A Batalha de Messines (7–14 Junho de 1917) consistiu numa ofensiva coordenada pelo Segundo Exército britânicoi, sob o comando do general Herbert Plumer, na Frente Ocidental perto da vila de Mesen, na região belga da Flandres Ocidental, durante a Primeira Guerra Mundial. A Ofensiva Nivelle, em Abril e Maio, não conseguiu atingir os seus principais objectivos, desmoralizando as tropas francesas e alterando a estratégia anglo-francesa para 1917. A ofensiva em Messines forçou o Exército Alemão a mobilizar as suas reservas das frentes de Arras e Aisne para a Flandres, o que retirou alguma pressão sobre o Exército Francês. O objectivo táctico do ataque em Messines era a captura das defesas alemãs posicionadas na colina - que se estendiam desde Ploegsteert ("Plugstreet") Wood, a sul, até Messines, e de Wytschaete a Mt. Sorrel - para expulsar o Quarto Exército alemão das zonas altas de Ypres. A colina seria o local de coordenação das defesas britânicas e das áreas de retagurada a norte, a partir de onde os britânicos pretendiam lançar a "Operação do Norte", e avançar até à colina de Passchendaele e, depois, capturar a costa belga até à fronteira holandesa.
O Segundo Exército era constituído por cinco corpos, dos quais três fizeram parte do ataque, e dois permaneceram no flanco norte, afastados da acção principal; outro corpo encontrava-se disponível no "Quartel-General de Reservas" (‘’GHQ reserve’’). As divisões do Quarto Exército alemão Gruppe Wijtschate controlavam a colina, mais tarde reforçada por uma divisão de Gruppe Ypern.[nota 1] A batalha começou com a detonação de 19 minas, que destruíram as defesas frontais alemãs, seguida de fogo de barragem numa extensão de 640 m, o que permitiu às tropas de ataque controlar a colina com o apoio de tanques, patrulhas a cavalo e aeronaves. A eficácia das minas, barragem em bombardeamentos britânicos, evoluiu positivamente com os avanços das sondagens da artilharia, detecção do inimigo com a ajuda de very-lights e centralização das operações de artilharia a partir do quartel-general do Segundo Exército. Os ataques entre os dias 8 e 14 de Junho fizeram avançar a nova linha da frente para além da linha (Oosttaverne) Sehnen alemã. A Batalha de Messines representou o prelúdio para a muito maior campanha da Terceira Batalha de Ypres, cujo bombardeamento preliminar teve início a 11 de Julho de 1917.
Notas
↑As forças britânicas em acção eram o II Corpo Anzac com a 3.ª Divisão australiana; Divisão Neozelandêsa, 25.ª Divisão e 4.ª Divisão australiana de reserva; IX Corpo com as 36.ª, 16.ª e 19.ª Divisões, e a 11.ª Divisão de reserva; X Corpo com as 41.ª, 47.ª e 23.ª Divisões e 24.ª Divisão de reserva. O XIV Corpo estava no "GHQ reserve" com os Guardas, 1.ª, 8.ª e 32.ª Divisões, e 30.ª, 55.ª, 39.ª e 38.ª Divisões do II Corpo e o VIII Corpo, não envolvido na ofensiva principal, defendia o flanco norte efectuando ataques de teste a 8 de Junho.[5]. O Gruppe Wijtschate (IX Corpo de Reserva) controlava a colina com as 204.ª, 35.ª, 2.ª, 3.ª (Bávara) (substituiu a 40.ª Divisão quando o ataque britânico teve início) e 4.ª (Bávara) Divisões, apoiadas pela 7.ª Divisão e pela 1.ª Divisão de Guardas de Reserva como divisões de Eingreif ("contrataque").[6] A 24.ª Divisão Saxónica tinha sido substituída a 5 de Junho, e foi afastada quando o ataque britânico começou; a 11.ª Divisão de Reserva da Gruppe Ypern chegou a 8 de Junho.[7]
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