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Estela

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Estela N de Copán, face sul, representando o rei K'ac Yipyaj Chan K'awiil ("Concha Fumegante"), como desenhado por Catherwood em 1839

Estela provém do termo grego "stela", que significa "pedra erguida" ou "alçada". A palavra entrou no uso comum da arquitetura e da arqueologia para designar objetos em uma única pedra, ou seja, estruturas monolíticas, nos quais eram efetuadas esculturas em relevo ou textos. A sua função essencial era transmitir um determinado significado simbólico, fosse esse funerário, mágico-religioso, territorial, político ou propagandístico, entre outros.[1]

Estelas de madeira eram usadas como revestimentos ou “falsas portas” para câmaras mortuárias, feitas a partir de troncos de palmeira e de acácia. Logo caíram em desuso, pois essas árvores não possuem troncos largos e, por isso, não fornecem quantidade de madeira suficiente para grandes construções.[2]

Estelas maias

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Grande parte da história da civilização maia está sendo resgatada pelos arqueólogos através da decodificação das várias estelas que nos legaram, já que estes costumavam erguer a cada katum (período de 20 anos) uma estela comemorativa, na qual inscreviam os principais eventos do período.[3]

Nos sítios arqueológicos de Copán existem 38 das mais belas estelas produzidas pela arte maia, em Tikal são 86, e quase um milhar de similares nesta civilização para documentar cerca de seis séculos (dos anos de 292 a 909).

Normalmente a estela maia tem seção quadrada ou retangular e raramente ultrapassam os três metros, havendo uma em Quirigua, datada do ano de 771, notável pelos seus onze metros e suas sessenta e cinco toneladas.

Estelas do Baixo Alentejo e Algarve, Portugal

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Foram encontradas estelas na região do Algarve e Baixo Alentejo, com inscrições ainda por decifrar, com uma escrita anterior à fixação dos fenícios, na colónia de Abul, nas proximidades de Alcácer do Sal, ou em qualquer outro sítio da Península Ibérica, em data anterior ao século VIII a.C.

Estela Funerária

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Estela funerária de Thutmés, Casa Museu Eva Klabin.

As estelas funerárias eram colocadas nos túmulos com preces que garantiriam o bem estar do morto e lembrariam aos vivos seus feitos em vida. Através delas se conhece muito da história do Egito Antigo. As cenas descreviam o morto, geralmente acompanhado de sua família ou de parentes próximos, e os textos não apresentavam mais do que orações a Osíris e os nomes das pessoas descritas na estela. Sua função era garantir a presença dos mortos durante os festivais sagrados, mesmo após a sua passagem.[2]

Na Casa Museu Eva Klabin encontra-se a Estela Funerária de Thutmés, criado no Egito Antigo, no final da 18ª Dinastia - Amenhotep III. Essa obra é um baixo-relevo pintado, que se divide em dois registros. O primeiro, na parte superior encontra-se o sinal shen, simbolo da alma. Abaixo, vemos o deus Osíris, sentado no trono. Em pé, diante de Osíris, Thutmés está de braços erguidos o adorando. Na parte inferior, Thumés e esposa estão sentados diante de uma mesa de oferendas.[4]

Referências

  1. Britannica Enciclopedia Moderna (em inglês). [S.l.]: Encyclopædia Britannica. 2011. p. 956. ISBN 9781615355167 
  2. a b Malek, Jaromir (1999). Egyptian art. London: [s.n.] 
  3. Gendrop, Paul (2005). A civilização maia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. ISBN 8571104557. OCLC 940063335 
  4. MIGLIACCIO, Luciano (2007). A Coleção Eva Klabin. Petrópolis: Kapa Editorial. p. 26. ISBN 85-88108-21-6 
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