Metereologia 24 h

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sexta-feira, 14 de março de 2025

Ácido Hialuronico - Onde ir?

 Uma pesquisa exaustiva para encontrar onde aplicar Ácido Hialuronico deixa-me sempre exausta e sem encontrada uma solução. Por isso pergunto: quem aí já se sujeitou a essa intervenção e onde a fez? Incluiu outros procedimentos? O que achou do resultado, qual a sensação? Existiram consequências?



Acho muito ruim que a comunidade Médica em Portugal não consiga por ordem na desordem que são os procedimentos estéticos em Portugal. Cair em mãos erradas não é uma probabilidade baixa. 

Fiarmo-nos no que a Internet diz sobre um médico ou instituição é um erro crasso. Institutos criados há um ano com 100% de boas críticas no google - embora só se consigam ler umas dez, é comum e é, a meu ver, um sinal de alerta VERMELHO. Também é preciso perceber no quê esses elogios se referem - não vá ser à parte de... cabeleireiro. Elogios rasgados dos próprios doutores a si mesmos e um curriculo demasiado bom para ser verdade e muito conveniente, reforça a bandeira vermelha. Ou não? 

Devia ser a ERS (Entidade Reguladora de Saúde), a Ordem dos Médicos, ou outra mais específica, como a Sociedade de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética a EXPLICAR claramente quais os sinais que devem estar presentes para garantir uma intervenção nas mãos de alguém qualificado e facultar meios para qualquer cidadão ficar bem informado. 

Pelo que entendi da pesquisa, em Portugal só um médico pode fazer injeções de "botox". Em países com o Brasil, um técnico de estética pode fazer o mesmo. Assim, alguns esteticistas brasileiros ao chegar a Portugal vêm-se impedidos de ganhar dinheiro com esta especialidade. Só um médico pode aplicar Ácido Hialurónico. INFELIZMENTE isso não é GARANTIA de segurança. Pois um médico pediatra pode fazer o mesmo. Não deve, mas pode, com base no facto de ser médico, embora não necessariamente tenha formação adequada. E quantos não andam por aí na Internet a exibir um currículo de "três meses num curso disto e um mês do curso daquilo?". 

São preciso um mínimo de SEIS ANOS de prática em Cirurgia Estética em Portugal para se considerar apto. Para procedimentos estéticos não cirúrgicos, como o "botox", não sei. E não é só A PESSOA que faz o procedimento que nos deve preocupar. É também a QUALIDADE do produto injetado. 

Será que é mesmo aquilo que é dito? E se sim, qual a qualidade? Muitos "self-employed", alguns médicos a trabalhar por conta própria, devem de precisar encomendar o produto de algum local. E para maximizar o lucro, têm de cobrar o dobro e comprar barato. Será que compram substâncias no mercado negro chinês?

A entidade de Saúde devia impor regras específicas, pois esta área tende somente a crescer. MUITAS PESSOAS DESLOCAM-SE AO EXTERIOR para fazer intervenções cirúrgicas de grande complexidade - uma mummy makeover total. Removem gordura de todo o corpo, adelgam a cintura, mudam o rosto... são cirurgias de elevado risco. Dispendiosas em Portugal e outros países desenvolvidos, pela metade do preço em países com o Brasil ou a Tunísia. 


Recebi uns contactos de clínicas em ambos os países e, de facto, o valor cobrado por muitas intervenções é bem acessível. O feedback de que recorreu às clínicas, super positivo. E isso CONTA MUITO. 
Em Portugal, o "feedback" surgem nas revistas cor-de-rosa, vem de indivíduos dúbios, que só podem falar bem porque recebem cirurgias de graça em troca de as publicitar. Não é garantia de NADA. 

Estes procedimentos só tendem a ter uma procura aumentada. Qualquer pessoa hoje em dia, o porteiro da discoteca, o rapaz estudante, a empregada de limpeza, a professora - qualquer pessoa, hoje em dia, recorre a estes procediementos para melhorarem algo em si. Para se sentirem melhor. Devia estar bem seguro. Em países que oferecem estas intervenções por 1/3 do que se cobra em Portugal, se bem escolhido, pode-se, de facto, encontrar bons profissionais. O risco é tão elevado quanto é... em Portugal. Mas o preço, tão acessível!! 
  

Quem desse lado já fez qualquer intervenção estético-cirúrgica plástica, pode partilhar a experiência nos comentários?


quarta-feira, 22 de maio de 2019

Fazer um curriculo à altura


Passei o dia inteiro a melhorar o currículo, adaptando-o ao estilo que o recrutador inglês quer ver.

Senti-me incomodada. E hoje descobri porquê. Além de ser moroso e mentalmente desgastante "recordar" detalhadamente 20 anos de variada actividade profissional, não gosto de falar sobre mim. Pelo menos não desta maneira, em que preciso "elogiar-me". 


Sou modesta. É um mal que me aflige desde sempre. Por isso os currículos que fiz ao longo da vida sempre me consumiram tempo e neurónios. E fiz tantos, mas tantos, um para cada candidatura, que com o tempo e a idade adquiri alergia à ideia. Devo ter feito mais de 1000 currículos ao longo da vida. Entre modelos europeus desactualizados, com foto ou sem foto e outras formas mais, acabei por «desaguar» num CV factual, com datas, funções... nada mais. Limpo de pretensões. Se quiserem saber mais, descobrem  na entrevista. É aí que me vão conhecer, não por um pedaço de papel.



Mas hoje em dia nem é mais por um pedaço de papel mas por um texto online. É isto que o recrutador vai ver e é o que tem de encantá-lo. Tens de falar de ti, dos teus grandes feitos, da tua admirável capacidade para trabalhar em equipa e ajudar a empresa a ser pioneira. Uma série de larotas para as quais nunca tive talento. Ah, é preciso nascer com esse dom! Se nasci, logo perdi. A rapariga mais-nova mostrou-me o seu CV e sem dúvida ela domina a arte de se auto-promover. No papel parece uma heroína, alguém jovem e fresco, promissor, que pode crescer numa empresa e ajudá-la a florescer. 


Ao mesmo tempo que é um currículo de uma pessoa maravilhosa, conta apenas com uma experiência profissional. Ainda tenho uma vaga ideia do que é estar a começar a vida... Curriculos quase em branco! Isso alguma vez existiu???

Como é que uma pessoa com apenas uma experiência profissional na vida pode entender, sequer alcançar as complexidades de alguém mais experiente, que tem tantas, mas tantas, debaixo do cinto? Cada qual uma luta por si só... Nada foi fácil. Muito sapo engolido, momentos de desespero, de desilusão e de alguma alegria também.


Pessoas a começar que não tiveram realmente nenhum grande contacto com o mundo laboral ainda não tem um olfacto desenvolvido. Falta-lhes passar pela experiência de meses ou anos com a "colega invejosa", de patrão "atiradiço" ou de "complot para te tramar no trabalho". 

Ainda tem as preocupações com o salário, as horas de trabalho, horas que não são pagas mas tens de fazer ou te demitem, emprego precário, trabalhos de enorme esforço físico... Ela nem sequer passou pela comum experiência de trabalhar num café ou restaurante para ganhar uns tostões extra. Mas também há quem tenha se dedicado a isso por curtos períodos de tempo sem grande dedicação e se julgue experiente q.b.

Sortudos daqueles que sabem se vender. Não os invejo, não os admiro, acho que estão bem para os tempos que correm, somente isso. 


domingo, 11 de fevereiro de 2018

Ainda sofro

Os olhos ficam com água, quando me lembro de como fui demitida.
Ainda me surpreende e sinto-o como um ferrão de injustiça vil.

As circunstâncias já as contei aqui, back then.
Mas quando percebo as implicações e as intenções dos envolvidos, sinto asco. Bílis devia sair do meu estômago, só de lembrar.


Calhou encontrar na internet sites a explicar quais os motivos que legitimam os empregadores a demitir pessoal com efeito imediato. Numa lista com uma série de motivos, não encaixei em nenhum! Mas muitos colegas que conheci pareciam encaixar na lista como uma luva.


"Ser capaz de fazer o trabalho mas voluntariamente recusar a fazê-lo" - eram logo todas as inglesas. Pelo menos duas dúzias de pessoas.
"Não ser capaz de fazer o trabalho" - mais umas duas dúzias de inglesas part-time estudantes.
"Ter um comportamento agressivo, de bulling e assédio" - eram logo uns tantos managers e team leaders.
"Roubar" - umas tantas colegas que "punham" ao bolso.
"Usar drogas ou aparecer bêbado" - mais uma vez, uns tantos team liders e pessoal de cozinha

E sou eu a que acaba demitida de forma tão vil? Opá. Sinto-me como Cristo. INJUSTIÇADO! 

É que este país tem leis para tudo.
Diz estar tão bem estruturado socialmente que seria de esperar que, com tanta lei, injustiça fosse algo que dificilmente seria recorrente na sociedade laboral. Mas passa-se exatamente o contrário! 


E são aqueles mais sacanas, que a "sabem toda", que se vão safando, sem fazer nada de muito bom, apoiando-se no esforço de outras pessoas, que dão o couro e o cabelo, para depois serem atropeladas por um comboio sem qualquer aviso. Ainda estou estupefacta por constatar o quanto este país e as suas leis são tão pouco eficientes para proteger os direitos dos menos favorecidos e das pessoas de bem.

Chego à conclusão de que, quanto mais "politicamente correto" for o país, mais injustiça acontece com os justos. E não é só por mim que falo. É a forma como sinto que as coisas estão legalmente estruturadas. O pretexto é sempre "a lei" mas essas leis parecem estar sempre a prejudicar aquele que se esforça e faz por as seguir. 

É um contra censo tremendo.