Costuma dizer-se que o Natal é quando o
homem quiser. Em relação às revistas da Turma
da Mônica que são
distribuídas em Portugal, foi em Novembro, data em que chegou às
bancas e quiosques este Especial
de Natal. E
que leva a escrever também que 'o Natal é como o homem quiser'.
Nascida
com base humorística, daí o termo americano comics,
e assumindo depois a aventura em todos os seus matizes, a banda
desenhada aborda hoje outros registos como o documental e/ou
biográfico como exemplifica Nascidas
rebeldes,
que teve edição portuguesa da ASA.
Numa época em que a designação 'direitos de autor', associado ao termo 'processo' não tinham o peso e a proximidade que têm hoje, mostrar influências e gostos ou tão só aproveitar o conhecimento de senso comum que determinadas criações - dentro e fora dos 'quad(ra)dinhos' - podiam assumir, era algo a que Maurício de Sousa não se inibia, com o seu humor característico.
Continuando
a expandir o universo Grahic
MSP,
já indiscutivelmente um universo alternativo da Turma da Mônica
original,
agora cabe a Xaveco dar o salto, neste caso literalmente,
porque passa de eterna personagem secundária a
protagonista da sua própria edição - neste momento distribuída em
Portugal.
A colecção 'pedagógica" da Turma
da Mônica, volta e meia olha para si própria. É o caso desta
edição - agora (ainda?) nas bancas nacionais, com um ano de atraso
- que assinala os 60 anos da 'dona da rua'.
Nunca
fui leitor Marvel regular durante o tempo em que poderia ter sido
agarrado pelo género, a adolescência e juventude; nessa
época fiz apenas leituras esparsas de super-heróis e só
mais
tarde, por uma questão de conhecimento geral de banda desenhada,
procurei suprir essa minha lacuna.
Ao
contrário da maioria dos leitores, sou mais um seguidor de
argumentistas do que de desenhadores, mas isso não me isenta de uma
ou outra surpresa menos agradável. Foi
o caso desta abordagem de Jason Aaron ao Justiceiro, partindo de uma
premissa que me fez desde logo arrepiar: a ressurreição da sua
esposa pelo Tentáculo, para fazer de Castle o seu assassino de
serviço, forçando o conceito de que cada homem tem o seu preço.
Sei que há quem (me) questione do porquê
da leitura de banda desenhada e quem questione o porquê destas
leituras específicas de banda desenhada mas, para além de
as
diversificar,
a
verdade é que momentos diferentes pedem leituras diferentes e
n(esta)a(s) BD encontro aquilo que só a banda desenhada, estrutural
e narrativamente falando, me consegue dar.
Por
vezes, há termos ou frases que se revelam extremamente felizes para
definir uma obra. Maurício de Sousa foi-o no prefácio em relação a este
Cebolinha:
Recuperação,
definindo-o como “uma trama com muitas camadas (…),
exactamente como uma cebola”.
Reflexo,
apesar de tudo pálido, da exuberância
editorial da Turma da Mônica no Brasil, neste momento é possível
encontrar em (algumas) bancas e quiosques nacionais - e também no site da Panini portuguesa) diferentes
publicações que espelham várias fases da produção de Maurício
de Sousa e do seu estúdio
e a diversidade das suas propostas.
No mês em que chega a 600.ª revista da Magali e entramos na segunda temporada da Geração 12 da Turma da Mônica, há também mais uma Graphic MSP nas bancas e quiosques.
No que à Marvel diz respeito, o destaque vai para o reinício da numeração da revista do Homem-Aranha, que fica marcado pelo regreso de John Romita Jr. à série.
Mantendo a cadência bimestral, este mês está (já) nas bancas uma nova Graphic MSP, no caso Astronauta: Convergência, que encerra um longo arco de seis tomos da versão pessoal que Danilo Beyruth criou do Astronauta de Maurício de Sousa.
Das edições da Turma da Mônica já distribuídas, destaque ainda para a Turma da Mõnica Jovem cuja edição#16 traz uma caixa de cartão para guardar os últimos quatro números, que completam um arco de histórias.
Mantendo a cadência bimestral, este mês está (já) nas bancas uma nova Graphic MSP, no caso Astronauta: Convergência, que encerra um longo arco de seis tomos da versão pessoal que Danilo Beyruth criou do Astronauta de Maurício de Sousa.
Das edições da Turma da Mônica já distribuídas, destaque ainda para a Turma da Mõnica Jovem cuja edição#16 traz uma caixa de cartão para guardar os últimos quatro números, que completam um arco de histórias.
Embora
em muitos aspectos estejam nas antípodas, estas duas edições que
trago hoje
têm uma base comum: um olhar divertido e mordaz, entre a crítica e
a homenagem, aos ícones da cultura popular… mas não só.
É
da história dos quadradinhos que Maurício de Sousa começou o seu
império escrevendo e desenhando tiras diárias
de
jornal, antes de passar para as revistas, o audiovisual e tudo (o
muito) mais que hoje conhecemos. E
foi
nesse
início que ele melhor exprimiu a sua genialidade
e fez o
melhor
uso do seu
sentido de humor.
Acompanhando à distância - física e temporalmente falando - a edição original no Brasil, a partir deste mês os principais títulos das revistas com as personagens criadas por Maurício de Sousa - Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Turma da Mônica e Chico Bento - chegam às bancas e quiosques nacionais em dose dupla, espelhando assim a (nova) periodicidade quinzenal na origem.
A mudança estende-se também ao aspecto físico, com as revistas a reduzirem o número de páginas, de 80 para 52, e o preço, de 2,25€ para 1,75€.
Resta saber se os dois números chegarão em simultâneo ou separadamente.