António José de Orta
António José de Orta | |
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Nascimento | 1804 Huelva |
Cidadania | Portugal |
Ocupação | empresário |
Distinções |
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António José de Orta ComNSC (Huelva, Alosno, bap. 9/10 de Fevereiro de 1804[1] — Lisboa, 5 de Janeiro de 1873), 1.º Visconde de Orta, foi um grande comerciante e empresário de origem andaluza que se radicou em Portugal.
Família
[editar | editar código-fonte]Filho de Manuel de Orta (Alosno, c. 1765 - ?) e de sua mulher (Alosno, 13 de Novembro de 1796) Juana de la Cruz Galán, neto paterno de Francisco Martínez de Orta[2] e de sua mulher Catalina Alonso XiménezXiménez,[3] e neto materno de Juan Lorenzo Galán[4] e de sua mulher María Madalena Moreno Borrero.[5][6][7]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Foi Comissário Ordenador da Marinha Espanhola, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real Portuguesa por Decreto de D. Maria II de Portugal de 1852, e Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.[8] Segundo informações dum seu tetraneto, D. Luís Gonzaga de Lancastre e Távora, que usou os títulos de 10.º Marquês de Abrantes, 17.º Conde de Penaguião e 13.º Conde de Vila Nova de Portimão e que em Monarquia seria Representante dos Títulos de Conde de Matosinhos Senhor de São João da Foz, Conde de Alcanede e Conde de Sortelha, era Fornecedor-Geral dos Exércitos Nacionais, o que lhe trouxe uma fortuna considerável e notabilíssima, uma das maiores da Península Ibérica.[9]
O título de 1.º Visconde de Orta foi-lhe concedido por Decreto de D. Fernando II de Portugal, Regente na menoridade de D. Pedro V de Portugal, de 5 de Julho de 1854.[10] Armas de Mercê Nova, concedidas por Alvará de D. Fernando II de Portugal, Regente na menoridade de D. Pedro V de Portugal, de 27 de Setembro de 1854: escudo esquartelado, o 1.º de azul, um leão rompente de ouro, o 2.º de prata, um braço nu de carnação em faixa, empunhando uma chave de azul (de Orta diferenciado), o 3.º de prata, uma aspa de vermelho coticada de ouro, e o 4.º de azul, um Caduceu de Mercúrio de ouro em pala; timbre: desconhecido; coroa de Visconde.[8][9]
Casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]Casou no Alosno a 31 de Dezembro de 1821 com Manuela de Jesús Thoronjo (1802 - 1874), filha de Barnabé Ponze Thoronjo e de sua mulher María de la Encarnación Morón, neta paterna de Fernando de la Escallera Thoronjo e de sua mulher María Gómez e neta materna de Diego Vásquez Morón e de sua mulher María Gómez Borrero,[8][11] da qual teve quatro filhas e um filho:
- Juana de la Cruz (Joana da Cruz) de Orta (Alosno, bap. 14 de Julho de 1823[12] - ?), casada a 8 de Maio de 1842 com Guilherme José Enes (Lisboa - 13 de Agosto de 1893), com geração
- Barnabé (Barnabé) de Orta (Alosno, bap. 20 de Janeiro/21 de Abril de 1825 - ?), 2.º Visconde de Orta, cujo título foi-lhe renovado por Decreto de D. Luís I de Portugal de 21 de Dezembro de 1876, solteiro, sem geração legítima
- María Francisca de Paula (Maria Francisca de Paula) de Orta (Alosno, bap. 31 de Dezembro de 1832[13] - ?), Dama da Ordem das Damas Nobres de Espanha, casada a 19 de Setembro de 1857 com Joaquim Tomás Lobo de Ávila (Santarém, 15 de Novembro de 1819 - Lisboa, 1 de Fevereiro de 1901), 1.º Conde de Valbom, com geração
- Antónia Maria de Orta (Lisboa, 21 de Novembro de 1838 - ?), casada a 29 de Julho de 1857 com António Joaquim Vieira de Magalhães (1822 - 1903), 1.º Barão de Magalhães e 1.º Conde de Magalhães, filho do primeiro casamento do 1.º Barão de Alpendurada e 1.º Visconde de Alpendurada, com geração feminina
- Maria da Encarnação de Orta (Lisboa, 21 de Janeiro de 1841 - ?), casada a 14 de Janeiro de 1863 ou a 14 de Fevereiro de 1868 com Augusto Correia Godinho Ferreira da Costa (1 de Agosto de 1840 - 7 de Junho de 1909), 1.º Visconde de Rio Sado, filho do 1.º Visconde de Correia Godinho, sem geração
Referências
- ↑ Foi baptizado com o nome de José Antonio (José António). Usou, porém, o nome próprio invertido: Antonio José (António José).
- ↑ Filho de Manuel Martínez de Orta, oriundo provavelmente de Villablanca, perto de Ayamonte, e de sua mulher Ana Gómez.
- ↑ Filha de Juan Ximénez Rodríguez Zerrefón e de sua mulher María Gómez Marín.
- ↑ Filho de Tomás Lorenzo Galán e de sua mulher María Gómez.
- ↑ Filha de Juan Moreno Borrero e de sua mulher Juana de la Cruz García
- ↑ Foram seus irmãos Antonio de Padua (António de Pádua) de Orta (Alosno, bap. 17 de Abril de 1816 - ?), Senhor da Herdade de Val de Ervanços, em Vila Verde de Ficalho, casado no Alosno a 14 de Abril de 1836 com María de la Gracia (Maria da Graça) Thoronjo, filha de Luis Eugenio Thoronjo e de sua mulher María de la Encarnación Rebollo Roldán, neta paterna de Sebastián José Medero Pérez Thoronjo e de sua mulher María de la Gracia Ponza Blanco Ximénez, e neta materna de José Rodríguez Rebollo Roldán e de sua mulher María de los Santos Carrasco, com geração, dos quais descendem os de Orta do Alentejo, e Juan José de Orta, que casou a 30 de Setembro de 1827 com Juana Salvadora Vásquez de Monterde, sem mais notícias.
- ↑ "Raízes e Memórias", Associação Portuguesa de Genealogia, Lisboa, N.º 10, pp. 178 e 199
- ↑ a b c "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Terceiro, p. 80
- ↑ a b "Raízes e Memórias", Associação Portuguesa de Genealogia, Lisboa, N.º 10, p. 178
- ↑ Bandeiras, de Lisboa, p. 276 Arquivado em 24 de dezembro de 2012, no Wayback Machine..
- ↑ "Raízes e Memórias", Associação Portuguesa de Genealogia, Lisboa, N.º 10, pp. 178, 179, 194 e 197
- ↑ Baptizada em sua casa por necessidade por Manuel de Orta, e tiveram-na nos braços para os exorcismos Francisco de Orta e Elvira Martínez Thoronjo. O assento paroquial é do dia seguinte, 15 de Julho.
- ↑ Baptizada tendo por Padrinho seu tio Antonio de Padua de Orta.