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terça-feira, março 2

Uma Foto Por Dia


 photo: Rogério Barroso. Foto nº. 2635 - Estante.

segunda-feira, março 1

Uma Foto Por Dia


 photo: Rogério Barroso. Foto nº. 2634 - Estante.

segunda-feira, abril 13

Uma Foto Por Dia


photo: Rogério Barroso. Foto nº. 2528 - Livros.

quarta-feira, setembro 12

Uma Foto Por Dia


Photo: Rogério Barroso. Foto nº. 1987 - Livros.

domingo, fevereiro 19

Livro da semana

Wook.pt - Quando Nietzsche Chorou

Quando Nietzsche Chorou funde realidade e ficção, suspense e profundidade, para desvendar uma história grandiosa sobra amor, os limites da força humana e o poder da amizade.

terça-feira, setembro 17

MORTE NO CASTELO



Pelas altas janelas do castelo coava-se o sol fraco de uma Primavera inglesa. Levantara-se de madrugada e, como todas as manhãs, cavalgara pela quinta, enquanto ela dormia. Quando regressara a casa, a trote, eram nove e meia, sentia-se esfomeado e dirigira-se ao salão de jantar, onde tomavam todas as refeições, excepto o chá. Ela às vezes falava numa saleta para o pequeno almoço, mas ele estava habituado, desde que se conhecia, àquele enorme casarão e à comprida mesa, debaixo do lustre, onde agora se sentavam, ele na extremidade norte, ela na extremidade sul.

segunda-feira, setembro 2

O Vale da Paixão



Como na noite em que Walter Dias visitou a filha, de novo os seus passos se detêm no patamar, descalça-se rente à parede com a agilidade de uma sombra, prepara-se para subir a escada, e eu não posso dissuadi-lo nem detê-lo, pela simples razão de que desejo que atinja rapidamente o último degrau, abra a porta sem bater e entre pelo limiar apertado, sem dizer uma palavra. E foi assim que aconteceu. Ainda o tempo de reconstituir esses gestos não tinha decorrido, e já ele se encontrava a meio do soalho segurando os sapatos com uma das mãos.

quarta-feira, agosto 28

HISTÓRIA DE UMA GAIVOTA E DO GATO QUE A ENSINOU A VOAR



Esta é a história de Zorbas, um gato grande, preto e gordo. Um dia, uma formosa gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Zorbas, que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a pequena gaivota, como também a ensinará a voar. Tudo isto com a ajuda dos seus amigos, Secretário, Sabetudo, Barlavento, e Colonello, dado que, como se verá, a tarefa não é fácil, sobretudo para um bando de gatos mais habituados a fazer frente à vida dura de um porto como o de Hamburgo do que a fazer de pais de uma cria de gaivota...

terça-feira, agosto 27

Mentiras & Diamantes


Jorge Ferreira, «o conde», recebe na sua quinta algarvia uma jovem e bela inquilina inglesa, que pretende escrever um livro.
O anfitrião é um homem educado, atraente e rico, mas em extremo reservado - não se lhe conhecem amigos, amantes ou relações familiares -, que partilha a grande casa senhorial com duas amams e uma governanta. O seu passado esconde um trauma que o acompanha até hoje e que ele pretende eliminar da memória.
Pelo contrário, Sara Langton, filha de um milionário italiano, é impulsiva e aventureira, «viciada em liberdade» - o que não consegue conciliar com a reclusão e a disciplina que a escrita exige. Tudo parece concorrer para que estas duas personagens se aproximem lentamente e que comecem a processar o que as atormenta (a Jorge, os episódios do passado; a Sarah, a extrema dificuldade em escrever alguma coisa pertinente para o seu livro misterioso). Mas a súbita visita de «Biafra» - «vistoso fato de linho branco, cravo na botoeira, panamá na mão» -, que vem para tentar uma pequena chantagem, dá lugar a uma cascata de revelações, desenlaces, homicídios, suicídios e desaparecimentos entre a Nigéria, Marrocos, Algarve, Londres e Amesterdão, tendo como pano de fundo o tráfico de diamantes e um país corrupto e corrompido, entregue aos segredos de família.

segunda-feira, agosto 12

O Eléctrico 16


" O desejo dela era passar a um tempo futuro "

A história de Helena que cresceu em Lisboa, num Portugal mergulhado an ditadura e envelhece, agora, num país em crise.

Joel e José Emílio. A paixão e a razão.
Salazar. Opressão e repressão. A Segunda Guerra Mundial e a Guerra Colonial. Humberto Delgado. A esperança de liberdade...
As evoluções e conquistas da nossa época, e o retrocesso resultante do momento de crise que atravessamos.
A história de Helena é um pouco a nossa História, a história de muitas mulheres que viveram dos meados do século XX até aos nossos dias.

sábado, agosto 10

O ALQUIMISTA


Quando alguém quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que se realize esse seu desejo. "Basta aprender a ouvir os ditames do coração e a decifrar uma linguagem que está mais além das palavras, aquilo que os nossos olhos não podem ver. O Alquimista relata a aventuras de Santiago, um jovem pastor andaluz que um dia abandonou o seu rebanho para ir em busca de uma quimera. Com esta enriquecedora viagem pelas areias do deserto.

segunda-feira, agosto 5

O MANUSCRITO DE SÔNIA


Contar a dor e as histórias de uma prostituta com a delicadeza de um conto de fadas é possível somente para uma pessoa que teve um percurso de vida guiado pelos mandamentos do coração. Bem ou mal, Mariana fez as suas escolhas e agora dá-nos a conhecer outra histórias de pessoas que deixaram o seu país natal movidas pela esperança de uma vida melhor, procurando em cada rosto um amor ou um pretexto que pudesse salvá-las para sempre. Essa é a emocionante aventura de uma italo-brasileira que nunca teve medo de ser ela mesma.
Este livro revela os desafios, as expectativas e as sensações vividas no mundo de numerosas prostitutas brasileiras que partem para a Europa  em busca de rápida ascenção económica, especialmente no eixo Itália-Suíça. Baseada em factos reais, a história serviu como uma das fontes de inspiração para o escritor Paulo Coelho no seu livro onze minutos. Foi ele que incentivou Mariana Brasil (pseudónimo de Sônia) a avançar no seu projecto dese tornar escritora.

domingo, agosto 4

Dentro do Segredo


Dentro do Segredo - Uma viagem na Coreia do Norte é a surpreendente estreia de José Luís Peixote na literatura de viagens, e um olhar inédito e fascinante que nos leva ao quotidiano da sociedade mais fechada do mundo.
Em Abril de 2012, José Luís Peixoto teve a oportunidade de assistir às exuberantes comemorações do centenário do nascimento de Kim II-sung, em Pyongyang. Nessa ocasião, participou na viagem mais extensa e longa que o governo norte-coreano autorizou nos últimos anos, tendo passado por todos os pontos simbólicos do país e do regime, mas também por algumas cidades e lugares que não recebiam visitantes estrangeiros há mais de seis décadas.
Repleto de episódios memoráveis, num tom pessoal que chega a transcender o próprio género, Dentro do Segredo é um impressionante relato sobre o outro que, ao mesmo tempo, inevitavelmente, revela muito sobre nós próprios.
Dentro da ditadura mais repressiva do mundo, dentro de um país coberto por absoluto isolamento, Dentro do Segredo.

terça-feira, janeiro 24

Uma foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1349. O meu dóping!

domingo, abril 5

O DESPIR DA NÉVOA

Espero por ti nesta varanda sobre o tempo. De pé, frente à vidraça, olhando a cidade. As pregas do cortinado, impressas ao entardecer, dão às casas um perfil soturno. Como se as visse através de grades. Seis e meia, Berta. Que te fará tardar? Quantas vezes aguardei que chegasses, aqui, no quarto que habitaste com os teus medos e excessos.
Do lado de lá da rua, junto ao semáforo. Gabardina cinza-claro, guarda-chuva de ramagens. Depois, num breve espaço, o andar nervoso, passos de gaivota aturdida já perto do abrigo. A perna levemente musculosa, apraz ver uma mulher, assim, de cima, enquanto a chuva cai, o embrulho colorido contra o peito, sobre o lado esquerdo. Era o primeiro encontro no apartamento, após as surtidas de automóvel pela linha do Estoril, a horas crepusculares. Meteste a chave na porta, entraste. E eu a conjecturar: fechado o guarda-chuva, o embrulho sobre a mesinha de mármore, despias a gabardina, deste um jeito ao cabelo: ufa, que tempo. Sorriste.
- Trazes os lábios frios. (Dois pombos sem ninho?)
Voz macia. Prendeste-me pela cintura, braços em anel. Beijámo-nos. Na rádio, uma peça de Rachmaninov.

Mendes, José Manuel in O Despir da Névoa - Círculo de Leitores


domingo, janeiro 4

A Viagem Do Elefante

Por muito incongruente que possa parecer a quem não ande ao tento da importância das alcovas, sejam elas sacramentadas, laicas ou irregulares, no bom funcionamento das administrações públicas, o primeiro passo da extraordinária viagem de um elefante à áustria que nos propusemos narrar foi dado nos reais aposentos da corte portuguesa, mais ou menos à hora de ir para a cama. Registe-se já que não é obra de simples acaso terem sido aqui utilizadas estas imprecisas palavras, mais ou menos. Deste modo, dispensámo-nos, com assinalável elegância, de entrar em pormenores de ordem física e fisiológica algo sórdidos, e quase sempre ridículos, que, postos em pelota sobre o papel, ofenderiam o catolicismo estrito de dom joão, o terceiro, rei de portugal e dos algarves, e de dona catarina de aústria, sua esposa e futura avó daquele dom sebastião que irá a pelejar a alcácer-quibir e lá morrerá ao primeiro assalto, ou ao segundo, embora não falte quem afirme que se finou por doença na véspera da batalha.

Saramago, José in A Viagem do Elefante edições CAMINHO


quinta-feira, agosto 28

O MESTRE

A mentira é recriação de uma Verdade. O mentidor cria ou recria. Ou recreia. A fronteira entre estas duas palavras é ténue e delicada. Mas as fronteiras entre as palavras são todas ténues e delicadas.
Entre a recriação e o recreio assenta todo o jogo. O que não quer dizer que o jogo resulte sempre. Resulte seja o que for ou do que for.
A Ambiguidade é a Arte do Suspenso. Tudo o que está suspenso suspende ou equilibra. Ou instabiliza. Mas tudo é instável ou está suspenso.
Pelo menos ainda.
Ainda é uma questão de tempo. Tudo depende da noção de tempo ou duração ou extensão. A aceleração do tempo pode traduzir-se pela imobilidade pois que a imobilidade pode traduzir-se por um máximo de aceleração ou um mínimo de extensão: aceleração tão grande que já não se veja o movimento ou o espaço ou a duração.
Tudo está sempre a destruir tudo. Ou qualquer coisa. Ou alguém. Mas estamos sempre a destruir tudo ou qualquer coisa. Ou alguém.

Hatherly, Ana, in O MESTRE edições Quimera



quinta-feira, julho 24

Um dicionário para ler o mundo segundo Agustina



Livro. A Guimarães Editores acaba de lançar o 'Dicionário Imperfeito' de Agustina Bessa-Luís. O volume, que inicia a publicação das obras completas da escritora, nasce da reunião de ideias, figuras e trechos colhidos num vasto conjunto de textos de várias épocas, entre os quais crónicas e alocuções.