António de Sousa Bastos
António de Sousa Bastos | |
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Retrato fotográfico de Sousa Bastos (década de 1900, Foto Guedes, Arquivo Histórico do Porto) | |
Nascimento | 13 de maio de 1844 Lisboa |
Morte | 2 de julho de 1911 Lisboa |
Sepultamento | Cemitério do Alto de São João |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Cônjuge | Palmira Bastos |
Ocupação | jornalista, dramaturga, gerente de teatro, empresário |
Causa da morte | diabetes mellitus |
António de Sousa Bastos (Santa Isabel, 13 de maio de 1844 — Coração de Jesus, 2 de julho de 1911)[1] foi um escritor, dramaturgo, empresário teatral e jornalista português, marido da atriz Palmira Bastos.[2]
Família e origens
[editar | editar código-fonte]Filho de pai italiano, D. Francisco de Judicibus, proprietário nobre natural de Nápoles, e de D. Joana Maria da Salvação de Sousa Bastos, de Lisboa, nasceu a 13 de maio de 1844, no Largo do Patrocínio, número 87, em Lisboa, de um matrimónio in articulo mortis[3], pois o seu pai encontrava-se gravemente doente, em risco de vida, aquando do casamento (3 de janeiro de 1841), acabando por recuperar e viver uma vida longa. Eram seus avós paternos D. António de Judicibus e D. Teresa Napolitano, maternos Valeriano António Bastos e D. Joana Luísa da Conceição de Sousa.
Foi baptizado com o nome completo de António Rodrigo Francisco João Valeriano Bernardino Peregrino Ângelo André Carlos Nicolau Vicente José Augusto Máximo Magalhães de Sousa Bastos de Judicibus, a 4 de outubro de 1844, na Igreja Paroquial de Santa Isabel em Lisboa, tendo como padrinho Rodrigo da Fonseca Magalhães e madrinha, D. Maria Gertrudes Guimarães.[4]
Vida e obra
[editar | editar código-fonte]Fez a instrução primária em Lisboa e o liceu em Santarém. Voltou para Lisboa para seguir o Curso de Agronomia no Instituto Agrícola, não o concluindo, entregando-se depois a diversos empregos e à vida jornalística. Começou a trabalhar no Álbum Literário, passando depois para o Comércio de Lisboa, Diário Comercial, Gazeta Setubalense, Gazeta do Dia, entre outros periódicos.
Foi diretor de vários teatros, tanto em Lisboa como no Rio de Janeiro, São Paulo, Pará e Pernambuco, além de ter sido, empresário de diversas companhias dramáticas.
Como jornalista, esteve ligado a periódicos mais relevantes como O Palco, o Espectador Imparcial e A Arte Dramática e foi colaborador artístico da revista Ribaltas e Gambiarras [5] (1881). Além disso, escreveu dramas, comédias, operetas e também revista. Foi o autor da grande obra Dicionário do Teatro Português (1908) e Carteira do Artista (1898).[6]
Faleceu a 2 de julho de 1911, aos 67 anos de idade, vítima de Doença de Bright e diabetes mellitus, na Avenida da Liberdade, número 174, em Lisboa. Encontra-se sepultado em jazigo particular no Cemitério do Alto de São João, na mesma cidade.
Casamentos e descendência
[editar | editar código-fonte]Casou em primeiras núpcias, a 24 de agosto de 1865, na Igreja Paroquial de São José, em Lisboa, com D. Leopoldina Rosa Vieira Martins (Sacramento, 2 de novembro de 1847 — São José, 27 de novembro de 1879), filha de José Martins, sargento veterano e de D. Josefa Maria, de quem teve três filhas.
Casou em segundas núpcias, no estado de viúvo, a 1 de julho de 1894, na Igreja Paroquial de São José em Lisboa, com a atriz Palmira Bastos[2], de quem teve duas filhas: Alda de Sousa Bastos, nascida em 1895 (solteira) e Amélia de Sousa Bastos, nascida em 1901, (casada e teve 5 filhos).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- António de Sousa Bastos. In Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004. (ISBN 972-0-65258-6)
Referências
- ↑ «Necrologia - Sousa Bastos». O Occidente: revista illustrada de Portugal e do estrangeiro (Nº 1171). 10 de Julho de 1911
- ↑ a b «António de Sousa Bastos». Infopédia. Consultado em 24 de dezembro de 2012
- ↑ «Assento de casamento de Francisco de Judicibus e D. Joana Maria da Salvação de Sousa Bastos». Arquivo Nacional da Torre do Tombo. 3 de Janeiro de 1841. Consultado em 25 de Dezembro de 2017
- ↑ «Assento de baptismo de António de Sousa Bastos». Arquivo Nacional da Torre do Tombo. 4 de Outubro de 1844. Consultado em 25 de Dezembro de 2017
- ↑ Pedro Mesquita (26 de março de 2013). «Ficha histórica: Ribaltas e gambiarras (1881)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 19 de junho de 2015
- ↑ Bastos, António de Sousa (1908). Diccionario do theatro portuguez. Robarts - University of Toronto. Lisboa: Imprensa Libânio da Silva
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Paulo e Virgínia: opereta em 1 acto: representada no Theatro Principe Imperial do Rio de Janeiro, 1882, na Biblioteca Nacional de Portugal
- Cerração no mar: scena dramatica: folhetim, 18--, na Biblioteca Nacional de Portugal