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domingo, setembro 13, 2015

MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (parte 2)



A exemplo do que já havia sucedido ao aportar na Madeira, ao chegar a Lisboa na manhã de 14 de Dezembro, e como acontecia normalmente com os regressos vitoriosos dos corpos expedicionários a África, tem uma recepção apoteótica, a maior de sempre, à maneira dos antigos generais de Roma, com o povo em massa nas ruas a aclamá-lo, em ambiente de fervor patriótico poucas vezes visto na História de Portugal.

Mouzinho vem para terra a bordo da galeota real com os ministros da Guerra e da Marinha, que tinham ido ao navio apresentar-lhe cumprimentos. O rei D. Carlos, fardado de generalíssimo, espera-o pessoalmente e abraça-o no cais de desembarque do Arsenal da Marinha, com a rainha D. Amélia e os príncipes também presentes. O rei não deixa curvar-se perante si. Enquanto uma multidão dá vivas ao herói ao som de música e foguetes-

Os jornais lançam números extraordinários, publicam versos em sua honra, estudam a sua genealogia, publicam e republicam fotos suas, dos seus camaradas de África, do Gungunhana e de outros régulos que derrotou, saem anúncios publicitários das melhores lojas e armazéns de Lisboa, que se colam àquela história de sucesso.

No paço, o soberano ofereceu-lhe um jantar de honra, de 215 talheres, em que serviu a magnífica baixela Germain, que só se usava nas solenidades excepcionais. Mouzinho senta-se à direita da rainha D. Amélia e, aos brindes, D. Carlos saudou-o com uma calorosa admiração e um profundo reconhecimento pelos seus feitos em África.

(Continua)



segunda-feira, dezembro 06, 2010

JOSÉ CRAVEIRINHA

UM HOMEM NUNCA CHORA


Acreditava naquela história

do homem que nunca chora.


Eu julgava-me um homem.


Na adolescência

meus filmes de aventuras

punham-me muito longe de ser cobarde

na arrogante criancice do herói de ferro.


Agora tremo.

E agora choro.


Como um homem treme.

Como chora um homem!

PINTURA AFRICANA




CARTOON

Hao Yanpeng

Felips