Abro
a porta pela manhã. Um vento gelado bate no meu rosto.
Uma
manhã típica de inverno em pleno início de primavera.
Na
rua, a primavera revelada nas cores trazidas pelos transeuntes.
Hoje
foi preciso recorrer aos agasalhos já recolhidos no fundo do
armário.
Uma
variação colorida de mochilas, jaquetas e casacos momentaneamente
enchem a rua de cores e alegria.
Ainda
é muito cedo . Mães e babás acompanhando crianças e também
jovens que se dirigem à escola.
Logo
o movimento cessa. Como numa comunicação telepática todos saem
de casa quase que ao mesmo tempo. E também todos se recolhem à
mesma hora, cada um em sua sala, cada em seu respectivo prédio.
Todos no mesmo polo estudantil.
Meu
olhar se volta para o leste.
Hoje
o sol resolveu brincar de esconde- esconde.
Visualizo apenas um clarão
tímido e indeciso.
Vislumbro o clarão do sol
tentando inutilmente dissipar a espessa névoa da manhã.. Uma névoa
densa que parece amedrontar o gigante .
Mas
nesta batalha já se sabe quem será o vencedor.
É
claro que o sol vai voltar a brilhar outra vez
Prá
mim, prá você
Prá
nós todos...
E
então vamos poder ver a primavera que sempre acontece na vida de
cada um de nós. Mais cedo ou mais tarde, sempre haverá primavera.
Nunca
deixe de acreditar! Confie!
São
de Cecília Meireles estas palavras.
 |
| girassol do meu quintal |
"A
primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem
acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A
inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da
mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo
chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega".
Escrever este post inspirou-me a ouvir a música de Renato Russo: "Mais uma vez"
Veja o vídeo no próximo post
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