Acho que está a desaparecer. A paixonite, finalmente. Essa doença terrível facultada por um cupido sádico, que se mascara de querubim dos céus mas que na realidade é um diabinho dos Infernos.
Porquê ela vem e como se vai, só Deus sabe...
Há que dar tempo.
Tal como qualquer doença, o vírus apanha forte, os anticorpos precisam de tempo para restaurarem a saúde em pleno.
Paixonite fora do baralho, sinto falta de uma última conversa.
Isso será incontornável, está na minha natureza tentar entender e resolver mal entendidos.
Mas para isso tem de existir reciprocidade. Acho que é o maior pecado dos tempos que correm: as pessoas não dialogam tanto quanto gostam de cessar de se relacionarem com as outras. Essa é a sua forma de "comunicar".
Deu-nos Deus este dom fantástico da linguagem oral para o cérebro preferir desligar-se e fazer com que se regrida aos tempos neandertais.