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Ginetta Calliari

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Ginetta Calliari (Trento, 15 de outubro de 1918Vargem Grande Paulista, 8 de março de 2001[1][2]) foi uma religiosa italiana.

Companheira de Chiara Lubich, foi responsável por iniciar o Movimento dos Focolares no Brasil .

Ginetta Calliari, serva de Deus[3] nasceu em Trento, em 15 de outubro de 1918.[4]

Gostava da arte, da filosofia e preocupava-se com a justiça social.[5][6]

Em 1944, Ginetta conheceu Chiara Lubich, e participou com ela e outras jovens de uma experiência que desembocaria mais tarde naquele que passou a se chamar Movimento dos Focolares.[1][4][5]

Deparando-se com a precariedade de todos os seus ideais diante da destruição provocada pela Segunda Guerra Mundial, decidiram dedicar-se à religião.[5]

Chiara normalmente ia aos sábados se encontrar com uma comunidade que estava nascendo na cidade de Trento. Mas naquele dia Chiara não estava bem e enviou Ginetta com uma carta sua. Ginetta tomou um susto, pois ninguém até então substituíra Chiara nos seus discursos. Além do mais, Chiara falava durante uma hora e aquela carta era breve, sua leitura iria gastar cinco minutos.[5]

Ginetta diz[5]:

O efeito foi imediato: todos colocaram em comum o que tinham: dinheiro, relógios, joias, frutas, verduras, ovos… Esta era a primeira comunidade de Trento.[4]

E assim se iniciou o uso de um caderno, no qual se anotava, de um lado, tudo o que se recebia, e do outro, as necessidades. Este foi um dos primeiros sinais da fé carismática de Ginetta. Ela traduzia em vida radical sua fé total no Evangelho.[4]

Chegada ao Brasil

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Em 1959 Chiara envia Ginetta para começar a difusão do Movimento dos Focolares no Brasil. E assim em novembro de 1959, Ginetta com um grupo de companheiros, desembarcou no porto de Recife, com o objetivo de iniciar no Brasil um centro do Movimento para além das fronteiras européias.[5][7][8]

De fato, Ginetta mesma conta[5][7]:

E foi o amor aos crucifixos vivos que ela encontrou por onde passava, que orientou a vida e a ação de Ginetta e, com ela, a dos membros do Movimento, desde aquela época, inspirando inúmeras iniciativas de cunho social com o objetivo de contribuir na resolução da situação de miséria de muitas pessoas nas várias regiões do Brasil.[5]

Após uma permanência de cinco anos no Nordeste, viajando por todas as capitais daquela região, e levando com a palavra e o seu testemunho o ideal da fraternidade e da unidade, Ginetta foi para a cidade de São Paulo. Em 1969, transferiu-se definitivamente para o município de Vargem Grande Paulista. Dali, durante cerca de trinta anos, acompanhou pessoalmente a fundação de outros centros de irradiação do Movimento dos Focolares no Brasil: em Brasília, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Maceió, São Luís e, passo a passo, o desenvolvimento da Mariápolis Araceli (hoje Mariápolis Ginetta em sua homenagem), sede nacional dos Focolares.[5][8]

Ginetta acompanhou pessoalmente os trabalhos de formação humana em algumas localidades encontrando-se também periodicamente com os moradores, como: a ilha do Inferno (perto de Recife), que em seguida passou a se chamar ilha Santa Teresinha; na comunidade Magnificat em São Luís (Maranhão); no Jardim Margarida, em Vargem Grande Paulista; no Butantã (São Paulo); no bairro do Carmo, em São Roque (São Paulo).[5][8][9]

Na década de 1970 e 1980, quando fervilhavam na América Latina os movimentos sociais, tendo diante de si todas as pessoas dos Focolares que tiveram a própria vida transformada pelo Ideal da fraternidade e da unidade – inclusive várias provenientes de situações de extrema pobreza – Ginetta teve a ideia de organizar um livro que recolhesse todas essas experiências. O livro trazia como título O Evangelho: Força dos Pobres.[9]

A Economia de Comunhão e o Movimento Político pela Unidade são duas intuições de Chiara, como um modo de contribuir para a resolução dos muitos problemas sociais do Brasil, tiveram em Ginetta o primeiro motor de atuação em terras brasileiras.[10]

Beatificação [11]

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Em 8 de março de 2007 foi aberto na catedral de Osasco o processo de beatificação de Ginetta Calliari.[1][2]

Estavam presentes na abertura do processo de beatificação mais de 2000 pessoas, entre eles 9 bispos, personalidades de várias Igrejas, de movimentos eclesiais e de outras religiões.[12]

O bispo de Osasco, dom Ercílio Turco, disse[1]:


Referências

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