade de gente (principalmente mulheres, igualmente interessadas em coisas fofas) que fazia sites, blogs todos dedicados a sua habilidade de fazer imagenzinhas com poucos dados.

Eu ADORARIA ter podido participar de uma folia dessa, ainda mais com tempo livre - a coisa que eu mais tinha aos doze anos de idade. Sempre admirei quem sabia fazer qualquer tipo de produção gráfica. Como não deu, vou usar o que tenho agora: o Photoshop (desenhar com camadas é muito bom, foda-se o purismo) e esse blog.

Blogs e sites sobre pixel art que eu queria imortalizar no meu museu:

The Quilting Bee (archived)

Whimsical

Pixelins

Catch a Star

Appledust

Bitmap Dreams

Kawaiiness

Strawberry Gashes

Hillhouse

Sleepy Sprout

Pastel Hell

Rosedryad


Todos esses buttons já são uma obra de arte, é isto.
Também achei esses tutoriais do saint11, (que aliás é brasileiro), e pode ser que eu tente alguma coisa só pra aprender (eu já tentei, risos, só não sei se tenho coragem de mostrar aqui).

bjbj!!

Wednesday, 2 November 2022

Quatro "jogos" pra quem gosta de palavras

Eu sempre gostei de colecionar coisas. Isso se traduz em uma facilidade de encontrar padrões e gostar de ordem. Nesse post eu compartilho, sem nenhum motivo ou lógica, quatro "jogos"com palavras pra jogar com pessoas que são nerds, gostam de palavras, gostam de encontrar padrão nas coisas ou talvez sejam somente um pouco maluquinhas, igual eu.

1: O jogo das palavras terminadas em "eta":
Inventado em uma viagem de ônibus com a escola, em 2007. Eu acho. Existem duas palavras terminadas em "eta" (não é éta, como em poeta, e sim êta, como em caneta) que você pensa automaticamente, mas não vai falar, pois tem caráter sexual. E assim acontece o jogo. Regras: todo mundo fala uma palavra terminada em "êta". Não pode repetir. Se você não souber na sua vez, perde. Se falar alguma das palavras de caráter sexual, perde (ou não). Não vale marca, só se elas forem geralmente aceitas como sinônimo do produto. Não vale palavra estrangeira. E obviamente, não vale usar o dicionário ou o Google.
Exemplos: caneta, camiseta, borboleta, lingueta.

2: O jogo das palavras terminadas em "ete":
Mesma coisa do jogo acima, só que são palavras terminadas em ete. Também tem um (ou dois) termos chulos relacionados a atividade sexual que a gente evita porque fingimos ser pessoas educadas, e a graça é tentar contornar eles enquanto em toda rodada você obviamente vai pensar em responder "boquete". As mesmas regras se aplicam.
Exemplos: camisete, chiclete, Janete

3: Partes do corpo em ordem alfabética:
Inventado numa viagem de carro. Regras: tente esgotar todas as partes do corpo com a letra A que você souber, jogando em grupo e alternando com os parceiros, ou mesmo sozinho. Não vale repetir. Não valem termos em outra língua. Não vale dicionário. Em seguida, a letra B, e daí por diante.
Exemplos com A: antebraço, abdômen, alvéolo, asa do nariz (isso não é um teste de anatomia, e sim de memória, termos populares são aceitos).

4: Ofensas em ordem alfabética:
Um derivado do jogo acima. Já pensou em ofender usando somente uma letra do alfabeto? Mesmas regras. Vale palavrão, vale adjetivos negativos, vale crime ou contravenção, só não vale racismo. Quotando a Desciplopédia - seja engraçado e não apenas idiota.
Exemplos com A: anta, asno, anencéfalo, asinino, antipático, ardiloso, aliciador de menores, analfabeto, apóstata, animal de teta.

Me conta se você já inventou alguma coisa assim, risos.
:*

Wednesday, 27 July 2022

O que tem no meu estojo?

Eu sou uma daquelas pessoas que ama objetos de papelaria, e isso tem se convertido em um traço da minha personalidade. Por mais idiota que seja, falar sobre isso e consumir conteúdo na internet sobre isso tem sido extremamente relaxante: pensar sobre e discutir a maciez de uma caneta >>>> ver gente vendendo curso de marketing digital pra engajar a qualquer custo ou passando recibo de virtude em cima de uma manchete desgracenta qualquer.

Então, como esse é meu diarinho, vim aqui apresentar em detalhes os conteúdos do meu estojo de trabalho.
Como eu trabalho em lugares diferentes em dias diferentes da semana, tenho um estojinho com as coisas que preciso no dia-a-dia. Antes ele era daqueles bem fininhos, o que eu achava muito mais prático, mas andei acumulando mais canetas do que o estritamente necessário. O estojo em si foi comprado na Kalunga, uma mistura do mais barato com o mais básico e duradouro, por isso não tem nada de especial.



Canetas:


São quatro esferográficas: A azul, a Compactor Economic 1.0, é da marca a qual sou fiel há mais tempo - mas quase intocada, porque escrevo muito pouco de azul no trabalho. A preta é a Pilot BP-1, minha segunda esferográfica favorita da vida. Depois tem a marrom, uma Tilibra Stilo TX, que também achei muito gostosa de escrever. A roxa é da Faber Trilux, de quem também já fui freguesa, mas atualmente só está aqui por motivos de trabalho - essa cor em especial borra com o passar do tempo, mas é a cor que eu uso especificamente no trabalho. Essa em particular também está falhando, o que eu considero uma excepcionalidade.
Recentemente eu também descobri a caneta-falsificada-da-Muji-de-3-reais-da-Shopee que se tornou meu instrumento de escrita favorito da VIDA: é à prova d'água, escreve bonito e custa TRÊS REAIS na promoção. Às vezes essa preta em específico falha, mas ainda dá pra usar no planner muito bem. A outra é roxa por motivos de trabalho (tenham uma chefe que codifica as coisas com cores).

Lapiseira: Recentemente eu adquiri esse modelo da Pentel que todo mundo tem, e ele é leve e confortável. Meu grafite favorito da VIDA é o 0.5 2B da Pilot (borra, mas tão macio), e tenho esse outro que ganhei de uma colega de trabalho que não usava grafite 0.5.
Lápis: Eu praticamente não uso, mas é bom ter um. Meu atual favorito e provavelmente único que pretendo comprar pra vida, o Staedtler Wopex HB.
Corretivo: Da Tilibra. É barato o suficiente e não é aguado. Saudade da época que corretivo em caneta era uma coisa caríssima e exclusivíssima e a gente se deslumbrava só de pegar em um.
Grifa-texto: Três, porque faz sentido deixar as coisas color-coded no trabalho. A verde eu ganhei do serviço e por isso não é da Faber, a marca que eu simplesmente considero a MELHOR, pois dura pra sempre.
Borracha: Uma da Mercur que tenho desde a época da faculdade. Alguém lembra da história que a borracha preta era melhor que a branca???
Apontador: Faber-Castell all the way. Eu sou da época que as outras marcas não prestavam, e se prestam agora eu não sei, porque estou usando o mesmo apontador da Faber-Castell há dez anos.

Caderninho: Um A6 da Cícero que comprei pra estocar numa promoção muito doida (com cashback de 35%). Era um formato que eu detestava, mas talvez justamente por isso é um formato ótimo pra escrever despretensiosamente e fazer rabiscos.


Me chamem pra ir na papelaria testar caneta. É isso flw vlw  

PS: percebam que usei muitas vezes a expressão “favorito da vida” nesse post. Esse é meu jeitinho: obcecada e muito confortável com minhas ferramentas de escrita perfeitas!!