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Nowo

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NOWO
Nowo
Razão social NOWO - Communicações, S.A.
Subsidiária
Atividade Telecomunicações
Fundação
  • 27 de setembro de 1993 (como Cabovisão)
  • Setembro de 2016 (como Nowo)
Sede Lisboa
Proprietário(s) Cabonitel, S.A.

Digi Portugal, LDA.

Pessoas-chave Arturo Dopico (CEO)
Produtos Televisão
Internet
Móvel
Sucessora(s) Digi Portugal
Website oficial www.nowo.pt

A NOWO (lê-se "novo") é uma empresa portuguesa de telecomunicações, que começou a operar em 1993, então sob o nome de Cabovisão.[1]

A Cabovisão foi formada em 27 de Setembro de 1993,[2] tendo começado a operar ainda esse ano.[1]

Em 2006, a Cabovisão era totalmente controlada pela companhia holandesa Telemax BV, uma divisão da operadora canadiana Cable Satisfaction International, e que por sua vez era controlada pela firma Catalyst Capital.[3] Nesse ano já era considerada como a segunda maior operadora de rede de cabo no país, tendo atingido em 2005 um volume de negócios de cerca de 129 milhões de Euros, apesar de ainda não cobrir totalmente o território nacional, cingindo-se então principalmente às regiões do Alentejo, Beiras e no corredor entre Lisboa e Palmela.[4] Porém, encontrava-se numa situação financeira desfavorável, com uma dívida que em 2005 atingia os 350 milhões de Euros, sendo os seus principais accionistas e credores as empresas Catalyst e Cable Satisfaction International, sendo esta última uma operadora canadiana.[2] Apesar disto, considerava-se que a empresa tinha um grande potencial económico, devido ao forte crescimento do mercado dos serviços triplos de telefone, internet e televisão, motivo pelo qual grandes organizações nacionais, como a Sonae, mostraram-se interessadas na aquisição da empresa.[4] No entanto, ainda em 2006 acabou por ser comprada por uma companhia canadiana, a Cogeco, por 465 milhões de euros.[4] Esta empresa era então a quarta maior operadora de telecomunicações no Canadá, e a segunda maior nas províncas do Ontário e do Quebec.[4] De acordo com um comunicado da Cogeco, «esta aquisição está em consonância com a procura de oportunidade externas de crescimento [...] e permite à empresa tomar parte activa no desenvolvimento do sector das telecomunicações por cabo na Europa.[4]

Em 2010, a rede da Cabovisão atingia cerca de novecentas mil casas, e assegurando mais de oitocentos mil serviços de televisão, telefone e internet.[1] Estava então licenciada para disponibilizar serviços de televisão a cerca de 90% das residências, e de internet e telefone em todo o país, seguindo uma estratégia de aposta em regiões ainda não cobertas por outras empresas.[1] Foi também a primeira operadora a lançar em Portugal importantes canais a nível internacional, como o MGM, AXN, RecordTV e a Fox.[1] No entanto, em Novembro de 2011 o jornal Público noticiou que desde meados desse ano que começaram a ser enviadas mensagens a várias entidades que poderiam estar interessadas na aquisição da Cabovisão, algo que foi negado tanto pela própria operadora como pela Cogeco.[5] De acordo com o jornal, a situação financeira da operadora portuguesa fragilizou-se com a introdução de uma nova concorrente, a ZON, formada em 2007 a partir de uma divisão da Portugal Telecom.[5] Uma considerável parte dos clientes da Cabovisão migrou para a ZON, levando a receios que a operadora se tornasse uma vítima da forte concorrência no mercado nacional das telecomunicações, como tinha recentemente sucedido com a AR Telecom.[5]

Em Fevereiro de 2012, foi adquirida pelo grupo Altice, pelo valor de 45 milhões de Euros.[6] Porém, logo em Setembro de 2015 a Altice vendeu a Cabovisão e a ONI à Apax França, uma gestora de fundos de alto risco,[6] medida que foi forçada a tomar pela União Europeia, uma vez que aquela empresa tinha igualmente adquirido o grupo PT Portugal, que era proprietário da operadora MEO.[7] A venda daquelas duas operadoras tinha sido autorizada pela Comissão Europeia nos finais de Dezembro de 2014.[7] Esta não era a primeira vez que a Altice tinha colaborado com a Apax França, uma vez que quando comprou a Cabovisão em Fevereiro de 2012, as duas empresas tinham acordado no sentido da gestora francesa comprar 40% da operadora de cabo, por 18 milhões de Euros.[6]

A 13 de Setembro de 2016, foi apresentada a nova identidade e estratégia da empresa, que a partir dessa data se passou a chamar NOWO.[carece de fontes?] A NOWO surgiu em Setembro de 2016, como resultado do rebranding da marca Cabovisão.[8] As duas operadoras eram então propriedade dos fundos Apax France e Fortino Capital.

A NOWO tem uma serviço móvel a nível nacional através de um acordo MVNO (operador móvel virtual) com a MEO celebrado em Janeiro de 2016.

A Apax France e a Fortino Capital foram os acionistas da NOWO, desde Setembro 2015,[9] os quais também detêm em Portugal, a empresa de telecomunicações ONI,[10] que endereça o mercado empresarial.[carece de fontes?]

Em agosto de 2019, a empresa espanhola MásMovil comprou a Cabonitel, que detém a Nowo e a Oni.[11] Em outubro desse ano, a Autoridade da Concorrência autorizou os espanhóis da MásMovil e do fundo GAEA Inversión a avançar com a compra da Cabonitel, que detém a empresa Nowo e a Oni.[12]

Em setembro de 2022, a Vodafone anunciou a aquisição da empresa, através de um acordo com a Lorca JVCO Limited,[13][14] mas a Autoridade da Concorrência não aprovou esse negócio.

Em setembro de 2024, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social deu "luz verde" à compra da Nowo pela Digi Portugal no valor de 150 milhões de euros.[15] A Autoridade da Concorrência informou a 24 de outubro do mesmo ano que não se opunha ao negócio, ficando determinado o controlo exclusivo da Cabonitel S.A. pela Digi Portugal LDA. no dia seguinte.[16]

Referências

  1. a b c d e «Quem Somos». Cabovisão. 2010. Arquivado do original em 12 de Dezembro de 2010 
  2. a b ALMEIDA, Marina (25 de Agosto de 2005). «Media Capital prepara entrada na Cabovisão». Consultado em 11 de Julho de 2023 
  3. «Canadianos compram Cabovisão». 3 de Junho de 2006. Consultado em 18 de Julho de 2023 
  4. a b c d e ROCHA, José Manuel (3 de Junho de 2006). «Cabovisão vendida à canadiana Cogeco por 465 milhões de euros». Consultado em 11 de Julho de 2023 
  5. a b c Agência LUSA (23 de Novembro de 2011). «Cabovisão está à procura de compradores». Consultado em 18 de Julho de 2023 
  6. a b c BRITO, Ana (15 de Setembro de 2015). «Altice vende Cabovisão e Oni à Apax França». Consultado em 15 de Julho de 2023 
  7. a b CIPRIANO, Carlos; CORREIA, Raquel Almeida (24 de Julho de 2016). «Cabovisão vai lançar nova oferta móvel e muda marca para Nowo». Consultado em 9 de Julho de 2023 
  8. «Cabovisão passa a NOWO». Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações. 19 de Setembro de 2016. Consultado em 9 de Julho de 2023 
  9. «Altice vende Cabovisão e ONI à APAX». Público. 15 de setembro de 2015. Consultado em 9 de Julho de 2023 
  10. MARCELA, Ana (21 de Setembro de 2016). «Oni e Nowo concentram operações em Lisboa». Consultado em 9 de Julho de 2023 
  11. «Espanhola MásMovil compra Nowo e Oni» 
  12. «Autoridade da Concorrência aprova compra da Nowo e Oni a espanhóis da MásMovil» 
  13. «Vodafone agrees to buy MasMovil's Portugal unit Nowo». Reuters (em inglês). 3 de outubro de 2022. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  14. «Vodafone to acquire Nowo». Capacity Media (em inglês). 3 de outubro de 2022. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  15. «ERC dá luz verde à compra da Nowo pela Digi» 
  16. «Digi fecha compra da Nowo». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 3 de novembro de 2024 

Ligações externas

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