Mostrar código-fonte de Santa Sofia

{{Ver desambig||Santa Sofia (desambiguação)}}
{{Mais notas||arte|data=dezembro de 2012}}
{{Info/Edifício religioso
| NomeEdifício = Santa Sofia<br>''Ayasofya''
| Imagem = Hagia Sophia Mars 2013.jpg
| Legenda = Santa Sofia
| Tamanho = 350px
| Local = [[Istambul]]
| País = [[Turquia]]
| Coordenadas = {{Coor dms|display=title|41|0|31|N|28|58|48|E|type:landmark_region:TR}}
| Religião = [[Igreja Ortodoxa]] (1054–1204 e 1261–1453)<br />[[Igreja Católica]] (1204–1261)<br />[[Islamismo]] (1453–1931, 2020–atualmente)<br />Museu secular (1935–2020)
| Consagração = [[25 de dezembro]] de 537
| Arquiteto = [[Isidoro de Mileto]] e [[Antêmio de Trales]]
| Estilo = [[Arquitetura bizantina|Bizantino]]
| Início_Constr = 532
| Fim_Constr = {{Dtlink|||537|idade}}
| Website =
}}
[[Ficheiro:Interior of Hagia Sophia (3).jpg|thumb|250px|Interior de Santa Sofia]]
'''Santa Sofia''' ({{Langx|el|Άγια Σοφία||''Agia Sophia''}}, que significa "Sagrada Sabedoria"; {{Langx|tr|'''Ayasofya'''}}) é um imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo [[Império Bizantino]] para ser a [[catedral]] de [[Constantinopla]] (atualmente [[Istambul]], na [[Turquia]]). Da data em que foi edificada, em 537, até 1453, ela serviu nesta função, com exceção do período entre 1204 e 1261, quando ela foi convertida para uma catedral [[Igreja Católica|católica romana]] durante o [[Patriarcado Latino de Constantinopla]] que se seguiu ao [[Saque de Constantinopla|saque da capital imperial]] pela [[Quarta Cruzada]]. O edifício foi uma [[mesquita]] entre 29 de maio de 1453 e 1931, quando foi [[secularização|secularizada]]. Ela reabriu como um museu em 1 de fevereiro de 1935.<ref>Magdalino, Paul, et. al. "Istanbul: Buildings, Hagia Sophia" in Grove Art Online. Oxford Art Online. http://www.oxfordartonline.com. Página visitada em 28 de fevereiro de 2010.</ref>

A igreja foi dedicada ao ''[[Logos (cristianismo)|Logos]]'', a segunda [[pessoa (religião)|pessoa]] da [[Santíssima Trindade]],<ref name=ja471>Janin (1953), p. 471.</ref> com a festa de dedicação tendo sido realizada em 25 de dezembro, a data em que se comemora o [[Nascimento de Jesus]], a [[encarnação (religião)|encarnação]] do ''Logos'' em [[Cristo]].<ref name=ja471/> Embora ela seja chamada de "Santa Sofia" (como se tivesse sido dedicada em homenagem a [[Sofia (mártir)|Santa Sofia]]), ''sophia'' é a [[transliteração]] fonética em latim da palavra grega para "sabedoria" — o nome completo da igreja em grego é {{politônico|Ναός της Αγίας του Θεού Σοφίας}}, "Igreja da Santa Sabedoria de Deus".<ref>{{citar livro | sobrenome = McKenzie | nome = Steven L. | others= M. Patrick Graham | título = The Hebrew Bible Today: An Introduction to Critical Issues | url = http://books.google.com/books?id=owwhpmIVgSAC&pg=PA149&dq=%22Jesus+Christ+as+the+Holy+Wisdom+of+God%22#v=onepage&q=%22Jesus%20Christ%20as%20the%20Holy%20Wisdom%20of%20God%22&f=false | editora=Westminster John Knox Press | local=Louisville, KY | ano = 1998 | página=149 | isbn =0-6642-5652-X}}</ref><ref>{{citar livro | sobrenome = Binns | nome = John | título = An Introduction to the Christian Orthodox Churches | url = http://books.google.com/books?id=MOA5vfSl3dwC&pg=PA57&dq=%22Its+dedication+to+the+Wisdom+of+God+identified+it+with+Christ%22#v=onepage&q=%22Its%20dedication%20to%20the%20Wisdom%20of%20God%20identified%20it%20with%20Christ%22&f=false | editora=Cambridge University Press | local=Cambridge | ano = 2002 | página=57 | isbn =0-5216-6738-0}}</ref>

Famosa principalmente por sua enorme [[cúpula]] (ou domo), ela é considerada a [[:wikt:epítome|epítome]] da [[arquitetura bizantina]]<ref name=BAT>{{citar livro | sobrenome1=Fazio|nome1=Michael|sobrenome2=Moffett|nome2=Marian|sobrenome3=Wodehouse|nome3=Lawrence | título = Buildings Across Time |edição= 3rd | isbn = 9780073053042 | editora = McGraw-Hill Higher Education | ano = 2009}}</ref> e é tida como tendo "mudado a história da arquitetura".<ref name="nytimes">{{citar web|url=http://www.nytimes.com/1993/08/22/travel/center-of-ottoman-power.html|título=Center of Ottoman Power|publicado=New York Times|sobrenome= Simons|nome=Marlise |acessodata=4 de junho de 2009 |data=22 de agosto de 1993}}</ref> Ela foi a maior catedral do mundo por quase mil anos, até que a [[Catedral de Sevilha]] fosse completada em 1520. O edifício atual foi construído originalmente como uma igreja entre 532 e 537 por ordem do [[imperador bizantino]] [[Justiniano I]] e foi a terceira igreja de Santa Sofia a ocupar o local, as duas anteriores tendo sido destruídas em revoltas civis. Ela foi projetada pelos cientistas [[gregos]] [[Isidoro de Mileto]], um médico, e [[Antêmio de Trales]], um matemático.<ref>{{citar livro |título=Gardner's Art Through the Ages{{!}}Gardner's Art Through the Ages: Volume I, Chapters 1–18 |sobrenome=Kleiner |nome=Fred S. |editora=Wadsworth |ano=2008 |local=Mason, OH |página=329 |isbn=0495467405 |autor2=Christin J. Mamiya |edição=12th}}</ref>

A igreja continha uma grande coleção de [[relíquia]]s e tinha, entre outras coisas, uma [[iconóstase]] de 15 metros de altura em [[prata]]. Era a sede do [[Patriarcado Ecumênico de Constantinopla]] e o ponto central da [[Igreja Ortodoxa]] por quase mil anos. Foi ali que o [[Cardeal Humberto]], em 1054, [[excomunhão|excomungou]] o patriarca [[Miguel I Cerulário]], iniciando o [[Grande Cisma do Oriente]], que perdura até hoje.

Em 1453, [[Queda de Constantinopla|Constantinopla foi conquistada]] pelo [[Império Otomano]] sob o [[sultão]] {{lknb|Maomé|II, o Conquistador}}, que subsequentemente ordenou que o edifício fosse convertido numa mesquita.<ref name="archnet.org">[http://archnet.org/library/sites/one-site.jsp?site_id=2966 "Hagia Sophia"] {{Wayback|url=http://archnet.org/library/sites/one-site.jsp?site_id=2966 |date=20090105062813 }}. ArchNet.</ref> Os [[sino]]s, o altar, a iconóstase e os vasos sagrados foram removidos e diversos mosaicos foram cobertos por [[gesso]] e só foram restaurados em 1931 na conversão da igreja a um museu secular. Diversas características [[islamismo|islâmicas]] — como o [[mirabe]], o [[mimbar]] e os quatro [[minarete]]s — foram adicionados durante esse período. Ela permaneceu como mesquita até 1931, quando [[Kemal Atatürk]] ordenou que ela fosse secularizada. Ela permaneceu fechada ao público por quatro anos e reabriu em 1935 já como um museu da recém-criada [[República da Turquia]]. Não obstante, os mosaicos coloridos permaneceram cobertos de gesso em sua maior parte, e o edifício deteriorou-se. Uma missão da [[UNESCO]] em 1993 notou queda do gesso, revestimentos de mármore sujos, janelas quebradas, pinturas decorativas danificadas pela umidade e falta de manutenção na ligação da telhadura. Desde então a limpeza, a telhadura e a restauração têm sido empreendidas. Os excepcionais mosaicos do assoalho e da parede que estavam cimentados desde 1453 agora são escavados e recriados gradualmente.

Por quase 500 anos, a principal mesquita de Istambul, Santa Sofia serviu como modelo para diversas mesquitas otomanas, principalmente a chamada [[Mesquita Azul]], que fica em frente à Santa Sofia, a [[Mesquita Şehzade]], a [[Mesquita de Solimão]], a [[Mesquita de Rüstem Paxá]] e a [[Mesquita de Quilije Ali Paxá]].

Em 10 de julho de 2020, o [[Conselho de Estado da Turquia]] revogou o ''status'' de museu do templo, e um decreto posterior do [[Presidente da Turquia|presidente]] [[Recep Tayyip Erdoğan]] determinou a reclassificação de Santa Sofia, convertendo-a novamente em mesquita.<ref>{{citar web|url= https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2020-07/basilia-santa-sofia-mesquita-turquia-erdogan.html |título= Turquia. A Basílica de Santa Sofia torna-se mesquita |obra=[[Vatican News]]|acessodata=14 de julho de 2020}}</ref>

== História ==
=== Primeira igreja ===
A primeira igreja era conhecida como {{politônico|Μεγάλη Ἐκκλησία}}({{lang-el|''Megálē Ekklēsíā''}} — "A Grande Igreja"; {{lang-la|''Magna Ecclesia''}})<ref name="Great Church">{{citar web|url=http://www.virtualworldheritage.org/papers/3181_976-Virtual_Hagia_Sophia.pdf|formato=PDF|título=Virtual Hagia Sophia: Restitution, Visualization and Virtual Life Simulation|acessodata=3 de julho de 2007|ultimo1=Alessandro|primeiro1= E. FONI|ultimo2= PAPAGIANNAKIS|primeiro2= George|ultimo3= MAGNENAT-THALMANN|primeiro3= Nadia |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070709194035/http://www.virtualworldheritage.org/papers/3181_976-Virtual_Hagia_Sophia.pdf|arquivodata=2007-07-09|urlmorta=yes}}</ref> por causa de sua grande dimensão quando comparada com outras igrejas contemporâneas em Constantinopla.<ref name=ja471/> Escrevendo em 440 d.C., [[Sócrates de Constantinopla]] afirmou que a igreja foi construída por [[Constâncio II]], que já trabalhava nela em 346.<ref name=ja472/> Inaugurada em 15 de fevereiro de 360 pelo bispo [[ariano]] [[Eudóxio de Antioquia]],<ref name=ja472>Janin (1953), p. 472.</ref> ela foi construída próxima da região onde o [[Grande Palácio de Constantinopla|palácio imperial]] estava sendo construído. A igreja chamada [[Hagia Irene]] ("Santa Paz") foi completada antes e serviu como catedral até que Santa Sofia estivesse completada. As duas foram as principais igrejas do [[Império Bizantino]].

Uma tradição, cuja origem não é mais antiga que o {{séc|VII}} ou VIII, relata que o edifício fora construído por [[Constantino]]. O historiador [[Zonaras]] reconcilia as duas opiniões, escrevendo que Constâncio havia restaurado o edifício consagrado por [[Eusébio de Nicomédia]] após ele ter desabado. Como Eusébio fora [[bispo de Constantinopla]] entre 339 e 341 e Constantino morrera em 337, é possível que a primeira igreja tenha sido mesmo erigida por este.<ref name=ja472/>

O edifício foi construído como uma [[basílica]] latina colunada, com galerias e um teto de madeira. Tinha ainda um [[átrio (arquitetura)|átrio]].

O [[patriarca de Constantinopla]] [[João Crisóstomo]] entrou em conflito com a [[imperador bizantino|imperatriz]] [[Élia Eudóxia]] {{nwrap|r.|395|408}}, esposa do imperador [[Arcádio]], e foi enviado para o exílio em 404 (veja ''[[João Crisóstomo#As controvérsias com o judaísmo|Controvérsia de João Crisóstomo]]''). Na rebelião que se seguiu, esta primeira igreja foi quase que completamente incendiada e nada resta dela atualmente.<ref name=ja472/>

=== Segunda igreja ===
A segunda igreja foi encomendada por [[Teodósio II]], que a inaugurou em 10 de outubro de 415. A basílica com teto de madeira foi construída pelo arquiteto Rufino. Um incêndio iniciado durante a [[Revolta de Nica]] destruiu completamente a segunda Santa Sofia em 13-14 de janeiro de 532.

Diversos blocos de [[mármore]] da segunda igreja ainda existem. Num deles está um [[alto-relevo]] mostrando 12 [[cordeiro]]s representando os [[doze apóstolos]]. Originalmente parte de uma entrada monumental, eles agora estão preservados nas escavações ao lado da entrada do museu. Estes fragmentos foram descobertos em 1935 abaixo do pátio ocidental por A. M. Schneider, que não pôde continuar com as escavações por medo de comprometer a integridade da Basílica de Santa Sofia.

=== Terceira igreja ===
[[Imagem:John the Baptist mosaic in Hagia Sophia.jpg|esquerda|thumb|200px|Mosaico de [[João Batista]]]]
Em 23 de fevereiro de 532, apenas alguns dias depois da destruição da segunda basílica, o imperador [[Justiniano]] decidiu construir uma terceira — e completamente diferente — basílica, maior e muito mais majestosa que as suas antecessoras.

Justiniano escolheu o médico [[Isidoro de Mileto]] e o matemático [[Antêmio de Trales]] como arquitetos, mas Antêmio morreu ainda no primeiro ano da empreitada. A construção foi descrita na obra "Sobre Edifícios" ({{lang-el|''Peri ktismatōn''}}; {{lang-la|''De aedificiis''}}) do historiador bizantino [[Procópio de Cesareia|Procópio]]. O imperador mandou buscar materiais de construção de todo o império — [[coluna (arquitetura)|coluna]]s [[arte helenística|helênicas]] retiradas do [[Templo de Ártemis]], em [[Éfeso]] (uma das [[Sete Maravilhas do Mundo]]), grandes blocos de [[pórfiro (geologia)|pórfiro]] de pedreiras no [[Egito (província romana)|Egito]], mármores verdes da [[Tessália]], pedras negras do [[Bósforo]] e amarelos da [[Síria (província romana)|Síria]]. Mais de dez mil pessoas foram empregadas na construção. Esta nova igreja foi, ainda na época, reconhecida como um grande feito de engenharia e arquitetura. O imperador, juntamente com o patriarca [[Eutíquio de Constantinopla]], inauguraram a nova basílica em 27 de dezembro de 537 com pompa e circunstância. Contudo, os [[mosaico]]s internos só foram completados sob o reinado de {{Lknb|Justino|II}} {{nwrap|r.|565|578}}.

Santa Sofia se tornou então a sede do [[Patriarcado Ecumênico de Constantinopla]] e o local preferido para realização de cerimônias oficiais do [[Império Bizantino]], como [[coroações]].

[[Terremotos]] em agosto de 553 e em 14 de dezembro de 557 racharam o [[domo (arquitetura)|domo principal]] e o semidomo oriental, sendo que o primeiro veio a desabar completamente no terremoto seguinte, em 7 de maio de 558,<ref name="Jan_1">{{citar livro | sobrenome=Janin | nome= Raymond | título=Constantinople Byzantine | editora=Institut Français d'Etudes Byzantines | local=Paris | língua=fr |edição=1 | página=41 | ano=1950}}</ref> destruindo o [[ambão]], o altar e o [[Cibório (arquitetura)|cibório]]. O colapso foi causado principalmente pelo peso da estrutura, grande demais, e pela enorme carga de [[cisalhamento]] do domo, que era plano demais. Estes problemas levaram à deformação das colunas que sustentavam o domo.<ref name=mw86>Müller-Wiener (1977), p. 86.</ref> O imperador ordenou que a igreja fosse imediatamente restaurada e confiou a tarefa a Isidoro, o Moço, sobrinho de Isidoro de Mileto, que se utilizou de materiais mais leves e elevou o domo "por volta de 6,5 metros"<ref name=mw86/> — dando ao edifício a sua altura interior atual de 55,6 metros.<ref>{{citar web|url=http://www.emporis.com/en/wm/bu/?id=haghiasophia-istanbul-turkey |título=Haghia Sophia |local=Istanbul / |editora=Emporis |acessodata=4 de dezembro de 2011}}</ref> Além disso, Isidoro trocou o tipo de domo, erigindo uma [[abóbada em cruzaria]] como [[pendículo]]s com diâmetro entre 32,7 e 33,5 metros.<ref name=mw86/> Esta reconstrução foi completada no ano de 562 e o poeta bizantino [[Paulo Silenciário]] compôs um longo poema (ainda existente), conhecido como ''[[Ecphrasis|Ekphrasis]]'', onde ele a comparou a um "campo de mármore", tantas as cores utilizadas.<ref>{{1913CE|Byzantine Literature}}</ref> A reabertura foi presidida novamente pelo patriarca [[Eutíquio de Constantinopla]] no dia 23 de dezembro de 562. A riqueza e o nível artístico da basílica teria levado Justiniano a dizer {{politônico|''Νενίκηκά σε Σολομών''}} ("[[Salomão]], eu te superei!").

Em 726, o imperador {{Lknb|Leão|III, o Isauro}} emitiu uma série de éditos contra a [[veneração de imagens]], ordenando que o exército destruísse todos os [[ícone]]s — iniciando o conturbado período conhecido como [[Iconoclasma]]. Na época, todas as pinturas e estátuas religiosas foram removidas de Santa Sofia. Após um breve período de paz sob a imperatriz [[Irene de Atenas|Irene]] {{nwrap|r.|797|802}}, os [[iconoclastas]] voltaram sob a liderança do imperador [[Teófilo (imperador)|Teófilo]], que mandou colocar uma grande porta de folha dupla em [[bronze]] com o seu [[monograma]] na entrada sul da igreja.

A basílica foi danificada, primeiro num grande incêndio em 859 e, novamente, num terremoto em 8 de janeiro de 869, que causou o colapso de um semidomo. O imperador {{Lknb|Basílio|I, o Macedônio}} ordenou que a igreja fosse restaurada mais uma vez.

Após o grande terremoto de 25 de outubro de 989, que arruinou o grande domo, o imperador {{Lknb|Basílio|II Bulgaróctono}} pediu ao arquiteto [[armênios|armênio]] [[Tirídates (arquiteto)|Tirídates]], criador das grandes igrejas de [[Ani]] e {{ilc|Argina|Argina (Arménia)|Argina (Armênia)}}, que restaurasse o domo.<ref>Maranci, Christina. [http://www.jstor.org/stable/3592516?origin=JSTOR-pdf "The Architect Trdat: Building Practices and Cross-Cultural Exchange in Byzantium and Armenia"]. ''Journal of the Society of Architectural Historians'', Vol. 62, No. 3, September 2003, pp. 294–305.</ref> Seu trabalho maior foi no arco ocidental e numa parte do domo e a extensão dos danos requereram seis anos de trabalho. A igreja foi reaberta em 13 de maio de 994. Além dos reparos, Basílio II também renovou a decoração da basílica. Nos pendículos, ele mandou pintar quatro enormes [[querubim|querubins]], no domo, uma representação de [[Cristo]], e na [[abside]], a [[Virgem e o Menino]] entre os [[apóstolo]]s [[São Pedro|Pedro]] e [[Paulo de Tarso|Paulo]].<ref name=ma287>Mamboury (1953) p. 287</ref> Nos grandes arcos laterais foram pintados os [[profeta]]s e os [[doutor da Igreja|doutores da Igreja]].<ref name=ma287/>

Em seu livro ''[[Sobre as Cerimônias]]'', o imperador {{Lknb|Constantino|VII}} {{nwrap|r.|913|919}} escreveu um relato detalhado das cerimônias realizadas em Santa Sofia pelo imperador e pelo patriarca.

O historiador bizantino [[Nicetas Coniates]] descreveu a [[Saque de Constantinopla|captura de Constantinopla]] durante a [[Quarta Cruzada]], quando a basílica foi saqueada e profanada pelos cristãos latinos. Muitas das mais famosas [[relíquia]]s da igreja — como a pedra do túmulo de Jesus, o leite da [[Virgem Maria]], o sudário de Jesus e diversos ossos de vários santos — foram enviados para igrejas no ocidente e hoje estão preservados em vários museus. Durante o [[Império Latino]] {{nwrap||1204|1261}}, a cidade foi ocupada e a basílica se transformou numa [[catedral]] da [[Igreja Católica Romana]]. {{Lknb|Balduíno|I|de Constantinopla}} foi coroado imperador em 16 de maio de 1204 em Santa Sofia, numa cerimônia muito parecida com o [[rito bizantino|ritual bizantino]].

Após a recaptura da cidade em 1261 pelos bizantinos, a igreja estava já num estado deplorável. Em 1317, o imperador {{Lknb|Andrônico|II Paleólogo}} ordenou que quatro novos [[contraforte]]s ({{langx|el|Πυραμὶδας}} — ''"Piramídas"'') fossem construídos nas partes norte e leste da igreja, financiando-os com a herança de sua recém-falecida esposa, [[Irene de Monferrato|Irene]].<ref name=mw91>Müller-Wiener (1977), p. 91.</ref> Novas rachaduras apareceram no domo após o terremoto de outubro de 1344 e diversas partes do edifício desabaram em 19 de maio de 1346. Por isso, a igreja permaneceu fechada até 1354, quando novos reparos foram realizados pelos arquitetos Astras e Peralta.

=== Mesquita (1453–1935) ===
Em 1453, o sultão Maomé iniciou o [[Queda de Constantinopla|cerco de Constantinopla]], tendo entre seus objetivos converter a cidade ao [[islamismo]].<ref name="Ali_Spencer">Ali, Daniel and Spencer, Robert. ''Inside Islam''. West Chester: Ascension Press, 2003, pp. 108–110, 112–118.</ref> O sultão prometeu às suas tropas três dias de [[saque]]s sem limites se a cidade caísse, após o qual ele iria tomar para si a cidade e tudo o que ela continha.<ref name="Runciman_1">{{citar livro|último = Runciman  |primeiro = Steven  |autorlink =Steven Runciman  |título= The Fall of Constantinople, 1453  |publicado=Cambridge University Press  |local= Cambridge  |ano= 1965  |página=145  | isbn =0-5213-9832-0}}</ref><ref name="Nicol_a_1">Nicol, Donald M. ''The End of the Byzantine Empire''. London: Edward Arnold Publishers, 1979, p. 88.</ref> Santa Sofia não foi poupada da pilhagem, tornando-se, ao invés disso, o seu ponto focal, por conter, na visão de seus saqueadores, os maiores tesouros da cidade.<ref name="Nicol_a_2">Nicol. ''The End of the Byzantine Empire'', p. 90.</ref>

Logo após as defesas da cidade terem sido rompidas, os saqueadores conseguiram chegar até Santa Sofia e derrubaram as suas portas.<ref name="Runciman_2">Runciman. ''The Fall of Constantinople'', p. 147.</ref> Durante todo o cerco, fiéis participaram de missas e orações na igreja, que se tornou um refúgio para os que eram incapazes de ajudar na defesa da cidade.<ref name="Runciman_3">Runciman. ''The Fall of Constantinople'', pp. 133–134.</ref><ref name="Nicol_b_1">Nicol, Donald M. ''The Last Centuries of Byzantium 1261–1453''. Cambridge: Cambridge University Press, 1972, p. 389.</ref> Aprisionados na igreja, fiéis e refugiados se tornaram nada mais do que saque para serem divididos entre os invasores. O edifício foi dessecrado e saqueado, seus ocupantes, assassinados ou escravizados.<ref name="Nicol_a_2"/> Os velhos e enfermos foram mortos e o resto foi acorrentado imediatamente.<ref name="Runciman_2"/> Os padres continuaram a realizar os rituais até que foram interrompidos pelos invasores.<ref name="Runciman_2"/> Quando o sultão e sua corte entraram na igreja, eles insistiram que ela fosse transformada imediatamente numa mesquita. Um dos [[ulama]]s então subiu no [[púlpito]] e recitou a [[Shahada]].<ref name="mw91"/><ref name="Runciman_5">Runciman. ''The Fall of Constantinople'', p. 149.</ref>

Como dito, imediatamente após a conquista de Constantinopla, Maomé II converteu Santa Sofia na mesquita de Aya Sofia.<ref name="archnet.org"/><ref name="mw91"/><ref name=ja475>Janin (1953), p. 475.</ref><ref name=mb288>Mamboury (1953), p. 288.</ref> Como foi descrito por diversos visitantes ocidentais (como o nobre [[Córdova (Espanha)|cordovês]] [[Pero Tafur]]<ref>{{citar livro|último = Tafur  |primeiro = Pero  |autorlink =Pero Tafur  | others= Trans. M. Letts  |título= Travels and Adventures, 1435–1439  |publicado=G. Routledge  |local= London  |ano= 1926  |páginas=138–148  | isbn =}}</ref> e o [[Florença|florentino]] [[Cristoforo Buondelmonti]]<ref>G. Gerola, "Le vedute di Costantinopoli di Cristoforo Buondemonti", SBN 3 (1931): 247–79.</ref>), a igreja estava num estado muito deteriorado, com várias de suas portas soltas. O sultão ordenou que ela fosse limpa e convertida, comparecendo à primeira oração da sexta-feira, 1 de junho de 1453.<ref name=mb288>Mamboury (1953), p. 288.</ref> Aya Sofya se tornou a primeira mesquita imperial de Istambul.<ref name=ne13>Necipoĝlu (2005), pg. 13</ref> Para o seu [[waqf]] foi designada a maioria das casas da cidade, assim como o local onde ficaria o futuro [[Palácio Topkapi]].<ref name=mw91/> Através de decretos imperiais em 1526 (926H) e 1547 (954H), lojas e partes do [[Grande Baazar]] e de outros mercados foram também incluídos.<ref name=mw91/>

Antes de 1481, um pequeno [[minarete]] foi erigido no canto sudoeste do edifício.<ref name=mw91/> Posteriormente, o sultão seguinte, [[Bajazeto II]] (1481–1512), construiu um outro minarete no canto nordeste.<ref name=mw91/> Um deles desabou por causa do [[Terremoto de Istambul (1509)|terremoto de 1509]]<ref name=mw91/> e, por volta do {{séc|XVI}}, eles foram ambos trocados por dois minaretes em cantos diagonalmente opostos do edifício.<ref name=mw91/>

No {{séc|XVI}}, o sultão [[Suleimão, o Magnífico]] (1520–1566) trouxe como espólio de sua conquista da [[Hungria]], dois candelabros colossais. Eles foram colocados em ambos os lados do [[mirabe]]. Durante o reinado de [[Selim II]] (1566–1577), o edifício começou a dar sinais de fadiga e foi extensivamente reforçado com suportes estruturais adicionais no lado exterior pelo grande arquiteto otomano [[Mimar Sinan]].<ref name="earthquake">{{citar livro|título=Hagia Sophia and Mimar Sinan| url=http://books.google.be/books?id=6j5nuvAd44QC&pg=PA383&dq=Sinan+earthquake+%22Hagia+Sophia%22#PPA383,M1|último =Mungan|primeiro =I.|ano=2004|páginas=383–384|publicado=Mungan & Wittek (eds); Taylor & Francis Group, London| isbn=90 5809 642 4}}</ref> Além de reforçar a estrutura bizantina histórica, Sinan construiu dois grandes minaretes adicionais no lado ocidental do edifício, o [[loge]] original do sultão e a [[türbe]] (Mausoléu) de Selim II a sudeste do edifício entre 1576 e 1577. Para fazê-lo, ele fez demolir, um ano antes, partes do patriarcado na parte sul da igreja.<ref name=mw91/> Além disso, o crescente dourado foi montado no topo da cúpula<ref name=mw91/> e uma "zona de respeito" de aproximadamente 24 metros de comprimento foi determinada à volta da igreja, o que obrigou a demolição de todas as casas que ali estavam.<ref name=mw91/> Posteriormente, ali foram erigidas 43 tumbas de príncipes otomanos.<ref name=mw91/> Em 1594, ''Mimar'' (arquiteto da corte) [[Davud Ağa]] construiu a türbe de [[Murade III]] (1574–1595), onde sultão e sua [[valide sultana]], [[Safia Sultana]] foram posteriormente enterrados.<ref name=mw91/> O mausoléu octogonal do filho deles, {{lknb|Maomé|III, o Justo}} (1595–1603) e sua valide sultana foi construído ali perto em 1608 pelo arquiteto real [[Dalgiç Mehmet Aĝa]].<ref name=mw93>Müller-Wiener (1977), p. 93.</ref> O filho dele, [[Mustafá I]] (1617–1618; 1622–1623) converteu o antigo batistério em sua türbe.<ref name=mw93/>

Adições posteriores foram a galeria do sultão, um [[mimbar]] decorado de mármore, uma plataforma para os sermões e [[loggia]] para um [[muezzin]]. Murade III também trouxe de [[Pérgamo]] duas enormes urnas de [[alabastro]], atualmente colocadas em ambos os lados da [[nave (arquitetura)|nave]].

Em 1717, sob o sultão [[Amade III]] (1703–1730), o revestimento em gesso, em ruínas, do interior foi renovado, contribuindo indiretamente para a preservação de muitos mosaicos que, de outra forma, teriam sido destruídos pelos trabalhadores da mesquita.<ref name=mw93/> Na época, era costume entre eles venderem pedras de mosaicos — que se acreditava serem talismãs — aos visitantes.<ref name=mw93/> O sultão [[Mamude I]] ordenou a restauração do edifício em 1739 e adicionou um [[madraçal]] (uma escola [[corão|corânica]], atualmente a biblioteca do museu), um ''[[imaret]]'' (uma cozinha para os pobres) e uma biblioteca, além de, em 1740, uma ''[[Sadirvan|Şadirvan]]'' (uma fonte para [[ablução|abluções rituais]]). Em paralelo, o sultão construiu uma nova galeria e um novo mirabe.

A mais famosa restauração de Santa Sofia foi ordenada pelo sultão {{lknb|Abdul|Mejide I}} e completada por oitocentos trabalhadores entre 1847 e 1849, sob a supervisão dos irmãos [[Ticino|suíço-italianos]], os arquitetos [[Irmãos Fossati|Gaspare e Giuseppe Fossati]]. Os irmãos consolidaram a cúpula e os arcos, reforçaram as colunas e revisaram a decoração do interior e do exterior do edifício. Os mosaicos da galeria superior foram limpos. Os antigos candelabros foram substituídos por novos, suspensos. Discos gigantescos (ou medalhões) foram pendurados nas colunas e inscritos com os nomes de [[Alá]], do profeta [[Maomé]], dos quatro primeiros califas, [[Abacar]], [[Omar]], [[Otomão]] e [[Ali]], e de dois dos netos de Maomé: [[Haçane ibne Ali|Haçane]] e [[Huceine ibne Ali|Huceine]], pelo calígrafo Kazasker İzzed Effendi (1801–1877). Em 1850, os Fossati construíram uma nova galeria para o sultão em [[Arquitetura neobizantina|estilo neobizantino]], ligando-a ao pavilhão imperial atrás da mesquita. Fora de Aya Sofya, uma torre com um relógio e um novo madraçal foram construídos. Os minaretes foram alterados para que tivessem todos a mesma altura. Quando a restauração terminou, a mesquita foi reaberta com uma pomposa cerimônia em 13 de julho de 1849.

== Arquitetura ==
[[Ficheiro:Interior of Hagia Sophia with the chandeliers.jpg| Interior de Santa Sofia, com o mosaico da [[Virgem e o Menino]] ao fundo.| thumb| 340px| esquerda]]
Santa Sofia é um dos grandes exemplos ainda existentes da [[arquitetura bizantina]].<ref name=BAT/> Seu interior, decorado com pilares de mármore e [[mosaico]]s é de grande valor artístico. O próprio imperador Justiniano supervisionou a finalização da maior catedral já construída na época. Ela foi a maior conquista arquitetônica da [[antiguidade tardia]] e sua influência se espalhou pelo mundo ortodoxo, católico e islâmico. As maiores colunas são de [[granito]], com entre 19 e 20 metros de altura e pelo menos 1,5 metros de diâmetro, tendo a maior mais de 70 toneladas. Por ordens do imperador, oito colunas [[ordem coríntia|coríntias]] foram desmontadas em [[Baalbek]], no [[Líbano]], e enviadas para Constantinopla para a construção de Santa Sofia.<ref>[http://www.stoneworld.com/CDA/Archives/950726e9ee5f7010VgnVCM100000f932a8c0 ____ Baalbek keeps its secrets]{{Ligação inativa|data=maio de 2019 }}</ref>

O vasto interior tem uma estrutura complexa. A [[nave (arquitetura)|nave]] é coberta por um domo central que, no seu ponto mais alto, está a 55,6 metros do chão e repousa sobre uma [[arcada]] com 40 janelas arqueadas. Restaurações em sua estrutura o deixaram com uma forma algo elíptica, com o diâmetro variando entre 31,24 e 30,86 metros.

Tanto no lado da entrada ocidental e quanto no lado oriental, litúrgico, há aberturas em forma de arco ampliadas por semi-domos de diâmetro idêntico ao domo central, suportados por [[êxedra]]s em forma de semidomos: uma hierarquia de elementos encimados por domos construídos de forma a criar um vasto interior de forma [[oblongo|oblonga]] culminando no domo central, com uma abertura de 76,2 metros no total.<ref name=BAT/>

As superfícies interiores são cobertas com mármores policromáticos, verdes e brancos com [[pórfiro (geologia)|pórfiro]] púrpura, além dos mosaicos dourados.

O exterior, revestido de [[estuque]], foi pintado de amarelo e vermelho nas restaurações do {{séc|XIX}} por ordem dos Fossati, os arquitetos.

== Mosaicos ==
[[Ficheiro:Interior of Hagia Sophia (2).jpg|thumb|direita| 240px|Interior de Santa Sofia, mostrando dois dos quatro medalhões instalados pelos Fossati no {{séc|XIX}}]]
A igreja foi ricamente decorada com mosaicos ao longo dos séculos. Eles geralmente representam a [[Virgem Maria]], Jesus, santos ou imperadores e imperatrizes. Outras partes foram decoradas num estilo puramente decorativo, com padrões geométricos.

Durante o [[Quarta Cruzada|Saque de Constantinopla]] (1204), os cruzados latinos vandalizaram itens valiosos em todas as estruturas bizantinas mais importantes da cidade, incluindo os mosaicos dourados de Santa Sofia. Muitos destes itens foram enviados para [[Veneza]], cujo [[Doge de Veneza|Doge]], [[Enrico Dandolo]], fora o organizador da invasão e do saque.

Após a conversão do edifício para uma mesquita, em 1453, muitos dos mosaicos foram cobertos com gesso por conta da proibição islâmica às imagens. Este processo não se completou de uma vez e existem relatos do {{séc|XVII}} em que viajantes notam que ainda era possível ver imagens cristãs na antiga igreja. Em 1847–1849, o edifício foi restaurado por dois irmãos suíço-italianos, Gaspare e Giuseppe Fossati, e o [[sultão]] {{lknb|Abdul|Mejide I}} permitiu que eles documentassem quaisquer mosaicos que eles descobrissem no processo. Este trabalho não incluía restaurá-los e, após preservar os detalhes sobre a imagem, os Fossati pintavam sobre eles novamente. Este trabalhou incluiu cobrir as até então descobertas faces dos dois mosaicos de [[serafim|serafins]] localizados no centro do edifício. Atualmente, a igreja tem quatro dessas imagens, sendo duas delas restaurações à tinta criadas pelos Fossati para substituir as duas que eles não conseguiram encontrar vestígios. Em outros casos, os Fossati recriaram os padrões de mosaicos danificados com tinta, por vezes redesenhando-os no processo. Os registros dos Fossati são as fontes principais para diversos mosaicos que se acredita terem sido totalmente ou parcialmente destruídos no terremoto de 1894, incluindo o grande mosaico do [[Cristo Pantocrator]] no domo, um mosaico que estaria sobre uma local não identificado chamado de "Porta dos Pobres", uma grande imagem de uma cruz cravejada de joias e um grande número de imagens de santos, anjos, patriarcas e [[padre da Igreja|padres da Igreja]]. A maior parte das imagens perdidas estavam localizadas nos dos [[tímpano (arquitetura)|tímpano]]s do edifício. Os Fossati também acrescentaram um [[mimbar]] ([[púlpito]]) e os quatro grandes medalhões nas paredes da nave com os nomes de [[Maomé]] e dos primeiros [[califa]]s do [[Islã]].<ref>Mango, Cyril (1972). The mosaics of St. Sophia at Istanbul: The church fathers in the north Tympanum. Dumbarton Oaks Center for Byzantine Studies. ASIN B0007CAVA0.</ref>

== Minaretes ==
Um dos [[minarete]]s, no sudoeste, foi construído com tijolos vermelhos, enquanto os outros três, com [[calcário]] branco e [[arenito]]. Entre estes, o mais estreito, a nordeste, foi erigido pelo sultão {{lknb|Bajazeto|II}}, enquanto os outros dois maiores no lado oeste, pelo sultão [[Selim II]], com o projeto do famoso arquiteto otomano [[Mimar Sinan|Sinan]].<ref name=mw91/>

{{Referências}}

== Bibliografia ==
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* Mainstone, Rowland J. (1997). ''Hagia Sophia: Architecture, Structure, and Liturgy of Justinian's Great Church'' (reprint edition). W W Norton & Co Inc. ISBN 0-500-27945-4.
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== Ligações externas ==
{{Commonscat|Hagia Sophia}}
{{refbegin}}
* {{Link||2=http://gbgm-umc.org/umw/bible/procopius.stm |3=Contemporary description |4=por [[Procópio]], ''Sobre os Edifícios'', publicado em 561 AD.}}
* {{Link||2=http://www.focusmm.com/civilization/hagia/welcome.htm |3=Introdução, com planta do assoalho e elevações.}}
* {{Link||2=http://www.archaeology.org/online/news/sophia.html |3=Muito relatório ilustrado do sumário em restaurações.}}
* {{Link||2=http://www.ismailacar.com.tr/HsphiaHtml/006.htm |3=ismailacar.com.tr |4=Pintura por [[Ismail Acar]], em Santa Sofia, 1999.}}
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