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Morsa

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 Nota: Para outros significados, veja Morsa (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaMorsa
Grande morsa no gelo, Alaska
Grande morsa no gelo, Alaska
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Ordem: Carnivora
Família: Odobenidae
Género: Odobenus
Espécie: O. rosmarus
Nome binomial
Odobenus rosmarus
( Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica
Ocorrencia = Azul
Ocorrencia = Azul
subespécie
O. rosmarus rosmarus

O. rosmarus divergens

A morsa[1] (Odobenus rosmarus) é um animal de grande porte que vive nas águas do Ártico. É a única espécie não extinta do gênero Odobenus e da família Odobenidae. Uma morsa fêmea adulta chega a 2,60 metros de comprimento e pode pesar de 400 até 1 250 kg. O macho adulto é ainda maior, podendo ter de 3 a 4 m de comprimento. Os machos adultos do Pacífico podem pesar até mais de 2 000 kg e, entre pinípedes, são ultrapassados ​​em tamanho apenas pelas duas espécies de elefantes-marinhos. Subdivide-se em três subespécies: morsa do Atlântico (O. rosmarus) que vive no oceano Atlântico, a morsa do Pacífico (O. rosmarus divergens) que habita no oceano Pacífico e O. rosmarus laptevi, que vive no mar de Laptev.

A morsa é imediatamente reconhecida por suas presas proeminentes, que são apenas caninos muito bem desenvolvidos,[2] bigodes e grande volume. As morsas possuem uma pele enrugada e áspera que vai se tornando cada vez mais espessa ao longo de sua vida (15 a 30 anos). Para nadar usam a nadadeira caudal. A Morsa se locomove em água igual à uma foca, e para se locomover em solo terrestre, a morsa é capaz de virar os membros posteriores para frente e andar normalmente.[2] Deslocam-se mal em terra, utilizando as suas presas para se locomover, cravando os dentes no gelo e puxando o corpo para frente (por isso o nome Odobenus, que significa "aquele que caminha com os dentes"). Seu focinho tem um sólido bigode e dois enormes caninos ou presas que podem chegar a 90 centímetros nas fêmeas e ultrapassar 1,10 metro de comprimento nos machos. As morsas alimentam-se principalmente de moluscos (bivalentes e caracóis), ouriços, estrelas, caranguejos e suas presas vão se desgastando-se ao longo dos anos. As morsas percebem o alimento presente no Iodo e areia devido aos seus pelos (vibrissas) presentes no seu focinho. Em sua busca por alimentos, elas realizam mergulhos profundos e prolongados, podendo chegar a cem metros de profundidade, devido as adaptações que tornam seu mergulho eficiente. Durante o mergulho, as morsas reduzem seu batimento cardíaco, transferem a circulação para os órgãos vitais como cérebro e coração, reduzem o metabolismo e utilizam a grande quantidade de oxigênio armazenada em seu sangue (devido à grande concentração de hemoglobina e mioglobina). Elas residem principalmente em habitats rasos nas prateleiras oceânicas, gastando uma proporção significativa de sua vida no gelo do mar em busca da sua dieta preferida de moluscos bivalves bentônicos. É uma vida relativamente longa animal. Sociável, a morsa é considerada uma espécie-chave nos ecossistemas marinhos do Ártico.

As morsas tendem a viver em bandos de até cem indivíduos. As fêmeas atingem a maturidade sexual entre 4-6 anos de idade, enquanto o macho atinge com 7 anos. As fêmeas dão a luz no máximo a cada dois anos e o período de gestação dura aproximadamente um ano, onde apenas um filhote nasce, pesando entre 45 e 75 quilos. Logo após o nascimento as morsas já são capazes de nadar. O período de amamentação do filhote dura entre um ano e meio a dois anos. As principais dificuldades que as morsas enfrentam são a falta de alimento e os caçadores, tendo as orcas, tubarões e focas leopardo como principais predadores.

A morsa tem desempenhado um papel de destaque nas culturas de muitos povos indígenas do Ártico que a caçaram por sua carne, pele, gordura, presas e ossos. No século XIX e início do século XX a morsa foi o objeto de exploração comercial pesado ​​de gordura de baleia e marfim e com isso, as populações da espécie diminuíram rapidamente. Sua população mundial, desde então, tem vindo a recuperar, embora as populações do Atlântico e Laptev permaneçam fragmentadas e em níveis historicamente deprimidos.

Encontra-se vulnerável de acordo com a IUCN ver. 3.1.[3]

Migração

No fim do ano (verão e no outono) a morsa tenta juntar dezenas de milhares de indivíduos em praias rochosas ou afloramentos. A migração entre o gelo e a praia podem ser de longa distância e dramática, já que normalmente são de mais de 1,8 mil quilômetros. As migrações ocorrem em função da busca de alimento e devido ao fato de serem animais muito visados pelos caçadores. No final da primavera e no verão, por exemplo, centenas de milhares de morsas do oceano Pacífico migram do mar de Bering para o mar de Chukchi através do estreito de Bering.

Referências

  1. Infopédia. «morsa | Definição ou significado de morsa no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 21 de outubro de 2021 
  2. a b Bióicos, Projeto (28 de fevereiro de 2021). «Pinípedes: lobos-marinhos, leões-marinhos, elefantes-marinhos, morsas e focas». projetobioicos. Consultado em 8 de maio de 2021 
  3. «Odobenus rosmarus (Walrus)». www.iucnredlist.org. Consultado em 12 de maio de 2018 

Ligações externas

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