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Pop rock

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Pop rock
Origens estilísticas
Contexto cultural Final da década de 1950[2] no Reino Unido e Estados Unidos
Formas derivadas
Subgêneros
Outros tópicos

Pop rock (também escrito como pop/rock)[5] é o rock com maior ênfase na composição profissional e nas artes de gravação e menos ênfase na atitude.[6] Originado no final da década de 1940 como uma alternativa ao rock and roll normal, o pop rock foi, no início, influenciado pela batida, pelos arranjos e pelo estilo original do rock and roll (e às vezes do doo-wop). Pode ser visto como um campo de gênero distinto, em vez de música que se sobrepõe ao pop e ao rock. Os detratores do pop rock costumam desprezá-lo como um simples produto comercial, menos autêntico do que o rock.[7]

Existem diferentes definições do termo, variando de uma forma mais suave do rock para um subgênero da música pop. Pop rock é um gênero de fusão usado para descrever o padrão verso-refrão da música pop que também pode ser categorizado como rock pelo seu uso de guitarras, bateria e ritmos propulsivos. O gênero se manifestou no final da década de 1950 como uma alternativa mais comercial ao rock and roll, alavancado por artistas como Roy Orbison e Del Shannon. Durante a década seguinte, pop e rock continuaram a se misturar e criar novos subgêneros, como Vocal surf e Jangle pop. Na década de 1970, o pop rock tornou-se tanto mais "agitado" (Power pop) quanto mais suave (Soft rock); nas décadas de 1980 e 1990, fundiu-se com rock alternativo para fazer o Britpop. Hoje, o pop rock continua a ser um gênero ativo, de grande alcance e que se funde com diversos outros estilos.[2]

Características e etimologia

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Existe uma grande semelhança entre a música pop e o rock, tais como instrumentação e até mesmo conteúdo lírico. Os termos "pop rock" e "power pop" foram usados ​​para descrever uma música mais comercialmente bem-sucedida que usa elementos do rock ou a forma dele.[8] O escritor Johan Fornas vê o pop rock como "um único gênero", ao invés de categorias distintas. Para os autores Larry Starr e Christopher Waterman, o gênero é definido como uma "variável upbeat do rock" representada por artistas e bandas como Andy Kim, Bells, Paul McCartney, Lighthouse e Peter Frampton.[9]

O termo pop tem sido usado desde o início do século XX para se referir à música popular em geral, mas a partir de meados da década de 1950 começou a ser usado para um gênero distinto, voltado para um mercado de jovens, muitas vezes caracterizado como uma alternativa mais suave ao rock and roll.[10] No rescaldo da Invasão Britânica, a partir de 1967, o termo pop rock foi cada vez mais utilizado em oposição ao termo rock, para descrever uma forma que era mais comercial, efêmera e acessível.[11]

Em contraste com o pop, o rock era visto com foco em trabalhos prolongados, especialmente álbuns, muitas vezes associado a subculturas, com ênfase colocada em valores artísticos e na autenticidade; destacando a performance instrumental ao vivo e o virtuosismo vocal. O pop rock foi, muitas vezes, visto como um movimento menos autêntico que o rock.[7]

O termo power pop, considerado pelo Allmusic como "um cruzamento entre o hard rock da banda The Who e das melodias doces dos Beatles e Beach Boys, com as guitarras de toques melódicos dos Byrds, tocados em boa medida",[12] foi criado por Pete Townshend, do The Who, em 1967;[13] mas não muito usado, até que foi aplicado a bandas como Raspberries, Big Star e Badfinger - que estabeleceram o som do power pop na década de 1970, em seu período mais bem-sucedido comercialmente.[12]

Desde a década de 2010, "guitar pop rock" e "indie rock" são termos mais ou menos sinônimos.[14] "Jangle" é um adjetivo substantivo que os críticos musicais costumam usar em referência ao pop de guitarra com bom humor.[15]

O crítico Philip Auslander argumenta que a distinção entre pop e rock é mais pronunciada nos Estados Unidos do que no Reino Unido. Ele afirma que, nos Estados Unidos, o pop tem raízes em cantores brancos como Perry Como, enquanto o rock está enraizado na música afro-americana influenciada por formas como o rock and roll. Auslander ressalta que o conceito de pop rock, que mistura pop e rock está em desacordo com a concepção típica de pop e rock como opostos. Auslander e vários outros estudiosos, como Simon Frith e Grossberg, argumentam que a música pop é frequentemente retratada como uma forma de entretenimento inautêntica, cínica, "slickly comercial" e fórmula de entretenimento. Em contraste, o rock é frequentemente anunciado como uma forma autêntica, sincera e anti-comercial de música, que enfatiza a composição de cantores e bandas, o virtuosismo instrumental e uma "conexão real com o público".[16]

A análise de Simon Frith da história da música popular das décadas de 1950 a 1980 foi criticada por BJ Moore-Gilbert, que argumenta que Frith e outros estudiosos enfatizaram demais o papel do "rock" na história da música popular, nomeando todos os novos gêneros usando o sufixo "rock". Assim, quando um estilo de música orientada para o folk se desenvolveu na década de 1960, Frith o denomina "folk rock", e os estilos pop dos anos 70 foram chamados de "pop rock". Moore-Gilbert afirma que essa abordagem coloca injustamente o rock no ápice e faz com que todas as outras influências se tornem um complemento ao núcleo central do rock.[17]

Em Christgau's Record Guide: Rock Albums of the Seventies (1981), Robert Christgau discutiu o termo "pop-rock" no contexto da fragmentação da música popular ao longo de linhas estilísticas na década de 1970; ele considerava o "pop-rock" como um "monólito" que "abrangia" todos os movimentos e subgêneros crescentes do mercado da musical popular e semipopular da época, incluindo músicas de cantores-compositores, art rock, heavy metal, boogie, country rock, jazz fusion, funk, disco, black pop e new wave, mas não o punk rock.[18]

Referências

  1. «Early Pop/Rock Music Genre Overview». AllMusic (em inglês). Consultado em 26 de novembro de 2019 
  2. a b Pop rock Rate Your Music
  3. Jangle pop
  4. Google Books
  5. Steven L. Hamelman (2004). But is it Garbage?: On Rock and Trash. University of Georgia Press. p. 11. ISBN 978-0-8203-2587-3.
  6. «Pop/Rock Music Genre Overview». AllMusic (em inglês). Consultado em 26 de novembro de 2019 
  7. a b S. Jones, Pop music and the press (Temple University Press, 2002), p. 109.
  8. R. Shuker, Popular Music: the Key Concepts (Abingdon: Routledge, 2nd edn., 2005), ISBN 0-415-34770-X, p. 207.
  9. L. Starr and C. Waterman, American Popular Music (Oxford: Oxford University Press, 2nd edn, 2007), ISBN 0-19-530053-X
  10. S. Frith, "Pop music" in S. Frith, W. Stray and J. Street, eds, The Cambridge Companion to Pop and Rock (Cambridge: Cambridge University Press, 2001), ISBN 0-521-55660-0, pp. 93–108.
  11. T. Warner, Pop Music: Technology and Creativity: Trevor Horn and the Digital Revolution (Aldershot: Ashgate, 2003), ISBN 0-7546-3132-X, p. 3.
  12. a b «Power Pop» (em inglês). Allmusic. 1 páginas. Consultado em 8 de janeiro de 2016 
  13. Washburn, Jim (16 de agosto de 1993). «Pocketful of Posies' Power Is Palpable» (em inglês). Los Angeles Times. 1 páginas. Consultado em 8 de janeiro de 2016 
  14. Plemenitas, Katja (2014). "The Complexity of Lyrics in Indie Music: The Example of Mumford & Sons". In Kennedy, Victor; Gadpaille, Michelle (eds.). Words and Music. Cambridge Scholars Publishing. p. 79. ISBN 978-1-4438-6438-1.
  15. Kamp, David; Daly, Steven (2005). The Rock Snob's Dictionary: An Essential Lexicon Of Rockological Knowledge. Broadway Books. p. 54. ISBN 978-0-7679-1873-2.
  16. P. Auslander, Liveness: Performance in a Mediatized Culture (London: Taylor & Francis, 1999), ISBN 0415196892.
  17. B. J. Moore-Gilbert, The Arts in the 1970s: Cultural Closure? (London: Routledge, 1994), ISBN 0-415-09906-4, p. 240.
  18. Christgau, Robert (1981). "The Decade". Christgau's Record Guide: Rock Albums of the Seventies. Ticknor & Fields. ISBN 0899190251.
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