Britney Spears
Britney Spears | |
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Spears se apresentando no Apple Music Festival em 2016 | |
Nome completo | Britney Jean Spears |
Pseudônimo(s) | Princesa do Pop |
Nascimento | 2 de dezembro de 1981 (42 anos) McComb; Mississippi |
Nacionalidade | norte-americana |
Fortuna | US$ 60 milhões (2021)[1] |
Progenitores | Mãe: Lynne Bridges Pai: James Spears |
Parentesco | Jamie Lynn Spears (irmã) |
Cônjuge |
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Filho(a)(s) | 2 |
Ocupação |
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Período de atividade | 1992–presente |
Prêmios | Lista completa |
Carreira musical | |
Gênero(s) | |
Instrumento(s) |
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Gravadora(s) | |
Assinatura | |
Página oficial | |
britneyspears britney |
Britney Jean Spears (McComb, 2 de dezembro de 1981) é uma cantora, compositora, dançarina e atriz americana. Ela iniciou sua carreira como atriz mirim no programa infantil The All-New Mickey Mouse Club (1993–94) e na adolescência se tornou notavelmente conhecida mundialmente com o lançamento dos seus dois primeiros álbuns, ...Baby One More Time (1999) e Oops!...I Did It Again (2000). Ambos os álbuns e tornaram-se bem sucedidos e receberam certificações de diamante pelas altas vendagens nos Estados Unidos. As respectivas faixas homônimas, "...Baby One More Time" e "Oops!... I Did It Again", obtiveram sucesso comercial e culminaram nas tabelas musicais de vários países. Em 2001, Spears lançou seu terceiro álbum de estúdio e primeiro homônimo, Britney, cujo primeiro single, "I'm a Slave 4 U", apresentou uma imagem mais madura de sua personalidade e, no ano seguinte, estrelou o filme Crossroads. Ela assumiu total controle criativo de seu quarto material gravado em estúdio, In the Zone (2003), que contém a faixa de grande êxito comercial "Toxic".
Em 2006, as questões pessoais de Spears começaram a ser bastante divulgadas pela mídia internacional e fez com que ela entrasse em hiato de seus planos fonográficos e cinematográficos. Seu quinto disco, Blackout (2007), embora tenha extraído o sucesso "Gimme More", obteve desempenho de vendas moderado. Seu comportamento errático e suas hospitalizações continuaram no ano seguinte, momento no qual ela foi colocada sob tutela e perdeu a guarda de seus dois filhos. Entretanto, Circus, lançado mundialmente em seu aniversário de 27 anos, provou ser um sucesso; o primeiro foco de promoção do projeto, "Womanizer", classificou-se como o segundo tema de sua carreira a culminar na Billboard Hot 100, o que fez com que a mídia considerasse que o sucesso de Spears estava "retornando". Em 2009 ela lançou "3", parte de seu segundo álbum de grandes êxitos The Singles Collection (2009), que tornou-se a sua primeira música a debutar no topo da tabela supracitada. O sétimo registro de estúdio da artista, Femme Fatale (2011), foi seu primeiro projeto a render três singles nas dez primeiras colocações da parada, nomeadamente "Hold It Against Me", "Till the World Ends" e "I Wanna Go". O primeiro citado tornou-se seu quarto single a liderar a Billboard Hot 100 e também estreou diretamente no posto. Contudo, seus dois últimos discos, Britney Jean (2013) e Glory (2016), obtiveram as menores vendagens de sua carreira.
Desde o início de sua carreira, Spears foi estabilizada como um ícone pop e foi altamente creditada como a influenciadora do renascimento do teen pop durante o final dos anos 90. Ela tornou-se a artista adolescente com mais discos vendidos e conquistou diversos títulos honorários, como o de "Princesa do Pop". Seu trabalho rendeu-lhe diversos prêmios e reconhecimentos, incluindo um Grammy Award, seis MTV Video Music Awards — incluindo o Michael Jackson Video Vanguard Award, feito pela Lifetime Achievement Award e entregue a ela durante os MTV Video Music Awards de 2011 — e uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Em 2009, a Billboard posicionou Spears na oitava colocação entre os artistas com maior popularidade e número de vendas na década de 2000, e também reconheceu-a como a artista feminina com maior vendagem na primeira década do século XXI, bem como a quinta ao todo. A Recording Industry Association of America (RIAA) classificou-a na nona posição entre as cantoras com álbuns mais vendidos nos Estados Unidos, com 38.5 milhões de álbuns certificados. A Nielsen SoundScan listou-a no sexto posto entre os artistas com maior número de vendas digitais, com 36,9 milhões de singles comercializados até janeiro de 2019. O seu número de vendas discográficas é avaliado em mais de 150 milhões, o que fez com que ela se tornasse um dos recordistas de vendas de discos. A revista musical Rolling Stone reconheceu seu sucesso instantâneo como um 25 dos momentos mais importantes de ídolos adolescentes; o canal VH1 colocou-a na sexta posição das 100 maiores mulheres da música. A revista de finanças Forbes anunciou que Spears foi a musicista melhor paga em 2012, com 58 milhões de dólares ganhos ao longo do período. Ela já havia conquistado o topo da lista dez anos antes.
Vida inicial
[editar | editar código-fonte]Spears nasceu em McComb, Mississippi no dia 2 de dezembro de 1981, sendo a segunda criança do casal Lynne Irene Bridges e James Parnell Spears. Sua avó materna, Lillian Portell, era inglesa (nascida em Londres), e um de seus tataravôs era maltês.[3][4][5] Seus irmãos são Bryan James e Jamie Lynn.[6] Aos três anos de idade, ela começou a fazer aulas de dança em sua cidade natal Kentwood, Luisiana, e foi selecionada para apresentar-se como artista solo no recital anual. Durante sua infância, ela também praticou aulas vocais e de ginástica, e venceu diversas competições estaduais e shows de talentos infantis.[7][8][9] Spears fez a sua estreia nos palcos locais aos cinco anos, cantando "What Child is This?" em sua formação no jardim de infância. Em uma entrevista, ela falou acerca de suas ambições quando criança: "Eu estava no meu próprio mundo. (...) Eu descobri o que devia fazer em uma idade precoce".[8] Aos oito anos, Spears e sua mãe viajaram para Atlanta, Geórgia, na intenção de fazer um teste para a re-produção do programa infantil The Mickey Mouse Club. O diretor de elenco Matt Casella rejeitou-a por ser muito jovem para fazer parte da série na época, mas enviou-a para Nacy Carson, uma agente de talentos nova-iorquina. Carson ficou impressionada com os vocais de Spears e sugeriu que ela fosse matriculada na escola Professional Performing Arts School; pouco depois, Lynne e suas filhas se mudaram para uma sublocação em Nova Iorque. Spears foi contratada para o seu primeiro papel profissional como substituta da então protagonista Tina Denmark no musical Ruthless!. Ela também apareceu como concorrente no popular programa televisivo Star Search e participou de numerosos comerciais.[10][11] Em dezembro de 1992, ela finalmente fez parte do The Mickey Mouse Club, mas retornou a Kentwood depois que o programa foi cancelado. Ela foi matriculada na Parklane Academy em McComb, Mississippi. Embora ela tenha feito amizades com grande parte de seus colegas de classe, ela comparou o colégio com "a cena inicial de Clueless com todos os cliques. (...) Eu estava muito entediada. Eu era a armadora do time de basquete. Tinha meu namorado, e fui aos bailes natalino e formal. Mas eu queria mais".[8][12] Quando adolescente, Spears foi diagnosticada com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, e teve de tomar remédios prescritos para se tratar.[13]
"É muito raro ouvir alguém dessa idade que possa mostrar conteúdo emocional e apelo comercial. (...) Para qualquer artista, a motivação — o 'olho do tigre' — é extremamente importante. E Britney tinha isso".
—Jeff Fenster, vice-presidente sênior da A&R da Jive Records, falando acerca do teste de Spears para fazer parte da gravadora.[8]
Em junho de 1997, Spears negociou com o empresário Lou Pearlman a sua entrada no grupo feminino pop Innosense. Lynne perguntou ao advogado e amigo da família Larry Rudolph acerca de sua opinião, e enviou-lhe uma fita de Spears cantando uma música de Whitney Houston em um karaokê, juntamente com algumas fotos. Rudolph decidiu lançá-la para gravadoras e, portanto, ela precisava de uma fita demonstrativa profissional. Ela enviou a Spears uma canção de Toni Braxton sem uso; ela ensaiou por uma semana e gravou seus vocais em um estúdio fonográfico com um engenheiro de som. Posteriormente, ela viajou a Nova Iorque com o produto e encontrou-se com executivos de quatro editoras, retornando a Kentwood no mesmo dia. Três das gravadoras rejeitaram Spears, argumentando que o público queria bandas pop como os Backstreet Boys ou as Spice Girls, e que "não haveria outra Madonna, outra Debbie Gibson, ou outra Tiffanny". Duas semanas depois, executivos da Jive Records retornaram as ligações de Rudolph.[14] Spears cantou "I Have Nothing", de Houston, durante o seu teste para entrar na gravadora, e acabou sendo contratada.[15] Os executivos da empresa sugeriram que ela trabalhasse com o produtor Eric Foster White por um mês, que poderia transformar seu alcance vocal de "inferior e com menos papoila" para "Britney [com uma voz] distinta e inequivocamente".[16] Após ouvir o material gravado, o presidente Clive Calder ordenou um álbum completo. Spears inicialmente visualizou o disco com uma "música de Sheryl Crow, porém [com um estilo] adulto contemporâneo mais jovem", mas sentiu-se bem com a sugestão de produtores feita pela gravadora, uma vez que "faz mais sentiu ir para o pop, pois eu posso dançar com ele — [tem] mais a ver comigo". Ela voou para os Cheiron Studios em Estocolmo, Suécia. Lá, ela gravou metade do álbum entre março e abril de 1998, ao lado de produtores como Max Martin, Denniz PoP e Rami Yacoub.[8]
Carreira musical
[editar | editar código-fonte]1998–2000: ...Baby One More Time e Oops!... I Did It Again
[editar | editar código-fonte]Depois de retornar aos Estados Unidos, Spears deu início a uma turnê promocional feita em shoppings para divulgar seu álbum de estreia, conhecida como Hair Zone Mall Tour. Os concertos eram constituídos por um repertório de quatro canções, e a artista era acompanhada por duas dançarinas de apoio. Posteriormente, ela serviu como um ato de abertura do grupo masculino 'N Sync.[17] Seu primeiro disco, ...Baby One More Time, veio a ser distribuído em 12 de janeiro de 1999 e recebeu análises mistas da mídia especializada,[18] debutando na primeira colocação da Billboard 200 com 121 mil unidades adquiridas.[19] Em um mês, foi certificado como platina dupla pela Recording Industry Association of America (RIAA), reconhecendo vendas de dois milhões de exemplares em território estadunidense. Mundialmente, o material culminou em tabelas musicais de mais de quinze nações e comercializou 10 milhões de cópias em um ano, tornando-se o disco mais vendido por uma artista adolescente em carreira solo.[20][9] A faixa homônima foi lançada como o single inicial do projeto. Inicialmente, a Jive queria que o vídeo musical acompanhante fosse animado; contudo, Spears rejeitou a ideia e sugeriu a ideia final de uma escola católica.[16] A canção vendeu 500 mil réplicas em um dia, atingindo a liderança da Billboard Hot 100 por duas semanas consecutivas e, mundialmente, obteve mais de 10 milhões de cópias vendias, sendo um dos singles mais vendidos de todos os tempos.[21][22] No Reino Unido, liderou a UK Singles Chart por duas edições e tornou-se o single comercializado mais rapidamente por uma artista feminina, vendendo 460 mil unidades em seus primeiros dias de distribuição no território.[23] Mais tarde, sagrou-se como a 25ª faixa mais bem sucedida em tabelas britânicas.[24] Spears também tornou-se a cantora mais jovem a possuir um single com mais de um milhão de cópias distribuídas na nação.[25] Mais tarde, ...Baby One More Time recebeu uma indicação de Melhor Performance Pop Vocal Feminina durante a 42.ª edição dos Grammy Awards.[26] "(You Drive Me) Crazy" foi lançada como o terceiro foco de promoção do disco. Seu sucesso internacional impulsionou as vendas de ...Baby One More Time. Até a data, o álbum vendeu 30 milhões de unidades ao redor do mundo, tornando-se um dos álbums mais vendidos de todos os tempos. Além disso, é o disco de estreia mais vendido da história.[27]
Spears foi capa da edição de abril de 1999 da revista musical Rolling Stone. A imagem caracterizou-a deitada em uma cama, vestindo um sutiã, uma bermuda e um top aberto. A American Family Asssociation (AFA) referiu-se à fotografia como "uma perturbadora mistura da inocência infantil e a sexualidade adulta" e pediu aos "americanos fiéis a Deus para boicotar lojas que vendem álbuns de Britney". A cantora respondeu ao comentário com a seguinte frase: "Qual é o grande problema? Tenho uma forte moral. (...) Eu farei novamente. Eu pensei que as imagens fossem boas. E eu estava cansada de ser comparada a Debbie Gibson e a todo esse bubblegum pop todos os dias".[28] Pouco depois, ela anunciou publicamente que manteria sua virgindade até o seu casamento.[9] Em 28 de junho seguinte, a cantora iniciou sua primeira turnê ...Baby One More Time Tour, na América do Norte. Embora tenha sido positivada por profissionais,[29] causou controvérsia devido ao seu figurino "provocante".[30] Em março de 2000, Spears estendeu a digressão sob o nome de Crazy 2K Tour. Ela estreou canções de seu então futuro álbum de estúdio durante alguns shows.[12]
Dois meses depois, foi lançado seu segundo disco Oops!... I Did It Again. Obteve um estrondoso sucesso comercial, vendendo 539 mil unidades nos Estados Unidos em seu primeiro dia de disponibilização.[31] Com 1 milhão e 300 mil réplicas vendidas no mesmo país em sua semana de lançamento, quebrou o recorde de estreia com maior número de vendas durante a era Nielsen SoundScan, que iniciou-se em 1991.[32] Adicionalmente, quebrou o recorde de estreia feminina com maior número de vendas na mesma nação e, até hoje, comercializou 20 milhões de exemplares a nível mundial, sendo o segundo disco de Spears a entrar na lista dos mais vendidos de todos os tempos.[33][34] Rob Sheffield, da Rolling Stone, disse que "a melhor coisa em Oops!... [I Did It Again] – sob a superfície, é a complexa demanda de Britney pela satisfação, feroz e francamente assustadora, fazendo dela uma verdadeira criança da tradição [do] rock and roll".[35] O single inicial do trabalho, "Oops!... I Did It Again", liderou as tabelas australianas, neozelandesas e britânicas, além de diversos territórios europeus.[25][36] O álbum e a composição foram respectivamente indicados nas categorias Melhor Álbum Pop Vocal e Melhor Performance Feminina Pop, durante a 42.ª edição dos Grammy Awards.[37] Para promover o disco, a intérprete embarcou na excursão Oops!... I Did It Again Tour, que arrecadou 40.5 milhões de dólares; no mesmo ano, ela lançou seu primeiro livro, Britney Spears' Heart-to-Heart, co-escrito pela própria ao lado de sua mãe.[9] Em 7 de setembro, apresentou-se na edição daquele ano dos MTV Video Music Awards. Ao longo da performance, ela tirou seu figurino preto para revelar uma roupa de cor transparente coberta por lantejoulas, seguida de uma coreografia com muitos passos de dança. Tal apresentação foi notada por críticos e pela imprensa internacional como o "momento em que Spears mostrou sinais de se tornar uma artista mais provocante".[38] Com a alta especulação da mídia, ela confirmou que estava em um relacionamento com Justin Timberlake, membro do 'N Sync.[9]
2001–02: Britney e estreia cinematográfica
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 2001, Spears assinou um contrato promocional em um valor estimado entre 7 e 8 milhões de dólares, e lançou outro livro co-escrito com sua mãe, intitulado A Mother's Gift.[9] Enquanto estava na turnê Oops!... I Did It Again Tour, a cantora sentiu-se inspirada por artistas de hip hop, como Jay-Z e The Neptunes, e decidiu incorporar elementos funk em seu projeto seguinte.[39] O material, intitulado Britney, veio a ser distribuído em novembro de 2001 e debutou na primeira colocação da Billboard 200 com 745 mil cópias vendidas, listando-se nos cinco melhores postos em diversas tabelas europeias e comercializando 12 milhões de unidades mundialmente.[40][25][41][42] Stephen Thomas Erlewine, da página musical Allmusic, descreveu Britney como "o disco onde ela se esforça para aprofundar sua personalidade, tornando-o mais adulto enquanto ainda [transforma] Britney reconhecidamente. (...) Ele soa como o trabalho de uma estrela que encontrou e refinou sua voz, resultando em seu melhor disco até a data".[43] O projeto foi indicado nas categorias de Melhor Álbum Vocal de Pop e Melhor Performance Feminina Pop — esta última para "Overprotected" — e fez parte da lista dos 100 melhores álbuns dos últimos 25 anos, publicado pela Entertainment Weekly em 2008.[44][45] A primeira faixa de trabalho do álbum, "I'm a Slave 4 U", atingiu as dez melhores posições em diversos países ao redor do mundo, como a Austrália e o Reino Unido.[46][25]
A performance de "I'm a Slave 4 U" nos MTV Video Music Awards de 2001 apresentou Spears enjaulada ao lado de um tigre e com uma grande cobra da espécie python albina enrolada em seus ombros. A apresentação recebeu diversas críticas pela organização People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), que reivindicou que os animais foram maltratados e descartou planos para um outdoor contra o uso de peles de animais para a fabricação de roupas, no qual a cantora participaria.[38] Para divulgar o disco, Spears iniciou a digressão Dream Within a Dream Tour. Os concertos receberam análises positivas por suas inovações técnicas, o fato de a pièce de résistance ser uma tela aquática que bombeava duas toneladas de água no palco.[47][48] A turnê arrecadou 43.7 milhões de dólares, sendo posicionada na segunda colocação entre as excursões femininas com maior arrecadação em 2002, apenas atrás da Living Proof: The Farewell Tour, de Cher.[49] O sucesso da carreira da cantora foi destacado pela revista Forbes, com ela tornando-se a celebridade mais poderosa do mundo daquele ano.[50] Em fevereiro de 2002, estreou o filme Crossroads, no qual ela fez a protagonista Lucy. Apesar de a produção ter sido altamente negativada, alguns analistas prezaram a atuação de Spears.[51][52][53] Para a produção do filme, foram gastos 11 milhões de dólares; contudo, Crossroads acabou arrecadando 7 milhões de dólares a nível mundial.[53]
Em junho, Spears abriu seu primeiro restaurante, Nyla, na cidade de Nova Iorque, mas o fechou cinco meses depois, citando "má gestão" e "falha de gestão para mantê-lo totalmente informado".[54] Em julho, a intérprete anunciou que tiraria uma pausa de seis meses de sua careira; contudo, ela retornou aos seus planos fonográficos em novembro, dando início ao desenvolvimento de seu disco seguinte.[55] Nesse período, a relação da cantora com Timberlake terminou após três anos. No mês de dezembro, ele lançou a canção "Cry Me a River" como o segundo foco de promoção de seu álbum de estreia em carreira solo, Justified (2002). O vídeo musical apresentou uma modelo com um estilo parecido ao da artista, iniciando rumores de que ela teria sido infiel a ele.[56][57] Como resposta, Britney escreveu a balada "Everytime" com sua vocalista de apoio Annet Artani, com quem iniciou uma amizade durante a turnê Dream Within a Dream Tour.[58] Ainda em 2002, Fred Durst, vocalista da banda Limp Bizkit, disse que estava relacionando-se com a cantora. Entretanto, ela negou tais alegações. Em uma entrevista feita em 2009, Durst explicou: "Eu apenas acho que, na época, era um tabu para um cara como eu estar associado com uma garota como ela".[59] Em 2003, Britney e Christina Aguilera abriram a vigésima cerimônia dos MTV Video Music Awards com uma regravação de "Like a Virgin", de Madonna. Spears surgiu através de uma plataforma contida em um bolo de casamento gigante vestida de noiva, onde cantou os primeiros versos da canção; Aguilera, por sua vez, apareceu por trás da estrutura e continuou as linhas da composição, usando o mesmo figurino. Após a performance, Madonna surgiu no bolo de casamento caracterizada como um noivo e interpretou "Hollywood", canção de seu nono disco American Life (2003). Posteriormente, as três dançaram no palco ao som da canção, e Madonna beijou Spears e Aguilera na boca. Apesar de ter sido altamente controverso e noticiado em diversos meios de comunicação,[53] a revista Blender classificou a performance como um dos vinte e cinco momentos mais sensuais da história televisiva,[60] e a MTV, emissora responsável pelo evento, listou a apresentação como o melhor número de abertura da história da premiação.[61]
2003–05: In the Zone e casamentos
[editar | editar código-fonte]"Eu não sou do tipo de pessoa que coloca a culpa em outras, mas eu sinto que algumas coisas que foram feitas para mim nunca estiveram em meus melhores interesses. Olhando para trás, sinto agora que no meu quarto álbum 'menos é mais' deveria ter sido o caminho a percorrer".
—Spears refletindo sobre In the Zone em novembro de 2004.[62]
Apesar de o desenvolvimento do disco ter iniciado-se em novembro de 2002,[55] as suas gravações começaram apenas em 2003.[63] O produto final, In the Zone foi editado em novembro de 2003 sob análises geralmente positivas,[64] debutando no topo da Billboard 200 com 609 mil unidades adquiridas;[65] este feito fez da cantora a primeira artista feminina na era da Nielsen SoundScan a classificar seus quatro primeiros trabalhos de estúdio no cume da tabela supracitada.[9] Além disso, In the Zone listou-se nas dez primeiras posições na Bélgica, na Dinamarca, nos Países Baixos e na Suécia,[66] comercializando 10 milhões de exemplares mundialmente[67][68] e rendendo o single "Toxic", que foi a faixa de trabalho mais bem sucedida do disco e concedeu a Britney seu primeiro Grammy Award, entregue na cerimônia de 2005 para a categoria Melhor Gravação Dance.[9] Neste disco, ela assumiu mais controle criativo, sendo listada como compositora e produtora.[69][9] In the Zone tem sido observado por apresentar uma imagem mais pessoal e sensual da artista; a publicação Vibe definiu-o como "um disco dance supremamente confidente que também ilustra o desenvolvimento de Spears como compositora";[64] Amy Schriefer, da NPR, listou o álbum como uma das 50 gravações mais importantes da década, citando-o como uma "cartilha do som do pop nos anos 2000" e adicionando que "a história da década do pop impecavelmente artesanal está escrito no corpo de seu trabalho";[70] e a autora Julie Andsager, em uma análise sobre os conteúdos sexuais exibidos na mídia, feita para o seu livro Sex in cosumer culture (2006), afirmou que os vídeos musicais de In the Zone apresentaram uma Spears diferente, e explicou que "[Spears] talvez tenha levado sua sexualidade ao extremo — ao menos para a rede de televisão — aos seus 22 anos.[71]
Em janeiro de 2004, a cantora se casou com o amigo de infância Jason Allen Alexander, na The Little White Wedding Chapel, em Las Vegas, Nevada. O matrimônio foi anulado 55 horas depois, seguido de uma petição ao tribunal que declarou que ela "carecia de compreensão de suas atitudes".[72] Em março embarcou na The Onyx Hotel Tour, em apoio ao álbum In the Zone.[73] Em junho, Spears caiu e machucou o joelho esquerdo durante a gravação do vídeo musical de "Outrageous". Ela foi submetida a uma cirurgia artroscópica. Foi forçada a permanecer seis semanas com uma faixa elástica na coxa, seguido por oito a doze semanas de reabilitação, o que causou a descontinuidade da The Onyx Hotel Tour.[74] Spears se envolveu no Kabbalah Centre através de sua amizade com Madonna.[75] Em julho, ela ficou noiva do dançarino Kevin Federline, com quem estava tendo um relacionamento há três meses. O romance recebeu uma atenção intensa da mídia, uma vez que Federline havia recentemente terminado com a atriz Shar Jackson, que ainda estava grávida de seu segundo filho no momento. Os estágios de seu relacionamento foram narrados no primeiro reality show de Spears, Britney & Kevin: Chaotic. Eles realizaram uma cerimônia de casamento em 18 de setembro, mas não foram legalmente casados até três semanas depois, em 6 de outubro, devido a um atraso na finalização do acordo pré-nupcial do casal.[76] Pouco depois, ela lançou sua primeira fragrância com a empresária Elizabeth Arden, Curious, que quebrou um recorde de faturamento na primeira semana para um perfume. Em outubro, a artista fez uma pausa na carreira para se dedicar a família.[77] Greatest Hits: My Prerogative, sua primeira coletânea musical de grandes êxitos, foi lançada em novembro.[78] A versão de Spears para "My Prerogative", de Bobby Brown, foi lançada como primeiro single do álbum, alcançando o topo das paradas na Finlândia, Irlanda, Itália e Noruega.[79] O segundo, "Do Somethin'", esteve entre os dez postos nas paradas da Austrália, Reino Unido e outros países do continente europeu.[80][81] O álbum vendeu mais de cinco milhões de cópias em todo o mundo.[82] Em setembro de 2005, Spears deu à luz seu primeiro filho, um menino.[83] Em novembro de 2005, ela lança seu primeiro álbum de remixes, B in the Mix: The Remixes, que consiste em onze remisturas.[84] Ele já vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo.[85]
2006–07: Problemas pessoais e Blackout
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 2006, imagens de Spears dirigindo com seu filho Sean, no colo, em vez de estar num assento do carro vieram à tona. Ativistas defensores da infância ficaram horrorizados com as fotos da cantora segurando o volante com uma mão e Sean com a outra. Spears afirmou que a situação aconteceu por causa de um encontro assustador com os paparazzi, e que foi um erro da parte dela. No mês seguinte, foi convidada a estrelar o episódio Buy, Buy Baby, da sitcom Will & Grace interpretando a lésbica enrustida Amber Louise.[86] Ela anunciou que havia deixado de estudar a cabala em junho de 2006, explicando: "meu bebê é minha religião".[75] Dois meses depois, Spears posou nua para a capa da Harper's Bazaar. A imagem foi fortemente comparada com a capa de agosto de 1991 da Vanity Fair, que tinha a atriz Demi Moore. Em setembro de 2006, ela deu à luz seu segundo filho, um menino.[87] Em novembro de 2006, Spears pediu o divórcio de Federline, citando diferenças irreconciliáveis.[88] Seu divórcio foi finalizado em julho de 2007, quando o casal chegou a um acordo global e concordaram em compartilhar a guarda conjunta de seus filhos.[89]
A tia de Spears, Sandra Bridges Covington, com quem ela tinha sido muito próxima, morreu de câncer de ovário em janeiro de 2007.[90] Em fevereiro, Spears foi hospedada em um centro de reabilitação de dependentes químicos em Antigua por menos de um dia. Na noite seguinte, ela raspou a cabeça com uma máquina elétrica num salão de cabeleireiro em Tarzana, Los Angeles. Ela admitiu-se a outras centros de tratamento durante as semanas seguintes.[91] Em maio de 2007, ela produziu uma série de concertos promocionais para a casa de espetáculos House of Blues, intitulada The M+M's Tour.[92] Em outubro de 2007, Spears perdeu a custódia de seus filhos para Federline. As razões da decisão do tribunal não foram revelados ao público.[93] Spears também foi processada pela marca de bolsas Louis Vuitton por causa do vídeo musical de Do Somethin por usar, em um carro Hummer, um estofamento de flor de cerejeira confeccionado na fábrica da marca, sem autorização da mesma, o que resultou no banimento do vídeo em redes de televisão da Europa.[94]
Em outubro de 2007, Spears lançou seu quinto álbum de estúdio, Blackout. O álbum estreou no topo das paradas do Canadá e na Irlanda, e nos Estados Unidos conseguiu o número dois na Billboard 200, além da França, Japão, México e o Reino Unido e as dez primeiras entradas na Austrália, Coreia, Nova Zelândia e diversos países europeus. Nos Estados Unidos, Spears se tornou a única artista feminina a ter seus cinco álbuns de estúdio entre as duas primeiras colocações da tabela.[95] O álbum recebeu avaliações positivas dos críticos e já vendeu mais de 3 milhões de cópias em todo o mundo.[96][97] Blackout venceu a categoria "Álbum do Ano" no MTV Europe Music Awards 2008 e foi listado como o quinto Melhor Álbum Pop da Década pela The Times.[98][99] Spears apresentou o primeiro single Gimme More na edição de 2007 do MTV Video Music Awards. A apresentação foi muito criticada por diversos críticos.[100] Apesar da péssima reação, a canção disparou para o sucesso em todo o mundo, chegando ao número um no Canadá e os dez primeiros primeiros lugares em quase todas as tabelas musicais que pontuou.[101][102] O 2.º single Piece of Me alcançou o topo das paradas na Irlanda e alcançou os cinco primeiros postos na Austrália, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia e Reino Unido. O terceiro single Break the Ice foi lançado no ano seguinte e teve um sucesso moderado devido à Spears não ser capaz de promovê-lo corretamente.[103][104][105] Em dezembro de 2007, Spears iniciou um relacionamento com o paparazzo Adnan Ghalib.[106]
2008–10: Circus
[editar | editar código-fonte]Em janeiro de 2008, Spears se recusou a abrir mão da guarda de seus filhos aos representantes de Federline. Ela foi hospitalizada no Cedars-Sinai Medical Center após a polícia chegar em sua casa e notar que ela parecia estar sob a influência de uma substância ilícita. No dia seguinte, os direitos de visita de Spears foram suspensos numa audiência de emergência, e foram concedidos a Federline a custódia física e legal dos filhos. Ela estava comprometida com a ala psiquiátrica de Ronald Reagan UCLA Medical Center e colocaram-na em espera psiquiátrica involuntária 5120. O tribunal colocou sob temporária e, mais tarde, permanente[107] curatela de seu pai James Spears e o advogado Andrew Wallet, dando-lhes o controle completo de seus bens. Ela foi liberada cinco dias depois.[108]
No mês seguinte, Spears co-estrelou a sitcom How I Met Your Mother, no episódio Ten Sessions como a recepcionista Abby. Ela recebeu críticas positivas por sua atuação, bem como trazendo a maior audiência da série.[109][110] Em julho de 2008, Spears recuperou alguns direitos de visita depois de chegar a um acordo com Federline e seu advogado.[111] Em setembro de 2008, Spears abriu o MTV Video Music Awards daquele ano com uma esquete de comédia pré-gravada com Jonah Hill e um discurso de introdução. Ela venceu Best Female Video, Best Pop Video e Video of the Year por Piece of Me.[112] Um documentário introspectivo de 60 minutos, Britney: For the Record, foi produzido para narrar o retorno de Spears à indústria fonográfica. Dirigido por Phil Griffin, For the Record foi filmado em Beverly Hills, Hollywood, e em Nova Iorque durante o terceiro trimestre de 2008.[113] O documentário foi transmitido pela MTV para 5,6 milhões de espectadores para as duas transmissões na noite de estreia. Foi a audiência mais alta numa noite de domingo na história da rede.[114]
Em dezembro de 2008, o 6.º álbum de estúdio de Spears, Circus, foi lançado. Ele recebeu avaliações positivas dos críticos[115] e estreou no número um no Canadá, República Checa e nos Estados Unidos, e dentro dos dez primeiros postos em diversos países europeus.[102][116] Nos Estados Unidos, Spears se tornou a artista feminina mais jovem a ter cinco álbuns de estreia no número um, ganhando um lugar no Guinness World Records.[117] Ela também se tornou a única artista na era Soundscan a ter quatro álbuns de estreia com 500 mil ou mais cópias vendidas.[116] O álbum foi um dos mais vendidos do ano,[118] e já vendeu mais de quatro milhões de cópias em todo o mundo.[119] Seu 1.º single, Womanizer, tornou-se o seu primeiro número um na Billboard Hot 100 desde ...Baby One More Time. O single também liderou as paradas da Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Noruega e Suécia.[120][121] Ele também foi indicado ao Grammy na categoria Best Dance Recording.[122]
Em janeiro de 2009, Spears e seu pai James obtiveram uma ordem de restrição contra o seu ex-empresário Sam Lutfi, o ex-namorado Adnan Ghalib e o advogado Jon Eardley — os quais, afirmam os documentos do tribunal, foram conspirar para ganhar o controle dos interesses de Spears. A ordem de restrição proíbe Lutfi e Ghalib de entrar em contato com Spears ou chegar a menos de 250 jardas (229 metros) dela, sua propriedade ou membros da família.[123] Spears embarcou na The Circus Starring Britney Spears em março de 2009. Com um faturamento de 131,8 milhões de dólares somente nos Estados Unidos, tornou-se a 5.ª maior bilheteria de turnês do ano.[124]
Em novembro de 2009, Spears lança seu 2.º álbum de grandes êxitos, The Singles Collection. O 1.º e único single do álbum 3 tornou-se sua 3.ª canção número um nos Estados Unidos.[125] Em maio de 2010, os representantes de Spears confirmam que ela estava namorando seu agente Jason Trawick, e que tinham decidido terminar seu relacionamento profissional para concentrar-se em seu relacionamento pessoal.[126] Spears desenhou uma linha de roupas em edição limitada para a Candie's, que foi lançada nas lojas em julho de 2010.[127] Em setembro de 2010, ela fez uma aparição no episódio temático em sua homenagem do seriado Glee, intitulado Britney/Brittany. O episódio conseguiu uma das maiores audiências da série.[128][129]
2011–12: Femme Fatale e The X Factor
[editar | editar código-fonte]Em março de 2011, Spears lançou seu 7.º álbum de estúdio, Femme Fatale.[130] O álbum chegou ao número um nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, e apareceu nos dez primeiros postos de quase todos os outros gráficos. Seu pico nos Estados Unidos junta Spears com Mariah Carey e Janet Jackson como as mulheres que mais estrearam álbuns no topo das tabelas.[131] Ele já vendeu mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos e mais de 2 milhões e 200 mil cópias em todo o mundo, e foi certificado platina pela RIAA.[132]
O primeiro single do álbum Hold It Against Me estreou na primeira colocação da Billboard Hot 100, tornando-se o quarto single número um de Spears no gráfico e fazendo dela a segunda artista na história a ter duas canções consecutivas de estreia no número um, depois de Mariah Carey.[133] O segundo single Till the World Ends atingiu a posição de número três na Billboard Hot 100 em maio,[134] enquanto o terceiro single I Wanna Go atingiu o número sete em agosto. Femme Fatale se tornou o primeiro álbum de Spears em que três de suas canções atingiram os dez primeiros postos da tabela. O quarto e último single Criminal foi lançado em setembro de 2011. O vídeo musical causou controvérsia quando os políticos britânicos criticaram Spears pelo uso de réplicas de armas durante as filmagens do vídeo em uma área de Londres, que tinha sido gravemente afetada pelos Tumultos na Inglaterra daquele ano.[135] Representantes de Spears responderam brevemente, afirmando: "O vídeo é uma história de fantasia que caracteriza o namorado de Britney, Jason Trawick, que literalmente joga fora a letra de uma canção escrita três anos antes dos motins acontecerem."[136] Em abril de 2011, Spears apareceu em um remix de S&M, uma canção de Rihanna originalmente gravada para o álbum Loud.[137] Ele atingiu o número um nos Estados Unidos no final do mês, dando à Spears seu quinto número um no gráfico da Billboard.[138] Numa lista de fim-de-ano da mesma revista, ela foi colocada no número catorze entre os Artistas do Ano,[139] trinta e dois na lista de artistas da Billboard 200 e dez na lista de artistas da Billboard Hot 100.[140][141]
Em junho de 2011, Spears embarca na Femme Fatale Tour.[142] Os primeiros dez dias arrecadaram 6,2 milhões de dólares, fazendo a turnê entrar em 55.ª colocação da lista das cem maiores turnês norte-americanas na metade do ano pela Pollstar.[143] A turnê encerrou em 10 de dezembro de 2011, em Porto Rico, totalizando 79 apresentações.[144] Um DVD da turnê foi lançado em novembro de 2011.[145] Em agosto de 2011, Spears recebeu o MTV Video Vanguard Award na edição daquele ano do MTV Video Music Awards.[146] No mês seguinte, ela lança seu segundo álbum de remixes, B in the Mix: The Remixes Vol. 2.[147] Em dezembro, Spears fica noiva de seu namorado de longa data Jason Trawick, que tinha sido anteriormente seu agente.[148] Trawick tornou-se um co-tutor de Spears, ao lado de seu pai, em abril de 2012.[149] Em janeiro de 2013, Spears e Trawick terminaram seu noivado. Trawick também deixou de ser co-tutor de Spears, restaurando seu pai como o único tutor.[150][151]
Em maio de 2012, Spears foi contratada para substituir Nicole Scherzinger como jurada da segunda temporada da versão americana do The X Factor, junto com Simon Cowell, L.A. Reid e sua nova companheira de júri Demi Lovato, que substituiu Paula Abdul. Com um salário informado de 15 milhões de dólares, ela tornou-se a jurada mais bem paga em um reality show musical na história da televisão.[152] Ela orientou a categoria Teens; seu ato final, Carly Rose Sonenclar, foi nomeado o vice-campeão da temporada. Spears não retornou para a terceira temporada do reality e seu lugar foi ocupado por Kelly Rowland.[153][154] Spears foi destaque no single de will.i.am, Scream & Shout, gravada para o quarto álbum de estúdio do produtor, #willpower. Mais tarde, a canção se tornou o sexto single número um de Spears no UK Singles Chart e alcançou a terceira posição na Billboard Hot 100.[155] Em dezembro, a revista Forbes nomeou Spears como a mulher mais bem paga na música em 2012, com lucros estimados em 58 milhões de dólares.[156]
2013–15: Residência em Las Vegas, Britney Jean e Glory
[editar | editar código-fonte]Spears começou a trabalhar no seu oitavo álbum de estúdio, Britney Jean, em dezembro de 2012,[157] e recrutou will.i.am como seu produtor executivo em maio de 2013.[158] Em 17 de setembro de 2013, ela apareceu no Good Morning America para anunciar seu concerto de residência de dois anos no Planet Hollywood Resort and Casino em Las Vegas, intitulada Britney: Piece of Me. Os shows iniciaram-se em 27 de dezembro de 2013 e irá incluir um total de 100 shows ao longo de 2014 e 2015.[159][160] Durante a mesma participação, Spears anunciou que Britney Jean seria lançado em 3 de dezembro de 2013, nos Estados Unidos.[161][162] Foi lançado através da RCA Records devido à dissolução da Jive Records em 2011.[163]
Britney Jean tornou-se o projeto final de Spears sob seu contrato original de gravação com a RCA Records, que tem garantido o lançamento de oito álbuns de estúdio.[164] O material recebeu uma baixa quantidade de promoção e teve pouco impacto comercial, aparentemente devido a obrigações contratuais para a residência em Las Vegas.[165] Em consequência do lançamento, o material estreou na quarta colocação da parada americana Billboard 200 com uma semana inicial de vendas de 107 mil cópias, tornando-se a sua estreia mais fraca na tabela, também sendo seu álbum menos vendido nos Estados Unidos.[166] Britney Jean estreou no número 34 no UK Albums Chart, vendendo 12 959 cópias em sua primeira semana. Com o desempenho de estreia, tornou-se o álbum com menor desempenho nos gráficos daquele país.[167]
Work Bitch foi lançada como primeiro single do álbum Britney Jean em 16 de setembro de 2013, um dia mais cedo do que o esperado depois de ser vazada na internet.[168] A canção estreou no número doze na Billboard Hot 100, marcando a 31ª canção de Spears na tabela e a quinta maior estreia de sua carreira, e seu sétimo entre as vinte primeiras entradas. Ela também entrou entre os dez primeiros postos da Billboard Hot Digital Songs e estreou no número dois das tabelas da Billboard Hot Dance Club Songs e Hot Dance/Electronic Songs. Também teve estreia na tabela americana Billboard Pop Songs na posição vinte e cinco, marcando a 31ª entrada de Spears nesta tabela, empurrando Mariah Carey (com 30 entradas) para a segunda colocação da lista de maiores entradas desde a criação da tabela, em 3 de outubro de 1992. A canção marca a maior estreia em vendas desde Hold It Against Me. Work Bitch também teve sucesso comercial no Reino Unido, estreando e chegando ao número sete no UK Singles Chart e também atingindo o número dois na UK Dance Chart. A canção também apareceu em tabelas de vários países, com entradas nos dez primeiros postos das paradas do Brasil, Canadá, França, Itália, México, Espanha e Coreia do Sul.[169]
O segundo single Perfume foi lançado em 3 de novembro de 2013, dois dias mais cedo do que inicialmente anunciado.[170][171] A canção estreou e atingiu o número 76 na Billboard Hot 100.[172] Perfume também apareceu na tabela americana Billboard Pop Songs, estreando no número 37, alcançando o número 22 semanas mais tarde.[173] Durante a produção de Britney Jean, Spears gravou a canção Ooh La La para a trilha sonora de The Smurfs 2 lançado ainda em 2013.[174] Em outubro de 2013, ela foi apresentada como vocalista convidada em "SMS (Bangerz)", faixa de Miley Cyrus inclusa em seu terceiro álbum de estúdio Bangerz.[175] A canção entrou nos dez primeiros postos da Billboard Bubbling Under Hot 100 Singles, no número 29 na Pop Digital Singles, e no número 70 da Hot Digital Songs.
Em 8 de janeiro de 2014, Spears venceu a categoria Favorite Pop Artist na 40.ª edição do People's Choice Awards, realizado no Microsoft Theater em Los Angeles.[176] Na semana de 26 de julho de 2014, Alien estreou e atingiu o número oito na Billboard Bubbling Under Hot 100 Singles apesar de não ser lançado como um single de Britney Jean.[177] Em agosto de 2014, Spears confirmou que ela tinha renovado seu contrato com a RCA, e que estava escrevendo e gravando novas músicas para seu próximo álbum.[178] Spears anunciou através de sua conta no Twitter em agosto de 2014 que ela estaria lançando uma linha de roupas íntimas intitulada The Intimate Britney Spears. Ela estava disponível para compra em 9 de setembro de 2014 nos Estados Unidos e no Canadá através da página oficial da linha. Foi mais tarde disponibilizada para compra em 25 de setembro na Europa. A empresa agora está presente para mais de 200 países, incluindo Austrália e Nova Zelândia. Em 25 de setembro de 2014, Spears confirmou no programa britânico Good Morning Britain que havia estendido seu contrato com a The AXIS e Planet Hollywood Resort & Casino, para continuar com a Britney: Piece Of Me por mais dois anos.[179]
Em março de 2015, foi confirmada pela revista People que Spears iria lançar um novo single, Pretty Girls, com Iggy Azalea, em 4 de maio de 2015.[180] A canção estreou no número 29 da Billboard Hot 100 e teve desempenho moderado em territórios internacionais. Spears e Azalea apresentaram a faixa ao vivo no Billboard Music Awards diretamente do The AXIS, no local da residência de Spears, com reação positiva da crítica. O portal Entertainment Weekly elogiou o desempenho, observando que "Spears deu uma de suas performances televisivas mais energéticas em anos".[181] Em 16 de junho de 2015, Giorgio Moroder lançou seu álbum, Déjà Vu, que contou com Spears em Tom's Diner.[182] Em uma entrevista com Moroder, ele elogiou os vocais de Spears e disse que ela fez um "bom trabalho" com a música.[183] Moroder também afirmou que Spears "soa tão bem que você dificilmente a reconhece".[184] Na edição de 2015 do Teen Choice Awards, Spears recebeu o Candie's Style Icon Award, sendo este seu 9.º Teen Choice Award.[185] Em 9 de outubro, Giorgio Moroder lança a versão de Spears de Tom's Diner como quarto single de Déjà Vu.[186] Em novembro, Spears foi convidada a estrelar uma versão fictícia de si mesma na série Jane the Virgin, do canal The CW.[187] Na série, ela dançou a canção "Toxic" com a personagem de Gina Rodriguez.[188]
Em 2016, Spears confirmou através das redes sociais que tinha começado a gravar seu nono álbum de estúdio.[189] Em 1 de março, a revista V anunciou que Spears iria aparecer na capa da edição de número cem, datada de 8 de março, além de revelar três capas diferentes registradas pelo fotógrafo Mario Testino para a publicação especial.[190] O editor-chefe da revista, Stephen Gan, revelou que Spears foi selecionada para o especial V100 por causa de seu status como um ícone na indústria. Na decisão, Gan declarou: "Quem neste mundo não cresceu ouvindo sua música?".[191] Em maio, Spears lançou um casual jogo de RPG eletrônico intitulado Britney Spears: American Dream. O aplicativo, criado pela Glu Mobile, foi disponibilizado para dispositivos iOS e Google Play.[192] Em 22 de maio, Spears apresentou um medley de suas canções na abertura da edição de 2016 do Billboard Music Awards.[193][194] Além da abertura, Spears foi premiada com o Billboard Millennium Award.[195] Em 15 de julho, Spears lançou o single Make Me..., para seu futuro nono álbum de estúdio. O primeiro single do material conta com a participação do rapper compatriota G-Eazy.[196] Em 3 de agosto, Spears anunciou oficialmente seu nono álbum de estúdio, Glory, com previsão de lançamento para 26 de agosto.[197] O álbum foi disponibilizado para pré-venda na Apple Music no dia 4 de agosto, junto com a faixa promocional Private Show,[198] canção que dá nome à nova linha de perfumes de Britney, Private Show, anunciada no dia 11 de julho.[199] Em 16 de agosto, MTV e Spears anunciaram que ela iria se apresentar no MTV Video Music Awards de 2016. A performance marcou o retorno de Spears ao palco do VMA desde a controversa performance de "Gimme More" na edição de 2007 nove anos antes. Junto a Make Me... Spears e G-Eazy também apresentaram o hit do rapper Me, Myself & I. Em 2018, Spears lançou um novo contrato de show em Las Vegas, desta vez com o MGM Park. A série de shows chamada Domination estava programada para começar em fevereiro de 2019 e incluir 30 shows até agosto.
2019–presente: Disputa por curatela, #FreeBritney e alegações de abuso
[editar | editar código-fonte]Em 4 de janeiro de 2019, Spears anunciou um hiato por tempo indeterminado e o cancelamento de sua residência em Las Vegas, citando a grave doença de seu pai, Jamie Spears.[200] Em março, Andrew Wallet renunciou ao cargo de co-curador de sua propriedade após 11 anos.[201] Spears entrou em uma clínica psiquiátrica em meio ao estresse da doença de seu pai naquele mesmo mês.[202] No mês seguinte, um podcast de fãs, Britney's Gram, divulgou uma mensagem de voz de uma fonte que afirmava ser um ex-membro da equipe jurídica de Spears. Eles alegaram que Jamie havia cancelado a residência planejada devido à recusa de Spears em tomar sua medicação, que ele a estava mantendo na clínica contra sua vontade desde janeiro de 2019, depois que ela violou uma regra de proibição de dirigir, e que sua tutela deveria ter terminado em 2009.[203][204] As alegações deram origem a um movimento para encerrar a curatela, intitulado #FreeBritney.[205] Ele atraiu a atenção de várias celebridades, incluindo Cher, Paris Hilton e Miley Cyrus, bem como da organização sem fins lucrativos American Civil Liberties Union.[206][207][208][209] Fãs protestaram do lado de fora do West Hollywood City Hall e exigiram a liberação de Spears da clínica em 22 de abril de 2019.[202] Spears disse que "tudo [estava] bem" dois dias depois e foi liberada da internação no final daquele mês.[210][211]
Durante uma audiência em maio de 2019, a juíza Brenda Penny ordenou uma avaliação profissional da curatela.[212] Em setembro, o ex-marido de Spears, Federline, obteve uma ordem de restrição contra Jamie após uma alegada briga física entre seu pai e um de seus filhos.[213] A gerente de cuidados de longa data de Spears, Jodi Montgomery, substituiu temporariamente Jamie como sua curadora pessoal naquele mesmo mês,[214] quando também ocorreu uma audiência onde nenhuma decisão sobre o acordo foi alcançada.[215] Um museu pop-up interativo dedicado a Spears foi inaugurado em Los Angeles em fevereiro de 2020.[216] Foi lançada a faixa bônus da edição japonesa de Glory, Mood Ring, bem como uma nova capa do álbum para streaming e plataformas digitais em maio de 2020.[217] Em agosto, Jamie chamou o movimento #FreeBritney de "piada" e seus organizadores de "teóricos da conspiração".[218]
Em 17 de agosto de 2020, o advogado de Spears nomeado pelo tribunal, Samuel D. Ingham III, apresentou uma ação judicial que documentava o desejo de Spears de alterar sua tutela para refletir seus desejos, bem como seu estilo de vida, para instituir Montgomery como sua curadora pessoal permanente, e para substituir Jamie por um fiduciário como curador de sua propriedade.[219] Quatro dias depois, Penny estendeu o acordo estabelecido até fevereiro de 2021.[220] Em novembro de 2020, Penny aprovou a Bessemer Trust como co-conservadora da propriedade de Spears ao lado de Jamie.[221] No mês seguinte, foi lançada uma nova edição deluxe de Glory, que inclui Mood Ring e as novas canções Swimming in the Stars e Matches.[222] Um documentário sobre a carreira e a curatela de Spears, Framing Britney Spears, estreou na FX em fevereiro de 2021.[223] Spears mais tarde revelou que tinha visto partes do documentário, afirmando que se sentiu humilhada pela percepção que foi apresentada sobre ela e que ela "chorou por duas semanas" após a transmissão inicial.[224] No mês seguinte, Ingham entrou com uma petição para substituir permanentemente Jamie por Montgomery como o conservador da pessoa de Spears,[225] citando uma ordem de 2014 que determinou que Spears não tinha a capacidade de consentir com tratamento médico de qualquer forma.[226] Em 22 de junho, pouco antes de Spears falar no tribunal, o The New York Times obteve documentos judiciais confidenciais afirmando que Spears havia pressionado por anos para encerrar sua curatela.[227] No dia seguinte, enquanto falava ao tribunal, a artista deu mais detalhes sobre a curatela, chamando-a de "abusiva" e que "não sinto que posso viver uma vida plena".[228]
Em 7 de setembro de 2021, Jamie entrou com uma petição para encerrar a conservadoria.[229] Em 12 de setembro, Spears anunciou seu noivado com seu namorado de longa data, Sam Asghari, através de um post no Instagram.[230] Em 29 de setembro, a Juíza Penny suspendeu Jamie como conservador do espólio de Spears, com o contador John Zabel substituindo-o temporariamente.[231] Em 12 de novembro, a juíza Penny encerrou a conservadoria.[232]
Em abril de 2022, anunciou que estava grávida; porém, em 14 de maio, anunciou que havia sofrido um aborto espontâneo e perdido o bebê que estava esperando com seu noivo.[233] Em 9 de junho de 2022 casou-se com Sam Asghari. Jason Alexander, o primeiro de seus ex-maridos, tentou invadir o casamento, mas foi impedido pelos seguranças.[234]
No dia 16 de agosto de 2023, Spears e Asghari se separaram.[235][236]
Em outubro de 2023, Britney lançou um livro de memórias intitulado 'The Woman in Me', revisitando sua trajetória profissional e pessoal.[237]
Características musicais
[editar | editar código-fonte]Estilo musical
[editar | editar código-fonte]Depois de sua estreia, Spears foi creditada por ter conduzido o renascimento do pop adolescente no final dos anos 1990. O jornal The Daily Yomiuri relatou que "críticos musicais saudaram-na como o mais talentoso ídolo do pop adolescente por muitos anos, mas Spears mirou um pouco mais alto, ela fixou como objetivo atingir o nível de estrelato que tem sido alcançado por Madonna e Janet Jackson".[238] Rob Sheffield da Rolling Stone escreveu: "Britney Spears carrega consigo o arquétipo clássico da rainha do rock & roll adolescente, a dungaree doll, o bebê angelical que apenas tem que fazer uma cena."[239] Seguido o lançamento de seu álbum de estreia, Chuck Taylor da Billboard observou, "Spears tornou-se uma artista consumada, com movimentos de dança ásperos, uma voz clara real-embora bem jovem e funkdafied ... (You Drive Me) Crazy, seu terceiro single ... demonstra desenvolvimento próprio de Spears, provando que aos 17 anos de idade ela quer encontrar sua própria personalidade vocal após tantos meses de prática constante".[240] Stephen Thomas Erlewine do Allmusic referiu-se a ela e sua música como uma "mistura de contagiante dance-pop inclinado ao rap e batida suave".[241]
Oops!...I Did It Again e seus álbuns seguintes fizeram Spears trabalhar com vários produtores de R&B contemporâneo, levando "a uma combinação de bubblegum, urban soul, e raga".[242] Seu terceiro álbum de estúdio, Britney, derivado do nicho pop adolescente, "rítmica e melodicamente ... mais nítido, mais resistente do que o que veio antes. Aquilo que costumava ser pegajoso descaradamente tem algum grão disco, sustentado por uma Spears auto-determinada e corajosa que ajuda a vender ganchos que já estão atrativos, em geral, do que aqueles que povoaram seus dois álbuns anteriores".[243]
Desde In the Zone, Spears tem explorado (e fortemente incorporado) os gêneros de electropop e dance music em seus álbuns, bem como influências de urban e do hip hop que estão mais presentes em In the Zone e Blackout. Ela também tem experimentado com outros gêneros como dubstep, primeiro na faixa Freakshow, para Blackout, e novamente em Hold It Against Me para Femme Fatale.[244][245][246][247][248][249]
Vocais
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Spears possui uma potência vocal de soubrette e alcance vocal de três oitavas e duas notas.[255] Antes de seu sucesso inicial, ela é descrita como tendo cantado "muito mais profundo do que a sua voz de marca comercial altamente reconhecível de hoje", com Eric Foster White, que trabalhou com Spears para seu álbum de estreia ...Baby One More Time, sendo citada como tendo "[modelando] sua voz ao longo de um mês" ao ser contratada pela Jive Records "para onde ela está hoje—distintamente, uma inconfundível Britney". Rami Yacoub que coproduziu álbum de estreia de Spears com o letrista Max Martin, comentou, "Eu sei, por Denniz Pop e produções anteriores de Max, quando fazemos músicas, há um tipo de coisa nasal. Com N' Sync e Backstreet Boys, nós tivemos que puxar esse tom meio nasal. Quando Britney faz isso, ela tem esse tipo de voz rouca, sexy".[256]
Guy Blackman do The Age escreveu que: "[a] coisa sobre Spears, porém, é que suas maiores canções, não importa a comissão criada ou se é incrivelmente polida, sempre foram convincentes por causa de sua entrega, seu compromisso e sua presença. [...] Spears expressa perfeitamente os desejos conflitantes da adolescência, a tensão entre a castidade e a experiência sexual, entre o hedonismo e responsabilidade, entre confiança e vulnerabilidade".[257] O produtor William Orbit, que colaborou com Spears para o álbum Britney Jean, afirmou sobre seus vocais: "[Britney] não conseguiu chegar tão grande só porque [ela] faz grandes shows; [ela] tem que ser desse jeito porque [sua voz é] única: você ouve duas palavras e você sabe quem está cantando".[258] Por outro lado, ela tem sido muito criticada por alguns por sua capacidade vocal, bem como seu uso de Auto-Tune ao longo de sua carreira.[259][260][261]
Influências
[editar | editar código-fonte]Spears citou suas principais influências em sua carreira como sendo Madonna, Janet Jackson e Whitney Houston, suas "três artistas favoritas", como quando criança a quem ela iria "cantar junto [...] dia e noite em [sua] sala de estar"; I Have Nothing, de Houston, foi a canção que usou para o teste de seu contrato com a gravadora Jive Records.[262] Ao longo de sua carreira, Spears tem atraído comparações frequentes para Madonna e Jackson, em particular, em termos de voz, coreografia e presença de palco. De acordo com Spears: "Eu sei que quando eu era mais jovem, eu olhava para as pessoas... como, você sabe, Janet Jackson e Madonna. E elas foram grandes inspirações para mim. Mas eu também tive a minha própria identidade e eu sabia quem eu era, você sabe".[263] No livro Madonnastyle (2002) de Carol Clerk, ela é citada dizendo: "Eu fui um grande fã de Madonna desde que eu era uma menina. Ela é a pessoa que eu realmente olhei para cima para ser realmente, realmente gostaria de ser uma lenda como Madonna."[264]
Depois de se encontrar pessoalmente com Spears, Janet Jackson declarou: "ela disse pra mim, 'Eu sou uma grande fã, eu realmente admiro você.' Isso é tão lisonjeiro. Todos obtêm inspiração de algum lugar. E é incrível ver alguém vir acima de quem está dançando e cantando, e ver como todas essas crianças se relacionam com ela. Um monte de gente colocá-la para baixo, mas o que ela faz é uma coisa positiva".[265] Madonna falou sobre Spears no documentário Britney: For the Record: "Eu admiro seu talento como artista [...] Há aspectos sobre ela que eu reconheço em mim mesma quando eu comecei na minha carreira".[266] Ela também nomeou Michael Jackson, Mariah Carey, Céline Dion, Aerosmith, Sheryl Crow, Otis Redding, Shania Twain, Brandy, Natalie Imbruglia, Justin Timberlake, Bruno Mars e outros contemporâneos como fontes de inspiração.[267][268][269]
Legado
[editar | editar código-fonte]Spears tornou-se um ícone da cultura pop internacional, logo após o lançamento de sua carreira. A revista Rolling Stone escreveu: "Uma das vocalistas mais polêmicas (e bem-sucedidas) do século XXI", ela "liderou o crescimento do pós-milenar teen pop... Britney cedo cultivou uma mistura de inocência e da experiência que quebrou o banco".[270] Ela é listada pelo Guinness World Records como sendo o "álbum mais vendido por uma artista solo na adolescência" para seu álbum de estreia ...Baby One More Time, que vendeu 14 milhões de cópias nos Estados Unidos.[271] Melissa Ruggieri do Richmond Times-Dispatch relatou: "Ela é marcada também por ser o artista mais vendido na adolescência. Antes que ela completasse 20 anos em 2001, Spears vendeu mais de 37 milhões de álbuns em todo o mundo, se tornado a mais jovem artista a entrar na lista de recordistas de vendas de discos no mundo". Barbara Ellen da The Observer relatou: "Spears é notoriamente um dos "mais antigos" adolescentes que já produziu pop, quase meia-idade em termos de foco e determinação. Muitas garotas de 18 anos ainda nem sequer começaram a trabalhar nessa idade...- uma criança com uma carreira em tempo integral. enquanto outras meninas estavam colocando cartazes em suas paredes, Britney estava querendo ser o cartaz na parede...Britney estava desenvolvendo um ritmo definido pela indústria do entretenimento ferozmente competitivo americano".[272]
Spears ainda se tornou influência de diversos artistas do pop e R&B, dos anos 2000 à atualidade, como Kristinia DeBarge,[273] Cheryl,[274] Lana Del Rey,[275] Ava Max,[276] Billie Eilish,[277] Sam Smith,[278] Katy Perry,[279] Meghan Trainor,[280] Lady Gaga,[281] Selena Gomez,[282] Pixie Lott,[283] Halsey,[284] Charli XCX,[285] Chappell Roan,[286] Rina Sawayama,[287] Adam Lambert, Miley Cyrus,[288] Tinashe,[289] Demi Lovato,[279] MARINA,[290] e os brasileiros Li Martins,[291] Pabllo Vittar[292] e Kelly Key.[293]
Discografia
[editar | editar código-fonte]- ...Baby One More Time (1999)
- Oops!... I Did It Again (2000)
- Britney (2001)
- In the Zone (2003)
- Blackout (2007)
- Circus (2008)
- Femme Fatale (2011)
- Britney Jean (2013)
- Glory (2016)
Filmografia
[editar | editar código-fonte]- Longshot (2001)
- Crossroads (2002)
- Austin Powers in Goldmember (2002)
- Pauly Shore Is Dead (2003)
- Fahrenheit 9/11 (2004)
- Corporate Animals (2019)
Concertos
[editar | editar código-fonte]Turnês
[editar | editar código-fonte]- ...Baby One More Time Tour (1999)
- Crazy 2k Tour (2000)
- Oops!... I Did It Again Tour (2000–2001)
- Dream Within a Dream Tour (2001–2002)
- The Onyx Hotel Tour (2004)
- The M+M's Tour (2007)
- The Circus Starring Britney Spears (2009)
- Femme Fatale Tour (2011)
- Britney: Live in Concert (2017)
- Piece of Me Tour (2018)
Residências
[editar | editar código-fonte]- Britney: Piece of Me (2013–2017)
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Apelidos honorários na música popular
- Lista de músicos recordistas de vendas
- Lista de recordistas de vendas de discos nos Estados Unidos
- Produtos de Britney Spears
Referências
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Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Sítio oficial» (em inglês)
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- Nascidos em 1981
- Britney Spears
- Artistas da Jive Records
- Atrizes americanas do século XX
- Atrizes americanas do século XXI
- Atrizes de cinema dos Estados Unidos
- Atrizes de televisão dos Estados Unidos
- Atrizes dos Estados Unidos
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