Metereologia 24 h

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sábado, 16 de julho de 2016

Oportunismo Fedorento em Nice


Encontrei artigos sobre o que aconteceu em Nice através deste link. E fiquei impressionada como, pela manhã da tragédia, já tinham montado toda uma rede de angariação de fundos (dinheiro) para auxiliar a família das vítimas. 

Doações à cruz vermelha francesa, doações para a família de Sean Copeland, um americano que morreu com o filho, donativos em particular para os "americanos mortos em Nice". 

E não gostei. 
Achei muito estranho e oportunista.

Uma coisa é pedir donativos para auxiliar as vítimas de um terremoto ou outra catástrofe natural que devaste toda uma região. Nessas ocasiões há carência de tudo, desde medicamentos para prestar primeiros-socorros, a água e alimentos. Uma intervenção rápida pode fazer a diferença entre a vida e morte de alguém. 

Mas outra coisa totalmente diferente - me desculpem se penso errado - é pedir auxílio monetário para os sobreviventes dos que morreram atropelados por um camião.

Imagem da costa de Nice
O dinheiro visa o quê? 
Pagar os enterros?
Compensar os próximos salários daqueles que vão deixar de contribuir financeiramente para as despesas familiares?

Mas então e todos aqueles que morrem subitamente, ou em acidentes em viagem? Também morrem não por vontade própria, mas por uma fatalidade alheia às suas ações. Se por esses apenas amigos e familiares podem juntar-se em auxílio, porquê um americano que estava naquela rua em Nice precisa de um tratamento diferente?

Está certo que é uma catástrofe com repercussões mundiais - devido à suposta ligação com um acto terrorista. Mas o que faz a morte de um e de outro tão distintas? 

Não é que não me compadeça e não imagine que vá fazer falta. Mas creio que as circunstâncias se comparam mais a uma fatalidade acidental. E depois tem o facto disto não ter acontecido num país de terceiro mundo, com poucos recursos e muitas carências. Foi em Nice, o supra-sumo francês, equivalente ao que a Madeira ou o Algarve juntos são para Portugal, mas ainda melhor. A riviera francesa é conhecida por ser povoada de milionários, Nice é o local onde Tina Turner há muito fixou residência e onde o ano passado o Rei saudita mais os seus 1000 convidados fizeram uma temporada balnear de 3 semanas, reservando exclusivamente para a sua comitiva várias praias, que ficaram fechadas à frequência alheia.


Penso eu que, numa uma tragédia como esta  recai ao governo - e às entidades locais, a responsabilidade de proceder às respectivas acções necessárias. Deve existir um fundo de emergência para catástrofes. Não caberá ao governo frances pagar, ao menos, a extradição dos corpos das vítimas não-francesas? Não será, certamente, as famílias a ter de arcar com a despesa... Mas se for, no que isso diferencia todos aqueles que tiveram entes queridos que faleceram em viagem fora da sua terra Natal?

Só quero realçar que estes momentos, infelizmente, são um chamariz para muitos oportunistas. Que usam vários recursos aparentemente inócuos. Mas não é bem assim! (exemplos 12 e 3)

Não acredito em metade destas supostas "doações para ajudar a família das vítimas".


terça-feira, 25 de março de 2014

Tem iphone? Largue-o por 10 minutos!!

Isto é muito interessante. Um desafio para os proprietários de Iphones. Se ficar 10 MINUTOS sem lhe tocar algures uma criança vai ter água potável!!! A TAP project é uma iniciativa da UNICEF. Quer participar? 

Leia já tudo sobre a iniciativa AQUI. Sem sair do seu conforto, sem qualquer incómodo, VOCÊ contribui para dar água potável a quem dificilmente a tem. Tem iphone? Largue-o por 10 minutos!


FYI: o site da campanha lê os sensores do telemóvel e sabe quando você mexe nele.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Doação para cancro


Pesquisando no google sobre doação de perucas para pacientes com cancro
Resultados: 


"Irmã de cabelo", "Banco de Perucas" ou "seu cabelo pode virar peruca e ajudar mulheres"  - BRASIL

"Hair Donation and Wigs - cancer research UK" - Inglaterra

"Wigs and Air Donation - American Cancer Society" - U.S.A.


E pergunto onde raio existe algo do género aqui, em PORTUGAL

sábado, 13 de dezembro de 2008

A generosidade da doação

Noutro dia, á semelhança do que fazem quase todos os portugueses nesta altura do ano, andei a ver montras num grande centro comercial. É então que sou barrada por uma senhora antes mesmo de sair do interior de uma loja. Aborda-me, quase como que me cerca. Quer algo de mim. Escuto-a sem ser indelicada, mas quando dou a conhecer a minha falta de disponibilidade para ali ficar, ela insiste. Explica-me que está a angariar contributos para duas associações de ajuda a pessoas e crianças necessitadas e que me basta comprar uns lápis de cor ou uns cadernos de desenhos para contribuir. Volto a dizer-lhe que naquele momento não dá. Quero ir embora, sem lhe virar as costas, mas ela não dá a conversa por interrompida e insiste. Acabo por lhe confessar coisas da minha vida que não tinha nada que saber. Entre explicar-lhe que considero esta a pior altura do ano para solicitar contributos monetários, até lhe dizer que sou abordada várias vezes por dia por pessoas com a mesma intenção, até lhe confessar que não tenho dinheiro para disponibilizar a ninguém, nem mesmo os 5 euros que ela tão insistentemente afirmou não ser nada. É que, para muitas pessoas, 5 euros é muito. E é isso que não entendem.
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O processo de doações organizado pelas entidades, está muito burocratizado e incorrecto, para prejuízo de quem necessita de ajuda. Se antes pediam qualquer contribuição, carregando uma caixinha pendurada ao pescoço, com uma ranhura para a entrada de moedas ou notas, hoje já não é assim. Fazem como o MacDonalds: têm um produto de plástico qualquer, sem interesse ou valor, contribuindo para o aumento de produtos inúteis destinados ao lixo, e pedem uma quantia FIXA de contribuição. A GENEROSIDADE alhei tem, agora, de responder a uma TABELA.
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Mesmo que quisesse deixar ali 0.50 cêntimos, para ajudar, não podia. Tinha que disponibilizar o valor por eles afixado, imposto e representado pela presença daqueles artigos inúteis. Mas esse valor, meus caros, é ELEVADO para mim. E concerteza, é também este o caso de muitos. Sei que alguns dizem ou pensam que 5 euros «não é nada». Como disse a senhora, é tão «pouco», que já não dão para comprar leite e pão. Pois é. Pode não dar. E o problema é mesmo esse. A moeda desvalorizou, mas os salários não aumentaram. Pelo que, esses 5 euros podem não fazer diferença a alguns (sortudos...) mas a outros, representa uma ou duas refeições que deixam de fazer, ou um outro bilhete de transporte que não compra e vai a pé, ou mais um acréscimo a uma dívida...
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As instituições entraram no mercado capitalista. Associam-se a grandes grupos económicos para, na compra de Cds que não interessam a ninguém, vender. E só se pensa em lucro. Estes grupos económicos, são os primeiros a ganhar (e bem). Em troca de um cd da "Leopoldina" ou da "Hipopotama" ou outro animal qualquer, o valor que é dado não reverte a 100% para a instituição. Há a comissão, à unidade, para a entidade que cede o espaço, para a entidade que faz o cd, para a entidade que distribuí o cd... e isto é outro aspecto que não me agrada. Andar a enriquecer AINDA MAIS os que já são ricos. E estes, desculpem mas é assim que penso, APROVEITAM-SE da NECESSIDADE dos carentes/doentes par LUCRAR em cima disso. Que generosidade!
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Para quê vou eu comprar um cd por 3 euros? Prefiro dar os 3 euros directamente a quem deles precise. Será que me faço entender?
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É claro que, tem o lado da comodidade e da invisibilidade. Comprar um cd num supermercado, não te dá trabalho, não te obriga a deslocar a nenhum lugar, e aumenta a percentagem de pessoas que fazem donativos, visto que, muitas vezes, o dia-a-dia, a rotina, não nos faz ir bater á porta de instituições de caridade com facilidade. Sim, são estas que têm de vir nos abordar. Mas CALMA!...
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Ou tenham atenção ao escalão-tipo de pessoa que querem abordar. Concerteza, grande parte daqueles que podem dar 5 ou mais euros sem grandes preocupações, rapidamente esticam o braço para alcançar num expositor um cd. E de grão a grão, enche assim a galinha o papo. Mas também se aplica o mesmo conceito à doação tradicional. Que o digam aqueles que pedem no metro. Invisuais (ou não), crianças que tocam um instrumento musical ou não, que entram de carruagem em carruagem a solicitar ajuda monetária e, em apenas uma hora, amealham várias moedinhas que, de carruagem em carruagem, só fazem é barulho ao cair.
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Sou uma pessoa generosa. Pelo menos assim me considero. Não faço tudo o que posso pelos outros (ninguém faz), mas também não faço parte dos muitos que aí andam que só pensam em si mesmos. Já fiquei com fome para que outras pessoas pudessem comer. Já dei a uma idosa na rua, a última nota que guardava no bolso e estava desempregada e sem dinheiro. Não que isto me faça sentir especial, mas cá está: vejo a carência, é palpável, sei (ou penso que sei) que, pelo menos naquele dia, aquela pessoa tem como comer alguma coisa ou comprar um medicamento. Posso ser enganada - acho até que já fui, num caso de uma pessoa que me veio bater à porta com uma história muito triste envolvendo um filho e há qual dei todo o dinheiro que consegui colocar de lado para comprar os presentes de natal. Provavelmente, serviram para comprar droga. Ou talvez não. É um risco que se corre neste tipo de doação. Mas é um risco como outro qualquer.
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Nesse dia em que fui ao centro comercial, as abordagens para contribuir com dinheiro para alguma coisa não cessaram de surgir. Caminho depressa, porque sempre tenho pressa para chegar rapidamente a algum lugar, e faço-o a pé ou de transportes. Mesmo assim, ainda conseguem abordar-me. Logo que saí desse centro comercial, uma rapariga coloca-me nas mãos um almanaque, preparando-se de seguida para me cobrar o valor do custo. Devolvo-lhe o papel e continuo a caminhada. Aí o telemóvel, que está há um mês sem dinheiro, dá aviso que recebi uma mensagem. Vou ver: é a empresa de telemóvel a solicitar um SMS para doar dinheiro há UNICEF. Chego ao local de trabalho, e tenho mais uma meia dúzia de outras instituições e associações a solicitar donativos para algo: crianças com paralesia cerebral, ajuda de mãe, mulheres com cancro da mamã, jovens grávidas adolescentes etc...
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E penso: será que toda esta MASSIFIDADE e exagero, aliada há abordagem por vezes invasiva para conduzir o indivíduo à doação, não vai ser um tiro que faz ricochete?
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Isto é como tudo: quando é demais, deixa de ser ver. Torna-se invisível. E um dia, quando se falar de todos estes males que afligem tanta gente, não se pensa mais nas pessoas, nem na dor e no sofrimento. Só no incómodo que é ser sempreabordado com pedidos de donativos em valores fixos de dinheiro, para tudo e mais alguma coisa. De facto, se formos a dar a todos, não nos sobraria muito para aguentar um mês... nem uns dias.
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Gosto de dar. Mas ao meu ritmo, sem assédio ou pressão. Gosto de dar o que tenho, talvez até um pouco do que não tenho mas não faz mal... gosto de dar novo uso ás coisas, gosto de reciclar, gosto de dar de mim a quem precisa. Existem muitas formas de dar.